The Hurt Locker é um filmaço. Mesmo após tanto tempo na espera, gostei demais de ver o filme da diretora Kathryn Bigelow, vencedor de seis Oscar no ano de 2010 - melhor direção, melhor roteiro original, melhor edição, melhor mixagem de som, melhor edição de som e melhor filme.
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O grande mérito do filme, ao meu ver, está em mostrar um lado mais nefasto (pra mim, claro) e pouco visto de guerras. Sem corpos no chão, sangue, carnificina e matança: o que se vê no longa é o lado mental da guerra. A saudade da família, as táticas extenuantes, o convívio com pessoas estranhas e a pressão de não saber se está lidando com pessoas amistosas ou não acaba com qualquer soldado.
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Não há muito o que dizer a não ser indicar pra quem estiver vivo. É um filme que mexe com seu brio e sua emoção, com performances excelentes de Jeremy Renner como sargento William James (que me deixou enraivecido boa parte do filme por sua falta de hierarquia) e Anthony Mackie como sargento JT Sanborn (bem mais racional, inteligente e ágil que seu companheiro que assume o Pelotão Bravo após a morte do sargento Matt Thompson (Guy Pearce), muito mais afinado com seus companheiros).
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A toda hora o filme dá um tapa na cara acerca de conceitos fincados na cabeça do leitor, seja qual for a mentalidade da pessoa. A diretora deixa bem claro que existem americanos com e sem caráter, bem como existem iraquianos com as mesmas características. Todos tem seus motivos, e cabe ao outro lado respeitá-lo - desde que, é claro, não se coloque a vida de terceiros em perigo.
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Após a imensa decepção que tive com Atividade Paranormal 4 no cinema, Guerra Ao Terror fez meu fim de semana de cinéfilo.