sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ninguém sabe andar em São Paulo

A frase tem lá suas doses de generalização e preconceito sim, o que é um imenso erro meu. Mas cada vez mais os paulistanos e moradores da Grande São Paulo não sabem onde está cada logradouro na maior cidade da América do Sul. Mais do que um fato que evidencia o desenfreado crescimento de Sampa, é um indicativo preocupante do desconhecimento de sua própria região.
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Hoje fui fazer um teste profissional na região da estação Carandiru do metrô. A quem não é de SP ou reconhece esse nome de algum lugar: sim, é o mesmo bairro da casa de detenção (que hoje tornou-se um parque) - a linha azul do metrô, aliás, passava religiosamente na frente da entrada do presídio. Ao ver o endereço no Google Maps, vi que deveria virar à direita no primeiro quarteirão da avenida Cruzeiro do Sul depois do cruzamento com a avenida Zaki Narchi. 
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Ao sair do metrô, vi uma saída para a avenida Cruzeiro do Sul. Fácil, não ? Até aí, sim; o problema veio depois. Comecei a perguntar onde ficava a tal avenida Zaki Narchi. Perguntei não para transeuntes, mas para comerciantes, trabalhadores e ambulantes. Cada um me falava algo, e eu ficava cada vez mais perdido numa região que eu só conhecia por mapas satélites tendo um teste de estágio marcado. 
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O desespero começou a bater levemente, até um senhor que parecia ser mais esclarecido me dar uma rota - certeira, inclusive. Reparei, então, que o mapa do Google Maps nada tinha a ver com o itinerário feito. 
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Comerciantes, ambulantes, trabalhadores, pessoas que passam todo dia na região... nem o Google sabe andar direito em São Paulo ! Pobre dos forasteiros que, mesmo adorando a cidade, desbravam-se em suas localizações ardis. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Maroon 5 é excelente demais, mas Keane não fica átras

Eu poderia (e ainda vou, quando tiver tempo) falar um pouco sobre o show sensacional do Maroon 5 aqui em São Paulo - show esse que eu tive o imenso prazer em ver acompanhado da melhor pessoa do mundo. Mas, antes de falar do Maroon 5, quero seguir a ordem cronológica das apresentações. Antes dos californianos, quem tocou foram os ingleses do Keane, banda que me faz relembrar do meu ginásio e que eu sempre gostei. Um dos maiores clássicos deles é Somewhere Only We Know:
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"I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete
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Oh! Simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
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I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place, we used to love
Is this the place that I've been dreaming of
.
Oh! Simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
.
And If you have a minute why don't we go
Talking about that somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?
(Somewhere only we know)
.
Oh! Simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
.
And If you have a minute why don't we go
Talking about that somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
So why don't we go
.
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?
Somewhere only we know?
Somewhere only we know?"

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Zé Linguiça ~ J.R. Guzzo, para a Veja

O texto fala, basicamente, de como o governo federal não olha para as mazelas brasileiras e quer interferir na política de diversos outros países. Entretanto, não foi isso que me chamou a atenção no texto. Gostei demais do primeiro parágrafo da publicação, que deveria ser lida por muitas pessoas que se julgam superiores a outras. 
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"Pode até não ser uma verdade comprovada pela história, mas ninguém discute que se trata de uma belíssima ideia. Na Roma antiga, quando um grande general voltava de uma campanha vitoriosa no estrangeiro, fazia-se uma fabulosa procissão triunfal pelas ruas da cidade, o “triunfo”, para exibir diante do mundo a glória do comandante vencedor, e homenagear a grandeza que ele trazia à pátria. Era a honra máxima que um cidadão romano podia obter, e dava um trabalho danado chegar lá. Ele tinha de ter matado em combate pelo menos 5.000 soldados inimigos. Tinha de mostrar, presos, os chefes derrotados. Tinha de ter enfrentado um exército pelo menos equivalente ao seu. Tinha, sobretudo, de trazer sua tropa de volta para casa. O problema, nisso tudo, é que os romanos da Antiguidade eram gente que tinha em altíssima conta a modéstia pessoal — e, em consequência, fechava a cara para qualquer demonstração de soberba. O que fazer, então, na hora em que o general vitorioso desfilava perante a multidão como se fosse um rei? É aí que aparece a ideia mencionada acima. Logo atrás do “triunfador”, no mesmo carro puxado por quatro cavalos que ele conduzia, ficava um escravo que, de tanto em tanto tempo, lhe dizia baixinho ao ouvido: “Memento mori” (em tradução livre, “lembre-se de que você vai morrer”). Nada melhor, provavelmente, para baixar o facho de qualquer alta autoridade que começa a se achar."

domingo, 26 de agosto de 2012

Lutar com palavras ~ Ivan Angelo, para a Veja SP

"A cena do quadro é impressionante: um velho alquebrado, seminu, de longas barbas, ombros e pernas cobertos por um manto vermelho, coteja grossos livros com uma pena na mão; uma luz de fonte invisível o destaca da escuridão; um crânio sobre um livro faz contraponto com sua calva.
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Assim Caravaggio (1571-1610) retratou um dos primeiros doutores da Igreja no extraordinário quadro “São Jerônimo que Escreve”, exposto no Masp junto com outras obras suas e de seus imitadores até 30 de setembro. (Por coincidência, Dia do Tradutor.) Ver essa mostra é obrigação cultural. O jovem e tormentoso artista italiano é apenas um dos maiores pintores de todos os séculos.
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O quadro me remete ao retratado, ao seu trabalho de tradutor e ao dos tradutores em geral. Entre os séculos IV e V, o dálmata Jerônimo foi encarregado pelo papa Dâmaso de fazer uma tradução definitiva da “Bíblia” para o latim, a partir do hebraico, cotejando-a com as versões gregas e latinas existentes, que circulavam no Ocidente com textos conflitantes. A fim de aprimorar seu conhecimento do hebraico, mudou-se para a Palestina, onde viveu por 35 anos, quinze dos quais traduzindo a “Bíblia”. Quinze anos! Morreu em Belém. Passaram-se alguns séculos até sua versão receber o título oficial de Vulgata, a única autorizada em latim.
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Traduzir tem algo de dramático. Momentos de indecisão, angústia e desafio. Você se divide entre os papéis de destruidor e de criador. Intenções, sons, matizes, características, cacoetes, jargões, metáforas e aliterações do texto se perderão, e outro tanto será criado, procurando compensar a perda. É como fazer uma feijoada na Holanda: vai faltar metáfora.
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Não que as línguas em si não tenham recursos. Têm. Mas serão sempre substituições, só eventualmente equivalentes. Quando um autor escreve “lindo” em vez de “belo” ou de “bonito”, ele tem intenções que vão mais longe do que graduar a beleza que descreve. Há entre as palavras relações de som, de oposição, de acomodação, de fricção ou de regionalidade que é difícil traduzir. Isso quando se percebe a intenção. E quando não se percebe?
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Se dentro de uma mesma língua as palavras adquirem um matiz diferente quando se associam a outras, que dirá na tumultuada viagem de uma língua para outra? Se as palavras não fossem assim tão ricas, um clássico moderno como o americano Raymond Carver não escreveria um conto com o nome de “What We Really Say When We Say Love”, o que dizemos na verdade quando dizemos amor. Palavras muitas vezes são armadilhas. Pasta, em português, pode ser macarrão, posto de ministro, bolsa, dentifrício, substância pastosa... Pena pode ser de ave, caneta, dó, sofrimento, condenação... Até mesmo corriqueiras expressões do dia a dia oferecem dificuldades, e nem sempre as soluções satisfazem.
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Por exemplo, um personagem de nome Omar de Moura, que um bajulador chama de doutor Omar. Nos Estados Unidos esse “doutor Omar” vai virar “Mr. De Moura”. Ganha-se formalidade, perde-se a bajulação. Uma tradutora me perguntava: que que eu faço com “mãe de santo”, “quebrei a cara”, “dar tempo ao tempo”, “é o fim da picada”? Empacou no nome de uma antiga revista de cinema, “A Cena Muda”. Me perguntava: “A cena é silent ou changing, silenciosa ou que muda, que se move?”. Expliquei que era as duas coisas. E aí, para traduzir?
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Imagino as inquietações do velho Jerônimo na Palestina. A sua responsabilidade de passar para os povos, com exatidão, a essência do livro: a poética e a fé, a história e os mitos, o mistério e a realidade, a parábola e o fato, a palavra e a substância, a evolução e a permanência. Santo homem."

