domingo, 19 de abril de 2009

Independentemente.

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O São Paulo precisava virar. Havia perdido de 2x1 no Pacaembu e uma vitória simples o classificava para a final. Como todo Majestoso, os ânimos estavam exaltados graças a uma declaração da cartolagem são-paulina afirmando que Ronaldo Fenômeno era um ex jogador. Para motivar o tricolor, Rogério Ceni apareceu. Foram 45 mil pessoas, cerca de 5 mil corinthianos. O que se podia esperar ? Apenas um grande jogo. Os demais fatos eram incógnitas. Logo descobertas.
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O São Paulo ataca maciçamente. Escalado com 3 atacantes, o time não hesitava em partir para o ataque, ainda que levasse algum problema com os contra-ataques armados por Douglas e Dentinho armando para o Fenômeno, que quase abriu o placar num chute que Boscod efendeu bem. Porém, a primeira metade de jogo, ndiscutivelmente, foi de uma partida muito boa, dominada pelos são-paulinos, que poderiam marcar até 3 vezes se não fossem erros primários de finalização. Washington estava nervoso, Borges errando muito, Hernanes descalibrado, Júnior César não cosneguindo fazer nada. Jogavam bem Jean, Renato Silva, Dagoberto tentava ao menos.
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Quando o segundo tempo começou e Borges pôs a pelota na trave corinthiana, parecia que a tônia seria a mesma. Não foi. Após o lance, o São Paulo não conseguiu mais atacar. E tomou o primeiro gol numa rápida jogada pela ala direita corinthiana, onde Douglas anotou no rebote. Dois minutos depois, o " ex-jogador " Ronaldo calou a boca da diretoria tricolor dando um pique que nos fez lembrar do seu gol em Compostela em 94, quando jogava no Barcelona. A fatura, mais do que nunca, havia sido decidida lá. Mas os torcedores queriam ver o time brigar.
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O elenco, não. Os 40 minutos restantes foram insossos, com o Corinthians perdendo chances de fazer o terceiro e preferindo humilhar o São Paulo, merecidamente. A torcida queria ao menos um pouco de raça, nunca demonstrada neste dia 18 de Abril. 
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Desde 2005 me acostumei a ver um São Paulo muito técnico, organizado dentro de campo e raçudo. Hoje, nada disso apareceu. Não se via diferenças entre o gigante São Paulo Futebol Clube e o nanico Oeste de Itápolis. Sem paixão, perdido, abatido, sem uma jogada de efeito. Mas algo serviu de alento para quem estava lá. E um apoio que, sinceramente, não esperava.
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Já estou acostumado em ser a voz única de esperança na laranja. Mas hoje, não. A torcida comemorava, com orgulho. Orgulho não por ter perdido. Não por reconhecer e abaixar a cabeça para um time medíocre como o de hoje. Mas sim, pelo fato de ser são-paulino. Não ligando para o resultado. O importante é estar lá, exercendo este direito quase cívico de torcer para o maior time do país. Quando pensava que iriam pedir a cabeça de todos, a Independente mudou sua cabeça. Uma nova era está chegando, com um apoio incondicional. Graças a Deus.
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O time não jogou. A torcida jogou para ela. E eu prefiro o show das arquibancadas.
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PS: Deixo aqui meus parabéns aos primeiros campeões estaduais. O tetracampeonato pernambucano do Sport e o bicampeonato com direito a chocolate de 8x1 do Internacional.
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