Luís Fernando Veríssimo é um consagrado escritor brasileiro, capaz de divertir crianças e adultos com suas crônicas engraçadas sobre temas cotidianos, repaginando as comédias de costumes dos tempos do segundo Império. Filho de Érico Veríssimo, outro consagrado escritor que ganhou fama ao ambientizar o seu Rio Grande do Sul, o autor mostra-se à vontade no livro " Os Espiões ".
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A história gira em torno de um mistério, que os " espiões " ( a saber, um grupo de amigos que se encontra num bar de Porto Alegre ) tentam desvendar. Ao receber um projeto de livro em sua editora, um editor que vive um casamento falido e trabalha sem vontade alguma, contando as horas para fazer sua rotineira visita ao bar do Espanhol e encontrar alguns poucos amigos ( os " espiões " já citados ), tem sua atenção despertada para um envelope que trazia um início de livro, que contava uma história interessante.
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Conforme o tempo passava, notava-se a dramaticidade da história, e começam a surgir suspeitas de que a história era baseada em fatos reais. Cada vez mais interessados na autora ( ou protagonista, ou os dois ) da história, os amigos pedem uma foto, e logo se encantam pela moça. Ao descobrir que a mulher morava no interior gaúcho, numa cidadezinha chamada Frondosa, logo eles fazem planos para encontrá-la.
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O final, mais previsível que cobrança de pênalti do Elano, decepciona um pouco, é verdade. Mas não dá pra culpar Veríssimo, que quase sempre fez crônicas, por isso. Muito pelo contrário: temos que venerá-lo por como ele construiu uma história satirizando as histórias de suspense e os thriller policiais, com diálogos cheios de ironia, que dão o tom sarcástico do livro.
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Vale muito a pena ler " Os Espiões ", do maior escritor vivo do país, uma verdadeira ode ao bom-humor e um presente ao leitor de bom gosto intelectual.