quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A risada de Tramontina

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Nessa quinta-feira, 08/09, foi veiculado no SPTV segunda edição uma matéria que falava do aumento do contingente de policiais militares na cidade universitária. Após alguns gráficos, informações e vídeos, o âncora Carlos Tramontina, como é de praxe, deu sua opinião sobre tudo o que foi dito, complementando a reportagem. Mostrando um cinismo e uma má-fé que não são suas, ele fez um pouco caso tremendo da opinião dos estudantes.
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Ao falar sobre a nota emitida pelo DCE ( Diretório Central dos Estudantes ), que dizia que os alunos da cidade universitária prefeririam o aumento da iluminação do campus e o aumento e melhor preparo dos guardas universitários, Tramontina sorriu. Sorriu de lado, risonhamente, com um ar de deboche e de ironia que me surpreenderam. Lá estavam os estudantes sendo ridicularizados no telejornal paulista, por um boneco de ventríloquo da emissora que apoiou cegamente a ditadura e viu seu fundador ser um " revolucionário " de primeira hora, como mostra o documentário " Muito Além do Cidadão Kane ".
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Tramontina estudou na FAAP, e talvez por isso não saiba o significado que esse simples ato tem para a USP. A maior universidade da América do Sul sofreu com a ditadura, que prendeu, reprimiu e até matou ( vide Vladmir herzog ) estudantes e professores da mesma, que, segundo os fardados, eram comunistas e contra a boa ordem da sociedade e todo aquele blábláblá pra justificar a carnificna política.
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Mais do que ser respeitada, a sugestão dos alunos deve e muito ser levada em conta. Podem colocar quantos PM's achar necessário, ninguém se sente seguro num lugar escuro. Em situações tão complicadas como a dos laços que ligam USP e qualquer entidade que tenha algo a ver com os militares, a guarda universitária é uma excelente opção, pra não dizer que é a melhor. Isso, claro, pra quem tem o mínimo de discernimento e não quer distorção a informação ou debochar de quem lá estuda todos os dias, como a Globo e Tramontina, respectivamente.
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Novamente a Globo mostrou o quanto distorce nas entrelinhas tudo o que mostra. Hoje, porém, me revoltou de tal forma que era impossível não escrever a respeito. Nem mesmo Carlos Tramontina, figura carismática e que sempre me passou credibilidade, deve ser perdoado agora. São erros assim, que não são de apuração, mas sim de caráter, que me fazem ficar revoltados com meus futuros colegas de profissão.
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