Ultimamente, somos bombardeados pelos veículos da mídia que mostram o que há de mais sujo na raça humana: o preconceito. Seja contra quem não tem a opção sexual, a cor ou a religião da maioria, qualquer tipo de discriminação é o que podemos chamar de fundo do poço da Terra.
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O preconceito é algo ridículo, reitero. Com tantas notícias acerca da intolerância, quem também ganha espaço são as associações que lutam pelas minorias, sejam ONG's ou quaiquer outras, formadas por essas próprias minorias vítimas de preconceito.
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A função dessas organizações, em tese, é defender quem sofre discriminação ( o que acaba gerando as fobias do título: homofobia ( contra os homossexuais ), xenofobia ( contra estrangeiros e pessoas de etnias diferentes ), etc ). Ultimamente, porém, creio que o papel desses grupos tem mudado, e para pior.
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A criação da data do dia do Orgulho Hétero, pela Câmara dos Deputados de SP, expôs essa faceta de maneira clara. O deputado Carlos Apolinário ( foto ), autor do projeto, não incluiu nenhum artigo ou parágrafo homofóbico. Se queria celebrar a heterossexualidade ou cutucar os homossexuais, jamais saberemos - Apolinário é ligado aos evangélicos, seita que não vê com bons olhos a união de pessoas do mesmo sexo. Mas isso se restringe ao universo particular do político, não podendo ser estendido a toda a sociedade ou a todos os políticos.
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As instutições anti-homofobia, digamos assim, fizeram estardalhaço e criticaram ferrenhamente o dia do orgulho hétero. Disseram que isso feria os gays e simpatizantes, que isso era uma clara provocação aos homossexuais e afins. Como disse, o projeto de lei sequer cita tal segmento da sociedade... como pode, então, feri-lo ?
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Criou-se, então, um certo homocentrismo nesse fato, com os homossexuais achando que eles são o centro do mundo e, se você não faz o que eles querem, você é contra eles. Assim acontece também nas demais minorias que eu falei nesse texto.
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Em aula recente na faculdade, uma professora disse que não vestiria uma camisa com os dizeres " 100% branco ". Há os dois lados: a repressão que os brancos impuseram aos negros ao longo de toda a história, mas também temos que ver toda a cultura caucasiana, a musicalidade e tudo mais, tal qual todos se referem aos negros. Então, porque não vestir ? Não deve-se ter orgulho de ter nascido com pele clara ? Existem argumentos para quem quer usar e para quem não quiser usar. Argumentos inteligentes, diga-se, não palavras que só causam discórdia e são ditas por ignorantes.
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No meu mundo perfeito, orgulho não quer dizer provocação. Pode-se ter uma opinião radical, mas radicalismos não deveriam indicar discrminações. Pena que é só no meu.