quarta-feira, 30 de junho de 2010

A quem interessar possa

Hoje fiquei abismado com o quanto minha voz é ouvida na minha antiga escola. Voz como metáfora das minhas opiniões e visão de mundo, óbvio. Mas minha presença lá ainda é forte, bem mais do que eu imaginava. Ao ouvir fatos passados e enterrados, me surpreendi com o quanto as pessoas podem deturpar minhas palavras. Disseram trechos grandes de meus textos nesse blog, até. Uma doçura ! Então, especialmente pra ti: eu e ela estamos bem. Atritos sempre existem, mas após soluciona-los, o sentimento de união está ainda mais forte. E eu gosto muito dela, muito mesmo. Mas sei que isso tu não falará, pois não lhe convém.
.
Ainde te dou uma informação extra, pro seu deleite, ilustre fã: ganhei um VIP pro show do Darvin dia 4, e estou muito agradecido ao Naca por lembrar-se de mim e me chamar pra ser o acompanhante, pois foi ele quem venceu a promoção. Satisfeito ? Sua fofoca de amanhã já tá feita, aproveite !

terça-feira, 29 de junho de 2010

Medrosos

Nos dois jogos da Copa do Mundo hoje, pudemos reparar até onde esse sentimento tão covarde que é o medo pode prejudicar o futebol. De manhã, na partida ante Paraguai e Japão, um jogo de nível técnico lastimável mas com muita emoção nos 90 minutos regulamentares, a prorrogação foi duma monotonia incrível. Explica-se: tanto sul-americano quanto asiáticos nunca foram além duma fase oitavas-de-final. A chegada nas quartas era novidade pra quem lá chegasse, obviamente. E o medo impediu ambas as seleçeões de tantar algo, tocando de lá pra cá sem objetividade nenhuma. Nos pênaltis, Komano chutou na trave sua penalidade e deixou os japoneses necessitando dum erro paraguaio. Cardozo converteu o quinto pênalti, dando 100% de aproveitamento pra seleção guarani. Sem brilho, mas com muito mérito, o pequeno país da América do Sul debuta entre as oito melhores seleções do planeta.
.
Porém mais medo que o demonstrado por certas peças da seleção portuguesa talvez não se veja tão cedo. Enquanto o jogo estava parelho, tudo corria bem. Após o gol de David Villa, numa linda jogada de Iniesta e Xavi Hernández, porém, tudo foi por água abaixo. Cristiano Ronaldo, já engolido por forças ocultas ( irresponsável e pipoqueiro ), sumiu de vez nessa hora. Carlos Queiróz, técnico português, recusou-se a tirar CR7 de campo, deixando a seleção lusitana com um peso morto em campo e colocando jogadores de qualidade duvidosa, como Danny e Pedro Mendes, para sair átras do resultado, enquanto Vicente del Bosque, treinador da Fúria, tirou o tão falado Fernando El Niño Torres e colocou Llorente, em alteração visivelmente favorável para a equipe. Com exceção de Tiago ( apareceu bem quando acionado ), Fábio Coentrão ( talvez o melhor lateral esquerdo da Copa do Mundo até aqui ) e Eduardo ( operou milagres hoje ), toda a seleção portuguesa teve medo, e tal medo levou-os a um resultado decepcionante. A Espanha, por outro lado, não deu bola para seu histórico de sempre pipocar nas fases mais agudas dos mundiais. Esse grupo demonstra querer mudar essa sina e, com esse time, tem totais chances de conseguir o desejado.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eficiência, nada muito além disso

Posso fazer uma gradação crescente do meu dia hoje. Saí mais cedo do cursinho graça sa uma consulta ao dermatologista, na qual ela foi bem clara: vou ficar careca. O tempo é indeterminado, pode levar poucos ou muitos anos, mas uma hora ela chegará. Não é a melhor notícia pra se receber, mas prefiro tudo dito assim, sem muitos rodeios e com toda a sinceridade possível. A notícia, mesmo esperada, sempre choca e nunca é fácil de ser digerida, infelizmente.
.
No almoço, observei todo o segundo tempo de Holanda x Esloováquia. Os gols de Robben e Sneijder, os líderes da Laranja Mecânica nessa Copa do Mundo, não mostraram todo o poder de jogo do país baixo. Na realidade, há muito tenho falado o quanto estou decepcionado com o futebol burocrático e decepcionante, até certo ponto, dos holandeses. Não é novidade nenhuma a minha imensa simpatia por tal seleção, graças ao futebol bonito, técnico e ofensivo, O pragmatismo desses tempos anda me deixando entristecido. De qualquer forma, eles conseguem seu objetivo. O gol do eslovaco Vittek, no final da partida, fez a seleção da Eslováquia sair de cabeça erguida e com uma campanha honrosa, após eliminar e vencer a Itália na primeira fase, e podendo ter melhor sorte ante a seleção laranja.
.
No intervalo entre ambas as partidas, tempo pra lição e pra outra esperada conversa. Novamente, a tal eficiência entra em ação. Sem titubear, um fala pro outro o que acha e o que sente, sem maiores delongas. No fim, até deu tempo pras sempre presentes brincadeiras, com a certeza de que ao menos eu desabafei sem discussões mais ásperas. Nada mais perfeito.
.
Enfim, jogo do Brasil. Não senti o mesmo clima dos jogos da primeira fase, talvez pela proximidade entre as duas últimas partidas. Quem perdeu fomos nós. A seleção entrou no jogo pra vencer, com uma atitude totalmente diferente da partida anterior. Atacando maciçamente desde o início, fez uma blitz no campo chileno no começo da peleja. Ao tirar um pouco o pé, o golpe derradeiro. Escanteio na medida pra Juan, com toda a serenidade peculiar do zagueiro, cabecear de maneira perfeita, abrindo o marcador. O resultado adverso desestabilizou os Rojos, que tomaram o segundo gol quatro minutos depois do primeiro, em assistência de Kaká e gol de Luis Fabiano, driblando o goleiro. No segundo tempo, Robinho ainda marcou o terceiro, após uma jogada espetacular de Ramires, mostrando a comissão técnica e a todo mundo que, de fato, merece uma chance entre os titulares. Lamenta-se apenas a falta desnecessária e a posterior suspensão de Ramires para as quartas-de-final. Com o 3x0, a seleção canarinho provou ser a mais sólida equipe das oitavas-de-final, não dando chances ao adversário. Que assim seja, sexta-feira e até dia 11 de Julho.

domingo, 27 de junho de 2010

Pequenos barulhos, que calam ou alegram

Em dias normais, após o post nesse singelo local da web, nada mais acontece. É um emaranhado de minutos nos quais tudo se desenha com traços ordinários. Ontem não foi assim. Por poder dormir a hora que eu bem entedesse, fiquei à toa no twitter. Lá, conheci uma menina. Já a seguia, ela me seguia também, mas só ontem fomos nos comunicar diretamente. Não preciso contar com detalhes, mas ela realmente fez minha alegria durante a madrugada, apenas com seu jeito engraçado. Minhas risadas, contidas e silenciosas, foram a explosão de alegria duma noite monótona.
.
Fui dormir por volta das 04:30h da manhã, tarde, muito tarde. Acordei por volta das 08:50h. Dez minutos antes da corrida de hoje. Não iria perder muito caso não visse a F1. Perderia a largada, na qual Webber caiu inúmeras posições. Lamentaria e muito não ver ao vivo a batida fortíssima de Webber em Kovalainen, na qual o australiano alçoou vôo em looping e se chocou violentamente contra a proteção de pneus. Ficaria triste ao ver o azar da Ferrari e sobretudo de Felipe Massa ao não cosneguir entrar no pit stop na hora exata, perdendo a chance de brigar por posições decentes. Acharia estranho tantas punições, seja pra Hamilton ou pro imenso pelotão que o acompanhou após o término da corrida. Também ficaria mal por não ver as duas últimas voltas de Kamui Kobayashi, que, com sua fraca Sauber, ultrapassou Alonso e Buemi. Ademais, tudo na mesma. Vettel venceu, Hamilton e Button o acompanharam. Destaque pra excepcional quarta colocação de Rubens Barrichello, um resultado e tanto pra gigante Williams. Mas... vi tudo a vivo. Não deixou de ser decepcionante. O ronco dos motores, agudos, calaram minha esperança de ver uma corrida emocionante em Valência
.
O principal motivo pelo qual queria acordar começou pouco tempo depois. Os hinos não escondiam. Primeiro, Das Lied der Deutschen , o hino alemão, composto pelo grande Haydn. Depois, o inconfudível God Save the Queen, ode inglesa, talvez o único hino de fato clamado por sua torcida. Não adiantou muito. Após erro de Upson, Klose anota o seu 12º gol na história das Copas, igualando a marca de Pelé. A Inglaterra respondeu com Defoe, carimbando a trave de Neuer. Depois, Muller serviu Podolski, e o polaco não titubeou, marcando 2x0. O English Team mostrou então porque era das favoritas pra Copa. Upson descontou de cabeça e Lampard, num golaço, empatou. O juiz não deu, mas falemos disso mais tarde. O segundo tempo veio com pressão total dos britânicos, mas, em dois contra-ataques fulminantes num intervalo de quatro minutos, Muller fez dois e acabou com o sonho do bicampeonato mundial inglês. A Alemanha faz 4x1, e os alemães nas bancadas, em número muito menor, fazem barulho e silenciam a multidão da rainha.
.
Mais tarde viria Argentina x México. A sensação da Copa, a seleção sul-americana, entrava como favorita, mas teria o primeiro grande desafio na competição pela frente. E os platinos levaram um susto quando Salcido, ótimo lateral esquerdo mexicano, chutou de muito longe, na trave de Romero. No rebote, Guardado chuta uma bola venenosa, passando rente à trave. Cerca de 15 minutos depois, após confusão na área, Messi lança Tevez, que escora de cabeça pro gol aberto. No replay, ficou nítido a posição irregular, e muitíssimo irregular, do atacante argentino. Novamente, deixemos a confusão pra depois. Sete minutos depois, Osorio, zagueiro da Tri, faz uma lambança e entrega a bola nos pés de Higuaín. O novo artilheiro da Copa do Mundo, com quatro gols, anota e deixa a Argentina com as duas mãos na vaga ante o nervoso e inexperiente time da América do Norte. Na segunda etapa, esperava-se um México muito ofensivo, o que de fato aconteceu, mas sem grandes chances. E quem não faz, como já diz o jargão do futebol, toma. Tevez recebe a bola bem antes da área e manda um chutaço no ângulo de Perez. O 3x0 dos hermanos era quase irrecuparável. Faltando 20 minutos pra partida acabar, Javier Hernández ainda deu esperanças aos astecas, anotando 3x1, resultado final da partida. O jovem México mostrou seu valor, mas também apresentou as consequências das tenras idades de seus selecionados. A euforia argentina era tanta que só se ouvia o barulho dos belos cânticos da Baja Quilombera.
.
E os erros de arbitragem, eim ? O chute desferido por Lampard não só entrou como entrou muito, cerca de meio metro. Um golaço subtraído do time inglês. Por ser o de empate, após o início ruim do esquadrão da Inglaterra e logo após o primeiro gol de tal equipe, daria um panorama muitíssimo diferente á partida. Já o gol irregular da Argentina abriu o placar da partida, e foi obtido após muita insistência, no chamado gol chorado. O replay do lance passou no telão do Soccer City, enfurecendo ainda mais os roubados mexicanos. Mesmo assim, o gol foi validado. Dali em diante, o time norte-americano ficou nervoso, não conseguindo mais ter tranquilidade pra nada. Tanto os subordinados da rainha quanto os descendentes dos maias foram prejudicados. Aqui, o fino barulho do apito calou os justos.
.
Hoje, após postar aqui, parece que o dia ainda terá emoções. Infelizmente, ruins. Espero o barulho da verdade compreendida, e não o dos berros da intransigência.

