segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Diário de bordo BH


Acordar as 5:30 da manhã nunca é legal. Mas eu estava até certo ponto animado. Era o primeiro vestibular pra valer da minha vida num local distante. Com a antecedência de sempre chegamos no aeroporto. O vôo foi pontual ( principal proposta da OceanAir aliás ) e rápido. Em menos de uma hora chegamos em Confins. Eram 8:20h. A diária no hotel em BH começava apenas ao meio-dia. Enrolamos 3 horas num minúsculo aeroporto para pegar o táxi.
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A Ellen já falava das suas. Após perguntar por que haviam faixas de pedestres em aeroportos ( ? ) ela se referiu ao descampado e a cidade comentando que " no hotel ao invés de pegarmos uma chave pegaremos um sino pra chamar as vaquinhas. " Isso animou o fim do vôo que teve um garoto berrando o percurso inteiro. Sabe-se lá por que o mau-humor não tomou conta de mim
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Pegamos o táxi. Após a interrupção graças a colocação de uma tela informativa no caminho do aeroporto começamos a conversar com o taxista. Eu falava tudo o que sabia da capital mineira. Tudo. Ele se impressionou. Tanto que fez o caminho pela Cristiano Machado e não pela Antônio Carlos como era de praxe. Ele foi nos explicando o que eram as construções do trajeto. Vimos a futura sede do governo mineiro e um sem fim de construções daquelas que só quem é de Belo Horizonte sabe.
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Novamente adiantados. Faltavam 40 minutos pra começar a diária. Paramos numa loja de bijuterias na Afonso Pena pras mulheres fazerem suas compras de sempre. Eu ficava olhando para a entrada e analisando o povo. Mesmo no centro era possível ver pessoas bonitas. A avenida lembrava uma 25 de Março mais ampla e organizada. Eu estava adorando aquilo. Entramos no hotel. Simples mas bem confortável. Com TV a cabo um chuveiro maravilhoso e uma bela vista da região central. O porém foi a goteira bem em cima da cama. Logo consertada pela equipe do hotel.
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No hotel comecei a reparar de fato no povo mineiro. Aquele sotaque aberto e falar cantado charmosissímo. Uma hospitalidade que não havia encontrado em nenhum outro canto. Todos bem educados mas com um olhar melancólico para o nada que tentava ser disfarçado com um profundo sorriso. Era... incrível. Decepcionante foi o Shopping Cidade. Pequeno e sem nada. E com uma comida fraquíssima. O que ocorreu depois do almoço escreverei amanhã.
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Voltando pro hotel deu tempo de ver o fim do jogo entre Guarani x Juventude. Paulistas subindo. Gaúchos caindo. E a força da maior torcida do interior paulista. O bandeirão bugrino que cobriu o Brinco de Ouro era algo de extraordinário. Janta no Subway da Afonso Pena. Um banho pra relaxar. E cama as 20h da noite. Com muitos intervalos pra pegar água pois o calor era grande.
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Acordando no domingo fomos logo para o café da manhã no hotel. Pela primeira vez poderia experimentar o pão-de-queijo mineiro. Aquele era sem graça e duro. Saí com fome. Voltamos para o quarto e vimos o desafio das estrelas de kart. Massa levou a corrida e Schummacher a competição. Melhor que isso só ver Rubinho fora do pódio. E já era hora de fechar a conta no Financial. Tudo fechado. Seguimos novamente para o Subway almoçar.
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Pude observar que os mineiros em geral são lerdos. O garoto de minha frente perguntou onde estavam os canudos. Literalmente estavam abaixo de seu nariz. Eu indiquei e ele sem graça sorriu dizendo obrigado. Ao pedir várias bebidas para o almoço e para o vestibular os atendentes bateram cabeça. Acontece. Tanta simpatia tem que ser compensada de alguma forma.
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Caminhamos até a Escola de Enfermagem. Ao pedir informações numa banca de jornal a simpática ( e bela ) morena mineira nos indicou tudo. Lá encontramos a piracicabana Camila que estava na mesma que eu. Fomos batendo papo e descobri que ela seria minha concorrente. No entanto ela me parecia deveras preocupada em passar. Eu por incrível que pareça estava aspirando tranquilidade. Entrando no local de prova notei o grande contingente feminino. Muitas delas bonitas. Era um pedaço do paraíso.
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A prova estava marcada para começar as 14:00h. Começou 20 minutos depois. Sinceramente não estava tão complicada. Não corrigi o gabarito ainda mas talvez tenha ido melhor do que esperava. Me irritou a desorganização da COPEVE. Os inspetores da sala disseram que normalmente o sigilo acaba com uma hora e meia de prova. Acabou com 4. Pensei em pegar um táxi e ir até a rodoviária. Mas não haviam táxis. Precisei voltar para o Financial para encontrar um.
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Última observação sobre o povo mineiro: são tão simpáticos que acabam se esquecendo de se informar. Ninguém sabia os resultados dos jogos. Isso por que a alguns quilômetros dali jogava o Cruzeiro. Talvez seja por isso. A torcida do Atle´tico é de fato única. Anda sofrendo com o pior rendimento do time nas últimas rodadas e não tira a camisa nunca. Vi mais camisas alvinegras que celestes sobretudo no sábado.
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Já na rodoviária encontrei minha mãe e a Ellen me recepcionando com 3 pães de queijo. Agora sim... que pão de queijo ! Imenso fofinho e com um gosto incrível. Agora entendi a tradição mineira e pude comprovar que ela é verdadeira. Indo para o aeroporto dessa vez na Antônio Carlos passamos pela Pampulha. Na entrada do campus principal da UFMG os cruzeirenses saíam do Mineirão fazendo festa. Pouco depois a Lagoa e o aeroporto da Pampulha. Estrada até Confins. Fim da linha e da viagem. Por mais complicado que o vôo até São Paulo tenha sido nada tira a graça dessa viagem.
