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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Provocações baratas e falta de respeito marcaram o aniversário do Corinthians

Primeiro de setembro é conhecido não só como o primeiro dia após o ano chamado de agosto: é também o aniversário do Corinthians, data celebrada por todos os torcedores da equipe. 
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Créditos: Carlos Augusto Ferrari/Globoesporte.com
O texto começa por aí: a data tem que ser celebrada pelos torcedores da equipe aniversariante. Fico me perguntando porque os torcedores rivais também tornam o aniversário o assunto do dia, com brincadeiras e mensagens até desrespeitosas - mal sabem eles que essa atitude ingênua apenas engrandece o oponente, talvez. Eu realmente espero que os leitores desse humilde blog tenham mais o que fazer da vida e não fiquem nessas provocação tão tola e pueril com os outros.
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Sendo assim, achei bonita a atitude do Palmeiras. Via Twitter, a equipe parabenizou o Corinthians:
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Ao dizer que os dois clubes formam a maior rivalidade do país, é claro que o clube mexeu em um imenso vespeiro. Ao menos para mim não é a maior rivalidade nem de São Paulo, mas isso é assunto para outra postagem. Provocação barata e desnecessária, óbvio. Mas isso não dá nenhum direito de ninguém desrespeitar a instituição ou os torcedores que a apoiam. 
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Foi isso que fez Daniel Perrone, blogueiro que acompanha o São Paulo no Globoesporte.com. Ele retweetou a postagem do Palmeiras ironizando a mensagem, falando de uma "linda união homoeafetiva' - o tweet não será embedado para não fazer apologia de algo tão desprezível de um pseudojornalista que quer ser levado a sério. 
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Créditos: Cosme Rímoli/Reprodução
Isso é falta de respeito, pra começo de conversa. No meu mundo ideal seria crime - e levaria Perrone pra cadeia automaticamente. 
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Eu só não sei o que é pior: essa postagem tão infeliz ou a completa ausência de uma homenagem, por mais simples que seja, do São Paulo para o rival. Isso diminui o clube que pode vencer o ou perder para o Tricolor. A história de um é muito mais rica com a presença do outro como antagonista forte, abrilhantando cada título e/ou vitória ou vendendo caro cada derrota. 
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Digo sempre que o futebol é um grande reflexo de qualquer sociedade - no caso brasileiro, apenas novelas de grande audiência chegam aos pés do esporte nesse aspecto. O São Paulo mostra muito bem um grupo intolerante que se acha dono da razão em tudo - da diretoria e até mesmo boa de parte de seus torcedores. 
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Créditos: Paulo Favero/Estadão Conteúdo
Se a relação entre São Paulo e Palmeiras já não era tão amistosa nos tempos de Juvenal Juvêncio (ele provocava o Corinthians muito mais para tirar onda com Andrés Sanchez, então mandatário corinthiano que é seu amigo pessoal; sempre com respeito), ela tornou ainda pior com Carlos Miguel Aidar na presidência tricolor. Ele disse certa vez que o Palmeiras estava se "apequenando", logo após Paulo Nobre (presidente palmeirense) romper qualquer contato com o SPFC por conta de uma suposta má fé em negociações.
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Tanto os cartolas quanto o blogueiro não tem noção do quanto suas palavras e opiniões mexem com os torcedores - criando um clima de guerra, na pior acepção da palavra. 
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Em tempos de tanta intolerância, só temos a lamentar que até um simples aniversário seja motivo para faltar com respeito ao próximo.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Minha visão sobre os protestos

