Terça-feira foi mais um dia de frenesi nas redes sociais: era o dia de estreia da décima quinta edição do Big Brother Brasil. Os que não gostam criticavam o programa, enquanto os que gostam defendiam que ver o reality show não tornava ninguém menos desprovido de inteligência, digamos assim.
.

Eu adoro BBB, assim como adoro carnaval e futebol. Você que me lê deve me achar um completo jumento após ver isso, mas nunca fiz questão nenhuma de esconder minhas preferências. Não acho que sou pouco inteligente por isso - aliás, apesar da minha notável insegurança, sei bem que passo longe de ser um boçal.
.
Também vale citar o apresentador do programa para destacar o quanto a afirmação dos detratores do BBB é falsa. Pedro Bial foi (não sei mais o quanto a definição de jornalista se aplica a ele) um grande repórter, capaz de ser destacado pela maior emissora do país para cobrir o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim. Isso tudo além de apresentar o Fantástico e participar de saraus. Seria ele um ignorante?
.

.
Falo por mim: eu gosto de ver como pessoas que não se conhecem se relacionam em situações tão sui generis como as que o BBB proporciona: sem poder sair; expostos a várias situações do jogo e proporcionadas pela produção (por mais que por vezes elas irritem) principalmente. Isso não me impede de ter um quarto repleto de livros - a grande maioria de não ficção; assim como não me impediu de me formar sem nenhuma matéria por recuperar e tirar dez no meu Trabalho de Conclusão de Curso.
.
Acho bem estranho, também, ver que quem critica o programa usa as redes sociais para fazer isso. Ora, o Big Brother é coisa de burro, mas o Facebook e o Twitter são antros de extremo conhecimento, não? Conhecer os participantes da casa é ter uma vida vazia, mas dar RT ou compartilhar na timeline um status qualquer do Hugo Gloss ou do Luscas são atitudes de um gênio. Vai entender.
.

.
Não sei de onde veio essa ideia de que o BBB emburrece. Mas me parece que quem a difunde não é das pessoas mais inteligentes.