Após a final da Copa do Brasil de ontem, vi um pouco da comemoração palmeirense e fui dormir. Na realidade, tentei dormir, já que São Caetano é uma cidade com muitos descendentes de italianos e, claro, muitos palmeirenses. A festa do Palmeiras foi maior aqui que a do Corinthians em virtude da conquista da Libertadores da América.
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Por volta das 00:45h, ouço um barulho forte de freada na rua átras do meu prédio. Ao contrário de várias outras vezes, ouvi também o barulho da batida. Logo corri para a janela do quarto de hóspedes da minha avó, e presenciei a cena mais inusitada que já vi na vida.
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A rua Anita Garibaldi é desconhecida inclusive por muitos sulsancaetanenses. Ela liga a Nazaret até a Cassaquera, sendo uma rota (bem) alternativa interessante para quem sai da Presidente Kennedy e quer chegar até o Barcelona. Mas, ontem, ela foi palco de um acontecimento espetacular.
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Uma batida de carro não tem nada de espetacular. Dá prejuízos, pode causar ferimentos e até mortes. Não ontem. Após a batida, via-se dois homens felizes. Aparentemente, felizes e sóbrios. Eles abriram a porta, desceram do carro e, ao invés de discutirem ou conversarem sobre custos e acionar seguros, eles simplesmente se abraçaram. Começaram a berrar o nome do time, cantar o hino e soltar palavrões efusivamente, numa felicidade que me impressionou. A cada rojão (e eram muitos), a alegria voltava.
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Vi aquela cena incrível por cinco minutos, quanto fui novamente tentar dormir - em vão, já que a festa foi imensa. Não sei se eles conversaram, se eles definiram quem ia pagar... não sei de nada. Mas o que vi foi suficiente para entrar na minha memória.
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Tem coisas que só o futebol faz.
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