Se você não esteve em Urano nos últimos sete dias certamente sabe que o Brasil passou por uma série de protestos a favor e contra o governo federal - na sexta-feira e no domingo, respectivamente. 
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Crédito: http://migre.me/p6K5U
Antes, um aviso triste de ser dado: sim, tivemos protesto também na sexta-feira, a favor do governo. Talvez você não saiba disso, já que em muitos veículos de comunicação ele só foi noticiado após o ocorrido - como se ele já não estivesse marcado há tempos. Fica uma indagação: se o Brasil inteiro sabia do protesto contra o governo por meio desses tais veículos de comunicação, porque não sabiam dos protestos a favor? 
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Ao contrário de outros tantos assuntos, o blogueiro fica em cima do muro nessa discussão toda. Ele não foi no protesto de sexta (tá difícil ser a favor desse governo) e também não foi no de domingo. Explicar os motivos para não ir no segundo protesto é algo um pouco mais complicado - e, no fim das contas, é o ponto nevrálgico dessa postagem. 
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Desde quando o burburinho sobre o protesto anti-governo surgiu especulou-se a ideia de pedir o impeachment da presidente e de uma intervenção militar. Absurdo, sem dúvida. E uma minoria, me parece. Mas era uma minoria barulhenta que não foi repreendida por muita gente; assim como foi uma minoria que não era insignificante e tinha lá sua representatividade. Isso incomoda bastante. 
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Crédito: http://migre.me/p6K6w
Vou ser favorável ao impeachment quando todas as investigações forem concluídas e ficar comprovado que a presidente sabia ou atuava em algum esquema de corrupção - assim como foi feito com Fernando Collor. A triste diferença é que o impeachment de Collor teve uma imensa cooperação de todos os poderes, já que o presidente rachou a base aliada com suas atitudes. Embora Dilma não fale a mesma língua do Legislativo, do Judiciário e de muitos do próprio partido, sua situação política é muito mais favorável do que a de Collor era. 
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Quanto à intervenção militar, bem... eu apenas cito essa ignorância, mas acho que qualquer pessoa com um QI de pelo menos dois dígitos sabe o quanto isso é absurdo; logo, me abstenho de falar qualquer coisa a esse respeito. Vamos em frente. 
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Eu senti um clima artificial demais nas manifestações de domingo. Lembro dos protestos de 2013, com vários gritos entoados a plenos pulmões. O que vi no domingo foi um mundaréu de gente andando para lá e para cá, fazendo barulho apenas para conversar com seus conhecidos. Os gritos contra a presidente, contra o partido da presidente, contra os apoiadores e eleitores da presidente eram constantemente berrados, mas sempre individualmente. Ao menos para mim protesto é outra coisa. 
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Crédito: http://migre.me/p6K6S
Falando do mundaréu de gente: afinal de contas, quantas pessoas estavam na Paulista? A PM falar que tinham um milhão de pessoas e o Datafolha contabilizar 210 mil é absurdo. O que mais chama a atenção é ver a Polícia Militar dar um número tão maior que outro. Bem a PM, que já falou que a Parada Gay tinha 600 mil pessoas enquanto outros falavam em 4 milhões... é estranho verificar que, quando os militares são bem quistos em um local, o número é inflado pela PM; quando não, é derrubado.
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Pra finalizar quanto à PM: manifestantes tirando foto com os fardados? Como será que os pais e avós dessas pessoas, que enfrentaram uma ditadura militar, se sentiriam? 
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Nos dois últimos domingos tivemos panelaços enquanto a presidente e dois de seus ministros falavam na TV. Nada contra, é totalmente legítimo. Mas é interessante notar que quem fez isso é quem não tem dificuldade nenhuma em se sustentar e ter seus próprios luxos. É óbvio que eles podem protestar e querer um Brasil melhor; mas eu confesso que sempre vou ouvir quem fecha suas contas no vermelho ao invés de ouvir quem reclama de não conseguir comprar um carro por ano ou tem um inquilino inadimplente. Peço desculpas caso isso seja um preconceito; para mim é só justiça. 
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Crédito: http://migre.me/p6K7j
Há, porém, um lado muito benéfico nos protestos: dias depois da manifestação foi apresentada mais uma proposta para a reforma política - bem como em 2013, que acabou rejeitada pelo Legislativo. É triste ver que nossos nobres deputados e senadores funcionam na base da porrada; mas, se é assim, que consolidemos nossos direitos. 
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Já tem mais protesto marcado: dia 12/04. É esperar para ver. 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Vinte e três - a mudança chegou

Como todo adolescente, esperava ansiosamente pelos meus dezoito anos. Achava que a minha vida mudaria do nada em uma passagem de noite. E, como a maioria das pessoas que chegam a essa idade, quebrei a cara ao ver que nada tinha mudado. A vida continuava a ser uma penitência - até porque é só na teoria que ninguém bebe e não entra em qualquer lugar sem um RG falso. 
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Sabia que, alguma hora, a mudança ia chegar. Aos poucos ou abruptamente a minha vida daria uma guinada. Comecei a encaixar a minha vida ao meu gosto (e não ao gosto da minha mãe) aos poucos. Pagar algumas contas, ajudar em tarefas domésticas, ter liberdade para sair e gastar o meu dinheiro. Isso, realmente, foi conquistado nesse longo período dos dezoito até os vinte e dois.
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Ontem, no meu aniversário de vinte e três anos, eu parei pra pensar nessa história de mudanças novamente. E vi que a hora de mudar é justamente agora. 
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A começar pelo lado profissional: após oito meses parado para fazer o TCC na faculdade, voltei a trabalhar - pela primeira vez como senior, e não como estagiário. Oito horas (no mínimo) por dia, participando de várias ações e ideias e de corpo e alma em um local. Além disso, tenho dois freelancers para complementar a renda - e fazer contatos, é claro.
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Outra mudança: pela primeira vez na minha vida eu passarei um ano sem estudar academicamente. Com a faculdade encerrada, vou tirar um ou dois anos de folga para depois pensar na pós-graduação. Quero terminar o inglês (quem não tem inglês hoje em dia sofre) e começar uma ou duas línguas extras no período - tenho especial predileção pelo alemão, sabe-se lá porquê. 
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Ainda falta muita coisa, é claro. Morar sozinho, ter meu carro, conseguir ver mais a minha namorada em dias da semana... mas, se demorei alguns anos pra conseguir o que de tanto me orgulho hoje, posso ter mais tempo para bater essas metas antigas - e mais ousadas. Que venha tudo agora. O vinte e três foi só o começo.

