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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Do Kiwi ao Whatsapp: estamos conhecendo pessoas da maneira errada

Na postagem de ontem, falei um pouco sobre a ótima ideia que é o Kiwi e o péssimo uso que a maioria dos brasileiros fazem dele. Hoje, no mesmo Kiwi, vi uma pergunta que me instigou: alguém perguntava se o Facebook estava em baixo; uma conhecida disse que desativou a conta. 
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Créditos: Reprodução
Na minha cabeça, tudo está relacionado. O Kiwi (como eu disse ontem) é apenas uma consequência de um problema muito maior: em geral, os brasileiros não sabem se portar na internet - e você sabe que, se não sabe se portar na internet, não sabe se portar fora dela.
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Elenco exemplos: se o Orkut teve sobrevida porque brasileiros (e indianos, é bem verdade) abraçaram a rede social surgida ainda antes do Facebook, a ruína da primeira rede social de todos nós foi justamente a banalização de comunidades inúteis e algumas práticas comuns e escrotas (a expressão "o topo é meu" não é um meme até os dias de hoje à toa), que não deixavam que as pessoas conhecessem umas às outras.
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Particularmente, o segundo ponto me intriga. O Orkut permitia que várias pessoas se conhecessem (essa rede, aliás, era muito mais fácil de se conhecer pessoas que o Facebook, por ter comunidades, não grupos) e muitas preferiam se fechar em uma bolha, apenas para seus próprios amigos. Outros gostavam de se mostrar demais, querendo ganhar fama por ter um corpo bonito ou coisa que valha. 
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Créditos: Reprodução
Eu sempre gostei de fazer novas amizades (logo, não me encaixava no primeiro grupo), mas gosto apenas de conversar e conhecer gente nova (e, por isso, não me enquadro no segundo grupo). Ser o meio-termo sempre é difícil, mas em redes sociais isso é ainda pior. O ambiente da internet é um convite ao extremismo; quem se mantém lúcido sofre de alguma maneira. 
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No geral, as pessoas não conseguem transitar por nada que não seja o meio - e isso me incomoda bastante. Tenho amigos que fiz no Orkut até hoje, assim como cultivo amizades e contatos no Twitter. Faltam redes sociais, apps ou afins que possam simplesmente juntar gente para falar de um assunto qualquer, seja ele qual for. E, quando eles existem, são desvirtuados. 
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O Kiwi não é o único. O Twitter conta com cada vez mais fakes que só sabem fazer brincadeiras sem graça, assim como contas com frases clichê existem aos montes. O Facebook é um caso ainda mais complicado pois quem o estraga são pessoas comuns e suas ideias dementes (textões, defesa de ideias indefensáveis, intolerância e afins) e a própria plataforma - que, por exemplo, matou o alcance orgânico das próprias páginas. 
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Pior: as pessoas transformaram o Whatsapp, que passa longe de ser uma rede social, em um instrumento pra conhecer gente. Alguém te adiciona em um grupo do WPP (aliás: como alguém consegue gostar daqueles grupos que só travam o celular?) e vão conversando em janelas particulares com que os interessa. 
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Isso é, ao menos para mim, uma completa inversão dos valores. O WPP é algo particular (que envolve, inclusive, o número do seu celular), que não deve ser banalizado. O que vemos hoje é apenas mais um capítulo da morte das redes sociais - vindo de quem deveria usá-lo, ainda que muitos outros fatores não contribuam para mantê-los vivos. 
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Costumo dizer que a internet é apenas um reflexo da sociedade. E, bem, tudo anda errado. 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Os smartphones mataram os relógios

Nas duas últimas noites eu saí com minha namorada e meus amigos - isso explica a ausência de postagens por aqui, aliás. É claro que cada saída e cada pessoa tem suas particularidades, mas atentei para algo ontem que já tinha pensado tempos atrás e ratifiquei. O pensamento é o título desse post, aliás. 
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Vi, nas duas últimas noites, cerca de trinta pessoas - que estavam nas mesas onde eu estava. Nenhuma delas tinha um relógio de pulso. Enquanto isso, entre conversas, risadas e mordidas em comidas, as pessoas usavam o celular freneticamente, muitas vezes mostrando algo nele para seus amigos. Também vi duas pessoas viradas uma para a outra e mexendo no aparelho. O pior: já vi isso muitas vezes que, para mim, deixou de ser curioso. É chocante.
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A maioria (para não dizer todos) os smartphones tem em sua tela inicial (a que é desbloqueada) o celular, em fontes garrafais, para quem quiser saber que horas são. E, cada vez mais, os celulares são utensílios indispensáveis para todo mundo - para a vida pessoal, profissional, educacional e qualquer complemento para a palavra "vida" que você queira encaixar aqui. 
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O mais engraçado é que, em tese, é muito mais fácil ver as horas por um relógio de pulso que por um celular. Basta você olhar para o próprio braço no relógio; enquanto no celular você tem que, no mínimo, apertar um botão - isso quando não precisa tirá-lo do bolso. Isso só reforça o que disse no título - e o grau de vício que temos nos nossos aparelhos.
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Hoje em dia, relógio tem como utilidade o status e a ostentação. Usar um Rolex ou uma marca cara te deixa mais bonito e com uma aura de único, com bom gosto - uma espécie de hipster clássico. Talvez só eles saibam o quão mais fácil é ver a hora em um relógio, talvez eles não gostem de celular. Mas não se vê mais um relógio que não seja de uma marca conceituada em pulso nenhum.
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De bandeja, os smartphones também mataram uma das interações sociais mais antigas que existem. Ao menos eu não vejo há tempos uma pessoa perguntando que horas são para a outra. Fico me perguntando quantas pessoas e casais não se conheceram com essa inocente pergunta - e que, consequentemente, nem se conheceriam nos dias de hoje. 
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Daqui a pouco surge algum aparelho que vai matar o "será que vai chover?"...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Redomas sociais

