Por duas vezes me pediram pra resumir meu ano em uma palavra ou expressão - costume que eu tenho desde pequeno. Após uma rápida pensada na primeira vez, na segunda saiu de bate pronto: 2015 foi o ano da descoberta.
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É estranho pensar que, às portas de fazer vinte e quatro anos, você começa a descobrir tanta coisa na sua vida. Parar de ligar tanto pro que vão pensar, bater no peito e assumir tudo o que você fala, defender o que pensa com mais veemência - e pedir desculpa com a mesma veemência se você tá errado.
Se parar pra pensar, não foram tantos fatos marcantes assim em 2015. Entrei na Insane após quase um ano desempregado, pela primeira vez vi as duas noites do carnaval de São Paulo, vi o Superbowl no cinema, terminei meu namoro uma vez e me arrependi, comecei a fazer terapia, voltei e terminei o namoro novamente, viajei com os meus amigos depois de muito tempo, fui no evento de despedida do Rogério Ceni, saí e voltei para o bottomline da ESPN - e mantive meu freelancer de narração esportiva.
Falando friamente foi bem pouco. Mas começar o ano empregado é algo que me motivou demais ao longo de todo o ano e me garantiu muita estabilidade - assim como os demais freelancers. Ver o carnaval pela primeira vez in loco foi uma experiência que eu quero repetir durante toda a minha vida. A viagem com os meus amigos me trouxe um pessoal que tem tanta vontade e disposição de sair quanto eu.
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Mas, sem dúvida, o fato de 2015 foi o término do meu namoro. O primeiro pra descobrir o quanto minhas impressões podem ser erradas e o quanto eu posso sofrer por isso; o segundo pra descobrir que, mesmo querendo, certas coisas não tem como mudar. Acabou no momento certo, a ponto da amizade com a minha ex não acabar. Quando vi que era inevitável, era o objetivo. Consegui. Descobri.
O fim do namoro me trouxe também a terapia. Era algo que eu tinha consciência que deveria fazer desde o meu primeiro namoro, mas precisou o segundo acabar para eu buscar ajuda. E poucas coisas me ajudaram tanto quanto a terapia. Me conhecer, me aconselhar, me fazer refletir. Me descobrir.
Se o término do namoro é obviamente triste, hoje vejo que ele era necessário tanto pra mim quanto pra minha ex. Vê-la feliz é algo que me deixa aliviado e bem. Já eu, adivinhe, me descobri. Se a minha vontade de conhecer pessoas era imensa namorando (o que se tornava um fardo pra mim), ela só aumentou solteiro. E a vergonha? E a timidez? Aos poucos vou dando um jeito nisso. Falta muito, mas o começo de uma mudança já existe. Mais uma descoberta.
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Tentativa e erro para descobrir. Ainda não cheguei em muitas conclusões (e talvez nem em 2016 eu chegue), mas o começo é promissor. Que o novo ano traga muitos acertos e alguns erros também - para o aprendizado, ora. Mas que traga resultados, principalmente. E descobertas.
A você, um ótimo 2016.