sábado, 26 de junho de 2010

Contra a lógica e o PIB

Muitos, erroneamente, associam o futebol às condições ecônomicas dum país. Levam em conta renda per capita e taxa de analfabetismo falando sobre as chances de cada seleção na Copa do Mundo. Algumas vezes eles tem razão, claro. Seria fácil demais pros países desenvolvidos levar a partida ante os pobres e ruins ( no futebol e na qualidade de vida ) países do terceiro mundo.
.
No entanto, essas mesmas pessoas esquecem-se do mais importante fator de emoção no esporte: a imprevisibilidade. Não lembram que futebol não é tribunal, no qual nem sempre o melhor vence. Já diria um dos mais famosos chavões do esporte bretão, o futebol é uma caixinha de surpresas. Todos já ouviram tal frase, famosa e dita aos 4 ventos por qualquer um que trabalhe, goste ou apenas acompanhe a mais amada atividade física do planeta.
.
Duas partidas colocaram frente a frente dois países com índices econômicos ruins, mas com muito valor, e duas nações de forte representatividade no planeta, que entraram como favoritas ( não por isso pra mim, mas só por isso pra muitos ). O primeiro embate deu-se entre Uruguai, a eterna Celeste Olímpica e a Coreia do Sul, dos locais com o futebol mais crescente no mundo. O país americano, chamado de " Suíça das Américas " outrora graças ao seu charme e encanto, hoje amarga uma recessão econômica, perdendo espaço para seus vizinhos Brasil e Chile. A Coreia do Sul viu seu PIB inflar vertiginosamente após a Segunda Guerra Mundial, puxando a fila dos países alcunhados de " Tigres Asiáticos ".
.
Em IDH não teria graça. E, pra muitos, a renda per capita se faria valer durante o jogo. Ainda mais após Park Chu carimbar a trave sul-americana logo aos 3 minutos. Num início de jogo movimentado, Forlán cruzou da esquerda e contou com o erro do goleiro coreano Jung Sung, que deixou a bola passar, sobrando limpa pra Suárez marcar o primeiro gol da partida. A Coreia do Sul saiu ao ataque, e o Uruguai passou a se defender com suas forças, indo ao ataque apenas ao enxergar um espaço vazio no gramado.Numa dessas, Maxi Pereira adentra a área e chuta, mas Ki Sung corta com a mão, em pênalti não marcado pelo juiz Wolfgang Stark. O primeiro tempo termina com saldo positivo pros pobres.
.
O segundo tempo era um espelho do que havia sido grande parte do primeiro: Coreia pressionando, celeste contra-atacando. Com 23, Lee Chung aproveita a péssima saída do goleiro Muslera e faz de cabeça. Os papeis se invertem radicalmente: os coreanos são engolidos pela sede de vitória uruguaia e por sua superioridade técnica. A blitz, enfim, deu resultado após Suárez, agora artilheiro da Copa com 3 gols, aproveitar rebote na área e chutar de direita, no cantinho, indefensável. A bola explode na trave, mas os deuses do futebol ajudam os golaços, os artilheiros e os melhores, quando necessário. O 2x1 classificou os pobres, aguerridos e desacreditados. A nada pobre Celeste Olímpica reescreve sua história: após 40 anos, está de volta a uma quartas-de-final de Mundiais. Como é bom ver esses " pobres ", eternos vencedores, vencendo de novo.
.
Uma das maiores disparidades econômicas do planeta entrou em campo pouco depois, em Rustemburgo. A partida reuniria os Estados unidos, maior potência econômica do planeta, contra Gana, detentora de um dos 20 piores PIBs da Terra. Confesso-lhes que, nesse jogo, achava os yankees favoritos. Mas por apresentar um elenco mais equilibrado, experiente e decsivo. Logo no início da partida os Estrelas Negras me calaram com o gol relâmpago de Boateng. O ganês chutou forte e venceu o excelente goleiro Tim Howard. E os africanos quase fizeram 2x0 com Gyan batendo falta. Aos 30 minutos ainda da primeira parte, o técnico norte-americano resolve mexer em sua equipe, colocando o meio-campista Edu. A alteração surtiu efeito, e quatro minutos depois os Estados Unidos chegaram perto de empatar com Findley.
.
No intervalo, o carioca Feilhaber entrou na seleção americana. Muito ativo e criando boas jogadas, colaborou ainda mais para o domínio da seleção branca nos 45 minutos finais de jogo. Aos 17 minutos, Mensah faz pênalti em Dempsey. O camisa 10 e estrela do futebol da CONCACAF, Landon Donovan, cobra aberto, tirando de Kingson e quase chutando pra fora, mas a pelota explode na trave entra. Até o fim da partida via-se os africanos na defesa e os americanos a virada à todo custo. Porém, a partida foi mesmo pra prorrogação.
.
Esperava-se domínio norte-americano, pois a equipe da África parecia cansada. Ledo engano, novamente. Após longo lançamento de Ayew, Gyan vence o marcador na corrida e fuzila, marcando 2x1. A aguerrida seleção do Tio Sam vai destemidamente ao ataque, chegando por diversas vezes perto de seu objetivo. No lance-símbolo da entrega de cada um dos 11 guerreiros do time, Howard subiu pra cabecear a bola na área adversária, mas Kingson deu um soco forte, isolando-a. Os pobres, ou no caso muito pobres, venceram os ricos, os muito ricos, novamente. Dessa vez sim, de forma muito surpreendentes. Um jogo de superlativos, como notaram em minhas palavras. Faltaram duas observações, dadas sob a forma de curiosidade: a seleção mais vibrante, unida e emocionada da Copa foi eliminada, e a detentora de um dos uniformes mais feios desse mundial ( usado hoje, aliás ), está classificado. O time de Gana 2010 entra pra história por se tornar a terceira seleção africana a se tornar quadrifinalista, juntando-se a Camarões 90 e Senegal 02. A Copa é da África, mais do que nunca.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Emoções

Não, essa música não trata de nada relacionado ao rei Roberto Carlos. É algo bem mais simples, nítido para todos nós, reles mortais, e não apenas a majestades de qualquer espécie feito o já citado. O dia hoje prometia mutias emoções, não correspondidas.
.
Jogo do Brasil em Copa todos sabem como é. O país para, literalmente. O trânsito, as pessoas, o comércio, a indústria... só não contávamos que a seleção também ia parar. Jogo fraco até os 30 minutos do primeiro tempo, momento no qual os selecionados começaram a perseguir o gol, com boas chances de Luís Fabiano, Maicon e bola na trave de Nilmar. No começo da segunda etapa, é a vez dos lusitanos irem ao ataque com insistência. No entanto, a pressão durou apenas 20 minutos. Os instantes finais da partida foram duma monotonia sem tamanho, pois tal resultado classificava Portugal e garantia a primeira posição do Brasil, já que Costa do Marfim não conseguiu o milagre do qual precisava. Os Elefantes bateram a fraca Coreia do Norte por 3x0, mas precisava de mais 6 gols para ir à segunda fase. Poucas emoções de manhã pela Copa.
.
Já aqui em casa, vendo o jogo com meu primo, passei o tédio da partida e me diverti. Piadas ruins, conversas fraternas, um almoço feito por mim e a revelação ( apenas da parte dele, óbvio ), do meu lado doméstico, lavando a louça e fazendo esse tipo de coisa. Infelizmente, ele foi embora de casa cedo, pois minhas aulas práticas começaram hoje. Após ouvir as palavras do instrutor ( gentil, calmo e de voz fina, grande seo Souza ! ), ele dá a ordem para trocarmos de lugar, deixando-me guiar o automóvel. A mistura de euforia e receio se fizeram presentes em tal segundo, me proporcionando as emoções que faltaram nos jogos da Copa do Mundo. Após as duas horas de aula, elogios do instrutor e a certeza de que não foi nada tão trágico assim, apesar dos momentos de inexperiência normais, ao deixar o carro morrer, por exemplo. Pela primeira vez me senti um condutor de verdade. Mais: vi a liberdade no vidro da frente, a alegria pela janela e a dependência ficando no retrovisor.
.
Enquanto eu dava minhas voltas iniciais, acontecia a rodada derradeira do grupo H da Copa. Nela, Espanha e Chile fizeram um dos jogos mais aguardados da fase de classificação. Nele, David Villa fez história aos 24 minutos. Ao fazer o primeiro gol da Fúria, tornou-se o maior artilheiro da Espanha em Mundiais, com 6 gols. Iniesta, retornando hoje após sentir dores musculares, fez outro, ainda no primeiro tempo. No lance do gol, o árbitro ainda expulsou o volante chileno Estrada, deixando o caminho ( perdoe-me pelo trocadilho ) livre pros europeus fazerem mais, o que não ocorreu. Bielsa fez duas alterações pro segundo tempo, uma delas a entrada de Millar em substituição a Valdivia. Logo no primeiro lance, o recém-chegado ao campo desconta. Depois foi puro toque de bola sem objetividade nenhuma, com o placar favorecendo ambas as seleções, num ato dos mais vergonhosos que se pode ver. Ok, culpa da Suíça, incapaz de fazer um mísero gol na fragilíssima Honduras, num jogo encerrado em 0x0. Mas certos eventos apodrecem o futebol duma forma lastimável.
.
A partir de agora, as emoções virão em doses homéricas. Aulas de direção correntes ( a próxima é dia 1º de Julho ), eliminatórias da Copa do Mundo começando... como diria o inconfundível e chato, mas sempre presentes nas mais empolgantes transmissões, Galvão Bueno... haja coração !

