segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Minha estranha vida acadêmica

Para muitos, a faculdade é o paraíso. É o local e a hora para se beber muito, beijar tudo que é gente e ter liberdade plena. No entanto, a minha vida, por suas várias ( e muitas delas ) chatas peculiaridades, não me permite ser um universitário padrão.
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A primeira e mais óbvia das características é a diabetes. Ela não me permite beber igual um louco como qualquer estudante enssa idade, tenho que ficar me policiando sempre e beber apenas moderadamente. Zuações e piadinhas surgem com isso, mas é melhor conviver com eles do que cair na pilha e ver sua saúde ir peloas ares. Aprendi a lidar bem com isso, nunca perdi a sobriedade e falo isso com orgulho. Isso não é de todo ruim, é engraçado ver os amigos pagando mico inteiramente chapados. Mas, naqueles dias nos quais nada dá certo e naquela fase, fica uma sensação de que algo poderia ser feito para, por ao menos alguns instantes, ter felicidade.
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O problema mais bizarro refere-se a minha mãe. É estranho uma maior de idade exigir que seu filho tanha um comportamento de alguém maior de idade se ela não permite que ele tenha um comportamento de maior de idade. Enquanto ela o trata como bebê, ele vê seus amigos tendo êxitos e sucessos, bem como derrotas e fracassos, mas todos com responsabilidade total dos mesmos. Já eu convivo com minha mãe ligando de 5 em 5 minutos após determinada hora e vejo-a xingando caso algo dê errado. Acho que eu sou o único maior de idade que erra.
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A vida acadêmica é, de fato, maravilhosa. Mas falta algo, ou melhor, alguns fatos que façam da nota 9 um 10 com louvor.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

As ondas da praça Tahir

Da África ao Oriente Médio, descobriu-se um novo tipo de onda. Nada relacionado a satélites, som, Física, magnetismo ou coisa do gênero. A onda em questão é algo tão mais simples, nobre e importante para o planeta que tudo o que foi falado. A onda é de liberdade.
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Desde quando os protestos contra Hosni Mubarak começaram, na praça citada, todo o reduto dos ditadores muçulmanos foi sacudido. O movimento democrático, iniciado com a queda do ditador tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, espalhou-se e tomou corpo nas ruas do Cairo, que chamou a atenção de todo o planeta. O país das pirâmides, das múmias e dos faraós voltava ao jornal quando todos pensavam que o país estava recluso aos livros de história.
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Após muita luta, muito protesto e sangue, o povo, enfim, venceu a luta e fez Mubarak cair. A praça Tahir, símbolo do movimento, cravou seu nome na eternidade, seja da política egípcia, da história popular ou da mídia como um todo. Milahres de anos depois, o Egito volta a ser estudado e e a ter alto-estima.
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Os ecos de liberdade já estão sendo ouvidos em outros cantos. O povo foi ás ruas no Bahrain, Iêmen, Argélia e até mesmo na Líbia, país no qual Muamar Kadafi faz suas aldroagens descaradamente há exatos 42 anos. Essa forma escusa de governo necessita acabar, e o povo acordou. Antes tarde do que nunca.
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Sonho em ver essas ondas de liberdade tomando proporções ainda maiores, e usadas não só para deposições, mas também para protestos. Espero que o povo brasileiro veja o exemplo e comece a soltar a voz contra a cafajestagem de seus políticos, revoltando-se. Fazer da praça da Sé, da praça do Papa, da praça Onze, do Redenção a Tahir dos trópicos. Já passou da hora.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

