segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A revolução educacional começou

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Quando eu disse que ia protestar contra o descaso na educação, minha mãe foi radicalmente contra. Disse que eu ia levar borrachada do governo, que isso era uma furada, que isso não ia dar certo. Eu apenas perguntei se ela foi ao protesto das " Diretas Já ", e obtive uma resposta negativa. Enquanto o povo ganhava as ruas para voltar a ter liberdade, ela cruzou os braços e alienou-se a tudo. Desconsiderei de primeira sua opinião.
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Quem me conhece sabe o quanto dou valor pra educação. Ela é, sim, mais improtante que saúde, transporte ou obras assistencialistas, sem nenhuma discussão a respeito. Seus resultados nãos erão vistos hoje, amanhã ou depois, mas sim no futuro. Não vou em delongar em exemplos e no porquê de achar isso, basta apenas estudar o caso dos Tigres Asiáticos.
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No horário marcado, estava na estação de trem de São Caetano. Bem antes do horário marcado, cheguei ao MASP e encontrei os outros integrantes do movimento. Não conhecia ninguém, mas ganhei um cartaz para ser empunhado, o qual aceitei de primeira. Lutando pela educação, saímos do vão livre do MAS e ganhamos duas faixas da Paulista, cantando os mais diversos coros:
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" Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu ?
Aqui está presente o movimento estudantil ! "
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" Puta que pariu, o ENEM é a cara do Brasil ! "
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" Dança Haddad, dança até o chão, esse é o povo unido a favor da educação ! "
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" Se você paga, não deveria, educação não é mercadoria ! "
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Do MASP até a Consolação, da Consolação até o MASP. Andávamos. Parávamos. Abaixávamos e nos levantámos como uma ola no futebol Ganhamos a simpatia dos pedestres e dos motoristas, que buzinavam e acenavam positivamente pro movimento. O sonho de todos aqueles estudantes que se reuniram via internet estava começando a se concretizar.
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Atemorizando os palhaços sem ética e que não ligam pro povo, o movimento estudantil voltou com força. Mostramos nossas garras, e precisamos de cada vez mais apoio. Não é uma luta apenas de quem estuda, e sim de quem pensa.
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Ganhamos as ruas, iniciamos de fato nosso movimento. Vamos continua-lo e, certamente, ganharemos a luta contra o irracionalismo e a falta de isonomia educacional para todos.
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