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Depois da tempestade vem a bonança

Tal oração, escrita na Bíblia ( Mt, 10, 16-23 ) tornou-se um provérbio largamente utilizado pelas pessoas. Dá uma conotação positiva quando tudo está prestes a desmoronar. Espere um tempo, corra átras e veja tudo melhorar. Ontem, num dia tão conturbado, pensava ter chegado ao fim dum ciclo. Hoje, após deixar a poeira baixar, vi que nada estava perdido. Muito pelo contrário, o dia se mostrou bem agradável.
.
O celular vibra, indicando mensagem. A conversa, prometida pra tarde, veio logo de manhã. Bem mais amena do que prometia ser, e com tópicos bem mais simples também. Veio o entendimento logo de cara, mas o desfecho ficaria pra mais tarde. Antes de voltar pra aula, deu tempo de ver o primeiro gol da Eslováquia ante a Itália. Erro no passe de Daniele de Rossi, e Vitek marcou. A desclassificação iminente assustou a Azzurra, que se lançou ao ataque com todas as forças. Já no segundo tempo, aos 22 minutos, Quagliarella aproveitou cruzamento e soltou um foguete salvo por Skrtel, milagrosamente. Seis minutos depois, Vittek fez 2x0, levando os italianos ao desespero. Pouco depois, di Natale fez o primeiro da seleção da bota, em gol que gerou confusão, graças à catimba eslovaca e a pressa de recomeçar o jogo por parte dos europeus. O empate e a posterior classificação vieram no gol de di Natale aos 40 minutos, anulado pelo árbitro. Em outro contra-ataque, Kopunek recebe um passe e encobre Marchetti. Fim de jogo ? Não. Quagliarella ainda conseguiu marcar aos 47, dando sobrevida aos tetracampeões do mundo. Aos 50, Pepe ainda desperdiçou a chance, do jogo e da classificação. A Itália volta pra Europa enquanto a Eslováquia fica, junto com o Paraguai. A seleção guarani ficou no 0x0 com a Nova Zelândia num dos piores jogos da Copa, e assegurou a primeira colocação. Aos oceânicos, a honra de sair do Mundial com uma campanha melhor que a Itália, sem nehuma derrota. É Itália... um elenco tão velho não deu a experiência nem a qualidade necessária pro penta.
.
Após digerir tantas emoções na tela dum celular com TV, diretamente do cursinho, almoço e aula de matemática. Não é dos meus programas favoritos, como todos sabem. Porém, o tempo com o Enzo, cheio de piadinhas e com uma matéria simples, mostraram-se bem aproveitadas, até mesmo por sair meia-hora mais cedo. Parti direto pro Objetivo, onde vi a quadrilha do atual terceiro ano, reencontrei amigos antigos, professores queridos e terminei a tal conversa. Faltava pouco a ser dito, e o clima realmente me deixou feliz, absurdamente bem.
.
Enquanto acontecia a festa junina, a decisão do grupo E tinha bola rolando. Nela, a Holanda foi eficiente e fez 2x1 ante Camarões, se despedindo da primeira fase com 100% de aproveitamento, feito inédito pra poderosa Laranja Mecânica em Copas. Já pro lado camaronês, só decepção: nenhum ponto e um futebol de quinta categoria, desonrando os tão temidos Leões Indomáveis. Na partida que valia algo, de fato, Japão e Dinamarca disputavam a segunda vaga da chave. Honda e Endo, a dupla talentosa de jogadores nipônicos, deu a vantagem aos asiáticos em duas cobranças de falta maravilhosas. No rebote dum pênalti batido por ele mesmo, Tomasson desconta. No fim da partida, porém, Okazaki faz o único gol de bola rolando. Os samurais se classificam, a deixam a Dinamarca com saudades do belo esquadrão montado nos anos 90.
.
Veio a bonança. Após uma forte tempestade ( e, com a deixa, mando minhas forças aos alagoanos e pernambucanos que sofrem com os problemas deccorentes dos temporais recentes ), colho o inimaginável: tudo de bom. Nem eu sabia da minha plantação hidropônica.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gols, onde estão vocês ?

Rodada decisiva pela primeira fase da Copa do Mundo. Dois grupos seriam decididos hoje. Promessa de emoção, jogos ranhidos e muitos gols. Porém, veio a decepção. Em quatro partidas, apenas seis tentos. E em apenas uma das pelejas saíram dois ou mais gols. Emoção, ao menos, em algumas disputas, não faltou.
.
Drama sobrou entre Estados Unidos x Argélia. Com o outro resultado da chave, os yankees precisavam da vitória para vencer. Argelinos ainda sonhavam, remotamente. E, graças a isso, venderam caro a derrota. Num jogo cheio de alternativas e táticas, com correria e disposição de sobra, Landon Donovan fez o gol estadounidense nos acréscimos da segunda etapa. Antes, Ziani havia perdido no mínimo dois gols incríveis. Com os três pontos chorados, os EUA passaram na primeira colocação, deixando a Inglaterra pra trás. O English Team jogou burocraticamente, mas mereceu a vitória ante a Eslovênia, até então líder do grupo. Resta aos eslavos o dever cumprido, e, até mesmo, ir além do que imaginavam.
.
Às 15:30h, após um almoço no qual eu devorei 700 gramas de comida e uma aula agradável de inglês, acompanhei Alemanha x Gana, pelo buteco da frente. Alguns conhecidos e pessoas as quais conheci no momento, naquele clima único de Copa do Mundo. Muitas risadas e brincadeiras, de todos os lados. Concomitantemente a isso, uma amiga, a qual eu já conheço há dois anos e nunca conversei pessoalmente, estava há algums passos de mim, e não me viu. Ao saber de tal fato, lamentei como poucos. Tudo isso... faltava algo, não ? Sim, o jogo. A Alemanha venceu por 1x0, num jogo morno e sem grandes atrativos. Graças a surpreendete vitória da Austrália sobre a Sérvia por 2x1, os ganeses também se classificaram. Vale ressaltar: os sérvios precisavam apenas vencer a seleção que não havia ganho nenhuma partida, e ficariam em primeiro no grupo. Bobearam. Por outro lado, a vitória salvou a pele dos socceroos, impedindo o vexame de sair do Mundial sem nenhum triunfo.
.
Era pra ser um dia especial. Copa, encontrar minha amiga, buteco e futebol com os amigos. Mas tudo isso consegue perder valor ao notar que só eu ligo pros dois meses nos quais meu caso começou. Clima estranho já há algum tempo, provas de Física e nenhuma vontade de ao menos manter um contato, mesmo após decidir fazer a prova outro dia. Assim fica difícil, e eu só queria desejar feliz dois meses pra ela...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Os primeiros classificados

Hoje saíram os primeiros classificados da Copa do Mundo. Nenhuma grande surpresa, se levarmos em conta apenas o desempenho das seleções em jogos recentes e torneios anteriores. Porém, se colocarmos a qualidade técnica e a tradição dos países no meio futebolístico, acharemos grandes zebras e decepções.
.
As oitavas-de-final começaram a ser desenhadas com a conclusão do grupo A. Hoje, jogaram Uruguai x México e África do Sul x França. Todos esperavam um jogo arranjado numa partida de compadres, pois a Celeste e a Tri se classificariam com um empate. Para o bem do futebol, isso não ocorreu. O Uruguai pressionou todo o jogo e fez o gol com Luis Suárez, no fim do primeiro tempo. O México, que já havia acertado o travessão uruguaio num chute de Guardado, pressionou toda a segunda metade em busca do gol que o classificaria sem depender de outros resultados, mas não obteve êxito. Com tal resultado, quem vencesse a outra peleja poderia conseguir a segunda vaga ( a primeira já era do país platino ), caso vencesse por uma boa margem de gols. Isso não aconteceu. A vitória dos Bafana Bafana se encaminhava pruma goleada. Gol de Khumalo, Gourcuff expulso e Mphela abrindo 2x0 pros sul-africanos, só na primeira metade. No entanto, Malouda fez um gol nos 45 minutos finais que esfriou a seleção amarela. Única vitória da anfitriã da Copa, mas não adiantou de nada. Lamenta-se apenas a falta de educação dos franceses, sobretudo do questionado e fracassado Raymond Domenech. O técnico, em sua última partida no comando dos Bleus, se recusou a cumprimentar Carlos Alberto Parreira, treinador dos africanos, após a partida. Vergonhosa atitude. Tão lamentável quanto o desempenho francês nesse Mundial.
.
Na chave B, todos esperavam uma Argentina arrasadora ante a Grécia. Maradona escalou uma equipe mista, que não conseguiu desenvolver o mesmo bom futebol das duas partidas anteriores. Mesmo assim, os argentinos venceram por 2x0 e carimbaram com honras a classificação em primeiro lugar, com 100% de aproveitamento. Aos helênicos, que poderiam abocanhar a segunda colocação e se classificar pra segunda fase, uma esperança, mesmo pequena, ainda existia. Tal expectativa, porém, durou pouco. Com o empate de 2x2 na partida entre Nigéria e Coreia do Sul, os asiáticos abocanharam a vaga. Ao menos pra mim, os sul-coreanos tinham o pior plantel das quatro seleções do grupo, foi uma enorme surpresa a classificação de tal equipe. Lamento muito a ausência dos experientes gregos na segunda fase, e a sempre querida seleção nigeriana, os tão queridos Super Águias.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma casa portuguesa, com certeza

