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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sobre a situação da AD São Caetano ~ Cópia de e-mail pra prefeitura de São Caetano do Sul

Caro prefeiro José Auricchio Jr.,

Confesso que entendo os seus motivos para querer despejar a AD São Caetano de sua sede social. A lei de municipalização dos clubes é totalmente legal, e o senhor tem todo o direito de fazê-la. No entanto, não acho que a cidade precise tão urgentemente de recursos advindos de terrenos em propriedade privada há tanto tempo para se manter. São Caetano do Sul é próspera, e se manteve em tempos piores sem essas terras.
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Leio jornais, sites e agências de notícias da região e da cidade diariamente, e não ouvi outros clubes municipais reclamarem de tal atitude da prefeitura. Partindo do pessuposto de que ninguém quer perder uma terra comprada por si próprio, a lei não se aplica a eles, ao menos por enquanto. Porque começar bem com o clube que representa toda a cidade no cenário esportivo internacional ? Isso significaria uma significativa perda de dinheiro, de visibilidade Brasil afora e do reconhecimento de pessoas de todos os cantos para a cidade, e causaria algum estrago no orçamento.
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Independentemente do impacto orçamentário, há algo que não está transcrito em dinheiro ou atitudes: a identidade da cidade. Certamente muitos munícipes tem orgulho da agremiação desportiva que é, indiscutivelmente, um dos maiores clubes do país, campeão estadual e vice-campeão nacional e continental, posições que muitas equipes mais velhas que o " Azulão " não obtiveram, nem ao menos chegaram perto. O futebol, principal categoria do clube, é o esporte mais querido em todo o país, e ter um representante tão grande nessa área é de fundamental importância para atrair turistas, pessoas e gente interessada em por aqui estabelecer residência ou investimentos das mais variadas espécies.
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Politicamente falando... o que o sr. Luiz Tortorello, finado e histórico prefeito de São Caetano do Sul e torcedor fanático da equipe, acharia de tal ato ? Lembre-se que foi ele quem fez todo o nome do senhor rumo à prefeitura, desde a indicação para o secretariado municipal até a eleição para prefeito. Vou além: seu principal oponente nas eleições de 2008, Jayme Tortorello, vinha da mesma família que o ex-prefeito, e pregava em seu plano de governo apoio total à equipe. Com a lei que poode desapropriar o clube, não prevista pelo senhor, a opinião de muitos de seus eleitores - eu me incluo nesse grupo - poderiam mudar. A AD São Caetano tem uma projeção maior que a própria cidade em alguns aspectos, e para a grande maioria do povo brasileiro a situação se repete.
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Aprovo seu mandato, que fique bem claro. Mas tal indisposição para com o clube pode realmente me fazer mudar alguns conceitos. Votei no senhor em 2008 e não me arrependo disso, mas me sinto apunhalado diante de tal injustiça moral com a maior vitrine sulsancaetanense.
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Atenciosamente,
Willian Goueia Ferreira