São Caetano e eu, um 2010 em 2011

Fevereiro ainda não pode ser considerado como Ano-Novo. Aqui no Brasil, diz a lenda ( verdadeira, inclusive ) que o ano só começa após o carnaval. Em 2011, a folia de Momo só virá em Março. Ou seja, vivemos um prolongamento de 2010 e a ressaca das festas de fim de ano.
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Fui ao dermatologista esses dias, na rua Niterói, no centro da cidade. A região tornou-se quase minha casa ano passado, ou melhor, no 2010 de fato, quando fiz cursinho na Cardeal Arcoverde, marco-zero de Sanca. Ir ao dermatologista, por si só, foi uma imensa volta ao passado. Lembro do dia que encontrei a Fernanda e pouco ficamos e fizemos pois tinha consula no ingrato horário das 14:15h. Para ir até lá, inclusive, precisei pegar o mesmo Gerty Circular que eu tomava pontualmente às 5:55h pra ir pro centro, quando o dia ainda era noite e o branco da Lua era mais forte que o amarelo do Sol. Mesmo sendo desconfortável, tinha saudades do Gertão e de ver a Goiás pelos vidros coletivos.
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Descer na Amazonas era sinônimo de problema, principalmente quando chovia e a correnteza na guia levava seu pé e sua calça. A fila de ônibus à direita, um átras do outro, congestionava a rua.
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Não fui até o Largo da Igreja, onde ficava o cursinho, pois ele estaria fechado. Não fui visitar a praça, onde ocorriam vários showzinhos aleatórios, nem a banca na qual eu comprei meu guia do futebol americano e me divertia vendo o Meia-Hora de notícias. Tinha vontade também de descer a Santa Catarina e pedir um chocolate gelado de meio-litro no Rei do Mate, e, claro, de ir almoçar no saudoso Tempero Manero, a casa dos pratos sem fim. Tudo isso fez um ano da minha vida feliz, e me ocupou quando eu não podia fraquejar.
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O plano foi mudado. Fomos até o Subway da Goiás. Subway em São Caetano sempre me lembrará a Fernanda, também. Íamos na franquia do shopping São Caetano, na Manoel Coelho, e de lá íamos ou pra Di Thiene ou pra praça do Centro Digital ficar um pouco juntos.
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Sem a necessidade de voltar de ônibus, voltei dirigindo pra casa. Lembro que ano passado queria logo tirar minha carta e sair dirigindo por aí, e minha mãe nunca me deixou sair sozinho. Até hoje é assim.
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Direção, problemas com a mãe, o centro, a Fernanda... um dia de 2010 em 2011.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lua de mel

É gratificante achar algo especial, namorar, ficar um tempo e casar com isso. Pode ser um cônjuge, um projeto ou qualquer outro sonho que se tenha. Quem me conhece bem sabe que o meu sonho sempre foi fazer uma boa faculdade de jornalismo. Ao entrar na Metodista, realizei meu sonho. Ou melhor, comecei a realiza-lo.
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Vão ser quatro anos. Quatro longos anos de trabalhos, projetos e provas difíceis e intermináveis. Mas o prazer de fazer tudo isso é bem maior, acredite. Fazer o que, desde pequeno, eu quero.
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Mesmo estando apenas na segunda semana de aula, já tenho projetos e muitos trabalhos para fazer e entregar. Até eles são legais, acredite. Tudo está relacionado com o que almejo, não tenho direito nenhum de reclamar, até por ter prazer em faze-los.
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Após aulas de história dos mais diversos tipos de jornalismo e práticas redacionais, enfim, tive a primeira aula mais prática hoje, ao transformar a história de Chapeuzinho Vermelho em um texto jornalístico de até dez linhas. Tão criativo quanto divertido deser feito, acredite.
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É necessário amor para se gostar tanto duma carreira. Amor ao jornalismo não me falta.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fala sério, amiga !