É estranho chegar em casa e só ver minha mãe no sofá. A onipresente Ellen estando há milhares de quilômetros, sem suas falas sem fim e sua implicância cotidiana fazem falta, à sua maneira. Ir dormir de mal com a vida e adentrar a casa da sua avó, sombria e fria, idem. Fazer o destro e tomar o leite com toda a liberdade do mundo, acendendo as luzes como bem quiser e tudo mais traz à tona o mais luso dos sentimentos: a saudade.
.
Acordo, já na segunda-feira. Dormi na cama da Ellen, presente em solo português, graças a bagunça no meu quarto. Camisa de Portugal trajada, cachecol da seleção rubroverde na cerviz. Hoje foi dia de Portugal x Coreia do Norte. Numa decisão arriscada, optei por ver o jogo na sala do cursinho, à mercê das emoções que poderiam ser sentidas no jogo. Primeiro tempo ranhido, com superioridade portuguesa mas perigos dos socialistas. Raúl Meirelles aproveitou lançamento espetacular de Tiago para abrir o marcador no primeiro tempo, gol comemorado efusivamente por mim, balançando minha amiga que estava á frente de maneira passional. No intervalo, o 1x0 era magro, mas foi o suficiente pra garantir a metade mais espetacular dessa Copa. Com o resultado adverso, os asiáticos foram pro ataque, dando brechas na defesa. Com isso, Portugal fez massacrantes 6 gols. Simão Sabrosa, Hugo Almeida, Liédson, Cristiano Ronaldo e dois de Tiago fizeram os 7x0 no placar. Vitória convincente da seleção portuguesa, não só pelo resultado.
.
Feliz com o resultado, voltei pra aula e acompanhei Chile x Suíça. Quer dizer... ouvia boletins informativos durante os programas na rádio. Apenas soube do grau de volência da partida, com o suíço Behrami expulso e com vários cartões amarelos para conter os ânimos dos atletas. No intervalo, Marcelo Bielsa, técnico do Chile, mostrou que tem estrela. Colocou Valdivia e Mark González no ataque, em duas alterações ousadas, pra dar maior ofensividade ante a seleção da defesa mais sólida do planeta desde 2006. Na jogada do gol dos Rojos, Valdivia deslocou a marcação e o goleiro pro lado direito, cruzando a bola pra González, com o gol aberto, marcar o tento solitário da vitória de 1x0. A seleção andina venceu as duas partidas disputadas e tem vaga na segunda fase praticamente assegurada.
.
No primeiro almoço à tarde, feijoada numa tarde fria de segunda-feira, estranhando a falta de movimento de barulho nos cômodos vizinhos. Tempo e condições suficientes pra estudar, fazer lição, pensar na vida e ir até a Auto-Escola, marcar as primeiras aulas práticas, primeiros movimentos, curvas e trocas de marcho guiando um volante e sendo considerado um condutor.
.
Tempo suficiente também pra ver o jogo da Espanha. A Fúria veio mordida após a derrota na primeira partida, e queria fazer um bom papel ante o sparren do grupo e, talvez, de toda a Copa do Mundo. Logo no início, David Villa carimbou o travessão. O jogador, aliás, foi, de longe, o principal nome da partida. Abriu o marcador, num golaço no qual tirou três marcadores e chutou no ângulo caindo no chão, fez 2x0, depois de chutar e ver a finalização ser desviada, e ainda errou um pênalti, que poderia transformá-lo no artilheiro do Mundial. Atuação espetacular do camisa 7 espanhol, mas deprimente de Fernando Torres, eterna esperança de gols do país. Jogo sólido da Espanha, mas, contra um adversário tão fraco, poderia ter sido melhor.

domingo, 20 de junho de 2010

Saudades

Hoje eu já acordei com saudade de ontem. Da melhor conversa recente com a pessoa que me fez feliz, e há muito anda estranha. Das histórias com quem me faz bem. Do sempre lindo episódio de Grey's Anatomy. E eu senti saudades até do que não havia acontecido.
.
Hoje meus avós viajaram pra Portugal. Desde as primeiras horas do dia vivíamos tal expectativa e apreensão. Eu menos, confesso. Assistia Paraguai x Eslováquia, com afinco, mesmo às 8:30h dum domingo. O Paraguai abriu o placar com Vera, no primeiro tempo, após dominar os 45 minutos iniciais e podendo até ampliar o marcador, jogado por apenas uma equipe, praticamente. A segunda metade foi tenebrosa, de baixíssimo nível técnico de ambos os lados. Riveros aproveitou a única grande chance do período e fez 2x0, praticamente colocando o escrete guarani na segunda fase do Mundial.
.
Logo após colocar as malas no carro, começou a execução dos hinos nacionais de Itália e Nova Zelândia. Consegui, inclusive, acompanhar Fratelli d'itália, canção adorada por minha pessoa e ode italiana. No entanto, quem deu o tom da partida foi Smeltz, autou do primeiro gol da partida. O neozolandês aproveitou confusão na área e o toque estranho de Cannavaro contra o próprio patrimônio para concluir. A Azzurra vai pra cima com tudo, e 15 minutos depois chega ao empate, após Iaquinta converter pênalti. Parti pro aeroporto justamente após a cobrança da penalidade máxima. No trajeto até Guarulhos, fui ouvindo o drama italiano. No intervalo, chegamos no destino e nos despedimos de meus avós e minha irmã. Algo bem frio, ao contrário de tudo que envolve famílias, sobretudo as nossas. Quanto ao jogo, dali pra frente, foi um verdadeiro ataque contra defesa, com a zaga oceânica se segurando como conseguia e o ótimo goleiro Preston fazendo boas defesas. Mais uma atuação lamentável da Squadra Azzurra.
.
Após um vigoroso almoço na Cepam, fui pra casa da Juliana ver o jogo do Brasil. Após eras sem ver os meus grandes amigos, tempo no qual aconteceu de tudo um pouco aconteceu. O jogo foi espetacular. Após as dificuldades iniciais, Kaká, Robinho e Luis Fabiano triangularam e a bola sobrou no pé de Fabuloso arrematar com violência. O jejum do camisa 9 havia terminado, 1x0 pro Brasil. Depois foi só verde-e-amarelo. No início do segundo tempo, de novo ele, Luis Fabiano, fez um golaço. Ao seu estilo, claro, cheio de dribles e chapéus, mesmo que de canela e com dois toques de mão, mas um golaço. Pouco depois, Kaká cruza da esquerda e Elano, o elemento surpresa, confere o surpreendente 3x0 de bom futebol da seleção. Ainda deu tempo pra Kaká ser expulso num lance estranhíssimo, reflexo de tanta violência marfinense ao longo do jogo. Drogba fez o de honra da Costa do Marfim, fechando o jogo em 3x1.
.
Saudades dos meus avós. Da minha irmã. Da Itália feia e eficiente. Só não deu pra sentir saudades do Brasil raçudo, pois esse apareceu hoje.