domingo, 1 de março de 2015

450 anos do Rio e 250 Cristos Redentores

Por mais que toda cidade tenha suas características e identidade, nenhum outro município brasileiro é tão icônico quanto o Rio de Janeiro. Seja pelo sotaque carioca, pela cultura, pela música ou por qualquer outra qualidade que o local justamente chamado de Cidade Maravilhosa, o mundo inteiro conhece e deseja visitar o Rio.
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Pontos turísticos não faltam. As praias, o Sambódromo, o Maracanã, o Pão de Açúcar e o Corcovado. Corcovado onde fica, aliás, uma das Sete Maravilhas do mundo moderno: o Cristo Redentor.
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Inaugurado em 1931 após nove anos de construção, o Cristo é conhecido por todos. Todos mesmo: em 2011, foi eleito o maior símbolo da América Latina. O que você pode não saber é que não existe apenas esse Cristo Redentor por aí. Mais: todos os mais de 250 Cristos de outros locais tem algo em comum - e não é a figura homenageada.
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Todos vieram da mesma família: os que tem sobrenome Papaiz, originalmente de Campinas. Com os moldes prontos, bastava à cidade que quisesse comprar um Cristo escolher o tamanho. O que popularizou ainda mais as esculturas é o baixo preço: as maiores estátuas custam apenas 12 mil reais - quantia que não precisa de autorização de nenhum Legislativo municipal para ser gasto. (É claro que o material é diferente do Cristo original, bem mais em conta)
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O Rio continua lindo, e jamais deixará de ser. Mas a Cidade é muito mais que Maravilhosa; é inspiração e influência pura.
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Abaixo, alguns dos Cristos Brasil afora. Pena que nenhum deles tenha a Baía de Guanabara para abraçar.
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Cornélio Procópio - PR

Indaiatuba - PR

Taiúva - SP

Lagoinha - CE

Taubaté - SP

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Reacostumando

Saí da assessoria de imprensa do Albert Einstein no dia 31/04. Desse dia até finalizar o meu TCC (isso do meio para o final de novembro), pouco fiz para conseguir algo novo. A dificuldade para conseguir estágios no último ano é imensa, entrar em um trainee é complicadíssimo e, acima de tudo, eu tinha o projeto da minha vida para fazer. Desencanei e mergulhei fundo no TCC.
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Toda a espera valeu a pena quando a nota 10 do Dérbi foi oficializada. Mas, depois da minha banca, entrei em uma fase bem depressiva. Um dos meus freelancers foi praticamente paralisado junto com o calendário do futebol nacional e o outro tornou-se tedioso tal qual o jornalismo nessa época do ano por conta da falta de informações. Enquanto isso acontecia, via boa parte dos meus amigos e conhecidos sendo efetivados. Bateu aquela impressão juvenil de que eu não era bom o suficiente e tudo mais. 
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Não nego o drama. Mas alguém que fica em casa boa parte do tempo está sujeito a acessos de depressão e de leve loucura. Minha avó sempre diz que a cabeça vazia é a oficina do diabo. Sei disso na prática. Aliás, você também deve saber disso - e a sua avó também deve te dizer a mesma frase. 
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Tudo mudou há uma semana. No aniversário da minha irmã (21/01) caçula recebi a notícia que fui contratado pela Agência Insane e que começaria já na semana seguinte. Precisava, de uma hora para outra, mudar uma série de péssimos costumes que adquiri nesse tempo desempregado. 
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O pior de todos, sem dúvida, foi o de dormir muito tarde. O calor também contribuiu, é fato, mas dormir em média às 04h30 (isso sem contar nas noites em claro) e acordar as 13h não é nada saudável. Isso, aliás, atrapalhava o meu almoço: eu já não costumo ter fome; logo depois de acordar, então, não comia quase nada. Nem mesmo todo o cansaço acumulado nas viagens diárias que fazia para trabalhar no Albert Einstein explica essa situação. 
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Outro péssimo vício que está, aos poucos, sendo vencidos: a preguiça. A rotina de trabalho é bem diferente daquela de ficar em casa não fazendo nada. Até mesmo a qualidade do meu trabalho deve ficar aquém do que eu posso fazer nesse começo. 
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O importante, porém, eu já consegui: voltar ao batente.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Aniversário DE São Paulo, não DO São Paulo

