Meu primo Fábio postou em seu Facebook uma notícia particularmente interessante: com um vídeo para provar o ato, o link noticia a tentativa de tomada dum terreiro em Olinda por parte dum grupo evangélico. Basicamente, o link critica os protestantes, que estariam praticando um ato segregatório contra os seguidores das religiões negras brasileiras.
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O texto da notícia vai além: ela coloca ainda doses de preconceito em relação a homofobia (diz que os evangélicos atacam os homossexuais) e também atuam, irregularmente, contra ateus e seguidores de outras seitas religiosas.
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Minha mãe sempre me diz que qualquer fanatismo é ruim. Eu discordo: sou fanático pelo São Paulo e não saio matando corinthianos. O problema é que o fanatismo em geral está tão associado a atos de de selvageria que muitos pensam confundem o fanatismo, um sentimento que faz viver, com a intolerância, que faz alguns deixarem de viver.
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A você, que se indignou com os evangélicos e falou qualquer comentário preconceituoso, fica a pergunta: os evangélicos não podem tomar um terreiro, mas os que lutam pela reforma agrária podem invadir um latifúndio ?
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Não venham falar que são coisas diferentes: o meio é o mesmo, por mais que a finalidade a ser combatida seja bem diferente.
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Não generalize, não ache que a violência ou o radicalismo (outro mal que deveria ser extinto para sempre do planeta) podem resolver algo. Você só vai estar colaborando com a intolerância.