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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Todos os encontros decisivos brasileiros que se repetem na Libertadores de 2015

Por conta de seu chaveamento por base no mérito de cada equipe na primeira fase, os mata-matas da Copa Libertadores são imprevisíveis. Se pudessem escolher, certamente São Paulo e Cruzeiro não escolheriam enfrentar um ao outro, assim como Internacional e Atlético Mineiro buscariam chance melhor - assim como Boca Juniors e River Plate, certamente.
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Créditos: http://migre.me/pL6sc
Como se pode prever, os duelos não são novidade. O Santa Zona lista os quatro duelos eliminatórios entre Colorado e Galo, assim como elenca os seis confrontos decisivos entre o Tricolor e a Raposa.
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INTERNACIONAL x ATLÉTICO MINEIRO
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Brasileirão de 1976 - Semifinal
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O Inter bicampeão brasileiro precisou suar demais para vencer o Atlético. Tanto que o gol da virada veio nos acréscimos do segundo tempo, com Paulo Roberto Falcão - Batista empatou o cotejo, que teve o placar aberto por Vantuir. Em campo, jogadores do porte de Manga, Marinho Perez, Elias Figueroa, Dadá Maravilha (ainda no Colorado), Caçapava, Toninho Cerezo e Paulo Isidoro. Dias depois, o Colorado repetiria o feito do ano anterior e venceria o Brasileirão ante o Corinthians - também em jogo único no Beira-Rio.
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Brasileirão 1980 - Semifinais
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A semifinal se repetiu quatro anos depois, agora em dois jogos. No Mineirão, empate por 1x1. Às margens do Guaíba, porém, o Atlético mostrou toda a sua força e fez 3x0 no Inter, com dois gols de Éder Aleixo e um de Reinaldo - Chicão, Toninho Cerezo e João Leite estavam naquele time, enfrentando Mauro Galvão, Batista e Mário Sérgio.
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Brasileiro 1981 - Oitavas-de-final
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Se o Atlético avançou vencendo o Inter no Beira-Rio no ano anterior, o Colorado venceu o Galo no Mineirão no ano seguinte - o 1x0 foi garantindo com um gol de Silvinho. No jogo de volta, o 1x1 foi o suficiente para classificar o time gaúcho.
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Copa do Brasil 2002 - Oitavas-de-final
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Onze anos depois, Atlético e Internacional voltaram a se enfrentar em um jogo eliminatório. No jogo de ida, a eterna dupla Marques e Guilherme garantiu a vitória atleticana no Mineirão. O 3x2 no Beira-Rio não evitou a eliminação colorada para o time de Levir Culpi - atual técnico do Galo. Nesse jogo, vale destacar o gol de Mahicon Librelato, atacante do Inter que morreria em um acidente de automóvel no final do mesmo ano.
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CRUZEIRO x SÃO PAULO
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Copa do Brasil 1993 - Quartas-de-final
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Emvolvido em uma série de torneios, o São Paulo jogou a partida com sua equipe reserva - treinada por Márcio Araújo, não por Telê Santana. O Cruzeiro se aproveitou para vencer o jogo no Morumbi por 2x1 e segurar o empate no Mineirão - 1x1. O time celeste ganharia seu primeiro título na competição, enquanto o Tricolor ganharia a Recopa, a Supercopa, a Libertadores e o Mundial no mesmo ano.
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Recopa 1993 - Final
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Agora com time titular, o São Paulo venceu o Cruzeiro na competição que reunia o campeão da Libertadores (o Tricolor) e o da Supercopa (a Raposa) no anterior. O primeiro jogo foi válido também pelo Brasileirão - em mais um desses absurdos sul-americanos para caber todos os jogos em um calendário exíguo. Como as duas pelejas terminaram empatadas em 0x0, a disputa foi para os pênaltis - Paulo Roberto chutou para fora e Ronaldo (ele mesmo, o Fenômeno) parou nas mãos de Zetti.
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Copa Ouro 1995 - Final / Supercopa da Libertadores 1995 - Quartas-de-final
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A CONMEBOL teve alguns torneio de pouco tempo de vida ao longo da década de 1990. A Copa Ouro foi uma dessas. A competição reunia os campeões da Libertadores, da Supercopa, da Conmebol e da Copa Master - essa última reunia apenas os campeões da Supercopa (!). O interesse, como você deve imaginar, era zero. Tanto que, em 1995, Vélez Sarsfield (campeão da Libertadores de 1994) e o Independiente (vencedor da Supercopa do ano anterior) não disputaram o torneio. Em dois jogos (válidos também pela segunda fase da Supercopa), os dois visitantes venceram por 1x0. No Pacaembu (com meras 4.600 pessoas), o Cruzeiro avançou nos pênaltis.