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Falta uma parte importantíssima da viagem. Mas não só por isso o sentimento que fica da capital mineira são os dizeres da camisa que comprei por lá. " Eu amo BH radicalmente ". Amei BH radicalmente. E quero voltar pra lá o quanto antes. Sobretudo caso seja pra morar. Ou ao menos pra ficar algumas semanas nas férias. Pra terminar o texto outra frase de camisa e verso de canção sertaneja que faz todo o sentido. Não há lugar melhor que BH. E é lá que eu quero ficar.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Você perdeu tempo


Todas aquelas pessoas que você sempre admirou são legais. Te recebem minimamente bem.
E você percebe que o tempo que ficou olhando pra elas pensando " Cara... nunca vou
ser alguém assim " foi em vão. Você não precisa morrer de vontade de falar com elas.
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Basta apenas falar. Ou aproveitar um assunto quando ele surgir. Já tinha pensando nisso na Costa do Sauípe. Voltei a pensar ontem no Extravasa. A facilidade com a qual eu puxava assuntos com muitos desse pseudo-grupo acima de mim me impressionou. Qualquer assunto ou qualquer pessoa. Não deixa de ser verdade que eu estava deslumbrado com tudo aquilo. Mas fica o alerta.
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E nesses 3 anos de escola que eram pra ser o ressurgimento foram a obscuridade. Queberei meus paradigmas tarde demais. Ao achar diversos twitters hoje de manhã reparei isso. Eu não sabia de nenhum. De pessoas que gostaria de conhecer mais. Porém... você sempre ficava preso e envergonhado. Deu nisso.
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Você sai daquela escola com a sensação de que conseguiu desmepenhar bem o seu papel. Mas que não conseguiu caçar amizades que poderiam ser imensas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Operação Salva Rio

Lembrei-me agora do meu ginásio. Chegava em casa e ligava no programa do Milton Neves na Record. Debate Bola. Entre tantas figuras já tarimbadas do jornalismo esportivo popularesco encontrava-se lá Paulo Roberto Martins. Famoso pelo seu apelido de Morsa. Do sujeito relembro-me sobretudo de dois fatos. Sua risada que me fazia rir junto e suas teorias conspiratórias. A principal dela é a tal Operação Salva Rio. Naqueles tempos o Vasco brigava pra não cair. O Botafogo chegou a cair. Flamengo e Fluminense alternavam bons e maus anos. E algum presente do STJD favorecia os times da cidade maravilhosa.
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Eu ria disso também. Hoje não mais. Durante o já histórico Fluminense x Palmeiras comentei com meu avô que a situação toda protagonizada pelo juiz Carlos Eugênio Simon era vergonhosa. Curiosamente o único time da primeira divisão que não reclamo é o tricolor. Exceto por esse jogo sua meteórica arrancada de nada se deve a arbitragem. São jogos de invencibilidade que não se cruzam com más atuações dos homens do apito e tem a ver com o futebol refinado que a equipe vem apresentando.
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Começo com o Botafogo. O time sempre esteve na parte de baixo da tabela. Entre trancos e barrancos ( leia-se ajudas dos juízes ) se mantém fora da zona de rebaixamento. A partida de ontem contra o São Paulo reinaugurou um gênero conhecido em General severiano. A ajuda do tribunal. O antigo presidente do STJD era um ilustríssimo botafoguense. Falo de Luiz Zveiter figura mais conhecida que muitos artilheiros do país. Sem meio time o tricolor paulista perdeu uma partida que venceria com certa facilidade caso estivesse com o time completo.
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O mais engraçado é que com a suspensão de 3 atletas o tribunal favoreceu também o Flamengo. A derrota são-paulina foi vital para o rubro-negro. Uma vitória bastaria para a maior torcida do país ver seu time assumir a liderança do Brasileirão. No entanto o time fez um papelão e empatou por 0x0 com o desinteressado Goiás. E eu não falarei novamente de todos os esncândalos históricos do time da Gávea. Me atenho ao presente.
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Sem a liderança e com um novo julgamento de atletas do São Paulo na quinta-feira já adianto as cenas dos próximos capítulos. Hugo e André Dias não poderão atuar pelor estante do campeonato deixando o tricolor ainda mais desfalcado. E deixando a situação flamenguista ainda mais fácil. Isso sem contar na parte de baixo da tabela. A chance de Botafogo e Fluminense escaparem agora é grande. A dupla AtleTiba pode ser a vitimada. A Operação Salva Rio está visivelmente em ação.

O campeonato dos pontos perdidos

A frase dita aos 4 ventos pelo espetacular jornalista Paulo Vinícius Coelho dos canais ESPN mais do que nunca se faz verdadeira. Em nenhuma edição do nacional por pontos corridos tantos times perderam a chance de ser campeões graças a deslizes bobos. A 36ª rodada do Braisleirão evidencia isso.
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A começar pelo Palmeiras. Jogando num Olímpico com apenas 15 mil pessoas ante um Grêmio sem maiores pretensões os alviverdes perderam por 2x0. Com direito a confusão e expulsão de e entre Obina e Maurício. Sem contar no goleiro Marcos sendo direto. " Título pode esquecer ". O líder São Paulo desfalcado de vários atletas perdeu no último minuto para o Botafogo num dos melhores jogos do campeonato. 3x2 no Engenhão. Com a chance de assumir a ponta em caso de vitória o Flamengo apenas empatou com o Goiás. O Maracanã recebeu o maior público do ano ( 83 mil pagantes ) mas não viu gols do elenco rubro-negro.
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Os tropeços dos então 3 primeiros colocaram mais um time na briga pelo caneco. Atuando fora de casa o Internacional bateu o Atlético Mineiro pelo placar mínimo. O 1x0 foi garantido por Giuliano. O Galo ficou distante até da Libertadores. O colorado tem apenas 3 pontos de desvantagem para o líder São Paulo. O time gaúcho ultrapassou o Palmeiras e aparece na terceira colocação. O outro mineiro também tropeçou. Brigando novamente pela Libertadores o Cruzeiro perdia até os minutos finais para o Atlético Paranaense até Leonardo Silva empatar na Baixada. 1x1.
