sábado, 3 de agosto de 2013

Militares (em geral) não prestam nas ruas. Por que prestariam nos estádios ?

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No último domingo, o Grêmio venceu o Fluminense na Arena Grêmio. O jogo obviamente teve sua importância, mas foi eclipsado por dois eventos. O primeiro, positivo, foi a comemoração dos trinta anos da conquista da primeira Copa Libertadores da América do Imortal. O segundo foi uma confusão entre a Brigada Militar e a Geral - veja aqui
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Sigo vários gaúchos no Twitter e sempre lia que a relação entre a Geral do Grêmio e a Guarda Popular Colorada (principal organização de torcedores do Internacional) com a Brigada é tensa. Existem um bando de marginais nas barras gaúchas, é claro - e nem preciso dizer o mau-caratismo que parece reinante em tudo que é militar no Brasil. O que me revoltou foi o porquê dessa briga. 
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Pouco antes da partida, o Gaúcho da Geral (um dos ícones da torcida do Grêmio) erguia uma bandeira do Rio Grande do Sul usando uma muleta como um mastro. Sim, esse foi o motivo que levou os brigadianos a pará-lo e, pasmem, a levá-lo para uma espécie de delegacia do estádio. As imagens mostram alguns torcedores indo questionar a BM do porquê da intervenção, e nem preciso dizer como os policiais reagiram. Mas o pior ainda estava por vir. 
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Com Gaúcho já sendo levado para o setor de ocorrências, um grupo de brigadianos simplesmente escurraçou o torcedor e o arrastou (aqui). Por quê isso ? É ridículo
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Já cansei de dizer o quanto odeio tudo que é militar no país, mas esse caso realmente me chocou. A truculência militar apenas cria ainda mais tensão nos já tensos estádios brasileiros. Está na hora de, simplesmente, acabar com a presença deles. Aliás, acho até que já passou da hora. Mas os clubes teriam que gastar para eliminá-los, e é lógico que a falta de capacidade das diretorias em ver que os ganhos seriam muito maiores que os gastos jogam contra a ação proibitiva. 
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Gaúcho da Geral torcendo
É simples: seguranças contratados nos estádios e em um raio pré-determinado qualquer para cuidar dos torcedores e de tudo que envolve o jogo. O efetivo pode ser maior ou menor de acordo com a importância da partida, e isso pode ficar a mando dos clubes, já que eles pagariam pelo serviço. E é claro também que esses seguranças teriam que ter algum tipo de armamento - não falo de fogo, mas algo como cacetetes e bombas de efeito moral. E, o mais importante: sem truculência e de forma reativa, sem partir pra cima de ninguém por causas tão banais. 
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Fica a opinião - e o sonho, e o desejo. 
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Bônus track: ainda acha que eu exagero quando falo dos militares ? Veja o que a PM-SP fez com uma manifestante em um protesto na Avenida Paulista que pedia a renúncia dos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Sérgio Cabral (Rio de Janeiroaqui.
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