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Copa do Brasil 2000 - Final
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Foi a única vez que o blogueiro chorou de tristeza por conta de futebol. Isso ilustra bem a carga dramática que teve a peleja no Mineirão, após empate por 0x0 no Morumbi. Marcelinho Paraíba colocou o São Paulo em vantagem, mas Fábio Júnior e Geovanni, já nos acréscimos, deram o tricampeonato da Copa do Brasil para a Raposa. Rogério, Raí, Belletti, Claudio Maldonado, França e Marcelinho de um lado; Cléber, Sorín, Muller, Fábio Junior e Oséas de outro. Dois jogaços.
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Libertadores 2009 - Quartas-de-final
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Então tricampeão brasileiro, o São Paulo titubeava no principal torneio das Américas contra times brasileiros. Não foi diferente em 2009: nas quartas-de-final, o Cruzeiro despachou o Tricolor com duas vitórias - incluindo um 2x0 no segundo jogo em pleno Morumbi, em partida apática do time paulista e que foi o último da vitoriosíssima segunda passagem de Muricy Ramalho pela equipe. O Cruzeiro de Adílson Batista foi até a final, mas parou para o Estudiantes - e para Verón.
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Libertadores 2010 - Quartas-de-final
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Mesma fase, mesma competição, um ano depois. O São Paulo (já com Ricardo Gomes) não encantava e passou pelo fraco Universitario do Peru apenas nos pênaltis. A diretoria tricolor, então, contratou Fernandão - campeão mundial pelo Internacional em 2006. O espírito guerreiro do atacante motivou os companheiros - principalmente Dagoberto, que co-protagonizou as duas categóricas vitórias são-paulinas.
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sábado, 20 de dezembro de 2014

Meu calendário ideal para o futebol

Uma das principais reclamações de todos os que trabalham com o futebol no Brasil é o excesso de jogos durante o ano. Não sem motivo: o Corinthians de 2012, que venceu o Mundial de Clubes, jogou impressionantes 81 partidas ao longo de todo ano. Para comparar esse número, tomo o Barcelona da temporada 2011-2012 (vencedor de quatro títulos, vice da Liga Espanhola e semifinalista da Champions League: 64 jogos. 
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A diferença é gritante. Isso acarreta, entre outros problemas, no aumento do número de lesões nos atletas e na diminuição do público - que, para não gastar tanto, passa a escolher as partidas que vai ver no estádio. 
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Baseado nisso, tenho uma ideia de calendário ideal. Seriam feitos alguns ajustes no regulamento de algumas competições, principalmente para dar mais emoção e menos jogos para competições que não sejam de pontos corridos. Explico abaixo.
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ESTADUAIS
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Meu modelo vai para o Paulistão, estadual da unidade federativa mais rica do país e com maior número de times no campeonato - vinte. Vale dizer que, em campeonatos menores, poderíamos ter ainda menos datas - o que é sempre bem vindo.
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No meu Paulistão ideal, manteríamos os vinte times - mas divididos em quatro grupos, com cinco equipes cada. Eles jogariam dentro dos próprios grupos em dois turnos (e teriam duas folgas). Os dois melhores de cada chave iriam para as quartas de final. Dali até a definição do campeão, sempre em jogo único na casa do time de pior campanha - mas com o empate favorecendo o time visitante. Importante: o cruzamento seria definido como na Libertadores, com o melhor primeiro colocado enfrentando o pior segundo colocado e com os respectivos cruzamentos olímpicos.
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Principalmente: o Nordestão, a Copa Verde e afins estão vetados. O ideal é, sempre, fortalecer o futebol no estado - e não na região.
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TORNEIOS SUL-AMERICANOS
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Ao longo de todo ano, e não mais com duração de um semestre. Manteríamos as catorze datas na Libertadores e deixaríamos a Copa Sul-Americana com as mesmas catorze datas. Tiraríamos duas vagas do Brasil (ficando com seis, as mesmas da Argentina) e faríamos uma fase eliminatória (uma Pré Sul-Americana) com os últimos classificados de cada país. Com os quarenta times definidos, faríamos dez grupos com quatro, se classificando os líderes de cada chave e os seis melhores segundos colocados. Novamente, confrontos de segunda fase definidos como na Libertadores.