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Ao contrário dos ponteiros os times da rabeira vem conseguindo sucessos. Jogando contra um desinteressado Corinthians o Náutico alcançou uma incrível virada no Pacaembu. 3x2. Quem também ganhou bem foi o Santo André. O time do ABC bateu em casa o Avaí por 4x2 e tirou do Leão da Ilha a chance de lutar pela vaga na Libertadores da América. O Fluminense manteve a arrancada espetacular ao bater o saco de pancadas Sport por fáceis 3x0 no Recife. A situação se agravou para o Coritiba ao ser goleado pelo Santos por 4x0 na Baixada Santista. E no jogo mais sem graça da rodada o Vitória bateu o Barueri por 2x1 no Barradão.
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A série B definiu quem jogará na elite nacional em 2010. Vencendo a Ponte Preta em Campinas por 2x1 o Ceará carimbou sua volta a série A após 16 anos. Mesmo perdendo para o Bahia por 2x0 o Guarani confirmou sua subida após 7 anos nas divisões inferiores do futebol. Com o Alfredo Jaconi lotado o Juventude perdeu por 3x1 para o Atlético Goianiense e viu o dragão do Centro-Oeste chegar pela primeira vez na sua história a primeira divisão do país. Já o Juventude entrou na temida zona de rebaixamento na penúltima rodada do campeonato.
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Zona essa que já vitimou 3 clubes. Dois deles se enfrentaram nessa rodada. A vitória do Campinense ante o ABC por 3x1 de pouco serviu. Ambos caíram pra série C. O São Caetano foi ao Castelão e bateu o Fortaleza por 2x1. O tricolor de aço é outro que jogará a terceira divisão ano que vem. A briga para se safar da degola conta com 3 times além do já citado Juventude. O Brasiliense conseguiu respirar vencendo o Bragantino no interior paulista por 2x1. A vitória do também ameaçado América por 1x0 puxou o Ipatinga pra briga.
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A Lusa carimbou a faixa do Vasco da Gama no Maracanã. Venceu por 1x0 no jogo da premiação. O Duque de Caxias tirou qualquer chance do Figueirense subir em Florianópolis com sua vitória por 2x1. E no meio da tabela Paraná e Vila Nova ficaram no 2x2 em Curitiba.
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Na Alemanha todas as partidas tiveram homenagens para o falecido goleiro Enke que defendia o Hannover 96. Sem seu arqueiro o time perdeu para o Schalke 04 em Gelsenkirchen por 2x0. Os azuis-reais estão em terceiro lugar na tabela átras do Werder Bremen e do líder Bayer Leverkusen. Os verdes humilharam o Freiburg fora de casa por 6x0. Já o Bayer foi a Munique enfrentar o Bayern e ficou no 1x1. A má fase do lanterninha Hertha Berlim continua. O time da capital alemã ficou no empate com o também desesperado Sttutgart. 1x1 no Gottlieb-Daimler Stadium.
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A Argentina vê uma surpresa imensa no Apertura. O líder é o Banfield que venceu o Independiente por 2x1 fora de casa. O time foi beneficiado pelo empate do Newell's no clássico de Rosário. No Coloso o Rosário conseguiu um bravo 2x2 contra a equipe rubro-negra. Estudiantes e Colón seguem com alguma distãncia os dois líderes. Os atuais campeões da Libertadores venceram o Tigre por 3x0 em La Plata. Já os segundos tropeçaram feio ante o Lanús. 3x1 na Fortaleza. Boca e River fazem campanhas discretas. Os xeneizes estão na zona intermediária mesmo após a vitória ante o Gimnasia por 4x0 na Bombonera. O River é apenas o 14ª depois do empate por 1x1 contra o Godoy Cruz em Mendoza.
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A Liga Espanhola tem novo líder. Com o empate do Barcelona por 1x1 com o Athletic Bilbao o Real Madrid assumiu a ponta. Os merengues fizeram magros 1x0 no Racing Santander no Santiago Bernabeu e ultrapassaram os catalães. Com alguma distância o Sevilla persegue os dois maiores do país. O clube venceu o Tenerife por 2x1 fora de casa. O Valencia fecha o G4 depois dum bom resultado contra o Osasuna em Pamplona. 3x1. O La Coruña agravou a situação do Atlético de Madrid com a vitória por 2x1 no Riazor. O segundo time da capital é o antepenúltimo na zona de rebaixamento.
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Há algo de novo na França. O Lyon é o terceiro colocado após o empate ante o Grenoble por 1x1 fora de casa. O Bordeaux foi surpreendido em pleno Jacques Delmas pelo incrível Valenciennes. 1x0. O líder do campeonato é o Auxerre que venceu o Monaco por 2x0 em casa. Completando a lista dos times a menos de 3 pontos do líder tem-se o Lorient que venceu o Saint-Ettiene fora de casa por 2x0 e o Montpellier que bateu o Lille por 2x0 em seus domínios.
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Na Inglaterra o destaque vai pra acachapante goleada do Tottenham no White Hart Lane. Atuando contra o frágil Wigan os Spurs desceram 9x1. Apesar disso o líder ainda é o Chelsea. Os blues passaram fácil pelo Wolverhampton. 4x0 em Stanford Bridge. O vice-líder ainda é o Manchester United que passou fácil pelo decepcionante Everton. 3x0 em casa. O Arsenal perdeu para o surpreendente Sunderland por 1x0 fora de casa. Amargando uma terrível sétima colocação o Liverpool ficou apenas no empate contra o Manchester City em Anfield por 2x2.
