quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Carta aberta ao presidente Lula

Gostaria de deixar claro que não sou Lulista e/ou petista, e que não me encaixo em nenhuma desginação política atual. Não votaria no senhor em 2002, não votaria no senhor em 2006 e não votei na futura presidente Dilma Rousseff em 2010 em nenhum dos dois turnos. São opções minhas, mas o fato de não votar na sua legenda não muda algumas considerações que tenho sobre o seu governo, as quais gostaria de pontuar nesse texto.
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Antes de tudo, deixo bem claro: o senhor é a maior figura política brasileira desde Getúlio Vargas. Em muito por elevar a classe econômica de muitos e ser adorado pelos menos abastados. É um mérito imenso ter os indicadores sociais que o seu governo apresentou, os quais não preciso ficar aqui falando e todos os brasileiros conhecem bem, sobretudo após eleições que orbitaram em torno desses números. Programas como o Bolsa-Família ajudaram quem pouco ou até mesmo nada tinha, e foram a mola propulsora da calmaria econômica pela qual o país navegou em seus mandatos. É ótimo andar pelas ruas e ver casas mais bonitas e bem-acabadas, sentir o clima de prosperidade e notar o quanto cada um vive melhor, com mais dinheiro, em suma.
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Convenhamos, esse quadro socioeconômico contou com muito mérito de seu governo e também com uma ponta de sorte, graças à prosperidade do mercado internacional até 2008, sem grandes crises. Passamos praticamente ilesos pela crise imobiliária dos EUA em 2008, como grande parte dos países emergentes, muito em parte pelo que foi feito pelo senhor anteriormente. O país, rejuvenescido com investimentos dos próprios brasileiros, continuou comprando, num círculo vicioso benéfico para o país. A economia girava com uma perfeição exuberante, como nunca antes visto por mim. O grande mérito do senhor, ao meu ver, foi saber conciliar o social do econômico, deixando bem claro que a primeira sustentaria a segunda, algo que faltou no governo dos seus antecessores. Aliás, antes do senhor, faltava transparência em assuntos monetários, e os investimentos, embora maciços, eram às cegas, com resultados discretos.
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Mesmo com tudo o que foi apresentado, não vejo com bons olhos o senhor renegar totalmente a política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a quem o senhor se referiu diversas vezes de maneira negativa e, certas vezes, até depreciativa. O senhor herdou dele uma imensa parcela de sua política econômica internacional, obtendo resultados expressivos e, talvez, sem os oito anos de FHC, o senhor teria falhado em sua tentativa. Até mesmo o Bolsa-Família, ao menos pra mim a grande passagem do senhor para a eternidade, teve início no governo anterior, com o Bolsa-escola. O senhor aprimou o que já existia, mas é necessário reconhecer os esforços passados, também importantes para esse estupendo governo do senhor.
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Seu maior erro, imenso, foi omitir-se nos infindos escândalos de corrupção que assolaram seu governo. Não julgo nesse texto se o senhor sabia ou não do mensalão ou dos desmandos com os cartões corporativos, mas a falta de ética da sua base governista ficará marcada, para mim, como um exemplo de como eu não quero que seja o próximo governo. Concomitantemente a isso, fiquei feliz com o distanciamento do senhor de nomes pouco confiáveis e/ou assumidamente corruptos como José Dirceu, José Genoíno, Silvio Pereira e Delúbio Soares - bem como espero vê-los longe do Planalto com Dilma Rouseff.
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O senhor entrou pra história. Um governo tão bom em certos aspectos e tão desastroso em outros, mas que, certamente, será lembrado por seus pontos fortes, que prevaleceram. Desejo boa sorte para a nova presidente Dilma Rousseff, e espero dela um governo que tenha as mesmas diretrizes sociais e econômicas, com muito mais ética em seus atos. Ao senhor, Luis Inácio Lula do Povo, um sincero muito obrigado, por tudo o que fez.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Paciência, calma, tranquilidade

Repetirei essas 3 palavras como um mantra nesse fim de ano e até a Fernanda voltar de Ibiúna. Não dá pra se ver antes disso, não dá pra mudar o que é fato... e cabe a mim ser paciente e aguentar as saudades, a falta dela. Vai ser assim por algum tempo, né ? E só passando por esse martírio vai ser como tem que ser, né ? Então é assim que vai ser.
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Bom fim de ano pra você, quero muito ouvir o que você tem a me dizer, desculpe por tudo de ruim que fiz/falei e eu te amo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Brigas, discussões, estranhamentos...

Fim de ano é sempre assim: sinto-me um estranho no ninho. Ainda empolgado com o ano que passou, tentando manter a energia positiva caso o ano tenha sido bom ou lutando muito pra reverter a sina caso o ano tenha sido ruim, você esbarra na falta de vontade das pessoas de fazer qualquer coisa nessa época. Seja ir ao mercado ou berrar contra a política, essa fase personifica o velho espírito de " tá ruim mas tá bom " que assola esses tempos.
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Hoje mesmo eu briguei feio com a minha mãe ( pode não ser novidade, mas... ), que resolveu dar palpites e profetizar minha vida, discuti com a Ellen por ela não me deixar ouvir meu CD de carnaval enquanto fazia esteira, tô estranhando a indisposição de todos para comigo, tô me achando um chato de galocha graças a isso... e assim vamos indo. Coisas ruins com os outros que acabam me afetando, me deixando mal. Sina de fins de ano.
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O pior de tudo é que sempre vem aquela angústia, aquele sentimento de " pera, sou eu que tô errado, e não os outros " mesmo quando você tem total ciência que você tá bem e não mudou nada.
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Eu só quero as pessoas que conviviam comigo, só isso !