Essa expressão, tão banal, corriqueira e pobre de conteúdo e de gramática, é lugar-comum nas conversas entre meninas de hoje em dia. Infelizmente é fácil ver isso, e pior ainda é notar que tal frase é amplamente difundida por um meio de comunicação de qualidade duvidosa e muito popular entre as adolescentes: as revistas juvenis femininas.
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Entre assuntos que atormentam as garotas nessa idade, como os primeiros índicios de sexualidade, maquiagem, moda, dicas de TV/internet, testes infames e muito, mas muito sobre garotos, a linguagem abordada é tão pobre que lembra os jornais popularescos cariocas. Ao invés de falar sobre tudo isso com uma linguagem minimamente culta, aproveitando para ensinar às garotas não só senso de vida, mas também aumentando o léxico adolescente, revistas como Capricho e Atrevida abrem mão de alguma qualidade editorial e se vendem para suas leitoras como um verdadeiro lixo semântico.
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Fico imaginando qual tipo de mulheres as publicações irão formar. As leitoras dessas revistas irão ser tão ordinárias quanto as matérias e páginas do que lêem. Não buscarão erudição nenhuma ou algo diferente, pensarão que a vida é apenas uma imensa futilidade e viverão num planeta no qual a razão da existência é um esmalte novo, um ídolo juvenil de fama curta ou descobrir através de quinze perguntas se aquele gato está a fim ou não da plebeia.
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Cada vez mais garotas especiais são raras. Todas elas são monopolizadas por esse tipo de imprensa tão baixa e saem pra vida adulta quase que uniformizadas, falando do mesmo assunto, querendo vestir roupas de marcas caras e dando valor a um garoto por seu rosto, e não por sua inteligência. E depois reclamam que homens são todos iguais ?

SuperEsporte

A maior audiência anual da TV dos Estados Unidos não pertence a Oprah, David Letterman, 500 milhas de Indianápolis ou final do American Idol. Esse recorde é, tradicionalmente, do Superbowl, a final do futebol americana. O jogo reúne os campeões da conferência americana ( AFC ) e nacional ( NFC ) numa partida única em campo previamente determinado. Como atrativos, além do emocionante jogo, do ingresso para a história e dos estádios moderníssimos, há o tradicional Show do Intervalo, com uma banda mundialmente famosa. Em 2011, a honra foi concedida ao Black Eyed Peas.
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Simplesmente não há palavras pra descrever os jogos. Desde as suntuosas entradas, com direito a shows pirofágicos, bandeiras, cheerleaders, hinos, gritos de torcida e muita emoção, até a última jogada, tudo é mágico e deixa as emoções à flor da pele, mas tem que ser exaustivamente treinado, maravilhosamente executado e precisamente calculado.
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É um jogo incrível. Um esporte que te permite várias opções. A única modalidade que, por exemplo, é possível ter 100% da posse de bola. Existe uma infinidade de regras básicas e mais um sem fim de faltas para impedir ilegalidades e contatos mais ríspidos, mas o jogo é voltado para a emoção, mesmo sendo, em tese, apenas uma guerra de trincheiras, um jogo de ganho de espaço, essencialmente.
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Nele contrói-se mitos, semeia-se o ódio, criam-se rivalidades, nota-se a garra. Tudo que envolve o futebol americano é superlativo e emocional demais. Não há nada mais apaixonante.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O melhor de todos