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Na Itália nada de novo. A Internazionale venceu o Bologna por 3x1 fora de casa e abriu 5 pontos de vantagem para a vice-líder Juventus. A vecchia signora venceu a Udinese pelo placar mínimo em Turim. Num jogo emocionante contra o Cagliari o Milan confirmou a subida de produção ao vencer por 4x3. A Sampdoria fecha o G4 da bota após a vitória contra o Chievo por 2x1 no Luigi Ferraris. A decepcionante Roma se recuperou batendo o Bari por 3x1 em Roma. Já a decadente Lazio e o fogo de palha Napoli ficaram no 0x0 no San Paolo.

domingo, 22 de novembro de 2009

As verdades do futebol

Fazia muito tempo que não falava de futebol aqui. Mas devido a fatos recentes resolvi expressar minha ironia e minha indignação.
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A ironia logicamente é sobre o curioso caso palmeirense. É sempre assim. O ano do torcedor palestrino não muda. Em Janeiro a diretoria contrata bons jogadores inclusive um ou dois craques renomados ou que estourarão no time verde. Em Fevereiro o palmeirense tira onda com os demais rivais haja vista que o time vai de vento em popa. Em Março a eliminação no campeonato estadual. Abril marca uma pequena onda de protestos e um começo fulminante no Brasileirão. Até chegar Maio e o time ser eliminado da Libertadores. A torcida exalta seus " herois " ( já que o time fracassou na Copa graças a um erro de arbitragem ou de maneira injusta segundo seus torcedores ) e empurra o Palestra para ótimas colocações no campeonato nacional.
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Junho e Julho é um mar de rosas. O time joga bem e vence grande parte de seus jogos. Nas últimas semanas de Agosto o time perde uma partida inesperada. Em Setembro o time entra em parafuso. Os resultados já não aparecem. Como reflexo disso em Outubro a diretoria dispara asneiras pra todos os lados. Com o time já comendo poeira em Novembro o time começa com o velho discurso de pensar no ano seguinte mesmo com a vaga pra Libertadores assegurada de última hora em Dezembro. Pra tudo se repetir mais uma vez.
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Por isso eu não me preocupo com o Palmeiras. Esse ciclo se quebrou duas ou três vezes no máximo desde quando vejo futebol. Chamam os são-paulinos de pipoqueiros mas não olham para o próprio umbigo. Isso sem contar a lavada nos mata-matas a vantagem tricolor no confronto direto e o fato de que em 2009 o Palmeiras não comemorou sequer um gol contra o São Paulo. Ser verde é não ter memória.
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Sempre me alertaram de que o campeonato estava armado pros cariocas. Ao ver Fluminense e Botafogo nas últimas colocações e o Flamengo na zona intermediária desencanei disso. Com a arrancada rubro-negra e a posterior subida de rendimento do tricolor abri o olho. Após o Fluminense x Palmeiras percebi que era isso mesmo. Sempre lembrando o caso absurdo do juiz do STJD que disse ao atacante palmeirense Vágner Love de que " caso suas trancinhas fossem rubro-negras você não seria suspenso ".
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A gota d'água foi o julgamento de alguns atletas são-paulinos. Três jogos para Borges era pouco. Mas para Dagoberto e sobretudo para Jean é absurdo. No mínimo o mesmo juiz das trancinhas votou no caso claramente para favorecer o Flamengo. O São Paulo entrou então com um recurso suspensivo que fora aceito. Horas depois o mesmo STJD posta uma nota dizendo que cometera um engano. Engano ou ato proposital para prejudicar os paulistas antes da partida mais complicada de sua trajetória rumo ao hepta ? A pena dos atletas foi reduzida para conter os ãnimos. Mas eu continuo irado com essa leviandade dos tribunais.
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Se o SPFC passar pelo Botafogo já temos 75% do caminho andado. Partida dificílima. Time que luta contra o rebaixamento em casa costuma pressionar do início ao fim. Ao menos temos o retrospecto ao nosso favor. Me apoio nisso contra toda essa covardia que o STJD impõe ao meu time. E com toda essa ajuda por parte dos juízes seja do campo ou dos tribunais a obrigação de vencer o nacional é flamenguista.
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Não satisfeito o twitter do site KibeLoco postou a seguinte nota:
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" O São Paulo q está de chororô é o mesmo q foi campeão em 2008 em campo neutro e com gol irregular? Ah, tá. "
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O site se esquece do fato principal dias antes da partida. O então presidente da FPF Marco Polo del Nero mandou para o juiz escalado para a partida ante o Goiás ingressos para o show da Madonna em nome do São Paulo que não tinha nada a ver com a história. Quem será que foi mais prejudicado nessa história toda ? E... já pensou se eu fosse listar todos os escândalos no qual o Flamengo já teve para fugir de rebaixamentos ou ganhar títulos ? Ou aumentar a lista revelando todas as vergonhas desse clube em tempos passados ? Me calarei. Mas todos sabem do que falo.
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Com os demais times mal me preocupo. Todos incompetentes e um tanto quanto pequenos neste momento. E tem gente que não ganha nada tem muito tempo falando demais pro meu gosto.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tristes constatações

Enumerar coisas ruins é algo que tenho feito insistentemente no meu dia. As reparo em praticamente tudo. Muitas eu esqueço. Mas algumas de tão marcantes eu coloco nesse texto.
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As pessoas não conseguem contornar seus problemas da maneira adequada. O simples fato duma virada de pescoço para si e algumas palavras desconhecidas são o suficiente pra tirar alguém do sério. Claro que há todo o histórico da inimizade. Mas... tal ato iria mudar algo ? Ambas as pessoas iriam continuar se odiando. As palavras não acabariam e não aumentaram isso. Só serviram prum chilique nervoso acontecer e pra orientadora saber da história. O motivo de toda essa briga poderia aumentar ainda mais na Costa do Sauípe. Mas preferiram mongar um pouco. E agora faz-se contagem regressiva para não se verem mais. Saber de todos esses detalhes me faz ver que algumas pessoas aumentam seus problemas. Já eu tenho o dom de diminui-los por maiores que sejam.
