Novamente o meu humor não me deixou escrever sobre os Jogos ontem - peço perdão por isso. Também quero agradecer a pessoa anônima que corrigiu minha informação no post anterior, no qual eu disse que a dupla brasileira no vôlei de praia Juliana e Larissa tinha sido eliminada.
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~ Os grandes nomes recentes da ginástica olímpica brasileira são Daiane dos Santos, Jade Barbosa e os irmãos Hypolito - Danielle e Diego. Mas quem conseguiu a primeira medalha do esporte para o Brasil foi o pouco falado (mas favorito pelos entendidos e críticos) Arthur Zanetti. Com uma apresentação sublime nas argolas (em detrimento do solo, onde os brasileiros mais se destacaram ultimamente), o atleta de São Caetano do Sul (cidade do autor do blog) ganhou a segunda medalha de ouro do país nessas Olimpíadas. Histórico.
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~ Poucos viram mas a prova mais nobre das Olimpíadas já aconteceu para as mulheres. E, como parece mandar o protocolo, com muitas africanas no pódio. A etíope Tiki Gelana venceu a maratona, com a queniana Priscah Jeptoo em segundo e a russa (que, bem, de africana não tem nada) Tatyana Petrova Arkhipova em terceiro.
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~ Outra modalidade que fez história nos Jogos Olímpicos de Londres foi o boxe. O esporte, que tinha apenas uma medalha olímpica (com o lendário Servílio de Oliveira, no longínquo ano de 1968), já tem mais duas garantidas com seus atletas na semifinal. No peso médio masculino, Esquiva Falcão vanceu por 14x10 o húngaro Zoltan Harcsa, enquanto no ligeiro feminino Adriana Araújo fez 16x12 na marroquina Mahjouba Oubtil.
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~ Pouco falado, Fabiano Peçanha apareceu bem nos 800m e ficou em segundo na sua bateria classificatória, classificando-se para as semifinais.
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~ Fabiana Murer decepcionou e eu nem preciso retomar o que já foi dito dela aqui. Porém, o que ninguém esperava era ver Yelena Isinbayeva apenas com o bronze no salto com vara. Maior atleta da história da modalidade, a russa perdeu o tricampeonato olímpico para a americana Jennifer Suhr, ouro, e para a cubana Yarisley Silva, que ficou com a prata.
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~ Não foi o show que acostumamos a ver, mas foi mais uma vitória do handball feminino. A seleção ia vencendo com facilidade, mas tomou sufoco no final da partida da fraca seleção de Angola. A vitória veio por 29x26.
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~ Duas vitórias maiúsculas (mas com sabores bem diferentes) no basquete. A equipe feminina fez 78x66 na frágil Grã-Bretanha, enquanto o supertime masculino venceu a fortíssima Espanha por 88x82. O destaque negativo foi a possível entregada espanhola para ficar com um caminho mais fácil a partir das partidas eliminatórias - o Brasil faz o clássico sul-americano contra a igualmente forte Argentina e, se passar, enfrenta "só" os Estados Unidos. Espírito olímpico zero dos ibéricos, que venciam a partida com tranquilidade e tomaram 31 pontos no último quarto. Muito estranho...
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~ O vôlei brasileiro, enfim, parece ter acordado. A seleção feminina venceu a tradicional Sérvia por 3x0, enquanto o time masculino também não perdeu nenhum set ante a Alemanha.
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~ No vôlei de praia, apenas as duplas que mais trazem esperanças sobrevivem nas semifinais. Isso porquê Ricardo e Pedro Cunha perderam para os alemães Julius Brink e Jonas Reckermann por 2x1. Alison e Emanuel sofreram, mas bateram os poloneses Mariusz Prudel e Grzegorz Fijalek por 2x1 e Juliana e Larissa passaram com relativa tranquilidade por 2x0 pelas também alemãs Laura Ludwig e Sara Goller.
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~ Acostumado a participar de Olimpíadas, Robert Scheidt decepcionou com seu companheiro Bruno Prada na chamada Medal Race - última regata, que vale o dobro da pontuação. Com uma tática agressiva (que mostrou-se errada) a dupla ficou com o bronze. O ouro ficaram com os azarões suecos Fredrik Loof e Max Salminen, que dependiam de uma imensa combinação de resultados - além de contar com uma colocação ruim dos brasileiros, eles também foram favorecidos graças a péssima regata dos britânicos Iain Percy e Andrew Simpson, que levaram a prata.