É sempre complicado falar de superlativos. Mais complicado ainda nomear uma pessoa que simbolize o supra-sumo, o melhor que já se viu em qualquer aspecto. Memória, consciência, discernimento e razão são necessários para se definir o melhor em qualquer coisa. Mas, em alguns casos, não é encessário hesitar muito. São ocasiões nas quais o melhor é tão destacado e marcante que não restam dúvidas, e compará-lo é uma verdadeira heresia. O caso de Ronaldo é um desses.
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Ele sempre foi o melhor, pra mim. Me aproximei do futebol em 1998, ano de Copa. Copa que a França pode ter ganho, mas, na verdade, foi a Copa do Fenômeno. Seja pelos gols, pelas jogadas ou pela convulsão na final, durante a competição como um todo foi ele quem dominou as manchetes e a bola. Seus gols contra o Marrocos e contra a Holanda ficaram marcados na minha memória duma maneira especial, coisa de menino de 6 anos que se maravilha com tudo, ainda mais com um jogador de tal magnitude descobrindo a magia da seleção.
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Passei a acompanhar mais de perto a carreira daquele careca bom de bola. Fiquei triste ao saber de sua contusão contra o Lecce, e agonizei ao ver o lance contra a Lazio na qual seu ligamento ganha vida e salta pra fora do corpo. Via as lágrimas e o drama daquele jogador tão espetacular e perguntava se ele poderia voltar a andar, assustado. Pensei que sua carreira tornaria-se parte do passado. Não só eu, como qualquer um que viu tal lance.
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Ele deu a volta por cima. Com os dois joelhos operados e com a eterna sombra do mistério no jogo contra a França, comandou a equipe campeã do mundo em 2002, Copa que acompanhei mais de perto. Lembro do pênalti e do gol de bico contra a Turquia e, claro, dos dois gols marcados na final contra a Alemanha, jogo de doce recordação pra mim. Ronaldo era aplaudido por todos e celebrado como um exemplo de volta por cima. Seus joelhos voltaram a ziguezaguear sem ceder, aplaudindo seu dono a cada lance.
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O vi no Real Madrid. Vi seus primeiros gols contra o Alavés, vi o histórico hat-trick dele contra o Manchester United, o vi ser vaiado pela torcida do Barcelona... vi a história sendo escrita, e não sendo contada. O vi também no Milan, no qual teve mais uma grave lesão, e, novamente, todos pensaram que ele iria se aposentar. Ele foi pra Copa e tornou-se o maior artilheiro da competição. Comemorava todos os gols, mas os de Ronaldo sempre tiveram um cunho especial pra mim. Uma aura celestial de quem sempre teve muita torcida, mas não tinha o crivo do corpo. Cada jogada era um recomeço, a consolidação duma volta por cima eterna e dada cotidianamente.
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Veio pro Corinthians. Lembro do Derby de Presidente Prudente, no qual ele deixou o dele. Foi a quarta, quinta volta por cima heróica, imprevisível e consagradora. Não havia como duvidar de quem já teve tantos contratempos, lutou e superou todos os problemas que lhe apareceram.
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À despeito de ser craque, o maior legado de Ronaldo não é o futebol. É o espírito de fênix, a bíblica história de quem, no auge, teve que recomeçar do zero, e conseguiu isso. Descobri ter diabetes no mesmo dia em que Ronaldo contundiu o joelho pela segunda vez e todos o davam sua carreira como encerrada, tal qual eu pensava como iria sobreviver sem doces. Dois anos depois, ao ve-lo com seu novo penteado fazendo dois gols e fazendo um país inteiro vibrar, percebi que eu também poderia parar, respirar e me reerguer, caso tivesse força de vontade. Eu tive. Nós tivemos.
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Ronaldo é o meu maior exemplo de garra, superação e força de vontade, não só dentro como fora de campo. Ao saber que jamais o verei atuando de novo, me entristeço, mas, instantaneamente, me alegro ao lembrar de ter visto a história mais encantadora que o futebol já produziu.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O aparelhinho destruidor do império

Segundo o Procon, as empresas com maior número de reclamações de usuários são as de telefonia móvel e as de televisão a cabo. O serviço, de fato, é horrível, com atendentes despreparados e mal-educados, e todo mundo já se irritou consideravelmente ao menos uma vez ao ver musiquinhas de espera tocando e o problema persistindo.
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Ao menos contra as televisões por assinatura a guerra está aberta. O aparelho LexuzBox, coemrcializado no centro de São Paulo, desbloqueia todos os canais ( inclusive os pay-per-view, e, dependendo do modelo escolhido, até os canais HD ) e o faz economizar uma boa quantia no fim do mês, podendo assinar o pacote mais básico possível para que apenas o sinal seja recebido, sem uma quantidade grande de canais pois todos serão vistos graças ao aparelho.
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Ótima maneira de economizar dinheiro e de dar um cala a boca nos péssimos serviços prestados por NET, TVA e outras. Quer melhor ? Só dois LexuzBox, como eu fiz.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tudo de novo