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As pessoas reclamam tanto da falta de bondade das pessoas e quando elas são de fato bondosas as mesmas pessoas não acreditam. Não reclamo disso. Reclamo do fingir acreditar que durava até o momento da revelação. Se não acredita por que não fala na cara ? O mundo poderia ser uma merda se todos fossem assim claro. Mas eu sei levar isso. E as pessoas sabem disso. E sim... é das primeiras vezes que reclamo das pessoas. No fundo no fundo você só quer ver as pessoas bem. Apesar de tudo ela te alegra.
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Quando tu achava que sua vida estaria totalmente ligada a duma pessoa surgiu outra e mudou isso. Ao menos tentou. A outra gostava demais de ti e isso enchia o saco. Mas tu se esqueceu da primeira. Isso pode se repetir. A diferença é que tu até pode gostar da outra nesse caso.
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A sua internet começa a falhar com mais intensidade. Os CD's de carnaval antigos vem com faixas faltando. Isso é algo pequeno mas que te deixa encucado. E ao parar pra pensar nisso tu fica bravo. Mais bravo que as aulas de revisão que só andam te trazendo desgosto até agora. Tu só vai nelas pra ouvir uma recusa do texto da formatura outro fato que te stressa deveras.
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Ao que parece tu não sabe aconselhar direito. Tua amiga te pede ajuda e tu fala o que acha. Eu bem falo que suspeito de pessoas que estariam de olho ( e de ouvido no caso ) na conversa. Dito e feito. Além delas terem ouvido acham que aconselho mal. Falei o que achava pois infelizmente como todos não sei fingir que tá tudo bem. Talvez eu seja de todo mal. Mas um dia depois o problema da amiga foi resolvido. Acho que quem precisa ouvir algumas verdades é quem ouviu a conversa anterior. Melhor... essa pessoa precisa parar de achar que a vida se ajeita pelo simples fato de abaixar a cabeça e seguir o que falam.
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Quanto veneno eim Will ? Vai ser assim daqui pra frente. O teu humor mudou a muito tempo. O blog sempre foi sincero. Antes o mundo era um conto de fadas. Continua sendo. Mas ao invés de pensar no felizes para sempre vou mostrar o tortuoso caminho que leva até ele.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tartarugas

Nós humanos temos muito a aprender com esses simpáticos animais. Cada vez mais eu acredito que o dito animal racional foi se desaprimorando em relação a seus antecessores. Podemos ter tudo mas quem sabe conviver com as suas dificuldades são outros seres. E isso vale muito mais do que imaginamos.
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Cada espécie tem uma característica que invejamos. No caso das tartarugas uma que eu particularmente invejo. Não é a vagarosidade que está presente nos humanos em pessoas como Rubinho Barrichello. Mas sim o seu nascimento. Todos aqui sabem a dificuldade de uma tartaruga em sobreviver. É um caminho tortuoso. A mãe vem do mar e desova na areia da praia. São cerca de uma centena de ovos. Muitas tartaruguinhas nascem e não conseguem subir até a superfície. Morrem soterradas.
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Algumas poucas chegam até a parte de cima da areia. Cerca de 3 metros a separam do mar. Mas são tartarugas. Demoram para chegar até lá. Tempo suficiente para os predadores atacarem. Por se tratar de filhotes eles não tem a mínima chance de defesa. Morrem. De 100 filhos um ou no máximo dois sobrevivem. Triste não ? Sim. Mas o planeta seria melhor assim.
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Simples. Existiria uma eliminação dos fracos. Apenas os bons ou aqueles escolhidos pela fortuna sobreviveriam. Talvez por ter uma longa gestação e por ver sua cria nós humanos sejamos tão próximos dos filhos e consequentemente tão imbecis nesse aspecto. Mas minha maior reclamação não vem desse lado. E sim da parte materna da história.
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Venho notado ultimamente que muitos dos meus amigos tem reclamado de suas mães. Eu não preciso nem dizer que reclamo deveras da minha todo dia. Ao ver a mãe de uma amiga se indagando aos quatro ventos do porque de termos filhos pensei nisso. Ela dizia que só serviam para dar dor de cabeça. Dor de cabeça opcional diga-se. Ela poderia dar a luz e não adular tanto quanto um humano. Apenas deixar viver. Torcer para que a cria transpusesse os 3 metros. E acredite... conhecendo minha amiga ela passaria por 3 quilômetros caso necessário.
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Hoje a mãe controla até certo ponto a vida da filha. Não deixa ela ir pro mar com suas próprias forças. E ela só quer tentar. Custa ? Admiro a coragem que ela tem ou que gostaria de ter. Mas é impedida.
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Tartarugas... invejo-as. Vocês criam suas filhas como toda mãe deveria criar. Justamente por não fazer nada por eles e deixarem os filhotes se virarem.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Tá tudo tão puro e verdadeiro agora

Não tinha como esperar muita coisa da Costa do Sauípe. Tu embarcou num astral nada legal e só via seus amigos de sempre. Era um grupo fechado com uma dezena de pessoas que iriam se divertir bastante. Mas você não só queria como precisava de mais. Era necessária atitude para mudar alguma coisa. Mas tu estava tão esgotado da vida que não achava que iria ter força para fazer isso acontecer. E a chegada na escola foi triunfal... com uma batida de cabeça na porta do ônibus. Mas ao ver a sua mãe ficando e tu indo prum destino desconhecido tu se animou minimamente.
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Aeroporto. Check-in é algo sempre chato... isso não muda. Quando tu decide ir pra Casa do Pão de Queijo com o monitor desconhecido tu também se animou minimamente ao ver que tu ia conseguindo se enturmar aos poucos. Descobre detalhes da equipe de monitores. Gosta deles. A supervisora era gente fina e um de seus comandados idem. No embarque e no avião vai falando com um grupinho... com outro... com mais um. Nada demais ainda. Mas já era algo.