Tudo é comunicação hoje em dia. Sou suspeito para falar sobre isso (já que estudei e trabalho justamente nessa área), mas acho que todo mundo é unânime sobre a frase que abre esse post. Mas, ao que parece, muitas pessoas ainda acham que podem viver se isolando de tudo e todos.
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Confesso que me incomodo quando vejo pessoas que tem redes sociais e não fazem a mínima questão de se relacionar com seus amigos ou com outras pessoas - falo isso porque acho quase inconcebível alguém que não tenha Facebook nos dias de hoje, embora conheça pessoas que não tenham conta no referido site. 
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A situação é um pouco mais complicada para que tem Twitter, ao meu ver. Ninguém é obrigado a fazer Twitter. E, ao fazer, você praticamente concorda que está lá para se relacionar com outras pessoas - e que, implicitamente, quer expandir seus horizontes com amizades novas, por mais superficiais que elas sejam. Sendo assim, porque se esquivar tanto de contatos sociais por lá? Não faz sentido para mim. 
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Apesar de tudo isso, sei que as redes sociais apenas trazem para a internet situações que acontecem fora dela - embora tenham pessoas que detestem falar pela rede, enquanto outras se soltam na tela do computador, celular ou qualquer coisa semelhante. Me parece que as pessoas, cada vez mais, vivem em bolhas nas quais apenas utilizam as outras para o que bem entendem. Pior: quando encontram alguma pessoa disposta a ter alguma amizade bacana e que a admire de alguma forma, preferem ser apenas conhecidas. 
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Não consigo entender essa situação, confesso. Por mais intensa que uma amizade possa ser (e não falo de amizades coloridas ou coisas afins, apenas relacionamentos em que duas pessoas conversem, troquem algum mínimo segredo e tenham empatia entre si), qualquer situação é facilmente contornável em seu começo. Não é como um começo de namoro, no qual há compromisso e é público que os dois estão juntos. Se duas pessoas são diferentes, não precisam forçar uma amizade, ora. Mas nem a tentativa eu vejo acontecer, e isso me intriga. 
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O finado Orkut já dizia muito sobre a nossa era: tínhamos contatos, não amigos. Por mais que o Facebook tenha alterado a nomenclatura, a definição de relacionamentos só não segue a mesma porque ela é cada vez mais fria e superficial. Uma pena - para todos nós. 

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O ano do fechamento

Eu tenho uma obrigação comigo mesmo de sintetizar um ano no último dia dele com uma palavra. Sendo assim, 2014 foi o ano de vários fechamentos importantes para mim vida. E, quando falo de fechamento, falo tanto do significado literal dessa palavra (encerramento) como também da gíria "fechamento", algo como "estar junto".
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Antes de qualquer coisa, 2014 foi o ano do fechamento da minha faculdade. Saber que terminei aquele meu sonho de criança de ser jornalista é muito feliz e muito gratificante. Saber que fiz um belo livro, entrei em contato com pessoas importantes e fechei o curso com nota máxima trabalhando com um grupo de profissionais competentes e amigos me enche de orgulho. 
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O que me motivou em 2014 também foram duas meninas que sempre me incentivaram e me ajudaram, das mais diversas formas. Se tem duas pessoas às quais eu tenho que agradecer, Ellen e Amanda são elas. Elas sim fecharam comigo.
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Profissionalmente também foi um ano agitado. Fechei meu ciclo na assessoria de imprensa do Albert Einstein triste, mas sabendo que aquele não era meu lugar - apesar das ótimas pessoas que por lá conheci. Desde então, me dediquei ao TCC - mas um novo emprego com carteira assinada é a prioridade para 2015. Mantive meu freelancer de narração esportiva e ainda ganhei outro na ESPN Brasil. O objetivo é mantê-los e trabalhar - sei que é difícil. 
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Foi o meu primeiro ano inteiro namorando a Amanda, também. Como disse, foi uma das poucas pessoas que eu sei que fechou comigo o ano inteiro. Se o namoro foi ótimo, vi que muitos amigos (seja da faculdade, de infância ou de qualquer lugar)  me deslocavam e/ou fizeram coisas que não me agradaram. Eu preferi me afastar e sofrer calado. Não dá pra dizer que fechei essas amizades em 2014, mas não sei o que esperar de tanta gente em 2015 que não me resta fazer outra coisa se não lamentar e olhar pra frente - sabendo que corro o risco de ficar bem mais solitário.
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Dentre aquelas pequenas vitórias da vida, foi de longe o ano que eu mais dirigi na vida. Também foi o ano que eu resolvi aplicar o que sei de investimentos e mercado nas minhas contas pessoais - sem muito sucesso. Elas fecharam - e só.
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Tenho a impressão que, no geral, 2014 foi um ano que compensou pela agitação. O 7x1 foi compensado pela maravilha que foi a Copa (para o povo, não para o futebol); as eleições foram compensadas por todo o frenesi causado - apesar de tanta intolerância. Fico pensando o quanto a agitação é melhor que resultados negativos pelo simples motivo de tirar o tédio, mas isso é um pensamento que eu prefiro deixar para 2015. 
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Na realidade, tudo agora vai ficar para 2015. Mas, ainda em 2014, desejo a você um ótimo ano, com muitas alegrias e felicidades.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Contra fluxo

Eu sei que meus gostos, minha personalidade e minhas vontades são bem diferentes da maioria das pessoas - isso não é um elogio nem uma crítica, é apenas uma constatação. Mas, por vezes, isso fica tão evidente que até eu me surpreendo com as situações pelas quais eu passo.
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Sexta-feira (21 de novembro) fui na festa dum amigo na Vila Olimpiabairro conhecido pela boemia e pelas baladas aqui em São Paulo. O aniversário não era numa balada, mas, enquanto eu chegava lá, por volta das 19h30, já era possível sentir o burburinho nos bares, botequins, lojas e afins da região. E eu, vindo do distante Carandiru, só perguntava pras pessoas onde ficava o shopping - enquanto mauricinhos e patricinhas já se olhavam.
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Na volta isso ficou ainda mais claro. Enquanto eu via as mais diversas marcas de carros importados (BMW, Audi, Toyota, Honda e etc) chegando em locais como o Santa Aldeia e Hooters eu apenas queria chegar na estação Vila Olimpia, pegar meu trem e voltar pro ABC. Enquanto eles chegavam direto após fazer algum "esquenta" qualquer, eu precisava chegar na linha esmeralda da CPTM, pegar a linha amarela e ainda a linha verde do metrô para, enfim, chegar em São Caetano.
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O horário, aliás, foi outro ponto no qual essa noite ficou marcada. Ser pontual, pra mim, é questão de honra - óbvio que eu atraso, mas deixo isso bem claro quando isso vai acontecer, pois é assim que eu gostaria que fizessem comigo. Algumas vezes eu deixo de ir em alguns eventos se chegar muito tarde em casa, se não tiver certeza de como voltar ou se não tiver carona, mas não foi assim dessa vez. Tanto não foi que peguei exatamente o último metrô da linha verde.
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Pode ser pouco, mas achei interessante. E, claro, por falar disso como algo que acontece poucas vezes, não preciso nem dizer que isso é exceção, e não regra.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Feriado paradoxal