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Peso

Quando, na minha pré-adolescência, eu comecei a fazer algumas reflexões sobre a vida (sim, minha pré-adolescência teve muitos momentos desses), eu comecei a notar que enquanto você não sair de casa você vai ser um peso. Educar é algo pesado, aguentar as revoltas adolescentes idem. E bancar um peso, então ? Escola, comida, roupas... só pra ficar em alguns exemplos. 
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O que eu não esperava é que, com 20 anos nas costas, eu continuasse tão pesado para algumas pessoas. Não falo só das despesas (que eu sigo achando algo ruim e tento custear de alguma forma, mas, duma forma ou de outras, são inevitáveis) financeiras, mas também do peso da minha presença. 
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Algumas vezes me sinto como se fosse uma batata quente, algo que algumas pessoas tentam se livrar rapidamente ao invés de aproveita-la. Pessoas que me vêem pouco não lutam para me ver mais frequentemente; pelo contrário, se afastam cada vez mais de mim - e, pior, ou são coagidos por outros ou colocam a culpa em terceiros, seu assumir seu quinhão de culpa. Já outras pessoas parecem contar nos dedos a data na qual eu ficarei ausente para, enfim, viver - lembrem-se que eu sou um peso e não deixo as pessoas viverem como gostariam. 
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Emagreço cada vez mais graças a todo o peso que carrego - ou que sou. 

O Botafogo de Cuca

Se hoje o clube e o treinador estão distantes e bem diferentes, eles protagonizaram um dos momentos mais marcantes do milênio no futebol brasileiro. O Botafogo segue tentando implantar um estilo de jogo marcante e bonito mas segue derrapando em seus resultados. Já Cuca, ao que parece, mudou bastante. Deixou de ser prejudicado pelo emocional e consegue fazer um trabalho exemplar no Atlético Mineiro. Mas, conhecendo Cuca, é sempre bom esperar até o último momento para elogiá-lo.
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O Botafogo começou a ser a vedete do futebol brasileiro em 2006, ao acabar com um jejum de 9 anos sem títulos estaduais. Mas você se lembra como veio esse título tão singular ? O Fogão venceu a Taça Guanabara após ficar em segundo em seu grupo, ficando átras do América. Americano de Campos e Cabofriense (ambos na segunda divisão carioca, junto com o próprio Sangue) também estiveram na semifinal do torneio. Na Taça Rio, o Botafogo foi lanterna de seu grupo (!) e os três times que fizeram a semifinal da Taça Guanabara foram para a próxima fase, mas sucumbiram ante o Madureira, que venceu o segundo turno e perdeu os dois jogos na final para a Estrela Solitária. 
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Vale sempre relembrar o desempenho incrível dos outros três grandes no Carioca de 2006: o Fluminense foi o oitavo, o Vasco da Gama o nono e o Flamengo o décimo primeiro, ficando a uma posição de não ser rebaixado. O que dizer de um campeonato desses, no qual Friburguense e Volta Redonda ficam na frente de três grandes ? 
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O Botafogo, que venceu o campeonato mais bizarro da história do Rio de Janeiro, chegou com panca de favorito para o Brasileirão. Resultado: um amargo 12º lugar. 
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Nas Copas que disputou, uma eliminação para o Ipatinga logo na segunda fase (o Tigre foi até a semifinal, sendo parado apenas pelo campeão Flamengo) e uma eliminação na primeira fase para o Fluminense no jogo marcado pela cobrança de pênalti bizarra do jogador Willian - convenhamos que o nome não ajuda. 
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Em 2007 dá-se início a sina de vergonhas mais marcantes do alvinegro. O primeiro vice-carioca para o Flamengo foi apenas o começo de um ano no qual ao mesmo tempo em que o time exibia um futebol vistoso em campo era motivo de chacota por seus resultados e suas entregadas de maneiras estapafúrdias.
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No Brasileirão, o Botafogo vinha cabeça com cabeça com o São Paulo. O confronto entre as duas equipes era muito aguardado e chegou na penúltima rodada do primeiro turno. Maracanã lotado (os maldosos dirão que foi a última vez que o Botafogo lotou um estádio, o que não deixa de ser verdade) para ver a equipe e... São Paulo 2x0. A equipe degringolou e terminou o nacional apenas na 9ª colocação.
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Foi nas Copas, porém, que o Botafogo entrou pra história em 2007. Na Copa do Brasil, a equipe contou com uma ajuda imensa do árbitro Carlos Eugênio Simon para passar pelo Atlético Mineiro (atual time de Cuca) nas quartas-de-final. Mas o feitiço virou contra o feiticeiro e, em um jogo maluco, o time foi eliminado pelo Figueirense em pleno Maracanã - faltou cabeça e sobrou xingamento para a bandeirinha Ana Paula de Oliveira. Também devem ter sobrado as penas do frango que Julio César tomou no gol de Cleiton Xavier.
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Na Copa Sul-Americana não foi diferente. Após vencer o River Plate por 1x0 no Rio de Janeiro, o Fogão vencia por 2x1 e fez muita força para tomar três gols em 15 minutos e ser eliminado pelo time platino. Além da amarela histórica, fica a lembrança da torcida jogando calcinhas na volta do time para a Cidade Maravilhosa, alegando que só haviam meninas no time. (Essa é a hora que eu começo a rir sozinho lembrando da cena)
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O ano acabou, mas as vergonhas botafoguenses não. Mal o ano começou e o time perdeu o Campeonato Carioca de novo para o Flamengo, dessa vez com um ingrediente todo especial: a cena histórica do time inteiro chorando nos vestiários, reclamando da arbitragem - ok, eu estou rindo novamente. No Brasileirão mais uma campanha decepcionante, ficando em sétimo lugar. 
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Na Copa do Brasil, uma derrota nos pênaltis para o Corinthians, na semifinal - o detalhe é que a torcida já cantava vitória no estádio, bradando que "praia de paulista é o rio Tietê". Na Copa Sul-Americana a equipe ficou nas quartas-de-final, sendo eliminados pelo Estudiantes de La Plata. O lance mais engraçado (desculpe, mas não existe outra palavra pra descrever o lance) dessa partida falarei depois.
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No final de 2008 Cuca saiu da equipe, mas as proezas que ele realizou são inesquecíveis. Ele e, claro, os bravos guerreiros que conseguiram protagonizar momenos inesquecíveis para quem acompanha a equipe. 
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A começar pelo gol. Se um grande time começa com um grande goleiro, um time bizarro começa com um goleiro bizarro. Castillo marcou época por seus braços curtos e por seu incrível retrospecto de fazer uma defesa importante a cada cinco jogos e tomar um frango a cada três partidas. 
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Na lateral direita passaram Ruy Cabeção (clique aqui e aqui para saber o motivo do apelido) (eu tô chorando de rir dessas fotos) e Joílson, o mesmo que passou por São Paulo e hoje está no Atlético Goianiense - não sem antes ser dispensado sem jogar pelos poderosos Figueirense e Boavista de Saquarema. Na zaga, Rafael Marques, Scheidt (lembra dele ?), Luciano Almeida e Juninho marcaram época. Juninho é, inclusive, a síntese daquele time: pipoqueiro e sem cabeça.
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Lembra do jogo contra o Estudiantes, pela Copa Sul-Americana ? Pois bem, o motivo pelo qual ele tornou-se inesquecível é o zagueiro André Luis. Na partida, o jogador ficou descontrolado ao tomar um cartão amarelo, tirou a tarjeta das mãos do árbitro, olhou dramaticamente para o cartão e deu o cartão para o juiz, advertindo-o ! (Eu tô me segurando pra não acordar ninguém em casa rindo) 
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Na volância, os nomes mais lembrados são Diguinho (sim, o coadjuvantíssimo no Fluminense de hoje em dia), Leandro Guerreiro e Túlio. Armando essa equipe... bem, ele merece um parágrafo só pra ele.
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Lúcio Flávio sempre foi o motor e o meia criativo (?) do Botafogo de Cuca. Ao sair do Fogão, em 2011, foi contratado pelo Atlas. A diretoria do clube mexicano, animada com o reforço, disse que havia contratado o Pelé Branco (Jesus...). Pior: ao chegar no Botafogo, Seedorf disse que "é uma honra atuar com a 10 do Botafogo, a mesma utilizada pelo Pelé Branco"
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Quem o ajudava no meio campo era Zé Roberto, também conhecido carinhosamente como Cachaça pela torcida. Destaque também para o inesquecívelmente ruim Adriano Felício, que fez apenas um gol na equipe - em uma excursão pela Suíça, contra o Partizan Belgrado. Boa, Felício !
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No ataque, Dodô tornou-se o artilheiro dos gols bonitos no Fogão. Ao seu lado, Reinaldo também atuou muito bem. Também passaram pelo ataque Jorge Henrique, André Lima e Wellington Paulista.
Como é bom relembrar causos bizarros do futebol, não ?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tá chegando !