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BRASILEIRÃO
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Aqui, nada a mudar. 
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COPA DO BRASIL
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Os times que jogam a Libertadores entrariam desde a primeira rodada. Para isso, colocaríamos mais times: 128 ao todo. Muito? Não. Teríamos apenas um jogo por rodada, tal qual no que propus para os estaduais: sempre na casa do time inferior (no caso, pior no ranking da CBF) e com vantagem do empate para o visitante. Seriam apenas sete jogos até a final por time. 
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SUPERCOPA DO BRASIL
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Um confronto festivo para abrir a temporada, entre o campeão do Brasileirão e o da Copa do Brasil. Sempre em campo neutro. 
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Isso posto, vamos às datas na prática. 
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ESTADUAIS: De 08/02 até 05/04 (rodadas no meio de semana por volta dos dias 11/02, 18/02, 04/03 e 18/03)
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TORNEIOS SUL-AMERICANOS: Nos moldes do calendário da UEFA, terças e quartas dedicadas à Libertadores e quintas dedicadas à Copa Sul-Americana - e sempre no meio de semana. Fases classificatórias nas semanas dos dias 11/03 e 25/03; fases de grupos nas semanas dos dias 01/04, 15/04, 06/05, 20/05, 03/06 e 17/06; matas-matas nas semanas dos dias 12/08, 19/08, 09/09, 16/09, 14/10, 21/10, 04/11 e 11/11. 
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COPA DO BRASIL: Começando em maio, um jogo por mês até o final de novembro. Datas: 27/05, 24/06, 29/07, 26/08, 30/09, 28/10 e 19/11. 
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BRASILEIRÃO: Começando no dia 12/04 e com final no dia 29/11, iria ter apenas quatro rodadas aos meios de semana. Sugestões: 29/04, 10/06, 15/07 e 23/09.
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SUPERCOPA DO BRASIL: Para abrir a temporada, seria no dia 01/02. 
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MUNDIAL DE CLUBES: Já marcado. Como acontece em dezembro, não influi tanto no calendário.
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Isso tudo é uma imensa suposição. Tempos em 2015 a Copa América, que afunilaria tudo. Mas acho que nas bases do que está escrito eu me fiz claro. 
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Não faltam datas. Falta vontade e organização. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Alex 10

É claro que eu gosto de ver futebol bonito e bem jogado. Mas eu prefiro vencer. Não ligo de ver meu time jogando com três zagueiros, três volantes ou seis no meio do campo - desde que vença. Gosto muito de segundos volantes (aqueles que sabem sair jogando, como Paulinho, Josué e Mineiro) também, muito por conta de sua eficiência. Não preciso dizer que sou são-paulino doente.
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Eu tinha tudo pra odiar Alex. Ele era o meia de armação clássico que todo brasileiro adora dizer que é o novo Pelé, Zico ou coisa assim. Mais: vestia a camisa dez - que, a despeito de seu tão brilhante histórico, vem sendo maltratada por muitos pernas de pau recentes. Como se não bastasse, um dos gols mais antológicos da prolífica carreira do Menino de Ouro foi na última vitória do Palmeiras em um Choque-Rei no Morumbi, em 2002:
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Não foi isso que aconteceu. Eu sempre admirei Alex, e tenho mais de um bom motivo pra isso. Ele sempre respeitou seus adversários, ao contrário de muitos jogadores por aí. Sempre foi inteligente, dentro e fora de campo - sua participação no Bom Senso FC, que eu tanto torço para que consiga fazer mudanças de fato no futebol brasileiro, indica isso. Ele sempre foi íntegro, ao ponto de nunca negar que torcia pro Coritiba - independentemente do clube em que atuava. Por fim, ele é dos poucos que me faz sentir a magia que o meu pai sente ao ver uma camisa dez - além dele, só Paulo Henrique Ganso faz isso no futebol brasileiro.