Tô vivendo uma situação muito diferente e inusitada nesse feriado da Proclamação da República. Fiquei em casa, tirando uma das minhas raríssimas horas de descanso. Mas um ensinamento que eu já tinha visto que era verdadeiro está se fazendo presente novamente: você não se sente descansado se não tiver o mínimo de lazer - mesmo que passe o dia inteiro no ócio
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No caso, eu estou adiantando várias coisas da minha faculdade (lendo livros, adiantando estudos, fechando minha última reportagem, essa voltada pro radiojornalismo), mas, por fazer tudo isso em casa, tenho a liberdade de fazer isso de maneira bem mais à vontade. 
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Concomitantemente a tudo isso, eu só tenho deveres a fazer. Nada contra, sei lidar com pressão e responsabilidade (modéstia à parte, claro), mas eu faria ainda mais se tivesse algumas opções de diversão disponíveis. No caso, minha namorada está viajando com a família, minha família faz passeios que não me agradam, as condições climáticas não ajudam, muitos amigos estão viajando e fica difícil até conversar com alguém mais próximo. Ou seja, são só obrigações. 
Ao menos eu não posso reclamar de tédio, né ? Vou olhar pelo lado bom

domingo, 4 de novembro de 2012

Chatos

Tenho a impressão de que os chatos que eu conheço estão cada vez mais chatos. Cada vez mais sem noção, sem vontade de tornarem-se pouco mais palatáveis para quem está ao redor deles. 
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Eles estão por todas as partes. Estavam na minha escola, estão na minha faculdade, na minha família, no meu trabalho. Sou capaz de elencar pelo menos um chato em cada círculo social do qual eu faço parte. Algumas vezes elenco dúzias deles.
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Conheço chatos de todos os naipes. Os que não ouvem e não aceitam lados contrários, os que falam demais, os que não falam nada com nada, os que forçam a amizade, os que só tem um assunto... existem vários tipos de chatos. 
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Sei também que para muita gente sou um chato. Não faltam motivo para que eu seja um chato, e todo mundo em alguma hora torna-se um chato, acho - luto para ser chato poucas vezes. 
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Mas tem gente que é mais chata que ler texto com repetições excessivas de palavras intencionalmente. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Você votaria em Joaquim Barbosa ?

Hoje, enquanto discutia com alguns amigos na faculdade em um evento acadêmico, um professor levantou a bola: se Joaquim Barbosa se candidatasse a algum cargo político, você votaria nele ? Ele teria chances de ganhar ?
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Começando pelo final: sim, ele teria boas chances de ganhar. Ele está em evidência, pouco se ouve críticas a respeito de sua pessoa, é tido como inteligente, é ministro do Supremo Tribunal Federal e é advogado dos bons, o que lhe confere alto grau de confiança ante o público. O que mais o garantiria votos, porém, não é nada disso - isso tudo é complemento.
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Ele ganhou aura de heroi após o julgamento do Mensalão. Os Estados Unidos mostram que figuras sem grandes invocações políticas podem ir longe na política tornando-se heroi de algo - lá os herois de guerra, sobretudo os da Segunda Guerra Mundial, são valorizados; aqui... bem, nós não temos herois
Eu me recuso a votar em alguém que eu não sei se tem propostas convincentes ou qual bandeira política levanta. O que o ministro do STF pensa sobre a educação, a saúde, o transporte público, o trânsito, a habitação ? Ele pode ter um caráter exemplar, mas precisa provar que é um bom gestor. Até lá, não tem meu voto

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Pequena homenagem a grandes pessoas

Dizem que é nas horas ruins que vemos quem é nosso amigo e quem é nosso conhecido; quem é que está conosco ou quem não está; quem está ao nosso lado ou não. Eu concordo, mas faço uma observação importante: essas pessoas não precisam ser tão próximas nem ser tão íntimas para ser especiais nem ser importantes. Na realidade, eu aprendi isso. 
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Três das pessoas que lembraram-se de mim após esse texto foram pessoas queridas, mas que não são as pessoas mais próximas de mim. E isso, amigos, não é demérito nenhum, por uma série de fatores - o principal é que proximidade não mede amizade, gratidão, sentimento ou cumplicidade. Essas pessoas são os grandes, amigos e pessoas, Felipe Faverani, Thiago Nacao e Larissa Reis. O primeiro perguntou se eu estava bem (e isso pode ser simples, mas faz uma diferença danada pra mim) por comentário e pessoalmente; o segundo me proporcionou uma grata surpresa ao me mandar uma SMS perguntando se eu estava bem; a terceira deixou um comentário muito especial que destaca-se nesse blog tão despovoado.
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Outra pessoa também perguntou de mim. Mais do que especial, ela é única; mais do que incrível; ela é perfeita. Mais... mais do que tudo, ela é tudo pra mim. E, além de minha namorada, ela é minha melhor amiga. Obrigado, amor !
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Sei que corro o risco de alguns virem mostrar alguma preocupação para comigo, a partir de agora, por algum interesse escuso. Chato, mas sei ver quem mente ou não, qual a intenção da pessoa ou não. Agora, fica a grande atitude que essas três pessoas tiveram comigo, e que jamais será esquecida. 
Nota do blogueiro: eu queria fugir desse título, que mais parece um plágio mal-feito do programa "Pequenas Empresas Grandes Negócios", da TV Globo... mas, convenhamos, o post tudo tem a ver com o seu título, e, por isso, o mantive.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Animação e cansaço

Hoje foi um dia muito bacana. A despeito do cansaço de ir pra faculdade, voltar pra São Caetano e ir até a Visconde de Inhaúma logo cedo não é algo que eu recomende pra ninguém, muito menos pra mim mesmo. Mesmo com esse detalhe, tiro coisas boas: as fotos de ótima qualidade, a entrevista que fiz com meu amigo (a despeito de não respeitar padrão nenhum recomendado pela faculdade) e a animação de quem estava na pracinha e só queria mesmo era se divertir. 
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Cansado e já com algum mau-humor graças a isso, é ótimo ver minha namorada e ficar um tempo, por menor que seja, com ela. Encontrá-la, seja no metrô por cinco minutos, é daquelas coisas que fazem qualquer dia valer a pena. Hoje conseguimos ficar um pouco mais juntos, conversar, abraçar, beijar um pouco mais. Não o suficiente (na realidade nunca é o suficiente), mas algo pra fazer do dia algo bom, não importa o que venha depois.
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Tudo fica ainda melhor quando você revê no lugar mais improvável possível uma amiga que há muito não via, que mora longe e que por um acaso estava por lá. Saber o que ela faz da vida, me manter atualizado sobre alguém que tornou-se distante (não importa o grau de amizade que tínhamos ou temos) também ajuda.
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O trabalho, até mesmo o trabalho, tem sido algo gratificante. É excelente chegar, saber o que fazer e simplesmente fazer, sem interrupções ou atitudes grosseiras - e, além disso, sentir que todos lá estão no mesmo ritmo e querem falar das mesmas coisas.
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Na volta, outro encontro ao acaso com um amigo. Repete-se aqui o que foi dito no terceiro parágrafo, com a diferença de que tal pessoa esteve presente na sua vida por anos, que passaram há algum tempo. As lembranças da pré-adolescência voltam com tudo e, por mais que eu prefira o presente ao passado, um pouco de saudodismo não mata ninguém. 
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Cheguei em casa radiante com tudo isso. Eis que as obrigações acadêmicas me impedem de colocar toda a minha alegria no papel decentemente, ou explorar um tema de forma inspirada. No fim, o cansaço venceu novamente. Mas, ah, como é bom se sentir bem ao menos por algum curto período de tempo !