Vi ontem um tweet com uma foto espetacular do show do Maroon 5 na Cidade do México e a ansiedade para o show da banda aqui em São Paulo (primeiro grande show de banda internacional que eu vou, aliás) bateu forte. Nada melhor que pegar uma música alto-astral e já entrar no clima do show:
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How dare you say that my behavior is unacceptable
So condescending unnecessarily critical
I have the tendency of getting very physical
So watch your step cause if I do you'll need a miracle

You drain me dry and make me wonder why I'm even here
This Double Vision I was seeing is finally clear
You want to stay but you know very well I want you gone
Not fit to funkin' tread the ground I'm walking on

When it gets cold outside and you got nobody to love
You'll understand what I mean when I say
There's no way we're gonna give up
And like a little girl cries in the face
Of a monster that lives in her dreams
Is there anyone out there?
Cause it's getting harder and harder to breathe
Is there anyone out there?
Cause it's getting harder and harder to breathe

What you are doing is screwing things up inside my head
You should know better you never listened to a word I said
Clutching your pillow and writhing in a naked sweat
Hoping somebody someday, will do you like I did?

When it gets cold outside and you got nobody to love
You'll understand what I mean when I say
There's no way we're gonna give up
And like a little girl cries in the face
Of a monster that lives in her dreams
Is there anyone out there?
Cause it's getting harder and harder to breathe
Is there anyone out there?
Cause it's getting harder and harder to breathe

Does it kill?
Does it burn?
Is it painful to learn?
That it's me that has all the control

Does it thrill?
Does it sting?
When you feel what I bring
And you wish that you had me to hold

When it gets cold outside and you got nobody to love
You'll understand what I mean when I say
There's no way we're gonna give up
And like a little girl cries in the face
Of a monster that lives in her dreams
Is there anyone out there?
Cause it's getting harder and harder to breathe
Is there anyone out there?
Cause it's getting harder and harder to breathe
Is there anyone out there?
Cause it's getting harder and harder to breathe
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O clipe tá aqui. E viva o Maroon 5!

Histórias olímpicas

Não quero discutir aqui a pergunta que os fãs de esportes (esportes, e não unicamente futebol) discutem ao redor do mundo inteiro: se a Copa do Mundo é mais legal de se acompanhar que os Jogos Olimpícos ou vice-versa. Para mim, a questão é resolvida facilmente: o futebol há muito deixou de ser apenas um esporte, e, por ter dado certo, é o maior evento do planeta. São menos jogos e uma visibilidade imensa, com superlativos que impressionam demais ao falarmos de rendimentos econômicos e de audiência. Mas, se quisermos histórias mais humanas e que não estão no jornal todos os dias, as Olimpíadas são um prato cheio.
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Em um post inspirado, o twitteiro e blogueiro Ricardo Henriques (conhecido na internet como Calhau) fez um ótimo saldo final do evento de Londres - a postagem pode ser acessada diretamente aqui. O ponto alto do texto, porém, foi a lembrança de alguns personagens com histórias esportivas marcantes, provando que os esportes não tão vistos nesse país tropical rendem histórias tocantes.
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Começamos com a judoca saudita Wojdan Shaherkhani. Facilmente derrotada na estreia, a adolescente de 16 anos cravou sua história nas Olimpíadas por tornar-se a primeira mulher a representar a Arábia Saudita em Jogos Olimpícos, muito em função de um trabalho para deixar os Jogos mais abrangentes e representativos socialmente do Comitê Olímpico Internacional - aliás, podemos fazer mutias críticas ao COI, mas essa atitude é louvável, ao dialogar com regimes extremamente fechados em prol do esporte.
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Já Mo Farrah é um somali (apenas lembrando que, como Estado, a Somália vive uma situação tão complexa que nem existe mais) que migrou para a Inglaterra e tornou-se um megacampeão de provas de fundo. Em Londres, ele foi medalhista de ouro nos 5000m e 10000m. Para não esquecer de suas origens, ele tornou-se um grande ativista contra a desnutrição infantil africana, sobretudo em seu país de origem.
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O queniano Julius Yego aprendeu a lançar dardos observando movimentos de atletas de alto nível no Youtube. Com acurácia, precisão e muito estudo, ele chegou às Olimpíadas. Também não podemos esquecer que um treinador pagou com seu próprio dinheiro quando o único dardo com o qual o africano treinava quebrou-se.
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A velejadora polonesa Zofia Noceti-Klepacka tem, talvez, a história mais humana e solidária de todos os Jogos. Ela apenas foi para a competição para ganhar uma medalha e leiloá-la em prol de sua vizinha, que tem uma doença extremamente rara e grave. A europeia ficou com a prata, mas não se sabe se ela conseguirá bancar o tratamento de Zuzia - nome da referida vizinha. Seja como for, é um grande exemplo.
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Até mesmo quem já tem uma carreira consolidade no esporte provoca histórias interessantes. O triatleta canadense Simon Whitfield, que tem um ouro e uma prata olímpicas em seu currículo, caiu e levou consigo o estreante costarriquenho Leonardo Corrales. Ao invés de mostrar irritação ao perder a chance de sua vida de brilhar, o centro-americano escreveu em redes sociais que ele é um de seus maiores exemplos e que espera encontrá-lo nas Olimpíadas do Rio. Espírito olímpico em estado puro.
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Deficiências físicas podem atrapalhar muitos atletas, mas algumas pessoas são especiais não só por lhe faltar algum pedaço de corpo humano, mas também por seu alto rendimento quando comparados aos que tem um corpo intacto. O sul-africano Oscar Pistorius é a maior prova disso. Especialista em provas de 400m, ele competiu pela primeira vez em competições olímpicas e chamou a atenção do granadino Kirani James, que não comemorou a vitória em sua bateria para ter uma lembrança do Blade Runner. A polonesa Natalia Partyka nasceu sem parte do braço e, mesmo assim, joga tênis de mesa como poucas. 
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A imagem mais marcante dessas Olimpíadas, porém, é a de Shin Lam. A sul-coreana foi prejudicada pelo equipamento de esgrima, que não marcou um ponto seu e marcou um de sua adversária. Ela entrou com um recurso para a mais alta instância olímpica presente e permaneceu no tablado por cerca de uma hora - sair do local de competição implica em desistência automática. O recurso foi negado e a oriental chorou copiosamente, em imagem tocante que foi lembrada até mesmo na cerimônia de encerramento dos Jogos.
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Como esquecer, também, das nadadores adolescentes que conseguiram resultados tão incríveis ? A chinesa Ye Shiwen venceu duas provas e, em uma delas, foi mais rápida até que os homens em boa parte da competição. A lituana Ruta Meilutyte, de apenas 15 anos, venceu os 100m peito e também entrou pro seleto hall de medalhistas de ouro nos Jogos Olímpicos. E você, sabe-se lá com quantos anos, o que fez de importante hoje ? E você aí, sedentário...
Não precisa ser um Phelps ou um Bolt para emocionar. Aliás, a emoção muitas vezes vem desse exército de quase-anônimos que não tem seu nome veiculado, mas por diversas vezes são verdadeiros exemplos de superação.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Dias diferentes