sábado, 19 de junho de 2010

A bruxa está à solta

Sexta-feira foi um dia agitado. Nada a ver com o cursinho, óbvio. Enquanto entre os estudos víamos campo gravitacional, há alguns quilômetros de distância a primeira das zebras da Copa nesses dois dias ia passeando em Port Elizabeth. Com gol de Jovanovic, a Sérvia bateu a Alemanha, única seleção a estreiar dando show na Copa, por 1x0. O jogo mostrou-se imprevisível, com expulsão de Klose, dos principais nomes dos germãnicos nesse Mundial, peênalti perdido pelo polaco-alemão Lukas Podolski e uma infinidade de bolas na trave ambos os lados, num jogo no qual os 15 minutos finais foram um verdadeiro teste pra cardíaco.
.
Graças a aula do diretor da unidade do cursinho, não ouvi a partida entre Eslovênia x Estados Unidos. Ora... e precisava ? A seleção norte-americana é bem superior e levaria como quisesse a partida. No intervalo da torca de professores, meu amigo recebe a surpreendente informação: os eslovenos estavam vencendo por 2x0. Como assim ? Seria mais uma zebra, apenas ? Não. Era um verdadeiro milagre. Os gols de Birsa e Ljubijankic de pouco adiantaram. Entrará pra história a reação estadounidense, com um lindo gol de Donovan e outro de Bradley ( filho do técnico Bob Bradley, diga-se de passagem ). A justiça deveria ser feita, com vitória dos yankees, mas o juiz malinense anulou vergonhosamente um gol de Mo Edu, num impedimento visto apenas pelo assistente.
.
Não havia mais o que acontecer de errado pras seleções favoritas, não ? Acredite, havia. Talvez o jogo mais vexatório duma seleção de maior nome nessa Copa ocorreu ontem. O empate entre Inglaterra x Argélia foi algo além dum fiasco, um grande apequenamento do English Team. Não pelo resultado, mas pela forma como ele foi obtido. Sem emoção, sem grandes chances dos ótimos Rooney, Lampard, Terry, Gerrard e cia. limitada e, pior, com a Argélia assustando algumas vezes. A Inglaterra ainda depende só de si, mas, caso continue com esse futebol abaixo da linha aceitável ela não merece tal fortuna.
.
Os fatos independentes da Copa do Mundo acontecem no intervalo dos jogos, no périodo da noite de sexta-feira. E até neles a situação é calamitosa. Dois eventos, diga-se de passagem. O primeiro acontecimento foi passar no teste do DETRAN. Semana que vem, irei pegar num volante de carro em movimento pela primeira vez. Imagine o ponto no qual chegamos... tenho pena dos demais condutores. O outro foi o churrasco no qual fui. Excelente por minha parte, rindo e ficando muto feliz com meus amigos, amigas, revendo pessoas que não via há muitos meses e revendo uma certa pessoa especial que não via há... dois dias. Enfim, no tal churrasco, como disse sabiamente uma amiga minha via twitter, parecia velório, todo mundo chorando por algo. Situação embaraçosa para todos os presentes.
.
O sábado chega. Descanso ? Como sempre digo, tal palavra é desconhecida no vocabulário dum vestibulando. Tive hoje quatro aulas-extras. Hoje sim, elas não me impediram de ouvir a partida ocorrida momentaneamente a ela. No caso, Holanda x Japão. Primeiro tempo desastroso, com a experiência do dia anterior já pensava numa vitória dos samurais. No entanto. a Laranja Mecânica inicia a segunda etapa com tudo, e, num chutaço de Sneijder, Kawashima entra pra lista de vítimas da Jabulani, aceitando. Os japoneses saem pro jogo, e a Holanda se limita aos contra-ataques, até o fim da partida. O 1x0 ainda não foi o resultado nem a peleja convincente esperada pela seleção dos Países Baixos, mas, ao menos, o selecionado vem obtendo seus resultados, ainda que com muito custo.
.
Após tomar o ônibus para voltar pra casa com a minha mãe me esperando na rua ao lado, chego no meu lar e vejo mais uma surpresa. A Austrália ia vencendo Gana, com gol de Holman. Mal sentei no sofá, e tudo muda. Enquanto devorava um pão de queijo do Rei do Mate, Kewell tira um chute com a mão dentro da área, é expulso e comete pênalti. O craque ganês Asamoah Gyan bate com tranquilidade e bate no canto esquerdo do goleiro, 1x1. Com um a mais e com uma equipe melhor, esperava-se uma vitória com relativa tranquilidade das Estrelas Negras. Não foi o que aconteceu. Eles passaram a atacar desordenadamente os socceroos, quase levando um gol de Wilkshire num contra-ataque. O time africano é líder do grupo, mas já poderia estar com os dois pés na segunda fase.
.
Com clima tenso em Pretoria, Camarões e Dinamarca jogavam a vida. Samuel Eto'o, craque camaronês. era pressionado pela torcida, cobrando atuações melhores do jogador da Inter de Milão. O próprio fez questão de dar o cartão de visitas dos Leões Indomáveis, abrindo o marcador, após saída errada de Poulsen. Os africanos atacavam e cabia aos dinamarqueses o contra-ataque. Num desses, Rommedahl cruzou da esquerda para o fraco Bendtner se esticar todo e tocar para o gol, limpo, empatando a partida. Os minutos finais da primeira parte foram de pura emoção, mas nennhum gol saiu. Com quinze minutos da segunda etapa, a partida viraria: Rommedahl recebeu novamente pela esquerda, limpou e chutou forte, desempatando a partida. Tomasson poderia ampliar dois minutos depois, mas perdeu a chance de fechar o caixão camaronês. Dali até o fim, foi um verdadeiro ataque contra defesa, com os africanos tentando atacar de qualquer forma e na base do coração, deixando de lado a tática. Com o resultado, o selecionado camaronês apenas cumpre tabela na última rodada da primeira fase, pois já está eliminada matematicamente.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vítima do desapego

É corriqueiro, nos dias de hoje, ver as pessoas de minha idade falarem dum tal desapego. Essa mesma geração, a que sabe beijar qualquer um e transar sem responsabilidade alguma mas não consegue se unir e ir às ruas pedir ética na política, afirma, com palavras semelhantes a essa:
.
" Hoje em dia não tem mais gente que presta. Por isso, eu vou é sair por aí e pegar quem quiser. Eu não me apego mesmo... e, caso goste, acabei de conhecer, fica fácil se desapegar "
.
Obviamente, há o outro lado. Represento bem tal tipo de gente. Os que, mesmo quando irritados dizem o contrário, mas realmente se importam com os demais. De maneira exacerbada ou não, mas... se importam. Ficam tristes com mentiras, falta de sentimentos ou algum vacilo de terceiros para consigo.
.
Hoje o dia foi do desapego dos outros quanto a mim. Num dia com três aulas seguidas de Química, o melhor a se fazer é prestar atenção no jogo da Copa. A Argentina jogou contra a pior seleção de sua chave, mas os 4x1 foram retumbantes e abriram os olhos de todos para o perigo do time platino. A Argentina goleou, mas eu continuo odiando eles.
.
Ninguém comentou o jogo comigo. Seja na sala ou na loja de Pão de Queijo da Baraldi. Ao se iniciar Grécia x Nigéria, a nova esperança de ao menos uma alma viva e interessada em falar de qualquer assunto comigo renasce. Não surgiu. Bastou a mim ouvir, mudo e solitário, mesmo com 140 pessoas ao meu redor, a virada grega por 2x1. Jogo histórico, aliás. Primeiro gol e primeira vitória da Grécia em Copas do Mundo, com direito a frangaço do ótimo goleiro nigeriano Enyeama. Eu, ávido por qualquer tipo de interação social mais intensa que meia dúzia de palavras, informo o resultado a todos. Novamente, sem sucesso algum para conseguir o desejado. Meus amigos me ignoraram, mas eu continuo gostando deles.
.
Após o almoço e as lições, vez de México x França. O domínio da Tri era nítido, mas só no segundo tempo a seleção mexicana conseguiu driblar a inexperiência e marcar o gol com Hernández. O inusitado fez-se presente no segundo gol, erro clamoroso da arbitragem ao dar pênalti num carrinho de Abidal em Barrera. Bem a França, classificada pra Copa graças a um gol escandaloso, no qual Thierry Henry coloca a mão na bola. Blanco converte e deixa os Bleus praticamente fora da Copa. A França é carta fora do baralho, mas eu ainda abomino eles.
.
Após a reflexão diária sobre o dia ( e ver o quanto ele foi ruim ), um estranho pedido para ir retirar uma encomenda na portaria. Me animo. Pensava eu, " são os prêmios da promoção do Scracho ! ". Não, não eram. Era uma encomenda referente ao aniversário da minha irmã, ocorrido ontem. Meu ânimo até tenta melhorar, mas eu continuo de mal comigo mesmo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Daqueles dias nos quais tudo dá certo

Ao acordar e colocar o pé no chão, acordei no dia 16 de Junho, aniversário de minha irmã do meio. Graças ao horário no qual acordo, não deu tempo de dar um beijo terno na garota antes de sair de casa. O tempo é curto pra tomar o café, trocar de roupa e tomar o ônibus, sabe como é.
.
Aulas chatas de Biologia e Gramática sendo compensadas com o bom jogo entre Chile x Honduras. A vitória chilena já era esperada, claro. Não se esperava era a seleção hondurenha com o mínimo de consistência e com um futebol respeitável, tal qual apresentou. O 1x0 foi pouco prum jogo bom, merecendo mais gols e sendo mantida a diferença de tentos entre ambas as seleções.
.
Vem a sempre boa aula de Literatura com o ótimo professor Fernando Thomas, de Literatura. Ao mesmo tempo, se inicia o duelo Espanha x Suíça. O primeiro tempo combinou com a aula: explicando as vertentes do Realismo, a aula ficou presa, truncada e um tanto quanto chata, tal qual a partida, um verdadeiro ataque contra defesa. Ao começar a explicação sobre o livro A Cidade e as Serras, o clima ficou melhor. Mais leve, solto e cheio de graça. A Fúria ia pra frente com tudo. Porém, ainda posso me lembrar do momento no qual era explicada toda a saga de tantos Jacintos do liro, e a seleção suíça fez um gol. Minha comemoração, tão entusiasmada e contida pelo fato de estar na sala de aula, era similar a aula, com todos os presentes rindo e entendendo a matéria. Dali até o fim do jogo, foi só emoção: bola na trave de ambos os lados, a seleção ibérica tentando o gol salvador a qualquer custo... e não conseguiu. A primeira grande zebra da Copa passeou por entre o ferrolho suíço em Durban.
.
Após a aula, uma parada proposital na praça. Uma olhada vagarosa na placa da cidade e uma espera parecida com a eternidade pra ter alguns momentos sob o céu de brigadeiro. Palavras engraçadas, riso sincero, momentos divertidos e o que sempre há. Até mesmo o local no qual tudo acontece foi o mesmo, não desprezando-o, muito pelo contrário. Talvez tal encontro tenha sido a mola propulsora dum dia tão feliz. Andar até a minha antiga escola me fez bem, mesmo me deixando cansado. A companhia valeu a pena.
.
Depois disso, almoço ( estreiando o cartão do Ticket Alimentação ) e... aula ? Não. É Copa meu caro, e aula à tarde durante a Copa não é bem-vinda nunca. Ainda mais quando uma das seleções com as quais você mais se identifica vai atuar. A Celeste Olímpica sempre tem minha simpatia, mesmo contra o tão simpáticos anfitriões da Copa. Forlán fez no primeiro tempo um golaço. Na segunda metade, após bate-rebate na área, Khune faz pênalti, e o goleiro dos Bafana Bafana é expulso. O mesmo Forlán faz o segundo, após cobrança indefensável, e Alvaro Pereira fecha a vitória muito festejada pelos uruguaios, resultado que os coloca com uma mão na classificação pra segunda fase. Eu, empolgado, dançava no meio da praça, festejando a vitória, e gozada dos que torciam contra, ou seja, todas as minhas amigas. Clima de Copa é assim mesmo, de pura festa.
.
Após algumas conversas, chegar em casa e ver o radiante sorriso da Ellen foi engrandecedor. No abrir dos lábios tão doce e cheio de inocência, desejei tudo aquilo que, por vezes, falta graças aos desgastes do cotidiano. Ela merece. Como dizem meus amigos, ela é muito mais legal que eu. Não preciso de muitas palavras pra demonstrar o meu carinho por ela. A vi anscer, a carreguei no colo, ensinei as primeiras palavras e fiz dela uma pessoa, pouco a pouco, consciente de seu dever cívico e como pessoa querida por todos. Comunicativa, inteligente, espontânea, alegre e sincera. Ela é, enfim, tudo o que eu queria ser.
.
E o dia termina como começou: radiante. O cansaço é relevado pela felicidade exacerbada.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Estreias