sábado, 17 de setembro de 2011

A semana da dor de cabeça

Quem me viu ou teve o mínimo contato comigo ao longo dessa semana notou o quanto eu reclamava, esbravejava ou chiava do mundo. Há uma parte clínica nisso, e outra pessoal. Bem nessa semana as duas se encontraram.
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A parte patológica teve início na terça-feira. Após acordar muito atrasado, tendo seis minutos para trocar de roupa, comer, tomar café, esconvar os dentes e pegar meu material, aguentei as curvas e os buracos sulsancaetanenses. Não deu certo, e eu vi o mundo girando por algumas boas horas. Quarta-feira, no aniversário de uma amiga, estava exausto e achei que deitar ia ser uma boa solução. Não foi, e o mundo girou de novo, de maneira muito mais veloz - e pior. Até quinta-feira à tarde, com muito sono e vontade zero de fazer algo, foi assim.
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Concomitantemente a tudo isso, vários fatos foram acontecendo para que eu me entristecesse, ficasse bravo, chateado e etc. Brigas, indiretas, discussões, palavras ditas fora de hora e no calor do momento, totalmente desnecessárias... tudo isso me foi dando a dor de cabeça que é apenas figurada, mas é ainda mais preocupante que a clínica. Confesso que faltou calma e sapiência de minha parte em alguns momentos, mas anda faltando bom-senso, caráter, compreensão e reciprocidade demais das pessoas para comigo.
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Pra ajudar ainda mais, fica nítido que eu só não vejo a minha vida passar porque ela não anda. Hoje mesmo o ABC se divide em duas festas, há diversos lugares bons para visitar e aproveitar a noite e eu me aprofundarei em teorias da comunicação. Semana que vem a história vai ser bem semelhante. E, claro, a sensação de que eu não tenho diversão, só problemas, vai tornando-se cada vez mais nítida.
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Que na semana que comece amanhã eu não tenha nenhuma dor de cabeça, seja patológica ou pessoa.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aleatoriedades

Meu sonho foi estranho hoje. Sonhei que, pela enésima sétima vez, estava na Pousada do Rio Quente, com minha mãe e minha irmã. Ia encontrar a Fêr e, para isso, estava me arrumando. Eu estava ansioso, parecia uma criança ao receer a notícia de que iria ganhar um doce jamais degustado. A suíte era uma verdadeira mansão, branca, com dois andares, imensa e cheia de espelhos moderninhos. O cômodo parecia projetado para a CasaCor. Eu me arrumei uma série de vezes, me desarrumei... tudo para ficar com uma camisa branca, shorts jeans e chinelo havaianas. Fui sozinho, encontrei-a e você tava linda, com um vestido branco até um pouco abaixo do joelho, de rasteirinha, óculos e uma flor amarela na orelha esquerda. Garoava, mas fazia muito calor. Dei as mãos pra ela e saímos andando pelo parque, conversando por boas horas. Mas foi uma conversa tão pura, tão simples, tão aberta, tão engraçada e tão harmônica que valeu por qualquer outra coisa que tivesse rolado. Ao chegarmos numa espécie de piscina natural, deitamos no deck e continuamos a conversa, como sempre fazemos no MSN. Rindo, contando nossas vidas, etc. Até que você deitou no meu peito e nós dormimos lá. Foi isso... não teve sequer um beijo, o que não deixa de ser irônico num sonho com ela. Mas foi tão puro e tão bom que valeu por qualquer outra coisa.
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Estava acostumado a acordar meio-dia. Acordar 6h sem nem ter dormido direito foi um parto, ainda mais com esse frio sulsancaetanense. Imagine então estar 7h na estação Prefeito Saladino com esse clima. O pior: graças a hora, o trem estava lotado. Entrei empurrando e dando montinho em quem viesse pela frente. Ainda por cima fui jogado ( esse é o termo certo, jogado ) para a porta. A cada estação, tinha que me recolocar no vagão. Ao chegar no Brás e ir para a linha vermelha do metrô, sabia que a situação seria semelhante. Esperei dois tatus passarem, e, no terceiro, entrei da mesma forma que a usada para adentrar o trem. Sorte que a linha azul e todo o percurso de volta estavam mais tranquilos.
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Acho os prédios do centro de São Paulo, todos em granito e, ao menos no estilo, provavelmente do fim do século XIX, lindos. Eles carregam consigo um ar de história que nenhuma outra região no país tem. O largo São Bento, aliás, é lindo. Todos aqueels prédios históricos, a vista da Porto Geral e o boulevard que leva pra inspiradora Avenida São João. Nela há bares que levam endinheirados que trabalham no local, uma livraria fora de série da Imprensa Oficial e corporações de engraxates, como nos anos 30. Um banho de nostalgia. por ser São Paulo, havia também um mendigo embaixo duma cabine de telefone antigo, o que fez alguns turistas japoneses tirarem foto da situação inusitada.
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O curso da Bovespa, para gerenciar suas finanças, é muito interessante. A professora Tércia é séria, carioca e suas piadinhas são tão bobinhas que me fizeram dar risada. A metodologia é interessantíssima, usa estudos e pesquisas de economsitas e institutos consagrados e é bem profundo - como eu já imaginava, afinal, das 9h até às 16h é pra poucos.
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Mas a Bovespa não é essa Coca-Cola toda. Falta organização para dar um curso simples. A entrada era liberada em cima da hora, mal dava tempo parar ir ao banheiro ou beber água. Mas não deixava de ser engraçado ver os engravatados economistas no meio das pessoas que faziam o curso, que, embora bem-vestidas, destoavam totalmente da formalidade dos correntistas. Eu inclusive, que estava vestido com minha jaqueta do Washington Redskins, da NFL, amarela e marrom. Falando nisso...
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Um evento estava prestes a acontecer, da Qualicorp, que iria receber seus clientes top VIP num salão especial da Bovespa. Na porta da bolsa, três hostess recepcionavam os clientes. Ao chegar, fui me informar com uma atendente da BMeF sobreo curso, coisas gerais mesmo para que tinha acabado de chegar. Uma das hostess começou a me olhar e a rir, discretamente. Quando me dei conta, fiquei fulo, mas não ia perder a cabeça... engoli cada risinho tímido dela. A atendente chamou quem ia fazer o curso, e, quando cheguei no balcão, a hostess se aproximou de mim, com aquele sorriso de quem vai depreciar alguém, e falou:
- Acho que você se esqueceu que na Bovespa as pessoas vem de traje formal, paletó e gravata...
Não me fiz de rogado:
- Acho que você esqueceu a educação em casa...
A hostess afastou-se e ficou carrancuda o resto do dia, como me disse a atendente.
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Almocei no restaurante Stock, da rua Três de Dezembro, no largo São Bento. Foi o almoço mais incomum que já tive. A carne tinha ótimo gosto, mas estava vermelha... deixei passar. A calabresa estava fria e o arroz estava empedrado, embora de bom paladar. A banana estava mais verde que o incrível Hulk, azeda e dura. E o pastelzinho de queijo... ah, o pastelzinho de queijo. É um caso totalmente a parte. Normalmente, pastéis tem fatias de queijo ao longo de toda a massa. Esse não. Tinha uma espécie de tablete de mussarela que cobria pouco menos de 1/4 do pastel. A massa ficava praticamente vazia só com aquele pedaço com recheio. Mas isso não foi o mais inusitado no Stock.
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Ao pagar ( R$15,60 num prato que tinha pouca comida ), paguei com uma nota de R$20. O velhinho do caixa me deu as cédulas e falou obrigado. Olhei para a cara dele e falei:
- Olha, tão faltando 4o centavos...
- Aqui nós não pagamos o troco com as moedinhas.
Eu ri. Como isso era possível ? Era um absurdo completo, algo inimaginável.
- O quê ? HAHAHA... senhor, existe algo chamado ProCon e também o código de defesa do consumidor. Não sei como, mas o senhor vai me dar esses 40 centavos.
O velho se revoltou e falou poucas e boas para mim. O clima ficou tenso, mas nenhum atacou o outro. Chamei o policial e, enfim, consegui meus 40 centavos. Fiquei me perguntando se todo aquele climão valeu os 40 centavos. Pensei que em 2009 consegui mais de R$200 em moedas e respondi afirmativamente para mim mesmo.
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Precisei falar hoje com a minha mãe sobre um assunto mais sério. Sempre que eu falo algo de futebol, na verdade, quero falar algo mais sério com ela. E eu tô a cada dia mais confuso.
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Lembra da história do azul e do vermelho ? Em cada viagem de metrô peguei duas estações vermelhas e uma azul. Estranho...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Festival de Parintins