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Lembro de um Palmeiras x River Plate, na semifinal da Libertadores de 1999, que ele simplesmente acabou com o jogo. Foi lá que surgiu meu respeito por ele - e meu desejo de que um dia ele vestisse a camisa do São Paulo, em vão. Não que Alex não tenha sido importante ao longo de toda a campanha, mas nesse jogo em especial ele simplesmente arregaçou - como Galvão Bueno eternizou na narração do segundo gol dele, o terceiro do Palmeiras - o gol que legou o time até a final. 
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O ano em que o respeito virou admiração foi 2003. Como maestro de uma das maiores máquinas que eu já vi jogar, ele comandou o Cruzeiro à Tríplice Coroa. Não tenho nenhuma dúvida de que ele foi dos cinco melhores jogadores do mundo naquele ano. 
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Alex é tão espetacular que conseguiu colocar a Turquia nos olhos do torcedor brasileiro. Como não poderia deixar de ser, ele arrebentou no Fenerbahçe. Em 346 jogos, participou de 351 gols pelos Canários Amarelos (foram 172 gols e 139 assistências). Em um país de um povo tão intenso, em que o ódio e o amor são são arrebatadores, ele ganhou uma estátua da torcida de um dos gigantes do futebol turco - e só saiu porque o então técnico e também ídolo do clube Aykut Kocaman não queria que ele batesse alguns de seus recordes - sobretudo o de maior artilheiro da história do time na Super Lig turca.
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O incrível é que Alex é daqueles jogadores que se consagraram em momentos que para outros seria o fundo do poço. É inacreditável que ele não tenha sido chamado para nenhuma Copa do Mundo, principalmente. Principalmente nos mundiais de 2006 e 2010 não tinha como não chamá-lo. Especialmente na Copa da África do Sul, acho uma afronta a não convocação dele. 
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Dezenove anos de carreira, vinte e oito títulos, dezessete prêmios individuais. Mais gols na carreira que Ronaldo Fenômeno e Maradona - para alguém que nem atacante é. Que o seu pós-carreira no Desimpedidos e principalmente no Bom Senso FC. 
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Esse vai deixar saudade até em quem deveria não gostar dele. 

domingo, 30 de setembro de 2012

Como o Palmeiras, apesar de tudo, venceu a Copa do Brasil

No mesmo estilo do post anterior, no qual falo sobre como o Corinthians venceu as Américas pela primeira vez, acho justo falar sobre como o Palmeiras conseguiu o que muitos davam como impossível: vencer a Copa do Brasil com um time bem inferior a alguns outros adversários. A análise, aqui, é mais simples, já que envolve muitos nomes, um jogo específico e um aspecto do campeonato. Explico:
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Marcos Assunção
No dia do título, comentei no Twitter que nenhum jogador merecia mais um troféu que Marcos Assunção. Não me arrependo um segundo sequer do que disse. Jogador rodado, com um bom pé dinheiro e reconhecido, ele assumiu o risco de ir prum time muito pouco cotado pra tudo. Logo tornou-se ídolo por sua entrega em campo e por suas cobranças de falta próximas da perfeição. Assunção, então, ganhou a braçadeira de capitão e ergueu a taça de campeão. Nada mais justo e merecido.
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Hernán Barcos
Nos últimos tempos, o Palmeiras caracterizou-se por ser um time com falhas (mais do que a maioria de seus concorrentes), todas elas decisivas. Um desses pontos fracos sempre foi a falta de um centroavante eficiente, efetivo e verdadeiro. Para ficar nas comparações, o Corinthians teve Ronaldo e Liédson, o São Paulo teve Washington, Luis Fabiano e Borges - que também jogou no Santos, que contou também com André. Conntratado junto à LDU, o argentino chegou e logo notabilizou-se por ser um artilheiro. Os gols do Pirata muitas vezes salvavam um jogo ruim e toda a equipe e garantiam resultados vitais para a outra fase.
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Jorge Valdivia
O talento dele é inegável, mas ele adora perder o foco, ficar contundido e arrumar confusões e polêmicas (muito) desnecessárias. Na Copa do Brasil, o Mago mostrou uma faceta que ficou evidente no Paulistão de 2008 e estava sumida: quando ele quer, ele decide. E, nos últimos títulos palestrinos, foi ele o maestro. Basta ele continuar querendo, e querer cada vez mais.