Nossos dias hoje foram bem diferentes, amor. Tá certo que ficamos juntos à tarde inteira, mas é só ver como eles começaram. Eu acordei bem mais tarde, você foi pra faculdade e eu não, você foi pro estágio e eu te acompanhei... como muita coisa entre nós dois, tudo começou bem diferente. Mas, ao nos encontrarmos, tudo fica bem e igual - e esse igual não quer dizer algo chato ou monótono. Muito pelo contrário, é aquele tipo de segurança que nós dois precisamos em nossas vidas. 
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Acho incrível como a gente consegue se divertir fazendo coisas tão cotidianas quanto ir no seu estágio ou ficar no shopping. Até mesmo coisas que eu antes não gostava eu aprendi a gostar quando eu tô do seu lado, e eu espero que você veja que entre a gente não precisa ficar segurando pergunta nenhuma: comigo você é a rainha, você manda em tudo, e eu aceito tudo de bom grado - ótimo grado na realidade, porque tudo é bom com você. 
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Não preciso falar o quanto eu gostei de te ver hoje, te abraça, te beijar, falar sobre tudo e mais um pouco. Gostei demais de sentar no shopping com você e te ver se deitando nos meus braços, ou colocando o seu corpo nas minhas pernas. E, bem, não preciso falar o quanto eu gostei de ver o coração que você fez com as mãos pra mim já na rampa do metrô. 
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Não tenho vergonha nenhuma de falar que o motivo de todos os meus sorrisos, há muito tempo, é você. E vai ser assim sempre. O que eu quero que aconteça sempre é passar a tarde inteira com você, todas as tardes. Pra depois passar todos os dias e todas as noites, até dividirmos o mesmo teto e morarmos na mesma casa. 
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Você é tudo pra mim. (: 

As Olimpíadas acabaram há uma semana atrás

Esse título de post tão simples, insosso e sem graça, quase uma apostila do primário, deve-se unicamente a nós. Sim, a nós, que "vibramos" e "criticamos" com o desempenho dos atletas brasileiros em Londres e que agora voltamos a nossa humilde (e ridícula) posição anterior ao ciclo olímpico de meros coadjuvantes e de não-propulsores do esporte no país. 
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As Olimpíadas acabaram no domingo e na quarta-feira a seleção de futebol jogou. Desde o domingo, porém, a perguntaque ficava não era "por que ficamos tão mal no quadro de medalhas ?", mas sim "o Mano vai continuar sendo o técnico da seleção ?". Costumo falar que o futebol é muito mais que um esporte, mas quando chega-se nesse nível de monopolização a situação começa a ficar crítica. O tanto que criticamos o atual estado do nosso futebol não condiz com a falta de crítica (e de prática, e de apoio, e de audiência... de nada, basicamente) com todos os nossos esportes olímpicos.
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A nós, culpados (não os únicos e talvez nem os principais, mas certamente com uma boa parcela de culpa) pelo estado lastimável dos nossos esportes olímpicos, cabe a reflexão. Quantas vezes ao menos buscamos entender como funciona uma competição de tiro esportivo ou de badminton ? Como podemos não ver ou não gostar se nunca buscamos entendê-los ? Se gostarmos, criaremos audiência, o que ajudará o esporte, que pode trazer novos atletas, que fará a paixão pelo esporte se propagar por algumas gerações e assim sucessivamente. É um círculo virtuoso que só faz bem. Não adianta jogarmos a culpa nos demais (e, ah!, como gostamos de fazer isso !) e não olharmos pra nós mesmos. E sim, todo esse desmepenho patético nas Olimpíadas tem muito de nós mesmos. Que tal mudar isso e parar de se fazer de rogado colocando a culpa em terceiros ?
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Agora, a outra parte. O investimento do governo no esporte olímpico melhorou bastante de algum tempo para cá - o post do blog do Menon ilustra bem isso. Por que, então, nosso desempenho não cresceu da mesma maneira ? Creio que muito disso explica-se pelo Comitê Olímpico Brasileiro. O COB é presidido há 17 anos por Carlos Arthur Nuzman, que por sua vez era presidente da Confederação Brasileira de Vôlei. Sua gestão tá longe de ser transparente, e ele controla boa parte das confederações nacionais e estaduais dos esportes olímpicos brasileiros - incluindo cortes inexplicados de verba caso seu candidato preferido perca o pleito. Nada muito diferente do que acontece na política brasileira, como podemos ver. A sociedade, caso quisesse o bem do esporte olímpico, protestaria contra a presença de Nuzman há tanto tempo no COB, mas nada fazemos. E o governo deveria intervir na presidência - não tirando Nuzman do poder, mas sim acabando com seus longos tentáculos nos rincões do poder olímpico brasileiro. 
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Nuzman costuma dizer que, sob seu mandato, o Brasil cresceu demais no quadro de medalhas. Sim, crescemos. Passamos a ter nossas três ou quatro medalhas de ouro garantidas por edição, é bem verdade. Mas a economia nacional (e o consequente repasse de dinheiro estatal e ganho com investimentos Brasil afora) certamente cresceram muito mais que o nosso desempenho olímpico. Deveríamos estar bem melhores do que estamos hoje. 
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Também é visível o quanto boa parte dos investimentos destina-se a esportes coletivos. Nada contra, são esportes como quaisquer outros. Mas, no quadro de medalhas, eles rendem bem menos medalhas que os individuais. Por uma opçãp de gosto do público e puro comodismo da cartolagem do COB, vôlei, basquete, futebol e algumas outras modalidades ficam com boa parte da fatia do bolo, deixando boa parte dos esportes individuais com pouco - com algumas exceções bem pontuais, como o judô e a ginástica olímpica.
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Também devemos colocar o dedo na cara de um seleto grupo de atletas olímpicos que tornaram-se "popstar" do esporte nacional. César Cielo é o maior exemplo desse círculo. O caipira treinava na universidade de Auburn, nos EUA, e tinha uma rotina militar, que o levou ao ouro olímpico. Ao se tornar conhecido no Brasil, assinou com o Flamengo (que possui um parque aquático no mínimo vergonhoso, para ser simpático com o clube) deixando todos com a impressão de que ele queria lucrar, e não mais ganhar. Seu doping encoberto pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos apenas deixou sua situação ainda mais caricata - o episódio é narrado com maestria por Lúcio de Castro aqui
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Mas não é apenas Cielo que está nesse grupo. Maurren Maggi assinou com o São Paulo FC e viu seu desempenho ruir. Toda a delegação de ginástica olímpica (com a exceção lógica de Arthur Zanetti, que não tem tantos vínculos com a confederação da modalide) passou vergonho, sendo que possui um CT de alto rendimento em Curitiba. Fabiana Murer é um caso a ser estudado por psicanalistas, pois ser atrapalhada pelo vento é algo que eu jamais imaginei ver em uma edição de Jogos Olímpicos - e olha que ela adora fugir de suas responsabilidades em competições. Também vi erros da dupla Robert Scheidt e Bruno prada no iatismo, no vôlei masculino e no futebol feminino, mas tais erros são do esporte, e não de política esportiva. 
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Último ponto, e também o mais importante: falei até aqui de atletas de alto padrão, conhecidos mundialmente. Mas a função do esporte é, antes de mais nada, proporcionar uma vida melhor a seus praticantes, principalmente os jovens. Como será que o esporte olímpico brasileiro, nessa situação deplorável na qual se encontra, ajuda nossas crianças a sair da marginalidade e do sedentarismo ? Antes de formarmos grandes atletas, precisamos formar grandes cidadãos - e acho que todos sabem a importância que o esporte tem nesse desenvolvimento civil. Enquanto nosso esporte vai pelo ralo, vemos milhares de pessoas marginalizadas por todos os cantos, que poderiam receber incentivos governamentais em uma troca benéfica para todos: o governo financia e custeia treinamentos enquanto o futuro atleta treina e ajuda o país não só em Olimpíadas, mas também servindo de exemplo para todo o país se orgulhar. 
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Fica a lição para todos: sociedade, políticos e atletas. Mais do que obter um bom desempenho nas Olimpíadas do Rio, devemos olhar com muito cuidado para ainda mais além, com o legado eterno que qualquer competição de grande porte (não só o evento, mas também seus resultados práticos) deve deixar. Enquanto tivermos esse olhar simplista, superficial e horrendo que temos hoje, ficaremos átras de Hungria, Cazaquistão, Irã e Coreia do Norte em Olimpíadas, e átras de países bem mais sem tradição esportivo no quesito inclusão na sociedade por meio do esporte. 
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Mas, quem liga pra isso, não é mesmo ? O importante é saber se o Mano vai ser o técnico da seleção na Copa. 