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Duas horas. O Preto do meu lado andando de avião pela primeira vez e perguntando algumas coisas. Ele dorme. Chega-se na Bahia. As portas se abrem e tu deseja que elas se fechem. O calor da terra do axé é algo indescritível. O bafo quente tomou conta do aeroplano instantaneamente e fez até o mais friorento tirar a blusa que usava. As primeiras impressões baianas são ruins. O aeroporto em sua parte de fora é feio. Mas o interior é aconchegante. Voc~e tira a mala e descobre que estava no mesmo vôo do Xanddy. Grande acaso de nenhum valor. Mas que não deixa de ser engraçado. Entrando no ônibus começa a conhecer mais intimamente os seus colegas de viagem. Sabe o nome de todos... um por um. Todos parecem ser incrivelmente superiores a você. Os monitos são animadíssimos. E com todo respeito... a Glorinha é chata pra caralho.
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Vai passando o bambuzal. Cai-se na estrada. Salvador Camaçari e algumas vilas. A areia de Tieta à esquerda. A mudança do hotel mais aconchegante pro maior e melhor. Todos vão chegando pra reunião formal. Palavras paternas. Não exagerem em nada e have fun com a Trip Fun. Vamos todos tirar os quartos. O 392 ficaria aonde... ? Lá no fim do andar. No último anexo. Nem ligamos pra isso. Já víamos o que nos aguardava na hora do almoço. Uma comida requintada demais porém deliciosa. Tudo isso com vista pra piscina.
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Todo mundo se trocando. Perder tempo na Costa do Sauípe não dá. Primeira tarde já teve a praia particular. Duas horas no mar e com a monitora se mostrando uma figura boa de papo e de foto. O intervalo pra se arrumar e o jantar no restaurante japonês. Se tu não gostava de comida nipônica ao menos aprendeu a gostar das carnes servidas em ambientes assim. Falavam duma tal de Vila da Praia onde aconteciam algumas baladas. E no caminho aprendemos uma música dum tal de limãozinho. Tudo estava meio escuro tal qual a noite do Sauípe que a lua tentava clarear mas não conseguia. Na tal Vila um show de sincretismo religioso lindo e muitas fotos de todo aquele espetáculo. Mas a que entraria pra história foi a tua com o monitor.
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E logo na primeira noite tu ia ver que essa viagem não seria com uma dezena de pessoas. E sim com todo mundo realmente. O jogo passava e tu ia trocando várias ideias sobre futebol com quem sabia que gostava disso mas nunca havia trocado sabe-se lá por que. Falava também com o mais próximo da turma que bebia bebia e não ficava mal. E ria daquele que já chegou alterado. Roludo ! Boludo ! Sacudo ! Pirocudo ! Baleia Branca ! Dobo não fez só isso. Fez algo melhor. Duas vezes. Com duas meninas diferentes. Incluindo uma que já tinha feito com outro. Logo na primeira noite tudo ia se complicando. Pra ti a noite acabou com uma pequena discussão de terceiros. Pra eles durou muito mais. E por causa disso tu não pode curtir tão mais toda a viagem.
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Segundo dia começando chuvoso. Pergunto à Alininha se iríamos pra Praia do Forte mesmo assim. Dúvida. Fomos. Partindo com meia hora de atraso apenas para lembrar-mos que estávamos na Bahia. Projeto Tamar água comprada e monitores na vitrine. E tu começa então a conhecer o povo das demais escolas. Feio e Andrei vieram falar comigo nesses dias e se tornaram agradáveis companhias. Por mais que tu tenha dormido a tarde nesse dia tu achou alguém para conversar. Muita gente na piscina. E o desafio do David caiu bem. Meia hora passava e o relógio marcava apenas 5 minutos. A Bahia era encantadoramente lerda.
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Mais Vila e mais Tequila. No meu caso era só o lugar da balada. No de uma amiga era o combustível da noite a bebida baiano-mexicana. Tu se senta na mesma mesa dos que sempre admirou mas nunca havia conversado. Eles se revelam boas pessoas. Receptivas. Era a Bahia... ? Só sei que tudo estava mravilhoso. A noite terminou mais tarde. Meia-noite. Tarde ? Espere pra ver o que virá.
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Foi estranho num primeiro momento acordar e não ter que fazer nenhum passeio. Mais estranho ainda era acordar com o telefonema da sua orientadora sem nenhuma bronca. Simpaticamente ela falava pra tomar insulina e o café. Sua mãe nas raras ligações que conseguiu completar ( ou que tu atendeu ) fazia o mesmo. Volta a dormir pra acordar sem ninguém no quarto. Passa o protetor e espera o Polido pra passar nas costas. Ato gay mas necessário prum semi-albino. Vai passando o dia fazendo de tudo um pouco. O toque de recolher era as 6 e meia. Era o tempo pra tomar banho e ir jantar. As 22 horas todos partiríamos pra primeira micareta do Sauípe Fest. E tu já entrosado com grande parte da turma. Faltavam aquelas 3 meninas que pareciam ser simpáticas mas que faltava um papo.
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Junto com o David apareceu tal papo. E a companhia Foi agradabilíssima por aquela noite. Quando teu amigo se aproveita da situação tu vê que é um mané. Mas nem liga pra isso. Alexandre Peixe só empolgou nos covers. Mas ele cantou das músicas mais lembradas. Dono da obra-prima que pergunta se a gatinha gosta mais de Red Label ou Ice. Nem ficamos pro show da Negra Cor por um erro de comunicação. Sem problemas. Nessa madrugada conheci uma das melhores pessoas da viagem. E acreditem que isso é um baita elogio. Grande Rafael Molina dos sete pontos. E quando o conheci ele somava apenas dois. Foi o meu primeiro nascer do Sol. Visto só do lobby do hotel. Foi a noite na qual fomos acordar o Andrei no quarto do Feio. Uma grande noite.
