2012 estava longe de ser um ano ruim. Na realidade, 2012 passou bem longe de ser um ano ruim, ao todo. O que fez a diferença para a minha súbita mudança de opinião (e confusão) foi justamente o seu final.
.
Foi um ano tranquilo, diria até que foi um ano semelhante ao mar: teve seus dias de ressaca, teve dias furiosos mas, no geral, foi tranquilo como uma balsa num dia ensolarado no Pacífico. Teve uma demissão traumática, mas pouco tempo depois eu já estava trabalhando novamente - e diria até melhor, já que eu me sentia realmente envolvido no trabalho e como parte integrante dum grupo. Teve também desavenças com boa parte de quem me circunda, logo resolvidas. Se comecei o ano afastado duma pessoa importante, logo a reencontrei. Se briguei com ela, logo fiz as pazes.
.
Lógico que tive momentos ruins, e uma sensação ruim é difícil de se esquecer - talvez até nunca se esqueça. Mas os bons foram mais marcantes e mais abundantes ao longo do ano, em tudo. E, na maioria dos dias, era a paz interior o sentimento dominante. Era o ano do amadurecimento.
.
Mas tudo foi mudando bruscamente no final. Eu já tinha indícios de que algo estava fora do lugar quando me vi sozinho com alguns equipamentos no meio da principal avenida da minha cidade e sem ninguém pra me ajudar. A faculdade tornou-se um problema que eu só consegui contornar após o prazo. Meu estágio só me tranquilizou na prorrogação. Mas ainda falta muito pra eu poder voltar a respirar tranquilo e feliz.
.
Se o ano foi tranquilo como um oceano ou um rio, o final teve uma tormenta devastadora. Caí numa cachoeira e ainda não voltei a ficar consciente.
.
Sei que sumi nesses últimos tempos. Não viajei e tô em casa, mas ultimamente ando triste demais pra ter vontade de fazer algo. 2013 vai chegar e eu vou lutar pra que a minha animação volte. Pra quem já lutou tanto em 2012 (e 2011, e 2010, e 2009...) contra tanta coisa ruim, é apenas mais do mesmo. Mas eu vou chegar com muito mais força, podem acreditar.
.
Quero agradecer a todo mundo que me ajudou e fez parte duma forma positiva de 2012. Ao contrário de anos anteriores, também listo pessoas que eu não quero que façam parte do próximo ano. A quem colaborou, obrigado. A quem quis destruir, digo que vocês quase conseguiram, mas não foi dessa vez - e nunca vai ser. E, bem, falta algo para terminar o ano bem de verdade, e em 2013 não vai faltar. Pensamento positivo.