sábado, 18 de agosto de 2012

Cupcake

Hoje eu fui comprar alguns pães para a minha avó no supermercado e vi cupcakes de vários sabores à venda. Isso certamente não é novidade, mas o bolinho com cobertura só tornou-se popular nessa década, que ainda mal começou direito. Também devo ressaltar que eu estava na Coop, uma rede de supermercados que limita-se a algumas poucas cidades (sobretudo do ABC Paulista) e é uma bandeira bem menor que Carrefour, Extra, Pão de Açúcar e outros.
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Tudo isso para falar que, até bem pouco tempo átras, não se via cupcakes à venda em nenhum lugar - eles eram feitos em casa, por jovens que começaram a colocar em prática algumas receitas que viam em filmes hollywoodianos. Agora, a cultura jovem invadiu até as nossas padarias.
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Quero dizer aqui que cupcakes são gostosos. Das poucas vezes que eu comi (comi pouco pois nunca vi uma versão diet do docinho) achei interessante. Mas, cá entre nós, eu jamais trocaria uma porção equivalente de outros docinhos como brigadeiro, beijinho, bala de coco e bicho-de-pé por um cupcake. Esses doces de festas tão tradicionais seguem sendo milhões de vezes melhores que cupcakes - mesmo achando cupcakes bons. 
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Sendo assim, por que os cupcakes são tao amados pela geração Y ? Por que uma geração tão complexa e ampla gosta tanto de uma massa de pão-de-ló com uma cobertura qualquer em cima ? 
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É simples e eu já falei a resposta: tudo está ligado ao sucesso que os bolos fazem nos EUA. Se eu fizer uma massa com uma cobertura no formato tradicional, em uma forma cilíndrica, ninguém vai gostar. Mas, se eu fizer no estilo cupcake, serei descolado - e acho que cada vez mais as pessoas comem esse doce tão simples só por ser mais descolado. É o retrato gastronômico perfeito de uma geração que, cada vez mais, gosta da aparência e não da essência. Come-se mais um prato comum que um realmente gostoso porque ele está na moda; usa-se mais um produto simples que um realmente útil porque ele te dá status. 
Última observação: se o cupcake se chamasse "bolo de copo" será que ele faria tanto sucesso ? 
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Essa tal geração Y, te contar...

Eu peço desculpas

Acho que, quando você fala mais desculpa que obrigado tem algo errado - e vice-versa. O ideal é o equilíbrio, e eu confesso que isso, infelizmente, anda me faltando. 
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Nos últimos dias eu errei um bocado com pessoas que merecem toda a atenção e tudo de bom. Fica o meu pedido de desculpas a quem tomou uma patada, uma resposta atravessada ou algo do gênero. Se eu cometi erros piores, então, peço milhares de perdões e digo que não sou um escroto como posso ter dado a entender nessas últimas horas. Equilíbrio Willian, equilíbrio.
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A quem acompanha esse blog (alguém acompanha ?), o meu pedido de desculpas pela falta de postagens recentes. Infelizmente, quando eu fico irado da vida ou triste minha vontade de postar é nula, aí já viu.
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Nota do blogueiro: vi só agora o comentário do anônimo na última postagem tabelativa sobre as Olimpíadas. Obrigado, anônimo ! E desculpe por ver só agora. É, o equilíbrio voltou e eu tô conseguindo equilibrar os "obrigado" com os "desculpa", mesmo. Viva !

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Três últimos dias de competições das Olimpíadas de Londres

