Não, não quero colocar abaixo a canção-máter da pátria totalmente. A verdade, pra mim, é que o hino nacional brasileiro é grande demais e isso mais prejudica do que ajuda na maioria das vezes. O encurtamento do hino, para mim, é uma necessidade.
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Óbvio que uma canção nacional longa é algo raro, e isso é uma peculiaridade positiva. Mas um hino menor, para nos adequarmos ao "padrão" de hinos mundo afora, é algo importante.
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Estamos longe de sermos os primeiros a fazer isso. A Marselhesa, por exemplo, tem sete estrofes, mas o mundo canta apenas duas do hino nacional francês. Fratelli d'Italia, o hino nacional italiano, tem cinco estrofes, e nós cantamos apenas uma.
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O segredo está em quando usamos a versão completa e a reduzida. Na França e na Itália, os hinos completos são executados apenas em ocasiões formais ou predeterminadas, para que a nação não se esqueça de canção inteira. Mas, na maioria das vezes, executa-se a versão comprimida, mais empolgante, fácil e contagiante.
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Nosso hino é belíssimo e não seria difícil escolher algumas de suas partes para encurtá-lo e formar uma canção ainda mais bonita - certamente uma das mais lindas do planeta.
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Convém lembrar que não é apenas o hino nacional que precisa ser encurtado. Outras canções, como o hino da Independência e o hino à bandeira são tão bonitos quanto e também precisam da mesma adaptação para tornarem-se mais palpáveis e populares.
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Enquanto isso, vemos o hino tornar-se tão comum em eventos quaisquer a ponto de ser desrespeitado e passar despercebido... o encurtamento do hino, mais que uma necessidade, é uma urgência.