Em mais um dia sem medalhas (algo, infelizmente, muito rotineiro para o Brasil nos Jogos Olímpicos), o destaque foi para alguns jogos eliminatórios em competições coletivas e/ou com muitos competidores. Na reta final das Olimpíadas, cada resultado fica cada vez mais repleto de adrenalina.
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~ O destaque de hoje foi, sem dúvida, a vitória espetacular do Brasil sobre a Rússia no vôlei feminino. Desacreditada após atuações ruins e enfrentando a única seleção invicta no campeonato, as comandadas por José Roberto Guimarães. A vitória foi ainda mais saborosa porque em 2004 a seleção russa venceu as brasileiras em uma partida incrível, na qual as tupiniquins tiveram a vitória na mão e perderma várias chances de fechar a partida. Aquele jogo, inclusive, marcou a carreira de Gamova, que tornou-se sinônimo de carrasco para o vôlei brasileiro - tanto ou mais que a também histórica cubana Mireya Luis. Hoje, Thaisa atacou muito bem e Sheilla apareceu em ataques incríveis no tie-break. A arbitragem teve destaque negativo, invertendo no mínimo dois pontos, prejudicando a seleção brasileira. No quinto set a Rússia teve seis match points em sequência, todos salvos pela seleção brasileira, que, logo na primeira oportunidade, acabou com o jogo. Fora de série.
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~ No vôlei de praia, Alison e Emanuel tiveram relativa tranquilidade ao bater os letonianos Martins Plavins e Janis Smedins por 2x0. Já na categoria feminina, as favoritas Juliana e Larissa perderam para as americanas April Ross e Jennifer Kessy por 2x1. O destaque foi a desarmonia entre as brasileiras, sendo nítido os desentendimentos táticos e as críticas de Larissa à companheira.
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~ Outra alegria deu-se no futebol masculino, mas essa já era esperada. O Brasil sofreu nos primeiros 15 minutos, mas depois deslanchou e nem precisou suar muito para anotar fáceis 3x0 na Coreia do Sul, com um gol de Rômulo e dois de Leandro Damião, que tornou-se artilheiro da competição com seis tentos marcados - e deve ser confirmado como centroavante titular da seleção principal tão logo ela volte a atuar.
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~ Campeã olímpica em Pequim, Maurren Maggi juntou-se ao hall de grandes decepções brasileiras em Londres - e olha que não são poucas. No salto em distância, ela ficou em sétimo em sua bateria, não conseguindo ficar entre as doze melhores que avançam a final.
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~ As meninas que levaram o handball feminino a posições jamais vistas foram eliminadas hoje pela muito mais forte seleção da Noruega, por 21x19. Como o próprio placar diz, foi um jogo muito parelho, no qual as brasileiras ficaram um bom tempo na frente do placar e dormiram no final da partida, levando a virada. Na saída do ginásio, muitas lágrimas e reclamações, dizendo que a Noruega entregou sua última partida na fase de grupos para atuar com a seleção brasileira, menos técnica que as demais adversárias possíveis. Não estraguem o desempenho espetacular com palavras tão derrotistas e calhordas, meninas. Se elas entregaram ou não nós não temos a ver. O que vale é a campanha histórica e os grandes jogos realizados.