Das datas que são feriados municipais, creio que poucas sejam tão conhecidas quanto o paulistano 25 de janeiro. Por ser a maior cidade do país, a mídia sempre acaba falando de algumas tradições locais do aniversário de São Paulo (como o bolo do Bixiga ou a final da Copa São Paulo, essa última com transmissão em rede nacional) e faz aquelas homenagens piegas com músicas em alusão à Locomotiva do Brasil. 
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Entretanto, uma comemoração me incomoda um pouco: os são-paulinos que tomam para si o aniversário da cidade de São Paulo e comemoram também o aniversário do São Paulo Futebol Clube. Parece não tem nada a ver, mas há uma ligação histórica entre as duas causas. 
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A data da fusão dos futebolistas do Paulistano (aristocrático clube que até hoje tem sua sede nos Jardins e mantém uma competitiva equipe de basquete) e da Associação Atlética das Palmeiras (nada a ver com o Palmeiras atual), na realidade, é 26/01/1930 - mas, para homenagear a cidade-sede do novo e dos antigos clubes, colocou-se 25/01. 
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Como podem ver, aí mesmo já reside um sinal claro de que o São Paulo não foi fundado em um dia 25/01. Quem cultua essa data acaba ajudando, sabendo ou não, na difusão errada da cultura e de um dos principais símbolos do clube - a própria data de fundação. Mas voltemos à história.
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Entre os anos de 1934 e 1935 o antigo São Paulo (chamado de São Paulo da Floresta por herdar da AA Palmeiras o Estádio da Floresta, localizado no atual bairro do Bom Retiro) se fundiu ao Clube de Regatas Tietê, desativando seu departamento de futebol. Foram os sócios descontentes com essa fusão que fundaram o atual São Paulo Futebol Clube, em 16/12/1935 - essa sim a data de fundação oficial do clube, Vale dizer que o São Paulo-Tietê faliu pouco antes de 16/12/1935 e logo foram reincorporados, tornando o clube mais forte. 
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Os que dizem que dia 25/01 é o aniversário do São Paulo torcem para um clube falido e que durou cinco anos. Não é o meu caso. Mas vale entender porquê tantos torcedores gostam de dizer que o aniversário da cidade se confunde com o aniversário do time. 
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O São Paulo da Floresta foi campeão paulista de 1931 - sim, um ano depois de seu surgimento. Esse título foi reincorporado ao atual SPFC, que atualmente soma 21 títulos estaduais. Pode parecer pouco, mas até bem pouco tempo atrás o Paulistão valia mais até que a Libertadores, por exemplo. E é justamente esse troféu de 1931 que mantém o Tricolor na frente do Santos na contagem geral de títulos do torneio - algo que, aliás, eu não faço; para mim, o SPFC e o Peixe possuem 20 torneios e são os terceiros maiores campeões paulistas. 
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Mais recentemente, o motivo para comemorarem tanto o 25/01 como aniversário do São Paulo se dá por conta do sucesso de um dos maiores rivais do clube. o Corinthians foi campeão mundial de 2012 justamente em um dia 16/12, dividindo a importância da data entre os dois clubes. Na cabeça dos torcedores, é muito melhor fazer festa junto com a cidade do que junto do rival. Mesquinho, eu sei; mas é assim que pensam muito. Por sinal, já disse que o clube merece uma torcida muito melhor que a que tem hoje?
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Dou meus parabéns à São Paulo, cidade que aprendi a respeitar e amar. Mas não dou parabéns ao São Paulo porque hoje não é o aniversário do clube. 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Não é a primeira vez que temos incidentes no réveillon de Copacabana

O ser humano tem um encanto natural para com o fogo. Convenhamos: sentir uma pequena explosão e ver que onde não havia nada agora há algo que te aqueça é fascinante. Mas todos sabemos o quanto o fogo é perigoso. Essa dualidade é mais uma daquelas que marcam a vida de cada um e toda a história da humanidade. 
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Na queima de fogos do réveillon de 2014 para 2015, um pequeno desastre aconteceu logo nos primeiros segundos do ano vindouro. Pior: transmitido ao vivo para todo o mundo. Uma das balsas que soltam os fogos na praia de Copacabana (uma das mais conhecidas e maiores festas de fim de ano do planeta) começou a pegar fogo, ainda soltando os fogos de artifício. 
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Me chamou a atenção não só o fato em si, mas também me veio triste lembrança: não foi a primeira vez que uma tragédia dessas aconteceu nesse local. Na virada do ano de 2000 para 2001, um homem morreu e quase cinquenta ficaram feridas (!) por conta da mesma queima de fogos. Por mais absurdo que seja, naquela época os fogos eram preparados na própria areia da praia, em meio a quem vê o show pirotécnico. Aliás, foi aquele incidente que motivou a ideia de colocar balsas no mar para a explosão dos fogos - por mais óbvio que isso seja por conta da segurança e da própria beleza do evento. 
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Pior ainda é descobrir que esse tipo de acidente não é tão raro quanto parece. Fui no Youtube tentar encontrar alguma reportagem sobre o acidente de 2001 (em vão) e encontrei outro incidente que eu não vi em lugar nenhum - veja aqui. Eu mesmo, que passei o réveillon em casa, senti um forte cheio de pólvora em alguns momentos nos quais fui ver a queima de fogos da minha janela - algo que nunca tinha acontecido. Os fogos que são de baixa qualidade? As empresas que fazem a queima de fogos no RJ que são incompetentes? Ambos?
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O que mais me espanta é que eu não vejo esse tipo de situação em nenhuma outra festa semelhante ao redor do mundo...