Todos que me conhecem sabem o quanto eu gosto da cultura folclórica brasileira. Escolas de samba, carnaval, frevo, blocos, cordões... nada mais normal que eu também gostasse do festival do boi-bumbá de Parintins. Demorei um pouco mais pra descobrir essa maravilha amazônica, mas, a partir do descobrimento, foi amor à primeira vista. Alegorias, toadas, percussão, tradição... e a torcida vale ponto ! Algo que eu sempre desejei em outros eventos dos quais gosto, ver o povo sendo reconhecido como parte do que é feito pelo que os une.
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Esse ano novamente acompanhei as três noites do festival, torcendo pro meu boi Caprichoso. Acompanhei com mais afinco que outros anos, cantando as toadas, analisando os rituais do boi azul e do boi rival ( o qual não se fala o nome, por questão de rivalidade entre as torcidas ), e, claro, pulando em casa, para desespero dos vizinhos.
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Mas, concomitantemente ao festival, alguns fatos aconteceram, que nada tem a ver com os bois. Algumas pessoas vieram falar comigo e me falaram algumas coisas improtantes, as quais eu até já tinha pensando, mas não tinha me tocado ou não me permiti sonhar por uma série de fatores. O problema é que quando você tem a certeza, você fica encucado, remoendo, coçando a cabeça... enquanto eu bradava aos quatro cantos as toadas amazônicas, as conversas iam deixando isso bem claro.
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Como já disse, sou torcedor do Caprichoso, o boi azul. Gosto sempre de destacar a cor do boi pois foi ela quem me fez começar a ter simpatia pela agremiação, graças a cor. Quem me conhece sabe que é a minha cor favorita, e ela em mim desperta um encanto fora do comum. É uma cor sóbria, que desperta tranquilidade... é uma cor que, modéstia a parte, combina comigo. Mas o boi rival tem a cor vermelha, da emoção, da intensidade, da ofegação, da falta de fôlego. E essas conversas despertavam em mim sentimentos bem mais vermelhos que azuis.
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Eu queria o azul. Queria a serenidade, a calmaria. Mas, por uma estranheza, o vermelho me entretinha mais, era algo que parecia melhor, mais vivo, mais intenso. Foram três noites vermelhas, principalmente após o azul mostrar-se tão insensível comigo.
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Infelizmente, em Parintins, o rival venceu, por dois décimos. Diferença pequena, mas que custou ao Caprichoso o bicampeonato. Paciência, ano que vem tem outro - por mais que eu ache que o conjunto plástico do meu boi foi bem superior ao do rival, e que as notas dadas pelos jurados para o imperador azul David Assayag foram injustas. Mas, na disputa pessoal entre o azul e o vermelho... o vermelho deu de goleada no fim de semana, por tudo o que foi-me dito
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" Eu sou, eu sou, eu sou filho dessa terra
Eu sou, eu sou, eu sou Caprichoso
Eu sou a raça, eu sou o amor
A voz que ecoa o meu cantar
Eu sou, eu sou...
EU SOU CAPRICHOSO ! "

segunda-feira, 14 de março de 2011

Que aniversário, hein, Willian ?