O Brasil perdeu, de novo. Pra França, de novo. Em Saint-Denis, de novo. No Stade de France, de novo. Sem raça e sem vontade, de novo. Iludindo um povo que acha a seleção boa de bola com pouco, mas pode, sabe e deve jogar muito mais pra ter meu reconhecimento, de novo.
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É dolorido perder pra França. Sou duma geração que acostumou-se a ver a seleção massacrando qualquer adversário e criando freguesias como as existentes com Argentina, Chile, Uruguai, Estados Unidos, Itália e Portugal. Mas contra a França, unicamente contra a França, algo acontece. Os jogadores já entram mais acuados, o passado recente de 19 anos sem vitórias, uma final de Copa perdida, duas quartas-de-final idem, tudo isso, parece empurrar o Brasil pra lona quando enfrenta os Bleus.
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Muita gente, se não todos, acham que o Brasil jogou bem no primeiro tempo. Discordo. Jogar bem é diferente de ser melhor em campo. Melhor o Brasil de fato foi, mas não precisava muito para ser superior à uma França desinspirada, que sobrevivia e assustava graças a lampejos de Menéz e Benzema, quando muito. O brasil chegava pouco incisivamente, dominava o meio campo mas não pintaram oportunidades concretas.
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Tudo isso até Hernanes fazer o que fez. Um chute desleal, que lembra não só a voadora de de Jong em Xabi Alonso na final da Copa passada mas também o chute que deu a vitória para Anderson Silva na celebrada luta contra Vitor Belfort pelo UFC. Um verdadeiro crime contra o futebol, sobretudo contra o tal bom futebol que Mano sempre pregou, a Globo sempre exigiu e o torcedor sempre quis ver.
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Errando tanto, xingando com vêemencia e com frequência, o estado emocional do Brasil era nítido. Todos estavam nervosos, confundindo a raça que sempre exijo com violência. O lance de Hernanes foi simplesmente a síntese disso. Se é um problema coletivo, culpar apenas o jogador é errado. A comissão técnica também tem sua parcela por não saber trabalhar a serenidade da equipe.
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O segundo tempo foi consequência da expulsão. A França veio pra cima e marcou seu gol com Benzema, após ótima jogada individual de Menéz pela direita. Com um a menos e perdido em campo, o Brasil não conseguia esboçar uma reação, pouco chegava e dependeu de Júlio César para não ser goleada.
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Elias, Jádson e Júlio César atuaram bem. Alexandre Pato e Robinho não. Falta muito, muito mesmo, pra seleção voltar a ser o que era. Falta vontade de vencer, falta não pipocar pras seleções fortes, faltam brios. De novo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O primeiro dia dos quatro anos de sonho

Confesso que, de domingo pra segunda, não dormi sequer um segundo. Era o SuperBowl, assuntos pessoais e a ansiedade pro primeiro dia de faculdade. Acordar mais cedo, tomar o primeiro dos muitos banhos do dia, tomar o café e esperar o transporte universitário.
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A primeira das várias mudanças começa aqui. Acordar mais cedo e pegar coletivo podia ser divertido e engrandecedor, mas não é mais pra mim. São Bernardo é fora de mão, então vou de van agora. Van não, ônibus. Muito confortável, com companheiros conhecidos e amigáveis. Minha primeira impressão da Metodista começou no trajeto com o carro, e ela foi muito positiva.
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Ao chegar no campus, uma conversa com pessoas que estavam tão perdidas quanto eu. Não sabia quando era o trote, se deveríamos ir pra aula ou esperar lá fora. Com atraso, entrei na aula e ouvi as primeiras noções do curso do coordenador, depois de dois professores. Na hora do intervalo, os veteranos vieram na porta da nossa sala e começaram a falar o que, creio eu, sempre falam para os bixos.
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Saímos da sala e ganhamos as ruas do Rudge. Começou lá o trote, de fato. Fizemos o elefantinho, fomos pintados com tinta e batom e agraciados com vários alimentos, tais como ovos, café, farinha e extrato de tomate. O odor era insuportável, o calor só piorava isso e cada vez mais alimentos eram jogados nos calouros. E daí ? Sabia que assim seria, e, confesso, era o ritual da passagem pra idade adulta, pra parar de estudar tudo o que eu não gostava pra ver só o que queria, pra começare a realizare meu eterno sonho de ser um jornalista.
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Ao contrário do esperado, não cortaram tanto meu cabelo. Porém, cortaram apenas duma parte, deixando o cabelo irregular, ou seja, vou ficar careca da mesma forma na terça-feira, já que segunda cabeleireiro nenhum abre.
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A parte mais engraçada ( e, na minha opinião, a melhor ) foi o pedágio. Ver vários calouros correndo numa rua, pra lá e rpa cá, fedendo e pedindo dinheiro pros motoristas foi engraçados. Houveram tentativas de atropelamento e muitos " não " na cara, mas a simpatia de alguns transeuntes equivaleu por tudo, isso sem contar que as veteranas que organizaram o pedágio foram bem simpáticas com os bixos.
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Diga-se de passagem, tanto a minha sala, dos bixos, quanto os veteranos foram bem simpáticos. Houve, claro, aquele clima de zuação e aquela melequeira toda, mas, ao menos comigo, não houveram hostlidades. Algumas veteranas já falaram para ficarmos tranquilos, pois um professor é chato, mas os demais são legais. Vários contatos iniciais foram feitos com pessoas que parecem ser bacanas. Excelente
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Dever cumprido, todos de volta ao campus, ou melhor, ao bar, quase uma extensão da Metodista. Após fazer uma hora e um social lá, meu transporte chegou. Era o fim do primeiro dia de faculdade, muito bom, por sinal.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Brincadeiras

