domingo, 16 de setembro de 2012

A Copa (de quem manda) no Brasil

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Ao contrário de muitas pessoas, sempre fui favorável à Copa do Mundo no Brasil. Aos que falam de problemas sociais, corrupção e qualquer que seja o motivo para ser contrário ao evento, respondo: a quantidade de dinheiro que entrará no Brasil graças ao torneio é um montante que, talvez, nós nunca tenhamos visto na história nacional. Dinheiro desviado é um problema que não é exclusivo da Copa e politicagens da FIFA não podem entrar nesse cômputo, pois o Comitê Organizador sempre soube que as bizarras exigências existiam.
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Mas não posso deixar de registrar minha indignação com o rumo absurdo que os símbolos da Copa estão tomando. O logotipo propriamente dito foi o primeiro dessa série simbológica a sair. Muito criticado, não foi o meu sonho de consumo, mas achei passável - por mais que a ocasião merecesse algo bem melhor. 
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A palhaçada começou com os nomes sugeridos para a bola da Copa. Carnavalesca, Bossa-Nova e Brazuca desagradaram a todos desde o primeiro tempo. É uma visão clichê e superficial do país, que só agrada para quem deseja propagandear o país de qualquer jeito quando poderíamos escancarar de vez o Brasil para o mundo - algo que a China fez muito bem nas Olimpíadas de 2008. 
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Vale dizer que a bola deveria se chamar Gorduchinha, nome que ganhou muita força nos bastidores para homenagear um dos maiores narradores esportivos de todos os tempos, Osmar Santos. Desde quando ficou-se sabendo que a bola não teria o nome que todos desejavam, todos sentiram-se traídos e revoltados. 
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Aí veio o mascote. Um... tatu-bola ? Ok, é um animal bem característico da fauna brasileira. Mas, ao meu ver, deveríamos ter algo mais imponente e marcante. Isso sem contar no design dele, que mais parece um Digimon.
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Hoje saíram os nomes para o terrível mascote. Pasmem: as opções são Amijubi, Fuleco ou Zuzeco. Eu queria estar brincando, mas não estou. Dá a impressão que a mãe das SNZ definiu tais nomes de tão bizarros.
Das duas, uma: ou o Brasil se sujeitou a pressões externas (leia-se FIFA) para ter símbolos tão idiotas e sem nexo com a nossa cultura, ou aqueles que mandam no país desprezaram totalmente os anseios populares e pretendem fazer uma Copa do Mundo ao seu bel prazer. Quem perde, como sempre, é a maioria. Coisas do Brasil - o país da Copa. 
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