Minha mãe, durante o almoço de domingo, falou essa frase, muito feliz na observação e ainda mais feliz se colocada no meu estado de espírito. Feliz, essa é a palavra que anda me descrevendo. E esse período, que terminou hoje, foi espetacular.
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Pra começar, o carnaval foi bem mais tarde que o normal, caindo exatamente uma semana antes das minhas festividades. Todos sabem o quanto eu gosto da folia momesca, e, para mim, ficar quatro madrugadas acordado, trocando a noite pelo dia e gravando tudo, é um grande prazer. Canto, me emociono e me surpreendo no maior espetáculo da Terra. E esse ano, claro, não foi diferente.
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Além dos desfiles, carnaval envolve a apuração. O momento tão mágico quanto angustiante de esperar uma nota dez e torcer pra ver sua rival perder alguns décimos para a situação ficar mais confortável. E, nas apurações, as duas escolas para as quais torço venceram. Numa apuração apertada com três escolas disputando o caneco, o Vai-Vai venceu pela 14ª vez na história. Já no Rio, numa apuração apertada até o quinto quesito e com direito a surpresas como uma nota nove pra Mangueira, mas depois mais tranquila, a Beija-Flor abocanhou o 12º título. Comemoração garantida.
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Após a quarta-feira de cinzas e a quinta-feira de folga, a sexta-feira indo pra faculdade. A faculdade, aliás, é algo que eu não canso de falar como virtude, pois eu realmente não sabia que gostaria tanto dela. É o meu sonho, tudo o que eu sempre quis, de fato. É sempre bom enumera-la entre o que faço de bom, e não como uma tarefa ou obrigatoriedade. Faço por prazer, e muito prazer.
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No sábado, enfim, o aniversário de fato. Recebi mensagens no celular e, exatamente meia-noite, ganhei o primeiro presente: um lindo relógio da Puma com visor de LED, objeto que eu mal sabia que existia. Lindo, muito bonito mesmo. Os presentes foram se sucedendo, as pessoas em casa idem, as iguarias na barriga, então, nem se fala... iguarias essas que me impediram de jantar. Mas nem fizeram tanta falta assim.
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Tinha marcado de jantar fora com a Fernanda, mas não tinha a minha vontade ( nem estômago ) pra isso. recebi os presentes dela ( um sabonete, um desodorante e uma carta ) e fomos ficar juntos um tempo. Parece que, com ela, o tempo voa quando eu o queria parado. Mesmo assim, ainda vimos três ( TRÊS ! ) noivas sendo fotografadas para seus casamentos, além das incontáveis crianças e casais que são praticamente onipresentes nesses momentos. Nada que estrague a imensa felicidade que tenho ao ve-la.
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Após ver minha namorada, fiquei um pouco no Intercontinental na despedida do André, que passou na UNICAMP. Além dele, estavam lá Marina Escrava e Fernanda Maligna. O quarteto que reunia incontáveis histórias, e que foram sendo colocadas pra fora uma a uma, num fim de noite agradabilíssimo, com muitas risadas e lembranças. Nem o fato de ter esquecido minha insulina na bolsa da Fernanda abalou meu dia. Ora, pra tudo dá-se um jeito.
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Acordar um pouco mais cedo na manhã do domingo não faz mal a ninguém. Saber onde fica a casa da sua namorada, então, nem se fala. Foi uma parada rápida, mas esclarecedora. E, claro, eu quem dirigia. Aliás, dirigi muito, e levei a família toda até o Vivano, dirigindo muito bem, segundo todos.
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Sim, Vivano. E, claro, esse foi um ponto forte do aniversário. Além de minha paixão por churrasco, o que dizer do local que tem a melhor carne do ABC ? Me entupi. Só picanha com alho foram umas 5 peças. É raro encontrar uma carne tão bem cortada, saborosa e preparada como lá. Indico pra todos, e não tenho medo de parecer assessor de imprensa do restaurante.
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Pra fechar o dia, meu time venceu e é líder. Mas resultados nesse momento não interessam. Foi uma atuação convincente, um 3x0 sem dar chances ao inimigo, time que, inclusive, eu odeio, o Santo André. Antes de hoje, o São Paulo já tinha me dado um grande presente ao repatriar Luis Fabiano, meu primeiro ídolo no SPFC, antes mesmo de Rogério Ceni.
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Algo deu errado nesse tempo ? Deve ter dado. Mas até o errado foi bom. Definitivamente, esse meu aniversário de 2011 foi o melhor da minha vida, por tudo isso que eu falei.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Considerações

Após todos os probmeas dos últimos dias, posso apenas falar algumas coisas. Eu posso ter sido um bundão omisso na história toda, mas apenas fiz isso pois estava desnorteado demais. Erro meu. Eu evitava algumas coisas minimamente desnecessária,s enquanto não evitava o que de fato era preciso. Duas pessoas falaram demais e três pessoas saíram magoadas e eu quero mais que tudo uma delas. E tem gente que merece lugar nos programas de fofoca vespertinos da TV.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Presente dos Reis Magos

Segundo a tradição cristã, Belchior, Baltasar e Gaspar eram três sacerdotes zoroástricos da Pérsia que visitaram Jesus Cristo ao seu nascimento. Graças à distância, eles não chegaram no dia 25/12, mas sim no dia 6/1, e tal data é até hoje celebrada como o dia de Reis.
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Ontem eu vivi, definitivamente, o pior dia de Reis da minha vida. Não que eu comemore a data, longe disso, quem me conhece sabe que sou ateu. Mas os três Reis Magos do mal me aprontaram uma boa ontem.
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O primeiro presente foi a ida ao Frutaska. Ouvi muito com muita razão, e saí abaladíssimo. Algo me dizia que o resultado não seria dos melhores.
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Os dois próximos seriam dados via computador mesmo. A continuação da conversa tida fora de casa e a confirmação do sentimento ruim. Veio se não a pior coisa que poderia ter acontecido, uma das piores.
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Eu precisava me virar, não queria que aquilo acontecesse e precisava voltar, e fazer a pessoa voltar átras. Tomei uma atitude. O terceiro presente foi justamente graças a isso, outra conversa péssima que rendeu resultados terríveis.
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Não sei qual dos três presentes está mais próximo de ter volta. Não sei nem se terão volta. Eu vou lutar com todas as minhas forças ( e isso conta até as que eu não tenho ) para fazer tudo se normalizar. O problema é: se resolver os dois primeiros não resolvo o terceiro. É doído, mas é o objetivo, Tudo valerá a pena e, no fim, eue spero ser compreendido.
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Mais uma vez a religião dá mostras que não gosta de mim. Não ligo. Vou fazer minha vida sem ela. Mas não tô disposto a faze-la sem você.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Já começou bem

Os últimos minutos de 2010 foram como boa parte da minha vida, passados na frente do computador, sem ninguém pra me importunar, como eu gosto. Antes dos fogos explodirem anunciando o ano-novo, fui buscar o celular. Ao chegar de novo na casa da minha avó, faltavam exatos dois segundos para o Brasil explodir. Explodiu.
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A primeira a cumprimentar, como não poderia deixar de ser, foi minha avó. Depois veio meu avô, minha mãe e a Ellen. Nas duas pessoas do meio, dei também os parabéns, pois dia 1/1 é também aniversário desses. Não fiquei na frente da TV, fui ver os fogos do ABC mesmo, da sala.
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Não dá pra comparar com aqueles shows pirotécnicos meticulosamente planejados como os de Copacabana, Av. Paulista, Floripa ou BH, mas foi bem bonito. A cada minuto explodiam novos rojões em diferentes lugares, uns coloridos, outros apenas com barulho, rojões, bombas... via-se de tudo. Como uma criança, eu via tudo encantado.
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Vi sozinho. No escuro. Sem ninguém por perto. Refletindo sobre a vida, o ano que passou e o que virá. Sem nenhum convidado em casa, o reveillón foi pouco movimentado, mas não teve falsidade alguma e foi bem realista, como eu bem queria.
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Lembra do celular ? Tentava ligar pra Fernanda desde o primeiro minuto do ano, mas nada. Ela conseguiu me ligar vinte minutos após a meia-noite. Nos falamos, tivemos uma boa conversa e o ano já estava valendo a pena.
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Mais conversas, desta vez por MSN, vieram: com meu primo sobre encrencas da família, com a Amandinha e com o Paulinho pra começar o ano rindo. Quatro horas depois de 2010, quem acabou foi o meu dia. E como 2011 começou bem.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O ano da virada