domingo, 26 de dezembro de 2010

Palavras de mãe

Em muitas casas, em troca da confiança dos filhos, as mães falam coisas do gênero " Pode confiar em mim filho, eu não vou te decepcionar ". Na imensa maioria das vezes elas conseguem o que querem, para o bem de seu rebento. Ele merece, é o queridinho... enfim, esse tipo de papo. Em algumas casas, a confiança por vezes é traída, uma ou duas vezes. Mas, aqui na minha casa, a palavra da minha mãe não tem valor nenhum.
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Por inúmeras vezes ela me promete algo e não cumpre. Coisas simples, como comprar uma sobremesa qualquer. Coisas necessárias, como remédios. Coisas importantes pro meu futuro, como treinar a direção. Coisas das mais variadas, como me permitir ir a algum lugar com meus amigos ou com qualquer outra pessoa. Ela fala algo e depois desdiz-se.
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Já cansou de voltar átras, prometer algo, dizer que sim mais de uma vez, pra depois dizer que não é nada disso e que não vai deixar nada. Isso acontece com uma frequência incrível, e me irrita. Não dá mais pra acreditar nela.
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Hoje, por exemplo. Falei desde o começo do ano pra treinarmos nesse dia 26, historicamente morto, indo pra algum lugar mais distante. Ela falou alguns nomes, eu falei outros e fechamos na Avenida Paulista. Iríamos e voltaríamos comigo na direção. Hoje, ao acordar, perguntei que horas iríamos e veio a desculpa:
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" -Hoje não vai dar. Vou ver a Dna. Terezinha no hospital.
- Mas mãe, porque você não me acordou antes, então ? Você falou a semana inteira ! "
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Silêncio. A falta de argumentos dela novamente mostrou-se.
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Após o almoço, enquanto eu estava puto da vida, ela, com a maior cara de pau, me diz que vai dormir. Será que dormir é mais importante que dar ao filho a chance de guiar um pouco ? Aliás, custa ser menos carrasca e entender que eu já sei dirigir e só ela não percebe isso ?
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Tirei minha carta em Setembro. Amigos meus que a tiraram mais cedo já pegam a Anchieta como se entrassem na garagem de casa, sozinhos. E eu nunca fui muito além do centro de São Caetano até em casa com a mãe na carona. É ridículo, é absurdo essa atitude imatura da minha própria mãe. Porra, eu cresci !
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E não é a primeira vez que ela troca alguns instantes de sono por mim. Lembro-me dum projeto no Objetivo no qual eu fui prestigiar meus amigos e minha namorada, e ela havia me dito pra eu liga-la na hora de vir me buscar. Ao ligar, a surpresa:
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" -Você não pode voltar de ônibus ? Tava dormindo.
-Oi ? Mas voc...
-Tu, tu, tu... "
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Custa falar que ela não se importa comigo ? Fala logo na cara, a recíproca é verdadeira e não me fará mal algum. Mas deixe claro. E, principalmente, me deixa crescer, me deixa viver a vida.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sobre ontem

Percebi que você não saiu feliz ontem do MSN. Não era pra menos, óbvio. Eu exagerei, não sabia o que tava falando e estraguei um dia diferente contigo, mas que não quer dizer que foi ruim. A culpa foi minha, simplesmente, e eu não sei como te pedir perdão.
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Antes, eu só queria que você soubesse: o único motivo de falar tudo o que falei é um misto de agonia, paixão, loucura e saudade. Eu não aguento mais te ver poucas vezes e tão pouco tempo, eu preciso de você pra dar um sorriso ou ficar bem sem nenhum porém. Nesse momento, inclusive, você tá longe e não totalmente satisfeita comigo ( com razão ) e, pra mim, isso é uma dor semelhante a levar um tiro. Não há algo muito diferente que eu possa fazer a não ser pedir desculpas, e que o meu ato infantil de ontem será superado com atitudes bem mais maduras e inteligentes. Desculpa, novamente.
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Eu gostei muito da nossa tarde. Nos vimos pouco, você se atrasou e teve um temporal no fim de nosso encontro, mas eu realmente gostei. Foi atípico, e isso me atrai. Consegui entregar seu presente de Natal, você parece ter gostado da carta, do colar e do brinco, e você sempre transforma tudo com o seu bom humor. Definitivamente foi uma ótima tarde diferente. A maior prova disso foram os nossos sorrisos e risadas no Habib's, após tentar escapar em vão da chuva.
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Você nem vai ler isso... porque raios eu tô escrevendo ? Não sei. Uma ponta de esperança, lá no fundo de mim, espera que você saiba dessas palavras nesse simples blog. E, principalmente, eu quero que nossas conversas, quando você voltar, sejam como sempre: um zuando o outro, com muita cumplicidade e carinho. Eu te amo.
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Feliz Natal, amor. E eu não esqueci da nossa aposta, após você perder o seu jogo. =*

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Acabou !

Aquele período maldito de vestibulares, estudos e ausência de vida agora é parte do passado. Tô cansado, acabado e destruído, mas tô de volta e aos poucos vou recuperando o fôlego. Esse post é só pra marcar o recomeço do blog e da minha existência social. HABEMUS VITA !