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O ano do fechamento

Eu tenho uma obrigação comigo mesmo de sintetizar um ano no último dia dele com uma palavra. Sendo assim, 2014 foi o ano de vários fechamentos importantes para mim vida. E, quando falo de fechamento, falo tanto do significado literal dessa palavra (encerramento) como também da gíria "fechamento", algo como "estar junto".
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Antes de qualquer coisa, 2014 foi o ano do fechamento da minha faculdade. Saber que terminei aquele meu sonho de criança de ser jornalista é muito feliz e muito gratificante. Saber que fiz um belo livro, entrei em contato com pessoas importantes e fechei o curso com nota máxima trabalhando com um grupo de profissionais competentes e amigos me enche de orgulho. 
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O que me motivou em 2014 também foram duas meninas que sempre me incentivaram e me ajudaram, das mais diversas formas. Se tem duas pessoas às quais eu tenho que agradecer, Ellen e Amanda são elas. Elas sim fecharam comigo.
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Profissionalmente também foi um ano agitado. Fechei meu ciclo na assessoria de imprensa do Albert Einstein triste, mas sabendo que aquele não era meu lugar - apesar das ótimas pessoas que por lá conheci. Desde então, me dediquei ao TCC - mas um novo emprego com carteira assinada é a prioridade para 2015. Mantive meu freelancer de narração esportiva e ainda ganhei outro na ESPN Brasil. O objetivo é mantê-los e trabalhar - sei que é difícil. 
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Foi o meu primeiro ano inteiro namorando a Amanda, também. Como disse, foi uma das poucas pessoas que eu sei que fechou comigo o ano inteiro. Se o namoro foi ótimo, vi que muitos amigos (seja da faculdade, de infância ou de qualquer lugar)  me deslocavam e/ou fizeram coisas que não me agradaram. Eu preferi me afastar e sofrer calado. Não dá pra dizer que fechei essas amizades em 2014, mas não sei o que esperar de tanta gente em 2015 que não me resta fazer outra coisa se não lamentar e olhar pra frente - sabendo que corro o risco de ficar bem mais solitário.
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Dentre aquelas pequenas vitórias da vida, foi de longe o ano que eu mais dirigi na vida. Também foi o ano que eu resolvi aplicar o que sei de investimentos e mercado nas minhas contas pessoais - sem muito sucesso. Elas fecharam - e só.
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Tenho a impressão que, no geral, 2014 foi um ano que compensou pela agitação. O 7x1 foi compensado pela maravilha que foi a Copa (para o povo, não para o futebol); as eleições foram compensadas por todo o frenesi causado - apesar de tanta intolerância. Fico pensando o quanto a agitação é melhor que resultados negativos pelo simples motivo de tirar o tédio, mas isso é um pensamento que eu prefiro deixar para 2015. 
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Na realidade, tudo agora vai ficar para 2015. Mas, ainda em 2014, desejo a você um ótimo ano, com muitas alegrias e felicidades.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Triste natal

Passei ontem por algumas avenidas do ABC voltando da casa da minha namorada. Faria Lima, Lucas Nogueira Garcez, Caminho do Mar, rua Vergueiro, Goiás... com exceção da chuva no final da tarde, nada denunciava que estávamos no natal. 
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Vi poucas luzes de natal. Vi poucos pisca-piscas, poucos fogos. Até mesmo aquele sorriso natalino, mais largo e estreito (como quem diz obrigado, seja verdadeiro ou não e seja efêmero ou não) eu não vi. Se sempre achei o clima de natal depressivo e hipócrita, as luzes compensavam com a sua beleza.
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Me parece que as pessoas deixaram o natal para lá. O próprio espírito natalino me parece em baixa, não sei porquê. Os dias não tem sido tão depressivos e melancólicos, parecem mais normais com outras tantas épocas do ano. Não sei se as pessoas que não enfeitaram suas casas ou se eu que estou caseiro demais, mas me parece que os pisca-piscas natalinos sumiram. Pode ser também que eu simplesmente tenha perdido o encanto e/ou me acostumado, vai saber.
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Fico me perguntando porquê isso aconteceu e chego em alguns motivos logo de cara: o 7x1, a eleição que rachou o país e criou tanta animosidade, a Economia nacional ruindo... assuntos sérios, caretas e até mesmo triviais, mas que influem muito na sociedade e no ânimo das pessoas. Em geral, 2014 foi um ano triste para os brasileiros. 
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Que 2015 seja melhor, com mais sorrisos e luzes. Já não teremos eleições, uma polêmica nacional a menos. Que a Economia melhore e, por favor, sem nenhum 7x1.
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E, a você, meu mais sincero voto de feliz natal - e feliz todos os dias.