Sei que nesse final de Olimpíadas eu não consegui manter a periodicidade das minhas postagens - aliás, passei bem longe disso. Peço desculpas, mas peço por uma fase meio atribulada na minha vida, além de me esforçar ao máximo para ver a minha namorada. Mas, como todos estão aqui para saber mais sobre as competições, vamos a elas, sem maiores delongas:
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~ O vôlei nos trouxe dois grandes jogos e uma bela decepção. Falando primeiramente do vôlei masculino: deu gosto ver os homens jogando contra a Itália, na semifinal. Partida de altíssimo nível. E essa sensação ia se repetindo na final ante a Rússia, até perdermos vários match points no terceiro set e conseguirmos perder o jogo e a medalha de ouro mais ganha do universo. Que me perdoem os que viram outro jogo e postaram que mesmo assim ficaram orgulhosos, porque eu não fiquei. A seleção vinha abatida sim e se recuperou ao longo dos Jogos sim, mas perder uma partida como essa é inaceitável. Os bons-moços que pregam que todos os agouros ruins do Brasil em competições desse porte são de problemas estruturais talvez não conheçam o CT fora de série que o Brasil tem para o vôlei em Saquarema. A derrota é sim injustificável. Faltou cabeça, faltou Giba na defesa... faltou muita coisa - e sobrou Serginho fazendo milagre átras de milagre e Wallace virando bolas, é verdade. Também podem colocar a culpa na contusão de Leandro Vissoto, mas a seleção vinha jogando muito bem sem ele. Derrota inexplicável, lastimável e vergonhosa.
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~ Ao contrário dos homens... ah, o vôlei feminino ! Deu aula para as americanas e faturou o bicampeonato olímpico ao vencer por 3x1 - isso após tomar um pau no primeiro set de incríveis 25-11. Tudo isso para o time que era conhecido por não ter cabeça fria e por amarelar. Também temos que bater palmas pro espírito olímpico das americanas, que poderiam eliminar o Brasil na última rodada caso quisessem e seguiram adiante, vencendo e levando o Brasil consigo. E, também, levando uma dúvida: Bernardinho é tido como um dos técnicos mais brilhantes da história, com um ouro olímpico. O que seria, então, José Roberto Guimarães, com três medalhas de ouro na mesma competição ?
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~ Largado às traças, é comovente ver as medalhas que o Brasil trouxe para casa. A prata de Esquiva Falcão e os bronzes de seu irmão Yamaguchi e de Adriana Araújo são incríveis, e que devem servir de exemplo para toda uma geração - e também para as autoridades competentes, que simplesmente não olham para a modalidade.
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~ Outra heroína olímpica atende pelo nome de Yane Marques. Em outro esporte escanteado pelas autoridades ela nos trouxe um bronze sublime, ficando átras apenas da lituana Laura Asadauskaite e da britânica Samantha Murray. Tá de parabéns a pernambucana ! 
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~ Não trouxeram medalha, mas os brasileiros que participaram da mais nobre modalidade olímpica estão de parabéns por seu desmepenho. A saber: Marílson Gomes dos Santos em 5º; Paulo Roberto em 8° e Franck Caldeira em 13°. Como era esperado, o pódio ficou com os africanos, especialistas em provas de fundo. O ouro foi do ugandês Stephen Kiprotich, a prata do queniano Abel Kirui e o bronze do também ugandês Wilson Kipsang Kiprotich.
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~ Tenho uma opinião (muito) diferente da (imensa) maioria quando o assunto é futebol masculino. Éramos o melhor time sim e tínhamos obrigação de ganhar o ouro, isso é ponto pacífico. Mas acho lastimável ver que os mesmos que descem o pau em Neymar, Lucas, Damião, Oscar, Hulk e cia. acham lindo e maravilhoso a prata do vôlei masculino. Pra resumir - falarei um pouco mais sobre o futebol em outro post: futebol é muito mais que um esporte e é assim em todos os cantos do mundo. Não basta apenas investimento, existem diversos outros fatores, algo que não acontece em nenhum outro esporte. Alguns desses fatores não contribuíram, e o ouro não veio. Não coloquem a culpa no governo, no Mano Menezes, no Neymar ou em quem quiser que seja.
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~ Juntar dois atletas de provas rasas como Tyson Gay e Justin Gatlin seria motivo suficiente para dar o título nos 4x100m masculino para os Estados Unidos, certo ? Em outros tempos, sim. Mas a Jamaica tinha "apenas" Yohan Blake, Nesta Carter, Michael Frater e um tal de Usain Bolt. Mais que o ouro, veio também o recorde mundial - como não poderia deixar de ser com um time desse porte. Bolt é realmente fantástico.
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~ Tudo que envolve o Brasil nos Jogos Olímpicos eu falarei numa próxima oportunidade. Faço aqui a pergunta para as poucas almas que veem esse humilde blog: quem foi o nome dessas Olimpíadas ? Usain Bolt ? Michael Phelps ? Ryan Lochte ? O vôlei feminino ? Ruta Meilutyte ? Ye Shiwen ? Sarah Menezes ? Arthur Zanetti ? Meus exemplos são minha ordem de preferência. E a grande decepção ? Yelena Isinbayeva ? O futebol masculino ? Fabiana Murer ? Maurren Maggi ?  César Cielo ? O vôlei masculino ? O basquete feminino ? Rafaela Silva ? Novamente, meus exemplos são minhas opções. 
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Que chegue logo 2016, que esse espírito olímpico volte com tudo - e, dessa vez, em solo brasileiro !

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Décimo segundo e décimo terceiro dias de competições das Olimpíadas de Londres

Cheguei tarde em casa ontem após voltar do meu freelancer e ver minha namorada - próximo da meia-noite, para se ter ideia. Tendo que acordar às 05:30h, sequer liguei meu notebook. Seguem, aqui, os resumos dos dias de ontem e de hoje dos Jogos Olímpicos:
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~ O jogo foi tenso desde o início e a Argentina abriu boa vantagem nos três primeiros quartos. Porém, com uma reação incrível nos primeiros instantes dos últimos 10 minutos de jogo, o Brasil encostou no placar. Ao ficar por dois pontos do empate, os platinos reagiram com uma força incrível, acertando vários lances livres e vendo os brasileiros errarem jogadas simples desde então. No final, 77x82 para a Argentina e o restabelecimento do orgulho nacional do esporte, com muita vontade, técnica e raça. O destaque e primeiro jogo a ser destacado é esse, pois o basquete é importantíssimo para o país e precisa ser exaltado mesmo em suas derrotas, pois vê-se muita garra em cada um de seus atletas.
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~ Ainda no basquete, a derrota no mínimo contestável da Espanha para o Brasil foi pivô de uma briga generalizada nas quartas-de-final, entre os ibéricos e a França. A Espanha venceu por 66x59 e no final da partida, já sentindo a derrota, Nicolas Batum socou a virilha de Juan Carlos Navarro. Ao ser perguntado sobre onde estaria o espírito olímpico naquele momento, ele foi enfático: "E é espírito olímpico deixar que te vençam de propósito ?", referindo-se ao já fatídico jogo entre as seleções espanholas e brasileira. 
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~ Se no basquete o jogo foi apertado e teve vitória argentina, no vôlei não teve nem graça. Por 3x0 e com um jogo tranquilíssimo, a equipe masculina foi para a semifinal. As mulheres já estavam nessa fase, e hoje passaram fácil pelo Japão, pelos mesmos 3x0. A final será contra os Estados Unidos, na reedição da final olímpica de 2008. Também vale destacar o espírito olímpico yankee: na primeira fase elas poderiam eliminas as brasileiras caso perdessem pra Turquia, mas massacraram a seleção do Bósforo por 3x0. Estão de parabéns pela atitude.
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~ A Jamaica há muito não é mais só a terra de Bob Marley. Mas, cada vez mais, os atletas de provas rasas no atletismo se destacam - um em especial, é claro. O país ficou com ouro, prata e bronze nos 200m rasos. O bronze foi de Warren Weir, a prata de Yohan Blake - que já ostenta a alcunha de novo Usain Bolt e o ouro... bem, não preciso dizer.
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~ Mais uma vez o boxe fez história em Londres. Adriana Araújo ficou com o bronze ao perder a semifinal para a russa Sofya Ochigava por 17x11. Mas a modalidade já trouxe no mínimo mais uma medalha para o país, com Yamaguchi Falcão, que venceu Julio La Cruz Peraza por 18x15.
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~ No vôlei de praia, medalhas com gostos amargos. No masculino, a melhor dupla do mundo, formada pelos brasileiros Emanuel e Alison, perdeu a final para os alemães Julius Brink e Jonas Reckermann por 2x1 e ficou com a prata. Eliminadas na semifinal, as também primeiras colocadas no ranking mundial Juliana e Larissa venceram as chinesas Xue Chen e Zhang Xi e ficaram com o bronze. 
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~ Já encerradas as competições na ginástica olímpica, o esporte (ou melhor, a falta de espírito esportivo) foi destaque ontem. O técnico do chinês Yibing Chen, que ficou com a prata na prova das argolas (que teve como primeiro colocado o brasileiro Arthur Zanetti), pediu investigações sobre a prova, que teve um "resultado contestável" - só se for pra ele. Ele também disse que "o tempo provará que Chen é histórico e o sucesso de Zanetti é passageiro", entre outras baboseiras. Apenas para noticiar que o espírito esportivo anda em baixa nas Olimpíadas - e reparem que é só quem sai derrotado quem perde a linha.
~ Diogo Silva fez bonito e chegou até as semifinais do taekwondo, que não tem tradição na disputa masculina. Ele perdeu para o segundo melhor do mundo, o iraniano Mohammad Bagheri Motamed e também na disputa do bronze para o americano Terrence Jennings. A disputa do bronze, é bem verdade, ficou com um gosto amargo pois o norte-americano não está nem entre os oito melhores do mundo (enquanto Diogo é o sexo na categoria), mas fica a lembrança da primeira boa campanha brasileira no esporte na categoria masculina. Tocante também ver a emoção do atleta após a luta que o tirou da briga pelo pódio.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Décimo primeiro dia de competições das Olimpíadas de Londres