Acordei sete horas da manhã num dia no qual há aula no cursinho. Minha estreia nas aulas matadas ( sim, pois vem de matar aula e não de aula morta ) no cursinho. Ok, o motivo foi nobre. Fui fazer a prova no Atende Fácil de São Caetano, último passo antes das aulas práticas na auto-escola. Não deixa de ser uma estreia, a de condutor de verdade.
.
Voltando pra casa com, vi os minutos finais de Nova Zelândia x Eslováquia. Não me surpreendi com a momentânea vitória eslovaca. Aliás, dizia aos quatro ventos que tal seleção poderia eliminar a tradicionalíssima Itália. Nos descontos, o balde de água fria: Reid aproveita cruzamento vindo da esquerda e empata. Os All Whites ( oposto do famoso time de rugby do país, conhecidos mundialmente como All Blacks ), após duas participações e 28 anos, enfim, marca seu primeiro ponto em Copas. A decepção de sua adversária, certamente, foi imensa. Com a chance de arrancar á frente no grupo, perdeu pontos justamente aonde não poderia perder. Agora, enfrentando duas seleções mais fortes, terá dificuldades pra ser a surpresa o qual todos esperavam.
.
A estreia mais aguardada em casa durante a Copa, após a brasileira, é tradicionalmente a de Portugal. Com dois avós que choram ouvindo o hino do país e lacrimejam ao ouvir certos versos dos Lusíadas, o motivo é óbvio. Pois, novamente, veio a decepção. Com um sistema defensivo interessante e atuando com 3 zagueiros ( algo que, ao menos eu, não lembro de ver numa seleçao africana ), a Costa do Marfim neutralizou os patrícios, com doses significativas de lances ríspidos, de ambos os lados. O jogo ficou chato e foi quase um ataque contra defesa, é bem verdade. Taticamente foi interessante, ao menos. Na segudna etapa, tudo mudou de figura. O jogo ficou mais franco, com Liédson aparecendo bem e Fábio Coentrão dominando o meio campo luso. No fim das contas, um 0x0 injusto, no qual as seleções mereceriam ao menos um gol por mostrarem o dom de defesa e ataque possuídos.
.
A decepção foi imensa com a partida sem gols anterior. Após o almoço, o sentimento que faz todas as bandeiras tremularem país afora seria posto á prova, em mais uma estreia deste dia 15. A seleção brasileira, de hino novamente cortado ( e vocês não sabem o quanto isso me emputece ), começou pressionando, sem sucesso, a frágil Coreia do Norte. Os asiáticos saiam bem em contra-ataques, mas faltava pontaria. Sobrava emoção, como era nítido no hino do país, levando o camisa 9 dos comunistas, conhecido também como " Rooney Asiático ", aos prantos, feito uma criança. Um primeiro tempo letárgico do escrete canarinho.
.
A virada do segundo tempo não vinha surtindo efeito. Robinho continuava sendo a principal arma brasileira, com Michel Bastos e Lúcio aparecendo bem e Kaká decepcionando, juntamente com Luís Fabiano e os demais. Num desses mágicos, ocorridos só em stiauções adversas e favorecendo apenas os maiores, Maicon cruza ( sim, eu não consigo acreditar, apesar de saber da qualidade dele, que o lance foi uma finalização ), e abola, caprichosamente, entra. Lindo lance, comemorado de forma emocionada pelo melhor lateral direito do mundo. Tempos depois, Robinho demonstra o motivo pelo qual é o homem de confiança de Dunga. Dá uma linda assistência prum apagado Elano fazer o 2x0, numa bela jogada. Tempos depois, um norte-coreano qualquer e igual aos outros fura a sólida defesa brasileira e desconta. Placar de 2x1, fim de jogo.
.
Seria ótimo se fosse só isso. O gol da Coreia do Norte ilustra bem a decepção quanto ao jogo. O Brasil perdeu, simplesmente a chance que tinha nas mãos de se classificar ainda na primeira fase. Fazendo 3 ou 4 gols na seleção vermelha, o Brasil precisaria segurar o empate ante Portugal e Costa do Marfim, deixando o pepino para ambas as seleções ao enfrentar s coreanos. Elas, pressionadas, teriam dificuldades para marcar, obviamente, e o Brasil jogando recuado é letal, como todos sabem. Chance perdida.
.
Para os povos nos quais eu via alguma simpatia, as estreias foram decepcionantes. Pra mim, tiveram algo de bom. pra mim, é isso que vale.

Chegou a hora

Não importa mais se temos Gilberto Silva, Josué, Kleberson e Doni. Se Ganso, Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno ficaram de fora. Se a Jabulani pinga demais, é leve, e todos a odeiam. Se o frio de espantar em Johannesburgo vai girar em torno dos 0°C. Ou se Dunga é encrenqueiro, turrão e teimoso, se a imprensa mais atrapalha do que ajuda e se o Galvão só fala asneira.
.
Mais do que nunca, o Brasil está na mesma sintonia. Agora pouco importa o local, o credo, a cor, a etnia ou a descendência. Todos iremos nos orgulhar da bandeira que tremula nas janelas das casas e dos carros, cantar o primeiro verso de nosso hino e emocionar-mos ao primeiro acorde dele. Todos tremeremos ao ouvir o apito inicial da partida, e todos, num só grito, nos faremos ouvidos no país da Copa.
.
O país do futebol pede passagem. A camisa da seleção canarinho, a maior vencedora de todas as Copas ao redor do mundo e o mais estrelado escrete, seja na camisa ou nos nomes que a compõe., virá com tudo. Mordido, graças ao fracasso retumbante na última Copa. Com a raça não vista há muito no selecionado, e com a certeza da eficiência tão característica dos últimos tempos.
.
Agora, ninguém tá mais nem aí se a seleção jogar feio ou bonito. Tocando de letra ou de bico. De cabeça ou de canela. Com a mão ou maltratando ela. Agora vale o gol, a explosão, a euforia e a vontade. Agora é hora de levarmos nossas forças e nossa bandeira pro maior patamar já alcançado.
.
Agora é Copa. Começa pra nós a Copa do hexa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Normalidades

Faziam muitos e muitos dias que eu não tinha um dia tão rotineiro como o de hoje. Aulas prosaicas, chegando em casa no horário habitual, fazendo a lição da mesma maneira de sempre. Críticas duma amiga pra outra ( sinceras e válidas, diga-se de passagem ), o momento de reflexão da tarde... até o horário de tomar café foi ordinário.
.
Pra não dizer que tudo foi tão normal, fui buscar o protocolo pra fazer a prova teória amanhã, na auto-escola. E teve a Copa. A Holanda fez o feijão com arroz, o suficiente pra vencer a Dinamarca por 2x0. Camarões desapontou e perdeu para uma frágil seleção do Japão por 1x0. A Itália surpreendeue consegui arrancar em empate do mais forte Paraguai, 1x1. E não, não estou louco nem brincando.
.
Faltou algo nesse dia. Tá faltando pulso pra fazer o que eu quero.

domingo, 13 de junho de 2010

Dissabores de domingo

Passo a semana inteira indo ao cursinho, me matando de estudar à tarde, às vezes até à noite. Pro maravilhoso sistema educacional brasileiro, mais precisamente pro vestibular, isso não é o bastante. Eles me roubam até os domingos. O dia no qual o tal deus deles descansou ao ver a maravilha criada por suas mãos.
.
Não me importo nornalmente. Mas, durante a Copa do Mundo, cursinho... ? Com a maior má vontade do planeta, fui faze-lo. Na minha cabeça, ia perder só o jogo Argélia x Eslovênia. Mesmo sabendo do baixo nível técnico das seleções e prevendo o festival de erros que iria ser o jogo, fiquei bravo. Gol de Koren na falha do goleiro argelino. Resultado normal. Aliás, qualquer resultado seria normal, nada se fala de ambos os selcionados e, habitualmente, jogos de seleç~eos fracas é sempre aberto. Até esse eu não me conformava de perder. Ora essa, Copa é só de 4 em 4 anos !
.
Pro meu desespero, o simulado estava trabalhoso. Os minutos passavam, e as questões de matemática não tinham fim. Confesso: algumas nem começo tinham. Quando enfim terminei a perniciosa prova, dei-me conta do horário. Era o fim da segunda partida do dia, Sérvia x Gana. Perguntei a um pai e a um garoto, com um rádio, o placar do jogo. Ambos sorridentes me informaram de toda a partida:
.
" Tá 1x0 pra Gana, mas foi um jogo muito legal. Dois times que atacaram, Sérvia com um expulso e indo pra frente. Aí um zagueiro fez um pênalti sem noção e o Asamoah Gyan fez. Daí pra frente só deu os negões, colocaram outra bola na trave. "
.
Agradeci, o resumo do jogo e a boa vontade em contar todos os fatos. Mas me irritei com o fato de ter perdido a segunda partida. Ok, bola pra frente, almoçaria vendo a corrida. De fato, em cima da hora. Ao colocar a primeira garfada de carne na boca, a última luz vermelha se apagou, indicando a largada. Grande Prêmio movimentado, com várias ultrapassagens, punições e pit stops. Lamento apenas a batida de Massa, virando sanduíche entre Webber e Liuzzi, logo na primeira curva. No fim, nova dobradinha da McLaren, com Hamilton e Button. Alonso tirou leite de pedra, colocando a Ferrari à frente de Vettel e Webber. Corridaça.
.
Enfim pude ver um evento esportivo no dia. Desscansado e debaixo das cobertas sob o frio andreense, na casa do meu pai. Não estava nem um pouco empolgado para Alemanha x Austrália. Previa um jogo duro pros germãnicos, graças a sua defesa sólida. No entanto, os tricampeões mostraram logo seu cartão de visitas, num golaço após um forte chute de Podolski. Pouco depois a bola sobrou pra Klose. Um dos maiores artilheiros da história das Copas já havia perddo uma oportunidade, e centroavante não perde duas vezes.
.
Os australianos chegaram duas vezes no primeiro tempo e assustaram a frágil defesa alemã. Perdendo de 2x0, os canguru boys foram pra frente no segundo tempo. Em contra-ataques, Muller e Cacau encerraram a goleada. Alemanha 4x0 Austrália, num jogo excelente de ser visto.
.
Tempo perdido em frente a TV ? Em tempos de Copa, isso não existe.