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Luan
Sei que muitos palmeirenses vão rir dessa minha colocação, mas Luan é muito importante para o Palmeiras - ao menos era com Felipão no comando. Ele era o carregador de piano, que aguentava os burros enquanto as estrelas brilhavam. Para dar total liberdade a Barcos (o técnico gaúcho nunca gostou de livrar jogador nenhum de suas responsabilidades na marcação) e para não deixar Valdivia sobrecarregado, Luan se sacrificava, vinha buscar jogo e corria como um louco. Realmente a técnica nunca foi umd e seus fortes, mas sua entrega merece ser exaltada.
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Luiz Felipe Scolari
Gaúcho, copeiro e peleador. Mais do que uma simples frase, essa é uma frase corriqueira no Rio Grande do Sul, que adora exaltar seus feitos heróicos e contra tudo e todos. Felipão é gaúcho, é copeiro e é peleador, tudo isso em doses extremas. Ele faz de tudo para motivar seus jogadores, sabe blindá-los e sabe como formar uma família - o pentacampeonato da seleção brasileira em 2002 não me deixa mentir. Na Copa do Brasil, ele conseguiu motivar um time fraco e desacreditado, e transformá-lo em um time guerreiro e vibrante, que não precisou jogar bonito (e nem bem) para tornar-se campeão. Brilhante. 
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César Sampaio
Outra figura contestada, mas essa por não ser exaltada da forma que deveria ser reconhecida. Ao chegar para o cargo de gerente de futebol, então inexistente no Palmeiras, ele assumiu uma imensa bronca: chefiar todo o elenco profissional e intermediar as sempre tensas conversas entre o técnico e a diretoria - e imagine como não eram as conversas entre o tão expressivo e sincero Felipão e uma diretoria absurdamente irracional, perdida e acéfala. Mais do que ser o primeiro a ocupar um cargo tão importante, Sampaio deu as coordenadas: paciência, inteligência, sapiência e respeito. O time e o técnico passaram a se preocupar com o que faziam em campo, e a diretoria não interferia mais tanto na equipe. 
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Chaveamento
Sem querer tirar os méritos do Palmeiras na conquista, mas sua caminhada até as semifinais foi uma benção. Enfrentar Coruripe e Horizonte, com too respeito, é um começo dos sonhos. O Paraná até tem algum nome, mas o time não mete medo em ninguém há muito. O Atlético Paranaense tem uma camisa pesada, mas a fase na época do jogo era muito ruim - e o time estava nessa mesma toada. O time, então, empolgou. Começou-se a falar que o time era um na Copa do Brasil e outro longe dela - o que eu não acredito e nem sei como isso pode acontecer, mas enfim. O último fator que fez o Palmeiras tornar-se campeão veio nas semifinais
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Vitória contra o Grêmio em Porto Alegre 
O Imortal é muito mais time que o Palmeiras, e isso é ponto pacífico. Na época do confronto, porém, o Grêmio era inconstante: mostrava lampejos do belo time que se tornou com partidas apagadíssimas. Seja como for, vencer o time no Olímpico Monumental é sempre parada duríssima, e o Palmeiras conseguiu isso. Em quatro minutos o Palmeiras fez dois gols em Porto Alegre e selou a classificação para a final. E, por mais que o Coritiba também fosse mais time, o time ficou com cara de campeão após a vitória no sul. 
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A fase atual do time chega a ser desesperadora, é verdade. Mas esses pontos aqui em cima devem sempre ser lembrados, tal qual a campanha nem tão brilhante assim, mas muito aguerrida do Palmeiras na Copa do Brasil de 2012.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O clube mais brasileiro

Diz o hino do Corinthians a frase do título. Do texto. Mas pode ser da Copa do Brasil também.
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Confesso a vocês. Achava o Inter favorito para a conquista do jogo. E também da competição. Um time equilibradíssimo. Com excelentes jogadores. Um técnico que poucos falam. Mas muito competente. Atletas que sabem ser coadjuvantes das principais estrelas. O melhor time do Brasil. Em tese. No campo tudo muda.
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Aliás. Que campo. O gigante da Beira-Rio pulsava. Eram 50 mil vozes gritando os belos cantos da torcida colorada. O vermelho dos sinalizadores era a cor dominante. Era o sangue que seria dado no gramado. Era o coração que seria entregue no mesmo lugar. A raça de cada um naquele estádio. Tinha um canto mais negro. Alvinegro. Em menor número. Não menos empolgados. O 2x0 em São Paulo mobilizou os corinthianos de todo o país. Faltava esse jogo para o tal grito de " O coringão voltou " enfim ser concretizado. Apenas mais um.
