Na já histórica entrevista de Celso Russomanno a César Tralli no SPTV, o bordão lançado pelo candidato do PRB a prefeito de São Paulo foi "Vamos falar de São Paulo ?" - segundo ele, o jornalista queria apenas falar de assuntos que fugiam da campanha eleitoral.
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Com Russomanno fora do segundo turno, falta quem queira falar da cidade. José Serra, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT, preferem se atacar mutuamente e mostrar o que já fizeram em cargos públicos passados a apresentar propostas de fato.
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Isso só mostra o quão desnecessário são segundos turnos na política brasileira - falo mais sobre isso aqui.
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Hoje vi o horário político na TV e constatei o fato. Tanto o tucano quanto o petista seguiram o mesmo cronograma: primeiro fizeram ataques ao político adversário, depois exaltaram suas conquistas e feitos em outras ocasiões para a população e, só no fim, os dois falaram sobre projetos futuros.
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Além de mostrar a debilidade do sistema eleitoral a duas vias brasileiro, isso elucida duas coisas: que a política brasileira é um jogo de cartas marcadas, onde os nomes se sucedem (se não dos candidatos principais, de seus padrinhos políticos) e a renovação inexiste; e que, se existe ataque, existem erros administrativos de ambos os lados.
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Eu não votaria em Russomanno em 2012, não nas condições nas quais ele fez seu plano de governo. Mas que faltam propostas e sobra politicagem suja e que não interessa a ninguém, isso não tem como discordar.