Em mais um dia sem medalhas (algo, infelizmente, muito rotineiro para o Brasil nos Jogos Olímpicos), o destaque foi para alguns jogos eliminatórios em competições coletivas e/ou com muitos competidores. Na reta final das Olimpíadas, cada resultado fica cada vez mais repleto de adrenalina.
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~ O destaque de hoje foi, sem dúvida, a vitória espetacular do Brasil sobre a Rússia no vôlei feminino. Desacreditada após atuações ruins e enfrentando a única seleção invicta no campeonato, as comandadas por José Roberto Guimarães. A vitória foi ainda mais saborosa porque em 2004 a seleção russa venceu as brasileiras em uma partida incrível, na qual as tupiniquins tiveram a vitória na mão e perderma várias chances de fechar a partida. Aquele jogo, inclusive, marcou a carreira de Gamova, que tornou-se sinônimo de carrasco para o vôlei brasileiro - tanto ou mais que a também histórica cubana Mireya Luis. Hoje, Thaisa atacou muito bem e Sheilla apareceu em ataques incríveis no tie-break. A arbitragem teve destaque negativo, invertendo no mínimo dois pontos, prejudicando a seleção brasileira. No quinto set a Rússia teve seis match points em sequência, todos salvos pela seleção brasileira, que, logo na primeira oportunidade, acabou com o jogo. Fora de série.
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~ No vôlei de praia, Alison e Emanuel tiveram relativa tranquilidade ao bater os letonianos Martins Plavins e Janis Smedins por 2x0. Já na categoria feminina, as favoritas Juliana e Larissa perderam para as americanas April Ross e Jennifer Kessy por 2x1. O destaque foi a desarmonia entre as brasileiras, sendo nítido os desentendimentos táticos e as críticas de Larissa à companheira. 
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~ Outra alegria deu-se no futebol masculino, mas essa já era esperada. O Brasil sofreu nos primeiros 15 minutos, mas depois deslanchou e nem precisou suar muito para anotar fáceis 3x0 na Coreia do Sul, com um gol de Rômulo e dois de Leandro Damião, que tornou-se artilheiro da competição com seis tentos marcados - e deve ser confirmado como centroavante titular da seleção principal tão logo ela volte a atuar. 
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~ Campeã olímpica em Pequim, Maurren Maggi juntou-se ao hall de grandes decepções brasileiras em Londres - e olha que não são poucas. No salto em distância, ela ficou em sétimo em sua bateria, não conseguindo ficar entre as doze melhores que avançam a final.
~ As meninas que levaram o handball feminino a posições jamais vistas foram eliminadas hoje pela muito mais forte seleção da Noruega, por 21x19. Como o próprio placar diz, foi um jogo muito parelho, no qual as brasileiras ficaram um bom tempo na frente do placar e dormiram no final da partida, levando a virada. Na saída do ginásio, muitas lágrimas e reclamações, dizendo que a Noruega entregou sua última partida na fase de grupos para atuar com a seleção brasileira, menos técnica que as demais adversárias possíveis. Não estraguem o desempenho espetacular com palavras tão derrotistas e calhordas, meninas. Se elas entregaram ou não nós não temos a ver. O que vale é a campanha histórica e os grandes jogos realizados. 

Nono e décimo dia de competições das Olimpíadas de Londres

Novamente o meu humor não me deixou escrever sobre os Jogos ontem - peço perdão por isso. Também quero agradecer a pessoa anônima que corrigiu minha informação no post anterior, no qual eu disse que a dupla brasileira no vôlei de praia Juliana e Larissa tinha sido eliminada. 
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~ Os grandes nomes recentes da ginástica olímpica brasileira são Daiane dos Santos, Jade Barbosa e os irmãos Hypolito - Danielle e Diego. Mas quem conseguiu a primeira medalha do esporte para o Brasil foi o pouco falado (mas favorito pelos entendidos e críticos) Arthur Zanetti. Com uma apresentação sublime nas argolas (em detrimento do solo, onde os brasileiros mais se destacaram ultimamente), o atleta de São Caetano do Sul (cidade do autor do blog) ganhou a segunda medalha de ouro do país nessas Olimpíadas. Histórico.
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~ Poucos viram mas a prova mais nobre das Olimpíadas já aconteceu para as mulheres. E, como parece mandar o protocolo, com muitas africanas no pódio. A etíope Tiki Gelana venceu a maratona, com a queniana Priscah Jeptoo em segundo e a russa (que, bem, de africana não tem nada) Tatyana Petrova Arkhipova em terceiro.
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~ Outra modalidade que fez história nos Jogos Olímpicos de Londres foi o boxe. O esporte, que tinha apenas uma medalha olímpica (com o lendário Servílio de Oliveira, no longínquo ano de 1968), já tem mais duas garantidas com seus atletas na semifinal. No peso médio masculino, Esquiva Falcão vanceu por 14x10 o húngaro Zoltan Harcsa, enquanto no ligeiro feminino Adriana Araújo fez 16x12 na marroquina Mahjouba Oubtil.
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~ Pouco falado, Fabiano Peçanha apareceu bem nos 800m e ficou em segundo na sua bateria classificatória, classificando-se para as semifinais. 
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~ Fabiana Murer decepcionou e eu nem preciso retomar o que já foi dito dela aqui. Porém, o que ninguém esperava era ver Yelena Isinbayeva apenas com o bronze no salto com vara. Maior atleta da história da modalidade, a russa perdeu o tricampeonato olímpico para a americana Jennifer Suhr, ouro, e para a cubana Yarisley Silva, que ficou com a prata.
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~ Não foi o show que acostumamos a ver, mas foi mais uma vitória do handball feminino. A seleção ia vencendo com facilidade, mas tomou sufoco no final da partida da fraca seleção de Angola. A vitória veio por 29x26.
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~ Duas vitórias maiúsculas (mas com sabores bem diferentes) no basquete. A equipe feminina fez 78x66 na frágil Grã-Bretanha, enquanto o supertime masculino venceu a fortíssima Espanha por 88x82. O destaque negativo foi a possível entregada espanhola para ficar com um caminho mais fácil a partir das partidas eliminatórias - o Brasil faz o clássico sul-americano contra a igualmente forte Argentina e, se passar, enfrenta "só" os Estados Unidos. Espírito olímpico zero dos ibéricos, que venciam a partida com tranquilidade e tomaram 31 pontos no último quarto. Muito estranho...
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~ O vôlei brasileiro, enfim, parece ter acordado. A seleção feminina venceu a tradicional Sérvia por 3x0, enquanto o time masculino também não perdeu nenhum set ante a Alemanha.
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~ No vôlei de praia, apenas as duplas que mais trazem esperanças sobrevivem nas semifinais. Isso porquê Ricardo e Pedro Cunha perderam para os alemães Julius Brink e Jonas Reckermann por 2x1. Alison e Emanuel sofreram, mas bateram os poloneses Mariusz Prudel e Grzegorz Fijalek por 2x1 e Juliana e Larissa passaram com relativa tranquilidade por 2x0 pelas também alemãs Laura Ludwig e Sara Goller.

