(Créditos: Rubens Chiri/Saopaulofc.net) |
Esse foi o São Paulo de 2015, em suma. Um ano que merecia muito menos do que foi conseguido - obrigado Juan Carlos Osorio, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato, que levaram o time nas costas rumo à Libertadores. O 2016 da equipe tinha tudo para ser uma verdadeira tragédia.
Muitos torcedores realmente devem achar que o 2016 do São Paulo foi uma tragédia de fato - muito por conta de mais um ano sem títulos conquistados e por um ou outro flerte com a Zona de Rebaixamento. A frase que esses torcedores falam é algo como "Isso é muito pouco para um clube tão grande quanto o São Paulo".
(Créditos: Marcos Brindicci/Reuters) |
Pensemos aqui, friamente:
- O São Paulo chegou a uma semifinal de Libertadores - foi o melhor time do Brasil na competição e foi mais longe que clubes na crista da onda (River Plate, Corinthians, Rosario Central e Palmeiras, além de ter parado na mesma fase do Boca Juniors). O Tricolor só foi eliminado pelo campeão Atlético Nacional de Medellín, e após duas partidas com erros absurdos de arbitragem
- Apesar de por vezes flertar com a Zona de Rebaixamento, o São Paulo não encerrou nenhuma rodada no Z4 - algo até surpreendente para quem veio de um 2015 tão ruim
- O São Paulo fez 4x0 no Corinthians, dando um troco moral no maior rival no chamado "M4jestoso da Cuevadinha" - que teve, além de tudo, no mínimo duas expulsões claras não executadas pelo árbitro e que prejudicaram o resultado final do jogo
(Créditos: Rubens Chiri/Saopaulofc.net) |
- O São Paulo manteve o tabu ante o Palmeiras (outro grande rival) no Moumbi: o time alviverde não ganha do Tricolor fora de casa desde 2002. O lance teve o épico lance no qual Kelvin entortou Zé Roberto
- Tão criticado por muitos (não sou desse grupo), o técnico Edgardo Bauza deixou um legado no São Paulo: a fortíssima defesa. O SPFC acabou o Brasileirão com a quinta melhor defesa do campeonato: apenas trinta e seis gols sofridos. O sistema consagrou Maicon, que logo tornou-se ídolo da torcida
(Créditos: SPFC.net/Reprodução) |
- Se a diretoria seguiu trazendo jogadores que em nada agregaram e não pôde fazer muito quanto a craques que saíram (sobretudo Ganso e Calleri), dois caíram como uma luva no time: Christian Cueva e Maicon
Tragédia? Como pode ver, o são-paulino tem que agradecer aos céus pelo 2016 que teve. Foi muito melhor que a encomenda. E, vale dizer: 2017 ainda não vai ser o ano do Tricolor, que precisa se reconstruir e voltar a ser protagonismo. Vale dizer sempre que, até 2005, o São Paulo bateu na trave desde 2002, no mínimo.
O ano é 2018. Se o clube seguir controlando bem o dinheiro (dos poucos pontos positivos da gestão do presidente Leco), o Tricolor pode voltar a sonhar com algo grande em dois anos. Jamais apostaria em Rogério Ceni para 2017, mas obviamente vou torcer para que ele consiga bons resultados.
(Créditos: Mauro Horita/Estadão Conteúdo) |
Que 2017 seja surpreendentemente positivo, bem como 2016. E sem deixar margem para dúvida.