domingo, 30 de novembro de 2008

Ainda não foi. Mas será.

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O clima era de festa no Morumbi. A torcida são-paulina estava crente e alegre, confiante que de hoje o título não passaria. Era a hora de afundar todos os fantasmas dos tris ( tanto do São Paulo quanto do Brasileirão ), do Fluminense, do Grêmio, de tudo. Mais do que isso, a torcida ansiava por uma vitória, por mais magra que fosse, pra afogar todas as mágoas e fazer história em vários sentidos ainda hoje. Não queríamos não pensar em perder essa oportunidade. Antes, vamos à alguns fatos.

Quais foram os 2 últimos times a nos eliminar de uma Libertadores da América... ? O Grêmio em 2007, que é vice-líder e é o único a poder nos tirar o título desse ano. E o Fluminense em 2008, time que enfrentaríamos hoje. 

O São Paulo nunca foi tricampeão de fato em nada. Sequer uma competição. Aliás, o próprio brasileiro nunca teve um time a vencê-lo 3 vezes seguidamente. O técnico Muricy Ram
alho, assim como o São Paulo e o próprio campeonato, eram protagonistas na ânsia de verem essa marcas sendo batidas. Na madrugada anterior, o saudoso ex-presidente são-paulino Marcelo Portugal Gouvêa, que nos reconduziu à títulos fora do país, havia falecido. Para homenagea-lo postumamente, tínhamos que vencer hoje. Começando o jogo, os são-paulinos se lembraram de mais um detalhe: a primeira chance do jogo foi do Fluminense, logo por ele, Washington, que marcou 5 vezes em 4 jogos contra o São Paulo, incluindo o gol no último segundo de jogo que nos desclassificou da Libertadores.

O primeiro tempo é emocionante, chances são perdidas de ambos os lados, e o que dá a tônica do jogo é o resultado parcial da partida em Ipatinga. Quando o time da casa abre o placar, a torcida comemora, alguns mais fanáticos já gritam " hexacampeão " com menos de 4 minutos de jogo. O Grêmio empata e vira, deixando a torcida apreensiva com a quantidade de g
ols perdidos, sobretudo por Borges, e com as chances do tricolor carioca. O primeiro tempo se encerra com a impressão de que o jogo aguardava fortes emoções.

O Grêmio deslancharia em Minas, faria 4x1 e rebaixava o Ipatinga de vez. Ao passo que no Morumbi Tartá faz 1x0 pro Fluminense. A apreensão ganhava tons de dramaticidade jamais vistos. Eu mesmo confesso que fiquei 2 minutos perpelxo, demorando a ver de novo todos os filmes já citados no início da crônica. Até que Borges empatou. Confesso também que estava, no momento do gol, comendo 
amendoim e na hora do lance ao comemorar deve ter voado resquícios do aperitivo até na careca do juiz Heber Roberto Lopes, que por sinal foi muito bem na partida, mesmo travando um pouco o jogo e sendo condizente com as catimbas do time carioca. O que era apreensão se transformou em esperança. Porém, as chances do SP foram sumariamente erradas, com destaque para uma falta de Jorge Wagner que André Dias cabeceou e a bola caprichosamente bateu na trave. 

No fim das contas, o empate acabou sendo mesmo o resultado mais justo. O Fluminense escapou de vez da degola e o São Paulo precisa apenas de um empate ante o Goiás no Gama. Porém, todos aqueles fantasmas estão de volta. Certamente, essa semana demorará a passas pros tricolores paulistas. Mas... vamos relembrar um fantasma, esse bem mais camarada com o time paulista.

O São Paulo não perde para o Goiás desde 2005, em qualquer circunstância. Sendo que em 2006, praticamente iniciamos a festa do título na casa esmeraldina, ao vencermos os goianos por 2x0.

Fantasma por fantasma, não estamos tão mal. E dependemos só de nós. Não foi hoje, mas com toda a certeza seremos campeões domingo, pra acabar de vez com os fantasmas que não nos agradam, e dar sobrevida ao que nos tragam algo bom.
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