Tenho certa aficção por discussões e debates de ideias. Claro que eles tem que ter respeito de todos os que vão exprimir sua opinião, mas esse tipo de conversa me dá um prazer inenarrável. Me sinto útil para algo, para a sociedade, sinto que aprendi muito e colaborei para o entendimento de outras pessoas também. Hoje, com muita felicidade, participei de dois desses debates. Um foi melhor que o outro, confesso, mas ambos foram muito importantes.
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O primeiro, no meu segundo horário de aula modular na faculdade, foi travado na aula de Ética e Cidadania e tinha como tema a pena de morte. Numa sala com cerca de vinte pessoas, apenas eu e mais dois companheiros de sala éramos a favor, e demos a cara a tapa para todos os demais. Obviamente, o outro lado teve mais argumentos no cômputo final, mas aprendi muito ouvindo todos do outro lado, que formam de maneira distinta de mim. Na soma geral posso ter perdido, mas eu tenho certeza que ganhei demais com o embate.
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Confesso que esperava alguns ataques pessoais de alunos, o que não ocorreu. Houve muito respeito por parte deles. É óbvio que por vezes me senti acuado, mas por ver argumentos tão bons e maduros, que eu nunca tinha pensado e analisado pelo lado que me foi proposto. No entanto, acho que as leituras propostas foram tendenciosas, já que praticamente todas elas (se não todas elas, pois confesso que não li todas) não defendiam a pena de morte. Além disso, senti um discurso tentando culpar quem é a favor da pena capital justamente de quem deveria apenas comandar o debate, deixando os alunos discutirem e sem dar maiores opiniões.
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O segundo debate, regado a muito café, tratava da influência das mídias sociais e tinha grande maioria de alunos que estão fazendo TCC's sobre o tema e professores universitários. Sem necessidade de colocar blocos antagônicos, apenas debatendo ideias individuais, creio que consegui me expressar melhor, aprender mais e ensinar mais também, sem discursos moralistas e/ou tendenciosos. Me senti um foca no meio de tantos ratos de redação, com o deslumbramento de um aprendiz que ouve as palavras de velhos tutores e, do nada, vi que minha voz era considerada e importante. Sensação única.
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Que venham debates, ideias, temas polêmicos e tudo mais. Adoro isso, desde que não tentem transformar isso numa batalha entre bem e mal com um maniqueísmo bobo.
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