sábado, 12 de junho de 2010

As tardes na casa do pai

Muitos me perguntam, curiosos, como são meus dias na casa do meu progenitor. Respondo sempre o mesmo: são bem melhores. Aqui não tenho a necessidade de dar berros escandalosos com minha mãe, não sou vítima do mau humor dela e o humor de minha irmã é bem melhor. Porém, há o contraponto. O ócio aqui é imenso. Nada faço a tarde inteiro. Apenas vejo TV ( futebol, sobretudo ) e rádio ( novamente, o futebol domina ). Não deixa de ser bem melhor, mas é uma rotina que cansa até a mim.
.
Não preciso nem comentar que qualquer mudança em qualquer sentido me afeta quando aqui estou. Hoje, por exemplo. Mesmo vendo os belos jogos entre Coreia do Sul x Grécia, Argentina x Nigéria e Inglaterra x Estados Unidos, alguns fatos me deixaram mal.
.
Comparações com o passado são sempre inevitáveis. E, não adianta, ninguém é igual a ninguém. Eu tento explicar isso pra mim mesmo, mas não dá certo. Os trejeitos que me irritam sempre me vencem, e eu fico bravo, quardando tal mágoa pra mim, no entanto, para tal prática não extrapolar e tornar-se um problema. Pra piorar, o caso de minha amiga pode dar uma guinada ascendente, e o outro lado se envolve em confusões graças a terceiros. E, bem... você vê que certos problemas em certos dias não podem ser solucionados, simplesmente.
.
Pra fazer um contraponto... ok, assumo que certas atitudes me surpreendem. E salvam minha noite, valendo por todo o dia dos namorados.

O estranho dia de hoje

Era pra eu estar feliz, muito feliz. Quem me via no cursinho, radiante com o início da Copa e vendo a partida pelo celular duma amiga, apostaria com qualquer um que a felicidade duraria o mês todo, até o final do Mundial. A boa sensação de ver um gol explodir todo um país, e outro cala-lo, na mais pura síntese do que é o futebol, mexem comigo.
.
Aí veio Uruguai x França. Um time azul celeste nitidamente jogando feio ( e assim será, como assim sempre hei de ser, história uruguaia ) e outro time azul marinho numa má fase impressionante. Jogo fraco, mas legal. O Uruguai tá voltando. Via esperanças até num jogo horrível.
.
Aí começou. Todo mundo começou a miar a saída de sexta á noite. No final das contas, só sobraram duas pessoas. Percebi a má reação duma das meninas que não foi a uma brincadeira minha. O clima não era bom, e só comprovei isso ao chegar lá.
.
Como manda minha cartilha pessoal, ouvi, aconselhei, e fiz de tudo pra levantar a moral da pessoa, mesmo mexendo na ferida e fazendo-a refletir sobre o problema. No final das contas, todos ficamos felizes.
.
Chegando em casa, a outra parte da noite. As discussões graças a brincadeira ( sem maldade nenhuma, diga-se... falei apenas para mexer com ela e ter algum assunto, afinal de contas, ela é minha grande amiga ), vários maus-entendidos acontecendo e a incômoda certeza de que nada foi solucionado. Ainda mais apos ela dizer que eu defendo a amiga dela, com a pessoa se esquecendo quando disse que entendia ambas as razões.
.
Em outra janela, desculpas psendo pedidas por quem tentou animar minha noite. E, no fim, oura brincadeira que cavocou meu passado e deixou o clima ruim. E se eu corro átras é porque tudo aquilo que te disse é verdade. Não te peço pra acreditar, só te falo a realidade.
.
Eu vou continuar brincando, não tenho culpa da fase feminina ser das piores. Só queria ver vocês 3 bem, bem comigo.
.
PS: Confuso tantos " ela " e " dela, né ? Sim. Não mais confuso que as últimas 24 horas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ke Nako

Já previa, seria totalmente diferente de tudo imaginado e já visto. A começar por hoje. Uma verdadeira festa antes de qualquer jogo de futebol. Uma festa para elucidar o quanto os sul-africanos estão aradecidos ao planeta para mostrarem que, sim, eles tem seu valor, diferentemente do que pensamos.
.
Tambores na abertura, a África fincava seu pé e não dava o braço a torcer em suas tradições ao se abrir pro planeta. Após discursos chatos, parte da enfadonha herança ocidental, veio o Black Eyed Peas. Um show esperado e interessada, mas ofuscado pelos erros de melodia graves da cantora Fergie. Sua voz estava destoante, mas seu vestuário, deixando as pernas de fora, alegraram o ambiente. Era esperado algo melhor, e a festa não decolava.
.
A guinada da festividade deu-se com a entrada de Desmond Tutu, Nobel da Paz em 1984. O bispo anglicano fez outro discurso, porém cheio de graça e alegria. Com a alegria estampada em seu rosto sorridente e em seu corpo irrequieto, ele dizia estar sonhando, fazendo gestos de extrema felicidade. Engraçado claro, mas tocante, antes de qualquer outra coisa. Arrepiante o momento no qual ele pediu pra todos gritarem o nome de Nelson Mandela, um semideus no solo da África do Sul, e que cresceu há poucos metros do estádio. Despedindo-se, ele citou a frase título desse texto, significando " Chegou a hora ! " numa das línguas locais.
.
Mais atrações musicais. Dos conhecidos, bons os shows de Juanes e de Alicia Keys, além da apresentação espetacular de John Legend. No entanto, o destaque vai para os shows de africanos desconhecidos do grande público. Vusi Mahlasela, espécie de cantor e ativista dos direitos humanos tem letras tocantes e profundas. O quarteto de rock experiemntal BLK JKS faz música de alta qualidade, ainda que mais ocidentalizada, digamos assim.
.
Não tão desconhecido assim, veio K'naan, tocando duas versões da mesma música. Ao iniciar a maravilhosa Wavin' Flag, música tema da Copa, num clima de jam session, o somali emocionou a todos. Ao rufar dos tambores da banda de apoio, todos cantaram a canção que já é uma das melhores músicas-tema de mundiais de todos os tempos. A banda Parlatones, misto de Green Day, Good Charlotte e bandas emo por aí, tem seu valor. No entanto, a mais aguardada para o show entrou no fim da apresentação.
.
Numa roupa lembrando as tribos africanas, listrada e com saia de palha larga, Shakira veio ao palco. Numa boa forma incrível e com seu jogo de cintura característico, ela executou suas músicas num playback nítido, mas, ainda sim, melhor que a voz da igualmente bela Fergie. Destaque para a empolgante apresenação de Hip's Don't Lie e seu conjunto de metais ao fundo e do outro tema da Copa, Waka Waka.
.
Música, ginga, empolgação, animação, ritmo. Alegria. Faltava isso ao futebol. Ke Nako, Terra. Sentemos e apenas observemos o verdadeiro show. Não o de hoje. Mas sim, a emoção que tomará conta de todos nós durante esse mês abençoado de Copa do Mundo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Copa tem que dar certo

Hoje, cerca de 200 mil sul-africanos foram até o centro financeiro da Cidade do Cabo. Não era nenhum protesto político ou ato em memória do fim do apartheid. Era apenas o povo abraçando a seleção de futebol nacional, à pedidos da mídia local. Tal fato poderia passar batido, mas a nação não deixou. Eles agarram a ideia e fizeram um verdadeiro show, que deixou o técnico brasileiro do selecionado a África do Sul, Carlos Alberto Parreira, visivelmente emocionado.
.
Não foi apenas a manifestação. Foi a forma de se manifestar. As incansáveis vuvuzelas, os cantos, a ginga, a malícia. A coreografia, inventada no instante, mas tão bem ensaiada. Pra lá, pra cá, um grito, tudo de novo. Simples assim, mas emocionante. Ver pessoas sorrindo, contentes, comemorando algo ainda não iniciado, mas certamente, o maior evento da história do país.
.
Ficam as belas imagens, mas também a lição ao tão educado e predestinado povo europeu, colonizador e metropolitano em épocas antigas, que massacrou as minorias e considera apenas o seu semelhante. Não só a lição humanitária, mas a moral também. Sem demagogia antiga e falando como alguém fã do que é bonito: a civilização ocidental é chata. Previível, sem emoção e sem graça.
.
Graça, taí o que nos falta, e o que os sul-africanos mostram tão perfeitamente. A graça da dança, da música, dos gestos simples e tão felizes. A voz do âmago, tudo aquilo preso na garganta e falado pelo corpo. Os pés dançantes, as mãos ao céu, o tronco flexível e mobilizado por uma força extraordinária e invisível.
.
Essa Copa do Mundo será algo jamais visto. Mostrará a esse povo tão dessaborido o significado da palavra torcer. Os demais apenas acompanham. Sentam em suas confortáveis poltronas nos estádios e olham a partida à sua frente. Torcer é algo bem maior que isso. É cantar, pular, festejar. Ir pra lá, pra cá, movimentar todo o esqueleto. Invocar, em uníssono, raça, vontade ou determinação. Aproveitar cada instante como o último e encara-lo como especial, como ele é. Nas ruas, festejando um gol, em casa com seus amigos, ou no estádio, aos olhos de todo planeta ávido por emoção, pois graça já teremos de sobra com o show africano nas arquibancadas.
.
...
.
Tal clima parece ter tomado conta das seleções. Holanda e Brasil, todos sabem, jogam com leveza e graça. A Espanha, tão latina e tão amarelona ao mesmo tempo, fez 6x0 na competente Polônia. Até a Inglaterra ( veja ora, a Inglaterra ! ) vem demonstrando graça em suas últimas partidas. Será a Copa da graça, a Copa da África. A Copa. Uma das melhores de todos os tempos.