~ Acostumado a participar de Olimpíadas, Robert Scheidt decepcionou com seu companheiro Bruno Prada na chamada Medal Race - última regata, que vale o dobro da pontuação. Com uma tática agressiva (que mostrou-se errada) a dupla ficou com o bronze. O ouro ficaram com os azarões suecos Fredrik Loof e Max Salminen, que dependiam de uma imensa combinação de resultados - além de contar com uma colocação ruim dos brasileiros, eles também foram favorecidos graças a péssima regata dos britânicos Iain Percy e Andrew Simpson, que levaram a prata.

domingo, 5 de agosto de 2012

Sétimo e oitavo dias de competições das Olimpíadas de Londres

Antes de mais nada, peço desculpas pela não postagem de ontem. O cansaço e o péssimo humor não me deixaram escrever sobre as Olimpíadas. Enfim, vamos repassar a sexta e o sábado olímpicos:~
~ Em sua prova forte, o atleta ficou com o bronze, batendo dois centésimos (!) depois do compatriota Bruno fratus. A surpresa ficou com a medalha de ouro do francês Florent Manaudou. 
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~ O desconhecido brasileiro Mauro Vinícius surgiu com muito destaque nas eliminatórias do salto em distância, fazendo o melhor tempo do dia - 8,11m. Hoje, porém, ele ficou bem abaixo da (recentes) expectativas e amargou o sétimo posto, saltando 10cm menos que ontem. O segundo colocado de ontem, o britânico Greg Rutherford, ficou com o ouro.
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~ Os atletas de provas rápidas no atletismo nacional não tiveram bons resultados. Rosângela Santos até passou para a semifinal, mas ficou nessa fase. Já Nílson André ficou na primeira corrida.
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~ Mais uma das promessas brasileiras que nucna vingaram, Keila Costa ficou na fraca 11ª colocação em seu grupo nas eliminatórias do salto triplo e está fora da briga por medalhas. 
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~ O trofeu de papelão dos Jogos Olímpico, porém, vai para Fabiana Murer. Novamente com panca de candidata a medalha no salto com vara (de prata, já que Yelena Isinbayeva é tão competente quanto bela) ela saltou seis vezes e apenas em uma passou. Ou melhor, cinco: na última tentativa ela refugou alegando que o vento estava muito forte. Sim leitor, você leu bem. Ridículo e decepcionante.
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~ Não preciso nem dizer que a fraquíssima seleção de basquete feminino do Brasil perdeu. Dessa vez, porém, o time foi minimamente competitivo, brigando com as mais fortes canadenses até o final - a derrota foi por 79x73. Já a seleção masculina passeou contra a China: 98x59. 
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~ No dia 3, último dia de competições do judô, mais uma medalha brasileira. Rafael Silva fez história ao trazer o bronze, tornando-se o primeiro medalhista dos pesos pesados nacionais - a vitória foi sobre o sul-coreano Sung-min Kim. Já Maria Suelen Altheman perdeu na disputa do bronze para a chinesa Wen Tong.
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~ Provando a força da seleção masculina de basquete, relembro a suada derrota para a Rússia, com uma cesta de três pontos nos segundos finais da partida - e que só ocorreu graças a um escorregão de Leandrinho. A seleção russa é, aliás, a grande surpresa na modalidade, já que não se esperava muito deles e eles encontram-se invictos. Hoje eles venceram mais um adversário mais forte que eles: a Espanha, 77x74.
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~ No boxe, duas eliminações e uma vitória nas oitavas-de-final. No peso mosca, Julião Neto perdeu por 18x13 para o cubano Jeyvier Cintron Ocasio, mesma nacionalidade de Roniel Iglesias Solotongo, que venceu o campeão mundial Everton Lopes por 18x15. O combate entre Yamaguchi Falcão e chinês Fanlong Meng terminou empatado em 17, mas os juízes deram vitória ao brasileiro.
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~ No futebol feminino, a seleção brasileira vinha aos trancos e barrancos e não foi páreo para a atual campeã mundial. O Japão até começou tomando pressão das brasileiras, mas as nipônicas venceram por 2x0. Já no masculino, Leandro Damião foi decisivo ao marcar dois e sofrer o pênalti convertido por Neymar na vitória por 3x2 ante Honduras. O Brasil foi melhor, mas poderia jogar (muito) melhor.
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~ A surpreendente seleção feminina de handebol perdeu para a Rússia por 31x27 e perdeu a invencibilidade. Mas a equipe já está classificada (com sobras) para a próxima fase. 
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~ No hipismo, o Brasil ficou numa ótima 5ª colocação nos saltos por equipes mistas. Já nos saltos individuais masculinos, Doda conseguiu uma excepcional segunda colocação. José Roberto Reynoso e Rodrigo Pessoa também avançaram.
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~ Robert Scheidt e Bruno Prada garantiram ao menos o bronze na classe star - o que iguala o número de medalhas de Scheidt com as de Torben Grael, maior medalhista olímpico brasileiro. O ouro, entretanto, é muito difícil: eles precisam ficar cinco posições a frente da dupla da Grã-Bretanha (que venceu a 10ª regata enquanto os tupiniquins ficaram em terceiro - os brasileiros faturaram a 9ª regata), tarefa muito complicada.
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~ Kissya Cataldo, destacada nesse blog, foi pega no exame antidoping e foi suspensa pelo COB indefinitivamente, e por isso não disputou a final do skiff simples. Já a equipe brasileira de skiff duplo peso leve venceu mais uma competição, avanaçando ainda mais na disputa por medalhas. Anderson Nocetti também venceu sua competição no skiff simples, ratificando o bom desempenho brasileiro na modalidade.
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~ De orgulho nacional, o vôlei começou a dar (grandes) sustos. Após ter na mão o 4º set, o Brasil perdeu para a China e teve que se virar para vencer no tie-break no feminino, enquanto a equipe masculina venceu com boas doses de emoção a praticamente eliminada Sérvia, também no tie-break. 
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~ O vôlei de praia teve a sua primeira baixa brasileira. Maria Elisa e Talita perderam por 2x1 para as tchecas Marketa Slukova e Kristyna Kolocova. Já Juliana e Larissa venceram as holandesas Madelein Meppelink e Sophie Van Gestel, por 2x0. No masculino, tudo em ordem: Ricardo e Pedro Cunha fizeram 2x0 nos espanhóis Pablo Herrera Allepuz e Adrian Gavira Collado, mesmo placar da vitória de Alison e Emanuel sobre os alemães Jonathan Erdmann e Kay Matysik.
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~ No último dia olímpico do maior atleta da história das Olimpíadas, Michael Phelps lavou a própria alma. Quando venceu os 4x100m medley em Pequim, ele não entregou a equipe em primeiro - ou seja, ele não tão decisivo. Hoje, o time americano estava átras dos japoneses, e foi Phelps quem ultrapassou os nipônicos. Faltava se livrar do único grande fantasma que rondava a carreira do grande atleta, que se aposenta das Olimpíadas com mais medalhas de ouro que a Argentina em toda a história - motivo suficiente para ser venerado pelo autor do blog.