Saí de 2009 escurraçado. Sem ninguém pra chamar de meu, sem faculdade pra cursar, sem amigos por perto, sem uma família unida, sem nada. Até eu, tão esperançoso, pensei no pior ato que uma pessoa pode cometer nos últimos dias de 2009. Poderia 2010 representar o início de uma nova ?
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Confesso: não acreditava. E após os dois primeiros meses do ano, essa confirmação apenas mostrou-se mais certeira. Sem nada pra fazer, com o pensamento a milhão e tendo pra lembrar apenas os fracassos passados, eu me sentia um inútil.
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Veio Março, veio o cursinho, veio o meu aniversário. Dediquei-me inteiramente aos estudos a partir daqui, e ele, de alguma forma, retribuiu-me. Intensifiquei ainda mais as amizades com as meninas do Objetivo, conheci pessoas que estudavam na escola citada e eu não conversava, conheci pessoas novas no Anglo... o ano começava a estruturar-se, tardiamente.
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Entre fórmulas e regras gramaticais, veio o feriado de Tiradentes. O dia 21 é feriado, o dia 22 é o do descobrimento e o dia 23 tornou-se o início duma nova era na minha vida. Desde o primeiro beijo dado na Fernanda, na praça em frente ao Centro Digital, eu tive a certeza de que ela seria minha companheira. Tornou-se. A tal ponto que eu não me vejo mais sem ela, e a simples presença dela em 2010 fez desse ano um dos mais maravilhosos já vividos por mim. Nesse ano começamos, e, porque não, apenas começamos. Os anos subsequentes serão de muitas outras vitórias, que farão desse começo de relacionamento pequeno, apesar de seu gigantismo. Fica a lembrança do dia que terá consequências cada vez maiores ao longo do tempo.
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Uma das melhores amigas ( ao menos no começo do ano ) também foi fundamental para que 2010 tenha sido estupendo. Sempre disposta a ouvir, dar puxões de orelha e rir de mim e comigo, a Amandinha representa a certeza duma amizade forte e eterna, duradoura e próspera, intensa e benéfica. Com seu jeito tão peculiar, ela ao pouco foi ganhando minha confiança, e hoje digo sem medo de errar que ela tem 110% de minha gratidão e firme esperança. Colocaria não uma mão, mas sim meu corpo inteiro no fogo por ela.
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Infelizmente, as duas fizeram apenas por um curto período o Anglo. Conheci outras pessoas da sala dela ( Fabi, Marília, Glauber, Andrei, Lucas ), mas, obviamente, fiz mais amigos na minha sala, a do período matutino. Destaco as Thaís, Ana, Carol, Camila, Larissa, Bruna, Jéssica, André, Luis, Fábio, Muçul e Guilherme. Mas, sem dúvida, as duas peças mais fundamentais dessa sala, pra mim, eram Marina e Fernanda. Era gratificante olhar pro lado e ve-las, sempre dispostas a me animar, cada qual com seu jeito. A primeira com seu jeito espontâneo, pensamento forte e riso fácil, a segunda com sua expressão marcante ( " rosto de quadro expressionista de Anita Malfatti " ), palavras sinceras e tranquilidade. Mais do que ninguém, as duas me conheceram e vivenciaram esse turbilhão de emoções chamado de 2010. Bem como eu, elas venceram, e, mais do que eu, são merecedoras disso, por simplesmente aguentar-me com meus trejeitos e defeitos, por ( muitas ) vezes irritante.
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Obviamente, fato também de pessoas que nada tem a ver com o cursinho. O meu irmão e uspiano Bruno, com quem tenho uma amizade interessante: cada vez menos falo, cada vez menos o vejo, mas cada vez mais sei o quanto ele é importante. A saudade de conviver com ele todos os dias e ver o quanto ele é grande, não só por estar na maior faculdade da América Latina, me faz ter noção do quanto eu amadureci nesses anos todos de convivência com a figura. Thiago Nacoa, o meu amado Naca, é outro expoente perfeito desse 2010. Das poucas pessoas que nunca traíram minha confiança, passei a confiar ainda mais nele ( se é que isso era possível ) ao receber o convite para ser o premiado para ir ao show do Darvin, no místico Hangar 110. Entre histórias, conversas, reflexões e muitas risadas, o nipônico foi, de longe, uma das melhores pessoas de 2010. Existem ainda muitos outros ( Marianas, Samuel, Lucas Timbó, Lucas Losch, Preto, Maila, Yuri, Dobo, Renan, Murilo, Samuca, Marcos, Augusto, Daniel, André, Danilo, Luquinhas, Bia, Jaque, Paulinho, Alex, Alê, Natalia, Luiza, Marina Rufino, Rafael Sardinha, Rafael Mansour, Tarsila, Estela ) os quais gostaria muito de agradecer nesse último dia de ano.
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Tão presentes nos últimos anos, os amigos da internet, graças a falta de tempo, distanciaram-se. Não os culpo, mas sim, culpo os estudos. Isso não foi empecilho para que eu conhecesse pessoas maravilhosas como Caroline Pasa, Kamila Piovesan, Ledilene Trindade, Flávia Carneiro, Jacqueline Carvalho, Fernando Clemente, Amanda Colombo, Fernanda Santana, Carol Waknin, Ana Carla Portela, Larissa Reis, Giane Garcia, Paola Príamo, Karoline Torres, Carla Guimarães, Beatriz Mayer, Thayna Gonçalves, Giovana Campos, Elaine Castilho, Letícia Pinheiro, Andressa Thoman, Jessica Oliveira, Paulo Carvalhães, Jade Medina, Marina Ponzo, Mariana Vieira, Renata Chagas, entre outros. Também fortaleci, apesar da distância e da falta de tempo, grandes amizades, como Gabriela Sant'Anna, Marina Ribeiro, Marina Sarte, Mariana Ibrahim, Tuani Carvalho, Fernanda Dolabella, Bruna Campos, Thaís Garcia, Vinícius Bepler, Camila Atleticana, Rafael Dudu Gomes, Lucas Flores, Bruno Fiuza, Larissa Pagodeira, Amanda Cardoso, etc. Mesmo aparecendo pouco, vocês foram fundamentais. Muito obrigado !
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Todos sabem que minha família não é o maior exemplo pra mim, graças a todas as desuniões existentes em ambos os lados. Mas, cada dia mais, o meu primo Henrique torna-se o elo salvador entre mim e meus consanguíneos. Leal, sincero e de caráter ímpar, nos entendemos, mais do que nunca. Parece que cada fase de nossas vidas são equivalentes, com características parecidíssimas. E ele não sabe o quanto é importante. Também nesse ano conheci o novo integrante da família, o namorado da minha prima Natália, Lorenzo, sendo os dois dotados duma inteligência invejável, os quais também admiro muito apesar de nossas nítidas diferenças. Meu pai e a Sandra mostram-se cada vez mais próximos, e é ótimo ver o crescimento da Ellen e da Grazi. Também me revigora ver o esforço dos meus avós, sobretudo minha avó Merita, para continuar suas vidas mesmo com todas as barreiras que o tempo os impóe.
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Além de todas essas pessoas, o maior presente veio no fim do ano: passar na faculdade. Pode não ter sido a minha meta, mas a Metodista é uma ótima faculdade na área de comunicação social, e fiquei imensamente feliz em ver meus esforços gerando resultado. Em 2011, enfim na carreira acadêmica, irei dar meus primeiros passos como jornalista, correr átras dum emprego e tentar conquistar minha liberdade, simbolizado num carro novo. Aliás, o espírito automotivo fez-se presente ao tirar minha CNH, e tornar-me um condutor, bom condutor, modéstia à parte. A maioridade obtida em 2010 confirmou-se com a dispensa do Tiro de Guerra, tardiamente.
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Ano de Copa, de fila tricolor, de títulos de Rosas de Ouro e Unidos da Tijuca no carnaval ( que, juntas, tinham 90 anos de tabu ), de reaproximação do futebol americano, basquete, vôlei e hóquei, duma Ferrari aguerrida na F1 mas com título de Vettel, de SWU, de show de Paul McCartney, Scracho e Darvin, de eleições... e nada disso foi mais importante que as pessoas citadas, o que eu nunca imaginei que fosse ocorrer. A todos vocês citados aqui, meu muito obrigado. E, por favor, permaneçam comigo nesse 2011, pra que ele seja irretocável.
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Abaixo, um top 5 do ano. Levei em conta a importância delas, meu gosto pessoal e o quanto elas repercutiram em 2010:
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Top's 5
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Música nacional
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1° -> Michel Teló ~ Fugidinha
2° -> Restart ~ Recomeçar
3° -> Luan Santana ~ Sinais
4° -> Exaltasamba ~ Tá Vendo Aquela Lua
5° -> Charlie Brown Jr. ~ Só os Loucos Sabem
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Música internacional
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1° -> Shakira ~ Waka Waka
2° -> Yolanda Be Cool -> We No Speak Americano
3° -> Lady Gaga ~ Alejandro
4° -> Knaan ~ Wavin' Flag
5° -> Mariah Carey ~ I Want To Know What Love Is
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Shows
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1° -> Paul McCartney
2° -> Queen of the Stone Age
3° -> Rage Against the Machine
4° -> Pitty
5° -> Avenged Sevenfold
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Eventos esportivos
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1° -> Copa do Mundo, Espanha campeã.
2° -> Competições de vôlei masculino ( Brasil campeão da Liga Mundial e da Copa do Mundo ) e feminino ( Brasil vice-campeão do Grand Prix e do Campeonato Mundial )
3° -> Fim da fila de 26 anos do Fluminense, futebol-arte do Santos campeão da Copa do Brasil e do Paulistão
4° -> Afirmação de Fabiana Murer e César Cielo como grandes nomes da história doe sporte mundial
5° -> SuperBowl do New Orleans Saints, marco pós-Katrina e confirmação de temporada arrebatadora de Dreew Brees.
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Personalidades curiosas
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1° -> Polvo Paul
2° -> Tiririca
3° -> Goleiro Bruno
4° -> Mineiros do Chile
5° -> Mick Jagger
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Homem
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1° -> Lula
2° -> Julian Assange
3° -> Liu Xiaobo
4° -> James Cameroon
5° -> Tiago Leifert
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Mulher
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1° -> Lady Gaga
2° -> Dilma Rousseff
3° -> Larissa Riquelme
4° -> Marina Silva
5° -> Katy Perry
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Desastres
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1° -> Terremoto no Haiti
2° -> Mineiros do Chile
3° -> Terremoto no Chile
4° -> Chuvas em diferentes períodos do ano no RJ, SP e Nordeste
5° -> Vazamento de óleo no Golfo do México
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Mortes
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1° -> Leslie Nielsen
2° -> José Saramago
3° -> Zilda Arns
4° -> Armando Nogueira
5° -> José Mindlin
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E assim termina 2010. Ano que deixará saudades, mas que precisa acabar, como todos os outros. E assim que começar 2011 eu agradecerei o fato de 2010 ter sido o ano da virada, e lutarei para que 2011 seja o ano da consagração.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sobre tudo o que aconteceu desde o último post