sábado, 25 de outubro de 2014

Sobre o que nos faz decidir o voto

Muita gente acha chato votar. Acha que o voto deveria ser facultativo só pra não ~perder um domingo~ - a cada dois anos, digitando no máximo setenta segundos algumas teclas em um local próximo de casa previamente escolhido pelo próximo eleitor. Eu não sou desses. Eu realmente gosto de votar. Fiz questão de votar com dezesseis anos para me envolver mais na mais nobre arte social - apesar de toda a sujeira que parece existir em muito do que é brasileiro. 
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Aliás, vimos em todas as campanhas de 2014 muita sujeira. Tenho a impressão que quanto mais acirrada são as pesquisas de intenção de voto, mais sujeira existe. Ataques pessoais. jogo baixo, ofensas das mais diversas. Deixei para escrever sobre assunto em cima da hora justamente por prever que fatos novos surgiriam. Não precisava ser adivinho para perceber isso; e nem posso me gabar da minha clarividência porque era isso era óbvio.
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"Obviamente, não se pode condenar Lula e Dilma com base apenas nessa narrativa", dizia um parágrafo da matéria de capa da Veja que causou furor desde ontem. Sim, é isso mesmo. A matéria bombástica de capa (que tem fonte única e que nasceu de um vazamento ilegal sabe-se lá de quem e com qual propósito) da revista que nunca fez nenhuma questão de esconder sua aversão por tudo que é vermelho reconhece que sua denúncia é fraca no próprio texto. No bom jornalismo, a reportagem é vetada na hora. Na Veja, é capa - de uma edição que foi antecipada ~obedecendo unicamente ao dever jornalístico de informar imediatamente os fatos relevantes a que seus repórteres tem acesso~, segundo a Carta Ao Leitor da edição.
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Tudo isso, repito, com uma matéria que reconhece sua motivação fraca e com uma única fonte, vazada ilegalmente sabe-se lá como. 
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Eu finjo que acredito, e finjo também que a motivação da publicação não é desestabilizar a campanha de Dilma Rousseff. 
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No texto, chama a atenção também que ~os investigadores simplesmente se convenceram de que Yousseff tem condições de obter provas do que afirmou a respeito de a operação não poder ter existido sem o conhecimento de Lula e Dilma~. Veja bem: estamos falando de um doleiro que negociava propinas. Você acreditaria em um "a" no que essa pessoa diria, ainda mais tão facilmente?
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Não é novidade para ninguém essas vergonhas que só a Veja é capaz de proporcionar. Também não é novidade que, se a Veja é vergonhosa, existem uma série de publicações (pró-PT/Dilma/Lula e pró-PSDB/Aécio/FHC e afins) que não hesitam em fazer edições panfletárias embuídas de espírito jornalístico. Pior: as respectivos eleitores compram a versão dessas revistas, o que gera a desinformação. 
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Se eu posso pedir um favor a quem lê esse texto, gostaria que desconfiassem MUITO de tudo que ouvem em relação a eleição - seja para presidente ou para governador, nos estados que as tem. Para os partidos, a sujeira vale a pena se garantir o voto. Espero que, para o eleitor consciente, não seja assim.
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Como disse, já vi outras campanhas sujas (talvez não tanto quanto essa), mas essa eleição se destacou em um aspecto, muito negativo: a intolerância. Desaprendemos a ouvir o que nos é diferente. A aversão antipartidária, que só era visível (e condenável) em pessoas com menos instrução (e/ou com menos caráter), hoje é generalizada. 
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Sujeira, jornalismo e intolerância ganharam contornos mutualistas: quando uma cresce, as outras duas também tiram proveito da situação. Esse círculo vicioso chega no dia da eleição mais forte do que nunca. 
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Me sinto bastante deslocado nos papos sobre política - aliás, é engraçado ver como de dois em dois anos todos somos cientistas políticos de meia pataca. Acho que tanto Dilma quanto Aécio podem ser bons presidentes. O pior já passou. E olha que no primeiro turno você vota "porque", enquanto no segundo turno você vota "apesar". Mais do que isso: eu torço para que os dois tenham bons governos - ao contrário da maioria, pelo que vejo. Espero que, se eleita, Dilma tenha um programa econômico melhor; enquanto espero que Aécio, caso vença, não queira censurar a imprensa. 
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Que vença o melhor. Que ao menos ao menos a vitória seja limpa. Que os veículos de comunicação se redimam de seus diversos erros, de alguma forma. Que aja abraços, e não ataques. Que o Brasil saia melhor do que entrou. 

domingo, 28 de julho de 2013

Minha história tá aqui

Nessa fase na qual suas lembranças fazem sua vida acontecem datas como o aniversário da sua cidade. Por mais que os trabalhos, os antigos namoros, os amigos e até mesmo a sua família acabem tentando te empurrar pra longe, você passa na frente de cada local nem que seja voltando pra sua própria casa e acaba lembrando de algo como se estivesse acontecendo agora.
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Principal entrada da cidade
Quantas vezes eu já não fiquei um tempo longe e não comemorei por dentro ao chegar na Alameda São Caetano, na frente do meu prédio ? Quantas vezes não tomei o Barcelona ou o Santa Maria pra ir pra casa ? Quantas lembranças não tenho ao passar na frente da São Francisco ? Como é ir até a Taipas e ver a loja de CD's onde você tira fotos 3x4, ver a Nova Era e a Talenthu's ?
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E passar na frente da Canoa, da Tutti Belle ? Como é ir na Coop pra comprar qualquer coisa ? Passar em frente a cada banca onde você comprou figurinhas de tantos álbuns ? Ir em cada cabeleireiro que já cortou o seu cabelo ? Ou comprar um pedaço de bolo diet na Ben-Hur
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Que tal passar na frente do Hangar e lembrar dos tempos nos quais você fazia aniversário lá ? Ou ver cada hospital no qual a diabetes já te obrigou a ficar ? Lembrar das aulas no ABREVB, nos tempos em que ia na Cidade das Crianças, nos tantos eventos no Paulo Machado de Carvalho, até mesmo ir votar no Moura Branco
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Avenida Goiás x rua Santa Rosa
E quantas lembranças a avenida Goiás não traz ? O beijo roubado que durou três anos na frente do Centro Digital, as noites passadas lá, as idas no Frutaska com o pessoal do prédio, a apuração de carnaval no Habib's, os almoços festivos em família no Vivano, encontrar a ex namorada no Cubanos e no ParkShopping... quanta coisa...
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Antes de ir todo dia pra estação São Caetano, lembro de tomar todo dia o Gerty e pro Anglo da Cardeal Arcoverde, além de comer sempre no Tempero Manero e tomar o chocolate sem açúcar do Rei do Mate, sempre descendo a Santa Catarina. Ao mesmo tempo em que ia no sebo da rua Alagoas e fazia o CFC no Olímpico. Que saudade.
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Estádio Anacletto Campanella
E os shows de aniversário da cidade ? Victor e Léo e Edson e Hudson na Adria em frente ao Extra, Revelação e Turma do Pagode no Anacletto Campanella... tantos jogos no estádio ! O título da série A2 do Paulistão contra o Etti Jundiaí, o inesquecível São Caetano 3x2 Gama com gol de voleio do Bechara, o jogo contra o Boca Juniors, a final contra o Atlético Paranaense, o gol de pênalti do Luis Fabiano em 2003, o rebaixamento contra o Paraná, o 6x1 contra o São Bernardo... 
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Eu já vivi muita coisa aqui em São Caetano. O suficiente pra lembrar de tudo não só a cada 28 de julho. E que assim seja sempre. 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dia do homem ?