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Acordar as 7 da manhã não foi possível no sábado. A Marcinha acordou o Polido. " Willian... sete e dez ". " Tá. " E tu vira pro lado dormindo novamente. Naquele dia a manhã começou as 9 e meia. Tu se sentia o verdadeiro bagaço e ainda cochilou mais um pouco. Almoçou cedo e foi até a pedra da praia. Tirar fotos e ver a onda quebrando. Sensação maravilhosa. Nessa tarde entra em cena a figura mais polêmica da viagem e que sequer fazia parte do grupo. Um ex-BBB que encheu o saco de todos.
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Leonardo do quarto branco... quem se lembraria dessa criatura ? Ele apareceu com a Michelle também ex-BBB 8. Nada fez e atrapalhou a todos no hotel. Se juntou a duas amigas do Renan e a alguns caras da Trip. Enquanto as meninas iam tirar fotos com ele o cidadão aprontava com pessoas do grupo. E teve mais que falarei depois.
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Era a segunda noite de shows. Por uma confusão total de horários chegamos no meio do show do Timbalada. Infelizmente. Um shows divino. Percussão incrível. Eu e Acácio tínhamos um brilho nos olhos estupendo. Sem maiores músicas de sucesso e com um ou outro hit o show fora tranquilo e empolgante. O público explodiu mesmo com a música que embalou toda a viagem. " Cachaça " era o nome de tal canção. Com um bom tempo de intervalo entra Cláudia Leitte. Com seu micro shortinho branco e suas músicas conhecidíssimas. O show desapontou um pouco quanto mais chegava perto do fim graças ao repertório não condizente com a cantora e a vulgaridade de alguns atos dela. Voltamos pro hotel 4 da manhã. E com todos empolgados foi fácil juntar 20 cabeças pra ver o nascer do Sol. Dessa vez na praia.
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Ainda no pique tu acordou facilmente. Dessa vez sim as 7 da manhã. Ainda viu do corredor do terceiro andar uma galera que emendou a madrugada com o café. Isso não é pra ti. Dormiu novamente e acordou pra hora do almoço. Quando a sina dos domingos chatos iria se repetir até na Costa do Sauípe toca o telefone. David e Mansour me chamando pra ver o clássico no quarto deles junto com o Dan e o Dobo. Convite aceito na hora. Experiência muito agradável com risos e comemoração dos dois gols corinthianos. No fim do jogo a Yasmin apareceu e deu sorte ao Palestra ainda. Já era tempo de voltar ao quarto tomar seu banho e entar ficar bonito para a última noite de shows.
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Ainda houve tempo prum esquenta do esquenta no quarto do Dan e do Dobo. Todos descendo. O show do Rappa começava mais cedo. Encontramos lá as meninas que nos convidaram pra ir á Vila. Convite novamente aceito. E lá fomos em comboio. O Rappa realmente estava a fim de empolgar. Conseguiu isso facilmente com suas músicas e seu estilo peculiar. O único porém foi o cheiro de maconha que subia a cada música. Ossos do ofício. E acredite... o melhor ainda estava por vir.
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Chame de último show ou de saideira. Mas o Jammil e uma Noites foi sim o melhor show do Sauípe Fest. Covers músicas de sucesso e desconhecidas na medida certa. E todo mundo até o fim do show presente. Terminado o espetáculo todos estavam acabados. Muitos dormiram no hall do hotel querendo ver o nascer do Sol. Prometi acordar todos. Vi o Feio de barriga pra cima a Tânia estatelada no sofá e a Bia dormindo tal qual um casulo toda desajeitada na cadeira. Todos acordaram e vimos o tal nascer do Sol. Um papo esperto com o Dan e um abraço no mesmo e na Tânia fechou o domingo.
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Agora mais do que não ter nada de manhã não tínhamos nada a noite. Bateu um certo desânimo de manhã com o Sol escaldante e a toalha no dorso pra não se queimar. De tarde fomos alugar um carrinho de golfe para entrar dentro do complexo. Maas... surpresa. Era necessário ser maior e CNH. Acabei trocando ideia no deck da piscina e mexendo o balaio e o mingau mesmo. Num desencontro ainda maior que o normal acabei jantando com a Marjory a Cláudia e a Ellen do quarto ao lado. O luau um tanto quanto desanimado acabou e a Tequila não abria. O que parecia ser uma noite perdida teria capítulos empolgantes de madrugada.
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Não sei por que não dormi. Mas no lobby fiquei. Do nada vejo a Nathy desesperada indo pra lá e cá. Fiquei sem entender mas sabia que lá tinha algo. Depois o Mansour me explicou. Algo muito pesado e que não precisa ser contado aos 4 ventos. Mas que claaro envolvia o ex-BBB e seus amiguinhos metidos à besta. Preferi ir ver o Sol nascendo que entrar na pilha. Antes ainda deu tempo de fazer o Fabinho cantar Oasis. Quem diria.
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Graças a noite miada todo mundo acordou com ânimo pro último dia inteiramente no Sauípe. Piscina desde cedo com Sol animação e cerveja. Dia sobretudo de jogar bola. Não sei por que riram tanto dos meus berros na zaga se praticamente ninguém voltava pra zaga. Eu só quero vencer. Treino é jogo e jogo é guerra. E pra fechar a última noite no resort teve a tradicional janta do trocado. É impossível usar o que as mulheres usam com tudo tão colado. E as roupas do Polido e do Fabinho estavam incrivelmente bizarras. Destaque também pro cabelo ora Sonic ora Negra Li do Gabriel.