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Os times entram em campo. O Gigante parecia estar desafinado. Primeiramente no hino. A versão ficou estranhíssima. Uma gaita de fole ? Algum outro instrumento de sopro ? Não sei. Ficou horrível. O jogo começou quente. Tapas. Pontapés. E um gol anulado do Corinthians. Era um prenúncio. O mandante parecia ser o Corinthians. O Inter não atacava. Era acuado.
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Nesse momento falo com um amigo meu. Corinthiano. Disse que os paulistas tinham em mãos um imenso diferencial ofensivo. Bolívar, o lateral direito do Inter, sobe demais. Por vezes não volta. Cabia a André Santos aproveitar a avenida em sua frente. Pouco depois sai o gol. Jorge Henrique. de cabeça. Do alto de seus 1,60m. O cruzamento veio da esquerda. De André Santos. E da maneira como tudo se configurava, sairia mais.
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E saiu. Dessa vez o lateral esquerdo corinthiano nem se preocupou em dar uma assistência. Fez ele próprio o segundo tento alvinegro. O pulso do Beira-Rio, que já era próximo de zero, agora estava nulo. Quem movimentava o estádio eram os corinthianos. Imediatamente após o gol do lateral da seleção saiu o grito. Eram favas contadas. Os Gaviões anunciavam. É campeão.
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O segundo tempo trouxe de volta a torcida. A colorada. Eles recomeçaram a cantar. O time voltou mais atento. Mas demorou 25 minutos para Alecssandro descontar. Quatro minutos depois, o mesmo atacante do Inter empatava a partida. Não deu nem tempo para sonhar. Cristian caiu no chão. Simulado algo. A confusão começou. D'Alessandro chamou William pro boxe. O futebol ficou em segundo plano. O argentino era dos melhores colorados na partida. Foi expulso. Estavam sepultadas as chances do sétimo título gaúcho no torneio.
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Ainda cabiam mais expulsões. Elias e Mano Menezes pelo lado do Corinthians. Tite no time anfitrião. Ainda sobrou tempo de ver Ronaldo, sempre tão decisivo, perder um gol feito. Não foi necessário. Ao contrário de Nilmar. Esse precisava. Perdendo dois gols na partida ele me irritou ainda mais. Motivos extracampo.
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O jogo acabou. Talvez fosse mais merecido se o Inter ganhasse. Pela campanha. Pelo time. Mas ontem o Corinthians mereceu. Muito. Jogou demais. O Inter fez de sua casa uma arma. E cometeu o suicídio. Viu o lado corinthiano fazer o que bem quisesse com os colorados. Como em 2005. O Coringão voltou. Só a freguesia continua. A Libertadores no centenário está garantida. Se o time for mantido o Corinthians pode sim ganhar a Libertadores. Com 100 anos completos e inteiros. Seria a maior festa que o Brasil poderia presenciar. Que não aconteça.
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A noite se fez mais negra no Rio Grande do Sul. Mais alvinegra. A imensidão escura e toda a claridade da Lua. O pano de fundo perfeito pro triunfo corinthiano. Tricampeão da Copa do Brasil. Eles voltaram. O Coringão ganhou. O Coringão é campeão.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

E quando tudo começa bem, mas tão bem...

... a tendência é ficar no grau médio. Explica-se. Gabaritar a prova de Geografia, por mais comum que seja, é algo sempre bom. E obter a média em Física sim. Raro. E bom. Demais. Bom demais. Saber que não está sendo demasiadamente chato e conseguir conter a sua alegria, por mais explícita que ela seja, também me animaram. Porém, ao pegar o boletim geral me decepcionei. Minha mãe idem. E as aulas a tarde, ao invés de  serem pretexto para conversar com os demais, hoje me decepcionou. Vida que segue. 
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O Coxa até tentou. Ariel fez no segundo tempo, e os minutos finais do Inter foram de sufoco. Mas quem passou mesmo foi o colorado. Na semifinal do centenário, o Coritiba ficou pelo caminho e os gaúchos duelarão contra o Corinthians na final da Copa do Brasil. Outro que passou sufoco. Um bom jogo no Pacaembu. Acabou passando o melhor. Que na final o melhor vença também. Obviamente. O Inter. E há de se lamentar a morte do corinthiano na saída do jogo. Confrontos sempre existirão. E não dá pra brincar com o fogo. Muito menos com a Força Jovem.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Superquarta.