Quando comecei a ter consciências das coisas, o Dia Internacional da Mulher ganhava cada vez mais importância. Embora não aprendesse tanto sobre o feminismo na escola, gostava de me inteirar sobre o assunto em minhas leituras não-acadêmicas - entenda que gostar de se inteirar não é aprovar esse pensamento. Gostava muito de ler sobre Joana D'Arc e sobre a queima de sutiãs nos anos 60 - mas que, na realidade, começou na década de 40. 
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O oito de março veio para celebrar a memória do "sexo frágil" - inclua muitas aspas nessa definição. Mas... e o Dia do Homem ? Fico me perguntando qual o real sentido desse dia. Não que eu não tenha orgulho em ser homem, mas ele nunca foi comemorado e hoje, simplesmente, pipocou nas redes sociais. 
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Pesquisando, descobri que hoje não é Dia do Homem coisíssima nenhuma. Hoje é o Dia Internacional da Saúde do Homem. Nada de relembrar grandes ícones ou exaltar quem usa cueca ao invés de calcinha. É, até certo ponto, uma espécie de dia para reflexão acerca da saúde masculina - e nunca é demais relembrar que homens em geral morrem mais cedo que as mulheres muito em parte por não buscarem atendimento médico quando sentem que há algo errado com seu corpo. 
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E, torno a perguntar de novo o que não sai da minha cabeça: por que um dia do homem ?
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Não pode ser uma resposta masculina ao sucesso do Dia Internacional da Mulher pois as redes sociais são heterogêneas demais para apenas um gênero comprar uma ideia e fazer tanto barulho. Ao menos esse ano não foi para fins comerciais, pois ao menos eu não vi nenhum homem ganhando presente hoje - a não ser que seja aniversário dele, obviamente. Acho que também não é uma crise existencial masculina para "recobrir o ego" dos homens, mas não descarto totalmente essa hipótese.
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Entretanto, fica o lembrete: o Dia Internacional da Mulher passou despercebido por anos e anos. Hoje, o dia movimenta o comércio com a compra de pequenos presentes - flores principalmente, sobretudo rosas. Será que o dia de hoje foi apenas o começo de uma nova data comercial ? Julho não tem grandes datas desse estilo e as compras são voltadas para as crianças, já que é tempo de férias escolares.
Em 2014 veremos se tivemos hoje apenas um surto cibernético ou se a data chegou para ficar. 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Precisamos mudar o foco das conversas pós-massacre

