Após algumas partidas com um nível técnico indesejável, algumas surpresas e muitas emoções, chegamos na parte favorita de todos que acompanham futebol: os mata-matas. É aqui que as zebras passeiam e o futebol chega ao ápice de sua emoção. Relembrem como cada semifinalista chegou até essa fase no campeonato europeu de seleções:
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PORTUGAL X REPÚBLICA TCHECA
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~ Seleção mais fraca do grupo A e responsável direta pela eliminação da anfitriã Polônia, a República Tcheca chegou sabendo que apenas uma hecatombe de proporções bíblicas levaria os eslavos para a semifinal. Por mais que Portugal não seja uma seleção com tantos jogadores fora de série, os tchechos, de longe, estavam fazendo figuração entre as equipes quadrifinalistas da Euro. Isso ficou bem visível na partida, apesar dos 10 minutos iniciais serem dominados amplamente pela seleção do leste europeu. Mas, depois, só deu Portugal.
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~ O gol da seleção das Quinas demorou pra sair. Portugal dominava a partida amplamente e fazia o que bem entendia de um adversário que só não estava na lona graças ao placar - que há muito não refletia o que acontecia no jogo. Quando João Moutinho cruzou e CR7 testou como um tiro para o gol do grande Cech, abrindo o placar, todos sabiam que Portugal já era semifinalista. A apatia tcheca após o gol, sem conseguir sequer ir para o contra-ataque, era prova viva disso.
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~ Cristiano Ronaldo, novamente, foi decisivo. Jogou demais pela seleção portuguesa, o que jamais aconteceu. Talvez ele tenha se dado conta que, se levar os tugas ao título, deve desbancar Messi e faturar o prêmio de melhor do mundo da FIFA. Por mais que Portugal tenha outros bons nomes, quando CR7 leva o time nas costas a seleção não reclama - pelo contrário, deixa, já que ele pode resolver sozinho uma partida.
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ALEMANHA X GRÉCIA
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~ O confronto já prometia ser interessante graças ao contexto socioeconômico no qual os dois países estavam envolvidos: a Grécia, país que primeiro sucumbiu ante às mazelas da União Europeia, foi sacudido por muito dinheiro e muitas medidas de austeridade impostas principalmente pela Alemanha. Após muita revolta, caos político e problemas sociais, veio essa aprtida tão singular. Viria o troco ?
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~ Não. Mesmo com um time experiente e muito cascudo, a Grécia não foi páreo para a melhor seleção europeia atualmente - sim, os alemães são melhores que a Espanha no momento. Os helênicos até jogaram bem, mas a Alemanha... ah, essa Alemanha. Como é legal vê-los jogar, como faz bem, como eu queria ver os times que eu torço jogando um futebol tão vistoso, e com um estilo tão característico !
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~ Joachim Low fez duas mudanças há muito pedidas: Schuurle entrou no lugar de Thomas Muller, que não se encontrou na atual temporada; e Marco Reus ganhou a vaga de um ótimo Lukas Podolski. E o que aconteceu ? Os dois jogaram o fino, e mostraram que os germânicos tem muito mais que onze jogadores.
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~ Também é necessário destacar detalhes dos quatro gols alemães no jogo. No primeiro, n Lahm acertou um chute de rara beleza; no segundo, Boateng cruzou e Khedira emendou de primeira, num chutaço espetacular; o último foi outro golaço, do já destacado Marco Reus.
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~ Faltou o terceiro, certo ? Pois bem, ele foi anotado por ninguém mais ninguém menos que Klose, um dos maiores artilheiros da história da Nationalelf. Tanto quanto Mario Gomez, ele mostra ter um faro de gol como poucos centroavantes possuem no planeta. E, cá entre nós: se temos curiosidades sobre quatro gols numa só partida, a seleção tem que ser candidatíssima ao título.
