sábado, 21 de fevereiro de 2009

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Na sexta-feira do dia 20/02, começaram os desfiles das escolas de samba do grupo Especial de São Paulo. A vice-campeão do Acesso, a o Unidos dPeruche, abriu o desfile falando das jóias e da inevitável cobiça que elas trazem. Com um estilo diferente de fantasias ( foscas, ao contrário do brilo até exagerado das fantasias atuais ), idealizadas pelo carnavalesco Raul Diniz, a escola passou bonito pelo Sambódromo, levantando os primeiros setores ao som do belo samba cantado por Leandro Alegria e da bateria Rolo Compressor. Porém, já no fim do desfile, a escola abriu um imenso branco na avenida graças ao mestre de bateria, Carlinhos, que veio sambando e esqueceu de conduzir sua bateria para o fim do desfile, o que certamente irá custar muitos pontos para a escola.
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A segunda escola a pisar no Anhembi foi a Rosas de Ouro, que fez uma homenagem a todas as escolas co-irmãs e às pessoas que fazem o carnaval todo o ano confeccionando fantasias, carros alegóricos e etc. Um desfile que, s enão fosse o horário, brigaria pelo título sem dúvida alguma, apesar da correria no fim do desfile para passar dentro do tempo.
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Após um desfile que ao menos para este que vos fala foi o mais bonito da história do carnaval paulistano no ano passado, a Unidos de Vila Maria entrou com seus 5000 componentes disposta a mostrar que a terceira colocação ano passado foi injusta. Porém, o retrocesso foi visível. O desfile, as fantasias, os carros e até o samba foram de pior qualidade. Certamente ocupará o meio da classificação. O enredo tratava do dinheiro, e traçou um panorama desde a Idade dos cruzados até a atual crise mundial
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A maior surpresa do ano passado foi a quarta a entrar na passarela paulistana. A Tom Maior, tradicionalíssima escola da Zona Oeste sediada no Morro de Sumaré foi puxada pela sua comissão de frente incrivelmente linda e pelo ânimo de seus componentes jovens. A vermelho-e-amarelo aliás tem a tradição de ser a escola mais jovem do carnaval, sobretudo dos universitários da região. O samba, homenageando Angola e Martinho da Vila, foi cantado a plenos pulmões pelos integrantes e pela arquibancada.
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A primeira torcida organizada de São Paulo a adentrar a Avenida foi a Mancha Verde. Empurrada pelos milhares de palmeirenses que estavam no sambódromo, a Mancha fez um desfile lindíssimo, de longe o mais bonito e equilibrado da noite. Com acabamentos perfeitos, a escola desde já se credencia ao título. O imponente abre-alas e o samba da escola, homenageando Pernambuco, dos 3 preferidos do autor do texto, foram os pontos fortes da escola. 
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Conhecida por ser a " Imperatriz de São Paulo ", a escola mais técnica do Grupo Especial, a X9 Paulistana veio fazendo uma crítica aos EUA que querem " roubar " o território amazônico do país. O desfile, muitíssimo bem-humorado e feito pelo carnavalesco Paulo Fuhro, passou fria pela Avenida, com alegorias grandiosas e bonitas. Talvez não é o suficiente para vencer o título que não vai pra escola da Zona Norte desde 2000, mas está no hall das escolas que pode surpreender.
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Esperada até o Sol raiar, horário que a escola entrou, por sua apaixonada torcida, a Nenê de Vila Matilde teve grandes problemas na concentração. A escola foi abandonada por seu carnavalesco Lucas Pinto, que discutiu com Betinho, presidente da escola. Uma destaque de carro alegórico sentiu falta de segurança em sua alegoria e por pouco não entrou. O braço do abre-alas se quebrou pouco antes dele ir à Avenida. E por fim, os tradicionais merendeiros, ou empurradores de carros, se revoltaram e atrasaram a entrada de um dos carros. Apesar de tudo isso, a escola, que vinha homenageando os seus 60 anos e os 87 anos de seu Nenê, que dá nome a escola, os integrantes vibraram e não pararma de cantar o maravilhoso samba da escola da Zona Leste. A comissão de frente, incluindo o lindíssimo tripé com uma imensa águia segurando um pandeiro com a foto de seu Nenê no meio e com as 11 estrelas, cada uma indicando os títulos da segunda escola mais vezes campeã do carnaval paulistano, e a bateria com seu tradicional Purugundum fizeram bonito. Infelizmente, a escola não conseguirá muita coisa devido a todos os problemas. Os matildenses mereciam demais. 

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