domingo, 22 de agosto de 2010

Lembranças do Majestoso

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O primeiro jogo que vi do São Paulo foi contra o Corinthians. Finalíssima do Paulistão de 98, e precisávamos reverter uma vantagem corinthiana obtida no primeiro jogo da decisão. Para isso, repatriamos Raí, dos maiores camisas 10 da nossa história. Ele comeu a bola. Deu uma assistência e fez um gol, obstinado a fazer gols importantes pelo São Paulo, sobretudo contra nossos rivais.
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No ano seguinte, o mesmo Raí passou vexame. Pela semifinal do Brasileirão de 99, ele perdeu dois pênaltis, magistralmente defendidos por Difa. Dali em diante, veio uma grande era de insucessos frente à eles. Eliminados do Rio-São Paulo de 2002, da Copa do Brasil de 2002 e do Paulistão de 2003, o trauma se fez. Eu odiava enfrentar o Corinthians, sabia do nervoso que ia passar. Em 2003 a sorte virou, e com direito a gol do horroroso zagueiro Jean, encerramos o tabu.
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Dali até 2007, jogos memoráveis e marcantes. Vi Fábio Simplício marcar gol de letra, vi o São Paulo vencer o Majestoso no dia do meu aniversário, vi Danilo deitar e rolar pra cima dos zagueiros corinthianos e vi o 5x1 histórico que derrubou Daniel Passarella, em pleno Pacaembu. Eram os anos da reconquista de nossa honra perdida, das brigas por títulos e pela hegemonia total nos clássicos estaduais.
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Betão acabou com a sina em 2007, ano no qual o Corinthians caiu. Em 2008 Adriano fez um gol legal, mas o juiz invalidou. Veio 2009 e fomos eliminados com duas derrotas humilhantes no Paulistão. Esse ano lutamos, fizemos um segundo tempo impecável, mas perdemos no último minuto.
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De quatro em quatro anos a hegemonia muda de lado. E já é hora dela mudar, mesmo que com um ano a mais ou a menos. O Corinthians vive melhor fase, é vice-líder do Brasileiro e tem um meio-campo invejável. O São Paulo está em parafuso há 20 dias, sem técnico efetivado e com várias richas no plantel. E daí ? Nossos garotos e nosso técnico, criado no São Paulo, sabe como é importante esse clássico pra nós.
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Eles são melhores nos números, na história, na fase, no time. Mas nós temos uma vontade ímpar de vence-los, e vamos com toda a nossa raça pra cima deles. É hora de ir pra cima deles no estádio no qual somos os maiores campeões, e honrar nossa sofrida torcida, carente de vontade em campo. É hoje, meu São Paulo. Algo me diz que o centenário deles vai ser ainda mais desastroso a partir desse vinte e dois de Agosto.
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