Até então esquecido (o que é bom, já que só se fala de violência e terrorismo quando falamos na região), o Oriente Médio (ou Médio Oriente para os demais países lusófonos, ou ash-sharq-al-awsat para os árabes) voltou às manchetes graças a mais uma imensa onda de violência do governo de Israel (ou Yisra'el, para quem fala hebraico) contra o Estado da Palestina.
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Convém sempre lembrar a situação muito pouco comum no qual a Palestina se encontra. Pra começar, não são todos os países que reconhecem sua existência. Oficialmente, a Autoridade Nacional Palestina (ou As-Sulta Al-Wataniyya Al-Filastiniyya em árabe, ou Harashut Hafalastinit em israelense) não forma um Estado governamental, e seu presidente, Mahmoud Abbas (também conhecido como Abu Mazen), tem poderes limitados.
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A nova onda de ataques começou na quarta-feira, quando as forças aéreas israleneses matou o líder da parte terrorista do Hamas (partido mais radical do local e que prega o fundamentalismo islâmico), chamado Ahmad Jaabari. Em represália ao ataque (e ao aviso de que novas ações aconteceriam), os palestinos começaram a desferir vários foguetes contra os israelenses - já foram mais de 500.
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Já são, no mínimo, 40 mortos em todo o confronto, que já desperta a atenção de todo o planeta. Tanto que Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU/UN (Organização das Nações Unidas/United Nations), já está conversando com lideranças locais para (tentar) resolver o conflito. Ele também está com uma viagem para o entorno de Jerusalém (ou Yerushalayim, ou al-Quds, ou Urshalîm) marcada a fim de resolver todo o imbróglio.
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Também vale lembrar que, antes da Segunda Guerra Mundial, os judeus dispersavam-se em vários cantos da Terra. Em 1945, a ONU surgiu e deu-lhes território para construir seu país. Mas, naquele espaço, já haviam vários árabes - e criou-se mais um problema ao resolver-se outro. A situação fica ainda pior graças ao envolvimento de diferentes religiões (sempre elas...) no caso, já que os árabes são muçulmanos/islâmicos e os israelenses são judeus.
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Fica a esperança de que dias melhores, com muita paz, apareçam nessa região tão castigada por dois grandes males que assolam o mundo: a política e a religião.