Sou adepto duma teoria da qual nunca ouvi falar exceto em meus pensamentos. Ela diz que a melhor forma de melhorar duma depressão profunda ou dum baque repentino é rir. Rir, principalmente, do que lhe fez ficar mal. Achar alguma curiosidade engraçada, fato curioso, estatística estúpida.
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Ao menos isso funciona, e muito bem, comigo. Quando o São Paulo perde, dou risada das piadas que fazem. Não me chamam de bambi pois, mais do que dar risada das anedotas, eu crio outras, evidenciando ainda mais a fama do meu time. Ao perder qualquer competição ( o que eu odeio, muito ) engulo o orgulho, sou o primeiro a dar parabéns para o vencedor e faço piadas com minha equipe derrotada, para mostrar que o sentimento de grupo é maior que tudo.
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Sou assim com tudo. Sou um piadista ruim, mas ao melhor estilo " Humor Sem Censura ": não importa o fato, se puder fazer piadas, faça.
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Ao saber do desabamento em Belém, me solidarizei com as vítimas e com os paraenses, mas fiz piadas sobre o caso, para tentar ajudar a superar o trauma de quem quer que fosse. Fui bombardeado no twitter com críticas, das mais diversas. Expliquei meu ponto de vista e toda essa teoria para quem veio me xingar, e fui desculpado.
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Ontem, ao ver a eliminação do Corinthians da Libertadores, novamente. Fiz piadinhas e vieram me criticar. Expliquei tudo, disse que era algo histórico, e tudo mais. Talvez por envolver futebol, não fui tão bem compreendido assim. O estranho é que quando o meu time perde, todos vem tirar onda comigo, sem se importar com mais nada. Eles podem, mas eu não ? Vai entender...
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É uma forma de viver a vida duma maneira diferente, creio eu. Pra muitos passo como um desalmado, sem coração e cruel. Apenas quero melhorar, e rápido. E gostaria que todos pensassem como eu.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Todos os lados da eliminação do Corinthians