Columbine, Virginia Tech, Realengo e agora Newtown, em Connecticut. Sempre que um trágico massacre dessa magnitude ocorre, todos, quase que instintivamente, começam a debater sobre o quanto armas de fogo são maléficas, o mal que elas trazem e o quanto o mundo seria perfeito e ideal sem elas. E, bem, acho todas essas discussões inoportunas para casos como esse. 
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É simples: armas não são maléficas como pensam - quem mata é quem dispara o gatilho, ora. Se fossem, os locais onde seu porte é permitido condicionalmente para civis não seriam mais seguros e com taxas de homicídios bem mais baixas que locais que vetam que armas entrem em ação. Os Estados Unidos/United States/EUA/USA/EE.UU são um ótimo exemplo disso que quero dizer: os estados que tem porte de armas por civis tem bem menos mortes de causas não naturais que os demais. 
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O problema de todas essas tragédias não são as armas de fogo, e sim quem as usa. Há algo de muito errado com todos esses atiradores, obviamente. Mas... isso já aconteceu tanto e acontece há tanto tempo que não pode ser tratado como algo sobrenatural. Devem haver traços comuns a boa parte de todos esses casos, a partir daí podemos ver o que acontece de errado e implantar melhorias no sistema educacional de cada país, impedindo que tais desvios ocorram. 
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Sim, educação. Pensamentos como esses podem ser mudados na escola, por mais que a pessoa já a traga de casa. E, bem, um acompanhamento psicológico também pode ser necessário em alguns casos - muito embora eu ache que isso seja parte de um bom investimento em educação, amplo e completo
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Vale dizer que não existe sistema perfeito, muito menos alguém perfeito. Mas se adaptarmos a lógica médica do "cada caso é um caso" para a educação deixaremos de ter um sistema, pois estamos adequando nossos serviços a cada demanda. Não faremos mais nada em escala industrial e trataremos cada pessoa como ela merece/tem que ser tratada, além de darmos apoio para suas deficiências
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Esse problema não é apenas americano ou brasileiro. Existem erros em todos os cantos. Quem me conhece sabe que eu sou do padrão de vida da Escandinávia, e massacres como o que aconteceu em Newtown já ocorreram na Finlândia e na Noruega - o caso de Oslo teve motivações políticas, mas não deixa de ter seu fundo trágico e comandado por um louco
Deveríamos nos preocupar mais em como evitar tais desgraças, e não em como elas ocorrem. Busquem o porquê, não o como. Falar sobre armas agora é superficial demais e ter um sentimentalismo egoísta apenas com as vítimas, enquanto buscar uma solução psicológica é lembrar de todos que poderiam morrer em casos assim no mundo.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Eu não te esqueci, São Paulo

Convenhamos, hoje pouca gente vai se lembrar de você. Todo mundo vai falar de outro time, que foi campeão mundial. Um clube que tem mais torcida, que chama mais a atenção... a vida é assim. Como se já não bastasse, muitos dos seus "torcedores" se esquecem de você e preferem ficar provocando quem foi campeão hoje ao invés de te louvar e te saudar, como deveriam fazer não só hoje, mas todos os dias.
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Tem quem esteja contigo porque você tem essa monstruosidade de títulos, e só. Eles não sentem, não sabem o que é ser são-paulino. Pior: acham que ser tricolor é depreciar os outros, e espalham essa fama ingrata, que não condiz com a verdade. A esses "torcedores", sempre com aspas, apenas digo que o melhor que vocês tem a fazer é ir lá azucrinar os outros. O São Paulo Futebol Clube merece muito mais.
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Merece amor. E você, São Paulo, que a minha vida inteira foi o meu maior amor, hoje digo que está empatado na primeira colocação - comigo você é sempre campeão. Isso não é nenhum demérito, já que quem divide a liderança contigo é uma pessoa que eu aprendi a amar mais do que a mim mesmo, igual você. Uma pessoa que, como você mesmo, tem seus defeitos, reconhecidos, mas mesmo assim é perfeito pra mim e me faz feliz. E ah, como você(s) me faz(em) feliz !
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Como todo caso de amor, você já me deu motivos pra me desistir, mas eu segui firme porque meu amor é muito maior uma decepção. Não esqueço os pênaltis que o Dida pegou do Raí em 1999, os malditos gols no finzinho do Geovanni e do Agudelo... você já me fez sofrer São Paulo FC, bastante. Mas pra cada lágrima eu comemorei 5 gols e fiquei feliz incontáveis vezes de maneira impossível de ser explicada em palavras.
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Aquela final do Paulistão de 1998 com gol do Raí, o Paulistão de 2000 com aquela falta mágica do Rogério Ceni, a Libertadores da América de 2005 vencendo o River Plate na Argentina, o tricampeonato de fato e hexacampeonato de direito brasileiro e, agora, o título aguentando muita porrada e jogando muita bola contra o Tigre na Copa Sul-Americana... quantas alegrias, quantos títulos, quantos gols eu não comemorei ? A única certeza é que quando você aparece, não importa aonde, eu paro e te acompanho. É amor.
Quem te ama de verdade não te esquece. Eu não te esqueci. Deixem os outros comemorarem ou provocarem graças a um título, a minha festa é pra comemorar o seu aniversário e esse sentimento maravilhoso que é ser são-paulino - sentimento esse que a cada dia cresce.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Unidos da Tijuca 2012 ~ O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão


No dia 13 de dezembro comemorou-se o centenário de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. No carnaval de 2012 ele foi homenageado pela Unidos da Tijuca, que sagrou-se campeã em um desfile em sua homenagem. Uso o samba-enredo da escola para fazer minha homenagem - atrasada.
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"Nessa viagem arretada
Lua clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do sertão!
"Chuva, sol" meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai que visão deslumbrante, se avexe não!
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação!

Mandacaru a flor do cangaço
Tem "xote menina" nesse arrasta pé
Oh! Meu padim, santo abençoado
É promessa eu pago, me guia na fé

Em cada estação, a "triste partida"
Eu vi no caminho vida severina
Á margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore raiz cultural...
Simbora que a noite já vem,

"Saudades do meu São João"
"Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só"
"Numa serenata" feliz vou cantar
No meu pé de serra festejo ao luar...
Tijuca a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação!

A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca vem comemorar
"Inté Asa Branca" encontra o pavão
Pra coroar o "Rei do Sertão""
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...
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Você pode ver o desfile completo aqui e ouvir o samba aqui.