domingo, 22 de agosto de 2010

Lembranças do Majestoso

O primeiro jogo que vi do São Paulo foi contra o Corinthians. Finalíssima do Paulistão de 98, e precisávamos reverter uma vantagem corinthiana obtida no primeiro jogo da decisão. Para isso, repatriamos Raí, dos maiores camisas 10 da nossa história. Ele comeu a bola. Deu uma assistência e fez um gol, obstinado a fazer gols importantes pelo São Paulo, sobretudo contra nossos rivais.
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No ano seguinte, o mesmo Raí passou vexame. Pela semifinal do Brasileirão de 99, ele perdeu dois pênaltis, magistralmente defendidos por Difa. Dali em diante, veio uma grande era de insucessos frente à eles. Eliminados do Rio-São Paulo de 2002, da Copa do Brasil de 2002 e do Paulistão de 2003, o trauma se fez. Eu odiava enfrentar o Corinthians, sabia do nervoso que ia passar. Em 2003 a sorte virou, e com direito a gol do horroroso zagueiro Jean, encerramos o tabu.
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Dali até 2007, jogos memoráveis e marcantes. Vi Fábio Simplício marcar gol de letra, vi o São Paulo vencer o Majestoso no dia do meu aniversário, vi Danilo deitar e rolar pra cima dos zagueiros corinthianos e vi o 5x1 histórico que derrubou Daniel Passarella, em pleno Pacaembu. Eram os anos da reconquista de nossa honra perdida, das brigas por títulos e pela hegemonia total nos clássicos estaduais.
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Betão acabou com a sina em 2007, ano no qual o Corinthians caiu. Em 2008 Adriano fez um gol legal, mas o juiz invalidou. Veio 2009 e fomos eliminados com duas derrotas humilhantes no Paulistão. Esse ano lutamos, fizemos um segundo tempo impecável, mas perdemos no último minuto.
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De quatro em quatro anos a hegemonia muda de lado. E já é hora dela mudar, mesmo que com um ano a mais ou a menos. O Corinthians vive melhor fase, é vice-líder do Brasileiro e tem um meio-campo invejável. O São Paulo está em parafuso há 20 dias, sem técnico efetivado e com várias richas no plantel. E daí ? Nossos garotos e nosso técnico, criado no São Paulo, sabe como é importante esse clássico pra nós.
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Eles são melhores nos números, na história, na fase, no time. Mas nós temos uma vontade ímpar de vence-los, e vamos com toda a nossa raça pra cima deles. É hora de ir pra cima deles no estádio no qual somos os maiores campeões, e honrar nossa sofrida torcida, carente de vontade em campo. É hoje, meu São Paulo. Algo me diz que o centenário deles vai ser ainda mais desastroso a partir desse vinte e dois de Agosto.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pode vir, Inter

Respeitamos muito vocês, colorados. Muito mesmo. Sabemos da grandeza do Internacional, do quanto ele é importante pro futebol brasileiro. Mas, em se tratando de grandeza, não existe nenhum clube maior que o São Paulo. E ele vai entrar com tudo nessa disputa.
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Vocês já levaram a melhor uma vez numa final ante o São Paulo. Numa grandiosa final diga-se de passagem, digna de dois clubes predestinados a lutar por título sob qualquer circunstância. Mas ninguém nos derrota duas vezes em Libertadores. Perguntem aos torcedores de outro grande clube, o Cruzeiro, sobre isso.
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A hora da vingança chegou. Vocês estarão em casa, com 50 mil vozes nos pressionando e cantando músicas de incentivo. Mas nós temos um ideal, nosso DNA é vitorioso por natureza e sabemos lidar com isso e com muito mais. Somos 15 milhões de fanáticos espalhados pelo planeta, e só de ouvir a expressão Libertadores da América ficamos mexidos. Sabemos disputar essa competição, fazemos de cada jogo uma caminhada singular duma grande epopeia em três cores pelo continente. E chegou a nossa hora de brilhar pela quarta vez na América do Sul. O troco tem data, colorado. Começa hoje e termina daqui há oito dias.
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São-paulino, hoje é dia de torcer. É dia de não deixar nenhum pensamento negativo tomar conta de sua mente, de apoiar qualquer que seja a circunstância, de comemorar cada carrinho ou desarme. Deixe pra cornetar o técnico, os jogadores ou a diretoria após os primeiros 90 minutos dessa saga heroica pela qual passaremos. Adoramos Libertadores e sabemos joga-las melhor do que ninguém, e não vamos cair nas armadilhas das críticas que conehcemos tão bem e nos fizeram fraquejar em alguns instantes. Somos guerreiros e passaremos por cima de tudo isso. Do Inter, dos rivais, dos nossos problemas, de nós mesmos.
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Chegou a hora. Respeitamos, mas não tememos ninguém. E sabemos que a América será copada e terá o vermelho, o preto e o branco como cores dominantes em Agosto.