Foi um vexame histórico. Nunca um time brasileiro havia sido eliminado na fase anterior aos grupos da Libertadores da América, bem como nunca tinha sido eliminado da Libertadores antes de se começar a Copa do Brasil. Muitos só querem saber de fazer piadinhas com os corinthianos, os alvinegros só pensam em bradar contra o time e contra Tite. Mas o fato tem vários lados, os quais tentarei colocar aqui.
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O primeiro tange única e exclusivamente ao próprio Corinthians. O Tolima foi melhor no jogo, e muito melhor nos primeiros minutos do primeiro e nos últimos do segundo tempo. O Corinthians até equilibrou as ações no fim da primeira parte, mas, ser melhor mesmo, só foi no iníciod a segunda etapa. É pouco pro Corinthians. É pouco pra quem tem um time como o Corinthians. É pouco pra qualquer time brasileiro.
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O Corinthians precisa, primeiro, de respeito. Os jogadores precisam respeitar Tite, jogar e lutar por ele, o que parece que não irá acontecer. Sendo assim, o melhor é demiti-lo e contratar outro profissional, pros resultados começarem a vir o quanto antes. Eu, particularmente, gosto do técnico, mas o grupo não, infelizmente. Depois, alguns jogadores precisam voltar a ser o que sempre foram. Ronaldo, mesmo com a idade, mosotrou que pode jogar bem em 2009. Bruno César caiu muito esse ano. Alessandro não é mais o guerreiro de outrora. Dentinho tornou-se figura nula em campo.
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As ausências também podem justificar parte do insucesso. A aposentadoria de William é, de longe a mais sentida. Leandro Castán é um bom zagueiro, mas nem de longe é o suficiente. O problema maior não é a técnica, e sim a liderança e a confiança que o ex-capitão corinthiano passava. Roberto Carlos jogou meio ano com um desconforto na perna e deveria parar logo no começo do ano. Estranhei a atitude dele de parar bem antes do jogo contra o Tolima. Para o lugar de Elias o Corinthians encontrou Paulinho, que sai jogando pouco menos que Jucilei e pouco mais que Ralf na trinca de volantes corinthianos.
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O Corinthians também precisa de padrão tático. Deve ser desesperador ver um jogador com a bola e ninguém aparecer em boa posição para fazer uma jogada mais trabalhada ou ou tentar um passe em profundidade. O Corinthians apenas vai rolando a bola e chuta de longe. Quando chega, tenta por bola parada, pouco para um time com elenco tão bom. O Tolima nem é um time tão bom assim, é bem entrosado e tem em Murillo seu principal destaque técnico. Mas não passa muito disso. E, apenas com tais fatores citados, o alvinegro pode dar a volta por cima. Obviamente, raça, dedicação, garra e empenho são fundamentais também. Mas isso eu cobro de todo e qualquer time.
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Um fator histórico também deve ser considerado: a pressão, o desejo e o sonho de todo e qualquer corinthiano ( desde os itnegrantes da Gaviões até dos dirigentes do clube ) de ganhar, o quanto antes, um título internacional, sobretudo a Libertadores da América. Por mais que os corinthianos tratem o time como uma religião, pressão demais sempre atrapalha. O que notou-se após a sucessão de empates pelo Paulistão foi um time sem fibra e sem esquema tático, o que fez imprensa e torcedores olharem o plantel com desconfiança. Graças a isso e a outro fator importante que será dito logo mais, o Corinthians entrou nervoso no primeiro jogo, dando muitos contra-ataques e não conseguindo atacar sem ser na base da desorganização.
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Falando exclusivamente do Corinthians, é necessário maior comprometimento da equipe e da diretoria. Na noite anterior à primeira partida ante o Tolima. Ronaldo fez uma twitcam e atrapalhou a concentração de seus companheiros, ligando até para Neymar. O dinheiro dos infindos patrocinadores não parece estar sendo bem gasto, pois o estádio não está sendo construído, o clube não recebe reforços de primeira grandeza e o CT já foi terminado. Muitos das jogadores usam a internet com grande frequência, como Ronaldo e Dentinho. O twitter é uma boa ferramenta de comunicação da equipe para com a torcida, mas, quando usado em exagero, prejudica, como qualquer outro fator. O caso de Ronaldo é ainda mais delicado pois sua conta no site é paga pela Claro. Um jogador estrela dum clube não pode virar refém de alguma empresa, nunca e sob nenhuma circunstância. É isso o que parece ser o drama não só do Corinthians mas de todo o futebol brasileiro: priorizar o patrocínio ao torcedor.
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Mas... o que isso pode significar para o futebol brasileiro ? Significa ter um time eliminado pela primeira vez na Pré-Libertadores na história. Mas mostra também o desenvolvimento do futebol sul-americano fora do eixo Brasil-Argentina. De 2008 pra cá, com o crescimento da LDU no cenário continental, isso se evidencia, e, após a pré-Libertadores do ano passado, com a queda dos argentinos Newell's Old Boys e Colón para Emelec e Universidad Católica, isso se confirma. O Brasil ainda tem o melhor futebol do continente, a Argentina um degrau abaixo ( o futebol de lá está derrubado e não mais tão combativo como antigamente, e o país parece ainda não assimilar a predominância de Estudiantes e Vélez Sarsfield em detrimento de Boca Juniors e River Plate ), e os demais, cada qual em sua posição, degraus abaixo da dupla. Mas a diferença não é tão grande quanto antes e nem como se imagina.
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A eliminação também mostra o óbvio: o calendário do futebol brasileiro e sul-americano é uma bagunça. Libertadores e Copa Sul-Americana deveriams er jogadas tal qual Champions League e Liga Europa no Velho Mundo, paralelamente e nas mesmas semanas. Com a competição indo de Março até Novembro, todos poderiam se preparar adequadamente, sem cansaço, falta de planejamento ou coisa do gênero. O calendário nacional também precisa melhorar, e muito. Os estaduais devem ser enxugados, para ter o menor número de datas possível ( considero 16 datas o ideal ), a Copa do Brasil deveria também ser disputada de Março até o fim do ano, seja o jogo final da competição após o fim do Brasileirão, pra fechar em grande estilo o ano futebolístico nacional. As datas ficariam menores e mais bem distribuídas, possibilitando aos clubes fazerem suas tão sonhadas pré-temporadas ideais.
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Como venho falando insistentemente, zuar a eliminação corinthiana é válida. Mas desta vez pode se depreender muito mais que simples risadas do fato.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Nós dois, por mim e por Taylor Swift

