Poucos minutos átras escrevi sobre o quão problemática foi a minha semana. Quem lê esse blog a mais tempo ou me conhece minimamente sabe tambem que a minha relação com o São Paulo é estranha, pois, além de intensa, reflete a minha vida amorosa. Quando o time vai bem, jogando em bom nível e vencendo seus adversários, eue stou tranquilo comigo mesmo. Quando a fase é ruim, eu sinto. Goleadas, clássicos perdidos e partidas perdidas com uma dose extra de dramaticidade fazem tudo desmoronar.
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Hoje, por um acaso, aconteceu tudo o contrário. Apesar de não estar tudo tão bem assim, o São Paulo ganhou, jogou razoavelmente bem ( o placar foi ilusório, acreditem ) e eu tive noventa minutos pessoais de fugere problema. Vi um time destemido, que tinha suas limitações mas soube vencê-las. Vi um time altamente eficiente, que não perdia tempo e jogava verticalmente, com muita objetividade.
Apesar de alguns erros táticos ainda acontecerem ( Lucas no ataque não rende tanto quanto no meio-de-campo; Rivaldo tem que ser titular desse time pra ontem ) e de qualidade ( Henrique segue sendo apenas uma promessa, Wellington precisa mostrar a que vei ), eu também vi uma troca de passes envolvente, que culminou no gol de Rivaldo, uma triangulação primorosa entre Lucas, Juan e Cícero, que merecia destino melhor que a linha de fundo, vi inúmeros dribles de Lucas e Marlos e vi, pasmem, um gol de cabeça de Juan ( ! ) com um cruzamento perfeito de Carlinhos Paraíba ( !! ).
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O jogo acabou e a sensação de entorpecimento demorou pra passar. Pra ser sincero, ainda não passou. Uma hora ela chega, claro, e tudo volta à chata, stressante, modorrenta e pérfida rotina. Mas deixa eu aproveitar esse momento que só o maior amor que um homem pode ter é capaz de proporcionar.