quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Não precisamos só de mais estações, precisamos de estações melhores

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Nos últimos quatro dias, tomei o metrô de São Paulo para regiões diferentes: para a Zona Norte (comprar o ingresso para o carnaval, no Anhembi) e para a Zona Sul (no Shopping Metrô Santa Cruz, comprar ingressos para ver o Super Bowl no cinema). Costumo tomar o metrô na estação Tamanduateí, na Zona Leste. Por mais que eu goste muito do metropolitano de São Paulo, me incomodo com as instalações de muitas estações. As mais velhas, principalmente. 
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A estação Tamanduateí, inaugurada em 2010, possui banheiro tanto na entrada da estação da CPTM quanto depois de passar as catracas, disponível para os usuários da CPTM e do Metrô - a estação faz baldeação entre as linhas 10 e 2. Não é isso que acontece, na grande maioria dos casos, infelizmente. 
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As próprias estações Portuguesa-Tietê e Santa Cruz, as que desembarquei recentemente, não possuem sequer um banheiro. Das 62 estações do metropolitano, só 18 delas tem banheiro. Pior: em 2012, uma de lei que obrigava toda estação do metrô a ter banheiros foi vetada em 2012 pelo governo paulista
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Na CPTM a situação passa longe de ser melhor. No final do ano passado, as estações Luz e Brás (que fazem baldeação com o metrô, aliás) tiveram seus banheiros fechados por falta de água - um triste prenúncio da atual situação hídrica paulista, talvez. Isso sem falar no triste caso ocorrido em 2006, quando um bebê foi encontrado justamente no banheiro da estação Franco da Rocha
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Se não tem banheiro, imagine bebedouro. Não encontrei os números oficiais e/ou corretos, mas não lembro de nenhuma estação na qual seja possível beber água de graça. Só se comprar em algum quiosque - algo que, aliás, não é comum e o próprio blog já sugeriu. 
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Há situações, porém, que o constrangedor é a própria estrutura das estações. Na linha azul sentido Tucuruvi, simplesmente não tem como mudar o seu rumo depois da estação Tiradentes até Santana. O único jeito possível é sair e pagar um novo bilhete. 
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Muitas estações estão expostas demais a chuvas e ventos, também. Já fiquei ensopado mesmo estando em áreas cobertas da Tamanduateí, por exemplo. Isso sem contar nas estações que ficam pequenas para o fluxo de gente que abrigam, como a Consolação (entupida depois da baldeação com a Linha 4), Sé (Marco Zero de São Paulo e única estação em comum entre as duas maiores e mais cheias linhas do metrô, algo ~genialmente~ planejado) e Portuguesa-Tietê (sempre lotada mesmo fora das catracas, por dar acesso ao maior terminal rodoviário da América Latina).
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É mais do que óbvio que é necessário expandir o metrô, abrindo mais estações nos mais diversos lugares. Mas não é só disse que precisamos. Olhar para e modernizar as estações antigas é algo tão fundamental quanto.
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