Tenho ouvido muito Taylor Swift ultimamente. Da nova geração de cantores do country pop americano, ela é, de longe, a que mais me chama a atenção. É talentosa, bonita e fala como ninguém de relacionamentos, não sendo apenas um emaranhado de palavras adolescentes. Ela sabe o que diz.
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Ouvi-la me faz lembrar você. Parece que toda canção dela, com aquela voz doce e aquele clima romântico me fazem voltar pra praça da Manoel Coelho, pro Central Plaza, pro Centro Digital, pro Objetivo, enfim, pra todos os lugares no qual já estivemos juntos, de mãos dadas, sorriso escancarado no rosto e olhar de casal apaixonado. Aquele clima que eu tanto gosto.
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Eu ainda quero aquilo. Nada mudou, e, quando ouço a americana ou qualquer outra música com uma letra que tenha apenas uma palavra de relacionamento, é em você que eu penso. Até porque parece que, quandoe stamos na fossa, tudo é direcionado a nós e lembra a amada.
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" How's life? Tell me, how's your family?
I haven't seen them in a while
You've been good; busier than ever
Small talk, work in the weather
Your guard is up and I know why
Because the last time you saw me
Still burns in the back of your mind
(...)
I go back to December, turn around
And make it all right
I go back to December all the time
(...)
Maybe this is wishful thinking
Probably mindless dreaming
If we loved again, I swear I'd love you right
I'd go back in time and change it but I can't
So if the chain is on your door I understand "
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Esse é um trecho de Back to December, uma das músicas que mais gosto dela. Talvez eu ainda tenha um pouco de mágoa sua por fazer o que fez comigo, mas esse sou eu, mais uma vez, admitindo a culpa que tenho em tudo. E eu ainda volto pra Dezembro, pra tentar fazer tudo certo e ouvir e falar um perdão final, pra ser o sinal da nossa reconciliação.
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Digo pra pessoas mais próximas que, quando e se casar, ela será romãntica como a cantora. Você, sempre tão contida, sabe-se lá como, conseguia ser romãntica, mesmo não falando de seus sonhos e de suas vontades afetivas. Mas você conseguia. Você sempre foi a exceção, a que mais me chamou a atenção, a que sempre esteve ao meu lado nos momentos de aperto. Você, sempre você, e é você que eu quero. Ainda quero e vou continuar querendo.
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" You are the best thing that's ever been mine "