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Não vi o Sol nascendo. Iríamos acordar cedo no dia seguinte. O tempo que lá fiquei tive vontade de abraçar todos pausadamente e falar o quanto eles foram importantes nessa semana. Me contive. Ainda tirei fôlego sabe-se lá da onde para começar a arrumar a mala. Ação que foi terminada no inglório horário das 6 da manhã. Arrumei tempo ainda pra tomar café e insulina. Mesmo assim fui dos primeiros a ficar pronto. Salvador nos esperava.
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O reencontro com Glorinha foi complicado. A mulher não parava de falar e tudo que eu queria era dormir. Do pouco que abstrai de tanto tititi foi o fato dos ambulantes soteropolitanos serem iguais formigas ao ver turistas. E era bem assime mesmo. Mal descíamos do ônibus éramos abordados por um emaranhado de pessoas vendendo quinquilharias das mais variadas espécies. A primeira parada foi ao Farol da Barra. Depois passamos pela Ondina e subimos à Cidade Alta. Me chamou a atenção o bairro do Campo Grande muito bonito e com a residência de Ivete Sangalo.
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Tive o imenso prazer de ir ao Pelourinho. Entendi por que tal lugar é tão exaltado por tudo e todos. De uma beleza inigualável. Passar em frente a Casa do Olodum foi uma experiência imensurável. Tivemos tempo ainda de descer o Elevador Lacerda e comprar lembranças no Mercado Modelo. Lá aproveitei e fiz um dread por pura diversão. Encerrando o city tour pela capital baiana comemos numa churrascaria defronte a praia da Amaraldina. Um cochilo no ônibus e acordo já no belo bambuzal do aeroporto Luís Eduardo Magalhães. Bonito mas que não gostaria de ver. O sentimento de não querer descer do ônibus e não querer entrar no aeroporto tomava conta de mim.
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Não teve jeito. Embarcamos rapidamente. No avião que fazia uma trajetória diferente da ida falei com uma das poucas pessoas que não havia conversado direito na viagem. A Thaiane me contou sua história na viagem e alguma parte dos antecedentes. Opiniões e a companhia amigável que fecharam a viagem com chave de ouro literalmente. Já em Guarulhos todos se abraçaram. Gostaria de falar o quanto eles fizeram da minha semana a mais feliz de toda a minha vida. Novamente me contive. Mas no sorriso dado a cada um no fim do ato isso estava implicíto.
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Amizades verdadeiras e já revistas. A certeza que de fato a Bahia é aqui. E mesmo aqui sendo ela jamais sairá de mim.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Momentos infelizes

Num campeonato longo extenuante e estressante como o Brasileirão é normal termos erros seguidos. Porém quando o campeonato chega à reta final de maneira parelha como nesse ano qualquer faísca causa um imenso incêndio. A última rodada protagonizou um jogo cheio de decisões errôneas e suas posteriores consequências inflamadas.
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O jogo dos muitos erros foi Fluminense x Palmeiras. O Maracanã lindo com mais de 60 mil pessoas viu uma partida desastrada do árbritro Carlos Eugênio Simon. Ele anulou um gol legítimo do centroavante palmeirense Obina e nada fez na ríspida sequência de agressões entre o lateral palestrino Pablo Armero e o atacante tricolor Alan. A partida terminou 1x0 pro Fluminense que tem chances reais de sair do rebaixamento agora. Já o Palmeiras perdeu a liderança para o São Paulo.
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O erro está explicado. As citações que gostaria de destacar são três. Em seu twitter o cantor flamenguista Léo Jaime assim falou sobre o árbitro gaúcho:
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" Simon dando uma força para o São Paulo no Maraca. Acho difícil o título ser de outro time com tantas "coincidências". "
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Simon só estaria ajudando o São Paulo ? Talvez o cantor se esqueceu que Palmeiras Atlético Mineiro Cruzeiro e o próprio Flamengo brigam pelo título. Isso descontando o fato de que na mesma rodada o atual líder jogou em Porto Alegre ante o Grêmio e teve 3 jogadores expulsos. Isso que é " coincidência " ou como ele quis dizer com as aspas favorecimento. Mas... aceito. Não há torcedor que entenda mais de " coincidências " de arbitragens que os flamenguistas. Acho melhor o cantor continuar buscando a fórmula do amor pois a fórmula dos títulos rubro-negra se limita ao campeonato Carioca. Já a do São Paulo vem rendendo títulos importantes desde 2005.
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A segunda citação é mais grave. Vem do presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras Luiz Gonzaga Belluzzo e se refere a mesma arbitragem de Simon no Maracanã:
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" Simon é vigarista, safado e crápula. Se eu encontrá-lo na rua, dou uns tapas no vagabundo. Para variar, ele está na gaveta de alguém. Só dá para entender assim. Ele está fazendo favor a alguém. Na minha opinião, ele fez um serviço para o Fluminense, porque se o Fluminense não ganha, fica complicado para eles. "
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Há algumas diferenças entre o que falo o que Léo Jaime fala e o que Belluzzo fala. Os dois primeiros são torcedores sem nenhuma ligação administrativa com o clube. Já Belluzzo é presidente do Palmeiras. Mais que um candidato ao título é o time com a quarta maior torcida do país. Uma agremiação imensa. Por mais revoltado que esteja é inadmissível um homem sério e no cargo que ocupa sair falando esse tipo de coisa. Ele ainda completa:
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" Quando o Vágner foi expulso um dos desembargadores do STJD comentou que o nosso atacante tinha tranças verdes. Caso elas fossem rubro-negras você não pegaria duas partidas de suspensão disse ele. "
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Mesmo caso. É revoltante saber de tudo isso. Mas todos sabemos que isso acontece. O sério e renomado economista perdeu a linha de vez na presidência do alviverde. Está tudo tumultuado. A rodada foi esquecida e a polêmica novamente está criada. O Braisleirão perde o brilho dos campos e ganha o glamour sujo dos tribunais. Obrigado árbitros. Obrigado cartolas. Por culpa de vocês o melhor futebol do planeta não pode evoluir ainda mais.