domingo, 6 de junho de 2010

Quase Copa

Agora é pra valer. Faltando menos de uma semana pro início da maior competição esportiva do planeta ( sim, maior ( e bem maior ) que as Olimpíadas ), o mundo inteiro volta a atenção pro país sede e fica sabendo de tudo antes mesmo delas acontecerem, se deixar. Ainda resta uma rodada do Brasileirão antes do começo da Copa, por sinal já iniciada, mas isso é invenção nossa, inútil e errônea, como sempre. Começando as atividades de tal blog na Copa, vamos explicar. Ao menos hoje, tudo será falado em tópicos, pra melhor entendimento de todos. E antes de analisar o desempenho das seleções, vamos falar daquilo que tem tirado o sono de nações:
.
Contusões: Talvez nunca um pré-Mundial fosse tão conturbado como esse em tal quesito. A Costa do Marfim perdeu seu principal nome para a competição. Didier Drogba foi aniquilado pelo nipo-brasileiro Túlio Tanaka. A chuteira do zagueiro japonês atingiu violentamente o cotovelo do marfinense, causando uma lesão mais séria. O lance virou motivo de piada na internet, pelas imagens e pela coincidência de Tanaka ser brasileiro de origem, e a seleção da Costa do Marfim enfrentar o Brasil na primeira fase da Copa.
.
O Brasil, aliás, tem também dois lesionados. Júlio César, o melhor goleiro do mundo, e Michel Bastos, o titular da tão mal-falada lateral esquerda. No entanto, são lesões leves e eles devem estar disponíveis para a Copa. Quem não se deu bem foi Rio Ferdinand. Titular da seleção inglesa, ele torceu o joelho e já está fora. A braçadeira de capitão, antes do zagueiro do Manchester United, é agora de Steven Gerrard. O English Team já havia cortado o popstar David Beckham, graças a uma averia no tendão de Aquiles.
.
Outros nomes correm sério risco, caso de Andrea Pirlo, espetacular meia italiano, com uma contusão semelhante a de Romário, que o deixou de fora da Copa de 98. Michael Essien, principal nome da seleção de Gana, já está fora, contundido no joelho esquerdo. A seleção holandesa também tem seu problema, com a lesão de Arjen Robben, dos principais nomes do selecionado, após uma fracassada tentativa duma jogada de efeito.
.
No entanto, ninguém pode reclamar mais que os alemães de contusões. Ao todo, são três cortados. O primeiro foi a estrela Michael Ballack, com problemas no tornozelo direito. O substituto natural dele, Christian Träsch, sofreu uma lesão no mesmo local do titular de sua posição. Pra completar, o zagueiro Heiko Westermann tem problemas no pé direito e também foi cortado.
.
Analisado os possíves desfalques e contusões, falemos do que interessa: futebol. Antes do início do Mundial, temos os já tradicionais amistosos. E podemos separar as seleções em alguns grupos. Vamos à eles:
.
Decepções: Três escretes podem ocupar tal espaço. A primeira é a Itália. A Squadra Azzurra perdeu para o México, longe de seus bons tempos, por 2x1, e empatou com a excessivamente defensiva Suíça por 1x1. O fraco desempenho italiano já era esperado, ao menos por mim, desde a convocação do técnico Marcelo Lippi, com jogadores experientes demais e sem renovação alguma. Outra que me desapontou deveras foi a Espanha. Favorita europeia pra Copa, a Fúria Espanhola queria msotrar o aprendizado obtido após a EuroCopa 2008, na qualfoi campeão. Porém, nos amistosos realizados, faltou bom futebol. Venceu a fraquíssima Arábia Saudita com gols no acréscimos ( 3x2 ), e a frágil seleção da Coreia do Sul por magros 1x0. Pocuo pruma seleção que pretende vencer o Mundial. Última seleção da lista, a França tem resultados trágicos. Perdeu pra China em solo francês, empatou com a Tunísia e venceu com sérias dificuldades a Costa Rica. Vale ressaltar: não confio nas seleções azuis de tal grupo pré-Copa feito por mim.
.
Pras cabeças: Três seleções vem fazendo amistosos bem convincentes e devem chegar com força pra disputa do mundial. A primeira é o Brasil. Mesmo jogando amanhã, contra a Tanzãnia, o jogo realizado ante o Zimbábue, com vitória canarinho por 3x0, foi uma boa amostra do que eu quero: raça, força e bom futebol. Contra um adversário altamente motivado, chegando duro e jogando a vida, a seleção mostrou saber atuar ante dificuldades, ora na bica ou na tabela e no drible, como o último gol brasileiro ou o chapéu de Dani Alves no fim da partida, por exemplo. Também está em tal grupo é a Inglaterra. Após as boas vitórias ante México e Japão, não dá pra achar que o English Team vai pipocar. Talvez, dessa vez, seja mesmo a melhor seleção inglesa desde 1966, ano do único título bretão na Copa. Fecha a lista a Holanda. Após 3 amistosos de alto nível ante México, Gana e Hungria, a Laranja Mecânica promete trazer de novo o bom futebol característico dos Países Baixos pro Mundial.
.
Altos e Baixos: Não dá pra fazer uma análise sensata sobre os amistosos da seleção do México. Foram inúmeros. A mesma seleção que venceu a tradicionalíssima Itália e a fraquíssima Gâmbia, perdeu da favoritas Inglaterra e Holanda e empatou contra Equador. Os altos e baixos não se referem apenas aos resultados, mas também ao futebol apresentado, ora de nível aceitável, ora fraco. Os selecionados vão como uma imensa incógnita pra África do Sul.
.
Surpresas: Sem tanta tradição em Copas do Mundo, aposto algumas boas fichas em certas seleções. O escrete dos Estados Unidos vem bem, após um vice-campeonato na Copa das Confederações de 2009 e as vitórias ante Austrália e Turquia. Mesmo sem resultados tão expressivos, dá apostar no Chile, vencedor de confrontos ante Coreia do Sul e Guatemala.
.
Pior seleção da Copa: Todos pensam no título. Mas alguns países se contentam apenas em fazer um gol, ou somar alguns pontos. A luta pra fugir da última colocação promete ser intensa esse ano, com algumas seleçeões de nível técnico desprezível. O que dizer, por exemplo, duma seleção que passa com dificuldades para vencer os Emirados Árabes Unidos e apenas empata com o Congo ? Caso da Argélia. Sobre a Coreia do Norte, basta relembrar os amistosos ante o Atlético Sorocaba, time da segunda divisão do futebol paulista: empate em casa e derrota fora. Enfrentando seleções de algum gabarito, a Eslovêenia mostrou o que todos já sabiam. Não vai brigar por absolutamente nada no Mundial. Perdeu pra Dinamarca, Suécia e Croácia. Maior surpresa das eliminatórias, Honduras empatou com o Azerbaijão e Venezuela e perdeu para a Romênia. O Japão perdeu jogos previsíveis, ante Costa do Marfim e Inglaterra, mas deixou uma má impressão. Mesmo vencendo a Sérvia, a Nova Zelândia não empolga.
.
Obviamente, há outros grupos, casos e seleções, que não serã analisadas para o texto não ficar ( ainda mais ) massante para o leitor. Foi-se o tempo no qual ninguém sabia nada sobre as demais seleções antes do Mundial. O fator surpresa existe, claro, e talvez isso dê a graça pra Copa. Porém, sempre há um resquício de previsibilidade, chato aliás, pra prognósticos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Um feriado da caça, outro do caçador

Sabe-se lá porque, desde o ano passado meus feriados são completamente distintos um do outro. Em um, tudo o que poderia ocorrer de melhor acontece. Já no outro, seria melhor uma rachadura se abrir sob os meus pés.
.
Na semana de Tiradentes, último feriado, minha caminhada com a Fernanda começou. De repente e e subitamente, ela tornou-se importante. E cá estamos nós dois, um mês e dez dias depois, firmes e fortes. Tudo perfeito, sem grandes problemas e nada pra se preocupar. Tudo ótimo, né ? Sim. Mas aquele feriado acabou. E pior, vem outro, como não poderia deixar de ser.
.
Nesse feriado prolongado, parece que tudo já começou ruim. Só teria a quinta-feira de descanso. Na sexta-feira, aula. Sendo 4 de exatas, matérias indispensáveis pra mim por serem o meu ponto fraco. Como se já não fosse o suficiente, sábado terei um simulado. Noventa questões logo de manhã, pra fazer meu humor ficar ruim o resto do dia.
.
Mas... como diria minha mãe, pouca bosta é bobagem. Notícias ruins abalaram ainda mais esse conjunto de dias. Uma já esperada, e que eu apoiava, claro. Abalou-me um pouco o fato da própria pessoa no ter vindo falar comigo, diretamente. Se não se pode comentar comigo o que eue mesmo incentivei, imagine algo pior, e de importância considerável pro bom andamento de tudo ? Eu não sou assim, a pessoa vai sofrer quando brigarmos, e isso é a última coisa que eu desejo.
.
Jogando ainda mais detritos sobre esse Corpus Christi horrível, estranhas, ainda que profissionais, se julgam no direito de falar o que pessoas X ou Y tem ou não tem. Não acredite nela. Só eu sei que você pode não ter o que ela falou, mas tem a primeira palavra.
.
Ah vai, ao menos nem tudo está perdido. O Palmeiras jogou, e o feriado é de Porcus Thristi, como sempre.