Como puderam ver, fiquei ( bem ) ausente graças aos estudos e ao ENEM. Uma constante nesse ano, sobretudo no segundo semestre, e que agora, com o início dos vestibulares, devem ser ainda mais frequentes.
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Achei o ENEM uma incógnita. Devo ter ido muito bem em linguagens, melhor que o previsto em matemática e naturais e esperava mais de mim mesmo em humanas. A redação foi bem direcionada, mas, sinceramente, falar de trabalho sob qualquer efígie já é um clichê imenso de vestibulares.
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A prova estava ligeiramente tendenciosa pro lado do governo federal e muitíssimo mal-feita. As confusões subsequentes apenas mostraram pra mim o fracasso adminsitrativo que é o exame. A ideia do ministro Fernando Haddad é excelente e eu sou totalmente à favor, Mas o MEC e o INEP mostraram pelo segundo ano consecutivo problemas graves de organização.
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Fato recorrente 1: Corinthians e São Paulo fizeram um Majestoso disputado e igual, e o Corinthians venceu por ser mais eficiente que o tricolor. O tabu pesou novamente.
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Fato recorrente 2: O Cardinals perdeu. A novidade aqui fica por conta do equilíbrio na partida contra o Vikings do monstro Brett Favre em Minnesota. Jogo decidido na prorrogação, indicando uma sensível melhora na franquia do Arizona.
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Fato recorrente 3: A NBA começou, os Lakers estão invictos e são seguidos de perto pelo Boston Celtics. Destaque também pras boas campanhas de Atlanta Hawks e New Orleans Hornets.
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Não aguento mais ver fórmulas, ciclos e constantes. Se não fosse meus amigos e a Fernanda eu já estaria totalmente louco. Por mais que a minha mãe tente, ela não cosnegue me tirar dos trilhos. Posso ter 20 minutos de extremo mau-humor, mas os 20 dias seguintes são de foco, esperança e estudos.
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Me impressiono em ver a imbecilidade de certas pessoas, a incompreensão de outras e as duas caras de mais algumas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Fim de semana

Com 18, parece que, enfim, eu consigo alguma independência e posso fazer programas legais com maior frequência. Quinta-feira meu primo me chama pra ir passar a noite na casa do meio, jogando videogame, conversando sobre futebol e comendo muito bem. Programa excelente, e nem comentei sobre minhas espetaculares vitórias nos dois campeonatos disputados e nem sobre o almoço na churrascaria.
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Após esse almoço, voltei pra casa. Duma forma mais corrida que o normal, pois teria festa à fantasia à noite. Esperei meu amigo, dei carona pra outro e partimos juntos. Ri muito lá ao ver as fantasias de todos ( eu, por exemplo, fui de Osama Bin Laden ), e fiquei calado na maior parte do tempo, em muito graças à barba da fantasia, ao meu cansaço e há alguns pensamentos que me abateram no recinto graças a lembranças recentes.
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No final de tudo, saldo muito positivo. Ver pessoas as quais tinha saudade, notar o fim dum ciclo, e, sobretudo, ver que eu tenho mais liberdade e me conheço um pouco melhor. É bom estar ao redor das pessoas certas.