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ESPANHA X FRANÇA
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~ Apertava na mesma tecla sempre: depois de Espanha, Holanda (pff, tadinho de mim) e Alemanha, a França é o melhor time da Europa. Dei com os burros n'água, como quase sempre. Os Bleus perderam-se após a surpreendente derrota para a Suécia - após a partida, houveram vários tumultos no vestiário francês, causando um mal-estar que em muito lembrou a trágica Copa do Mundo de 2010. A França, definitivamente, tem uma geração tão talentosa quanto sensível - e isso prejudica demais o país.
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~ A Espanha também me decepciona na Euro. É uma ótima seleção, mas nem de longe pratica o futebol vistoso que costuma praticar. Toca muito a bola, mas parece ter uma preguiça enorme de fazer gols, jogar bonito e matar a peleja. Como bem disse Antero Greco, o Barcelona não é a Fúria. O Barça toca a bola e pratica um futebol vistoso; a seleção da Espanha é apenas tediosa.
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~ Todos esses ingredientes resultaram numa partida chatíssima de se ver, que deu muito sono. No final das contas, um 1x0 magricela ficou de ótimo tamanho para tanta inoperância espanhola e covaria francesa - os franceses deram irrisórios quatro chutes a gol ao longo de toda a partida.
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~ Em uma seleção de Xavi Hernandéz e Iniesta, que tocam bolas magistralmente bem, o destaque da partida foi Xabi Alonso. Embora esteja longe de demonstrar a mesma técnica de seus companheiros culés, o merengue não tem a mesma paciência dos dois citados anteriormente. Nessa partida esssa característica foi de bom grado, já que a impaciência resultou em chutes a gol e finalizações prematuras - para o padrão espanhol. E foi ele quem deu a vitória para a Espanha, amrcando o único gol do jogo.
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ITÁLIA X INGLATERRA
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~ De um lado, uma seleção em crise - e que adora se superar em crises. Do outro, uma seleção eternamente em crise - e que nunca ganha nada. Isso resultou na partida mais legal e emocionante das quartas-de-final da Euro, disparadamente. Logo de cara uma bola na trave num estupendo chute de longe de Daniele de Rossi. Instantes depois, uma defesaça de Buffon após a cabeçada de Glen Johnson. Tudo isso com menos de 10 minutos de jogo.
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~ Muitas chances de ambos os lados, com a Inglaterra na retranca que consagrou o Chelsea na Champions League (dos quatro defensores ingleses dois eram dos Blues - a saber: John Terry e Ashley Cole) e saindo em contra-ataques perigosissímos; e a Itália buscando mais o jogo, perdendo ótimas chances por incompetência sobretudo de Mario Balotelli e por ótima exibição de Joe Hart, disparadamente o melhor goleiro do English Team após Seaman - mesmo que não seja um Gordon Banks ou Peter Shilton.
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~ Na disputa de pênaltis, destaco duas cobranças: a porrada de Ashley Young no travessão (além dele, o também Ashley, Cole bateu para a defesa de Buffon) e a cavadinha mágica de Pirlo para o gol da Azzurra.
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~ A peleja, aliás, colocava frente a frente os dois melhores meio-campistas dessa Euro: Pirlo e Gerrard. O bretão foi a síntese de sua seleção no campeonato: eficiente e brilhante na defesa, além de levar os ingleses ao êxtase fazendo lançamentos tão primorosos para a área. Já Pirlo é o ponto fora da curva da Azzurra: um futebol refinado, seguro e sereno, capaz de colocar a pelota aonde bem entender. Saiu-se melhor quem tem mais habilidade.
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Das quatro partidas pelas quartas-de-final da Euro, acertei três - ótimo desempenho se tratando de um eterno azarado em palpites. Minha aposta para a final é Portugal (não só pela minha torcida, vejo a seleção, quer dizer, vejo Cristiano Ronaldo levando os lusos ao jogo decisivo; além de não ver a Espanha tão bem assim) e Alemanha. Vamos ver se eu acerto.