Para quem não sabe, eu faço um freelancer nos canais ESPN como operador de bottomline. Vou lá semanalmente às segundas e quinzenalmente aos sábados. No último sábado (07/02), estava escalado para ir lá. Mas, na verdade, o dia de trabalho começou na sexta-feira (06/02).
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Só de pensar em toda a situação eu já me considerei cansado. Um dos vários pontos bons de trabalhar aos finais de semana (sim, é isso mesmo) é não ter problemas para pegar um assento no trem e no metrô de São Paulo e saborear um bom livro.
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Pego o transporte público na estação São Caetano da CPTM, fazendo baldeação na Tamanduateí e pegando a Linha Verde do metrô. Já era possível ver um fluxo maior de pessoas, mas nada de anormal. Quando chegamos na Ana Rosa (estação que baldeação entre as Linhas Verde e Azul, a mais antiga do sistema) o vagão ficou quase lotado. O mais inusitado foi ver que, na estação Consolação (que faz baldeação com a Linha Amarela e onde tradicionalmente sai muito mais gente que entra), o vagão ficou como se fosse o começo de um dia útil.
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O primeiro susto que levei naquele dia foi ao sair do vagão, na já citada estação Sumaré. Só consegui sair porque algumas pessoas seguraram a porta do vagão. O fluxo de pessoas nas únicas escadas era imenso, tanto que fiquei vinte minutos para ir da plataforma às catracas - e o que separa esses dois pontos são os tais dois lances de escada.
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Nunca vi algo parecido, e olha que tomo metrô com muita frequência desde 2011. Pior: quando o vagão seguinte chegou na estação, muitas pessoas sequer haviam pisado na escada. Já falei aqui que precisamos reformar as estações antigas do metrô paulistano, né? Pois é. Uma única escada foi insuficiente nesse caso - por mais que a estação seja bem pacata na maioria dos dias.
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Após determinado horário a ESPN oferece transporte gratuito até a estação Sumaré por motivos de segurança. Ao chegar na estação me senti no carnaval de Salvador: homens sem camisa e eles e elas majoritariamente bêbados. O chão grudava no tênis e o aroma já mostrava que cerveja não faltou mesmo dentro do metrô - tinha até uma latinha na bilheteria. O elevador para pessoas com necessidades especiais estava quebrado, bem como a catraca mais larga.
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Já com o meu livro em mãos para a viagem até o ABC de volta, um homem visivelmente bêbado esbarrou em mim - ele vinha de costas e eu estava parado. Três amigos precisaram da ajuda um do outro para sentar, e não conseguiram se levantar para pegar o vagão que entrei.
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Não soube de nenhuma ocorrência mais grave no bloco nem no metrô nesse dia. Ao menos isso. Mas, com o carnaval batendo às portes, precisamos ser mais responsáveis e precisamos de uma organização maior das autoridades competentes para festejarmos a folia de Momo em paz.