Não gosto de copiar expressões largamente utilizadas e difundidas pelos meios de comunicação. Mas abro uma exceção para descrever o dia de ontem. Meu dia ? Também. Mas mais do que isso. Dia em que o mundo parou e viu algumas grandes partidas. Singulares. Inesquecíveis. Só pra não eprder a viagem, a nova menina do colégio é de fato muito gata. Bariloche vai ferver. Com cartão de crédito. E esse fim de semana renderá. Mas, indo ao assunto.
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O futebol, novamente, agradece a Espanha. Com o tricampeonato do Barcelona, o futebol arte revive. Renasce. Os comandados de Guardiola encantaram o mundo com um futebol ofensivo, de bola no pé. Contra uma equipe superior e com nomes consagrados, eles souberam usar o amplo domínio de bola. Lindamente. Toques de primeira. Dribles. Jogadas de efeito. Pura mágica. Senti por 90 minutos a alegria que era o futebol de antigamente. Ainda que os ingleses do Manchester estivessem melhores até o gol de Eto'o aos 9 minutos. Eles foram só coadjuvante dali até o fim da partida. Era partida de um time só. Nem ataque contra defesa era. A melhor zaga do planeta ruiu ante os malabaristas. Sabe-se que um time é bem superior quando os defensores chegam para atacar. Puyol muitas vezes parecia um lateral direito. Yaya Touré era fantástico. Xavi Hernandez era a consistência em pessoa. Iniesta foi fenomenal. O camaronês autor do primeiro gol saiu da fila, bem como Henry. Mas não dá pra não se entregar a Messi. Fazendo o 2x0 com uma cabeçada meio de lado, com a bola perambulando lentamente até a rede e decretar o fim do domínio do United, ele coroou uma exibição inacreditável. Joga muita bola. Jogou muito. Demais. E fica a sensação de que o esporte bretão está a cada dia mais espanhol. Ano passado, a Eurocopa. Com o Barça, a Champions League. Aposto forte que ano que vem será com a Copa do Mundo. Infelizmente. Por ser a Espanha. Ou felizmente. Para o mundo.
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Na Copa do Brasil o Vasco se complicou. Empatando em casa com o Corinthians, não dá pra vir muito confiante a São Paulo. Fica o alerta: ano passado, o jogo em São Paulo entre o Coringão e o Botafogo, também pela semifinal, terminou empatado. Na ocasião, o time de série A carioca falou que " era muito superior a qualquer time da segundona ", se referindo ao rebaixado time paulista. E deu Corinthians. Nos pênaltis. Como todo time grande gosta de vencer. Daquele jeito corinthiano. E o Vasco é imenso. Pode o time de série B surpreender de novo ? Pode. Não aposto. Mas torço. E pode. No Sul, a surpresa veio com o gol relâmpago de Marcos Aurélio. Conforme ia passando o jogo, o colorado foi voltando ao normal. Acabou 3x1, com uma grande atuação de Taison. Aliás, boas atuações do referido começam a se tornar redundantes. O Coxa Branca conseguiu o que podia. Um gol. No Beira-Rio ninguém supera o Inter.
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Em Minas Gerais o Cruzeiro venceu o São Paulo por 2x1. O resultado não trás grandes surpresas. Talvez o fato do tricolor ter deixado a diferença de gols em um só. As surpresas vieram na partida em si. O Cruzeiro não teve grandes destaques individuais. Jonathan jogava muito. Ramires tentava. Kléber idem. E só. O primeiro tempo foi uma sucessão de chances celestes. Passavam longe. E Dênis jogava bem. No último lance, Leonardo Silva se aproveita da péssima saída do arqueiro são-paulino e fez 1x0. A segunda metade da partida começou na mesma toada. O jogo era disputado, sem grandes chances para ambos os lados. Até que o sumido Zé Luis cruza da direita, o fraco Dagoberto cabeceou no canto e Washington coração valente marca. Gol de oportunista. E gol importantíssimo. Mais a frente, numa linda jogada do ataque cruzeirense, Jonathan rolou pro estreante Zé Carlos fuzilar novamente Dênis. Os dois, aliás, foram os dois melhores jogadores do Cruzeiro. E terminou 2x1. O resultado, porém, esconde uma boa partida são-paulina. Depois de algum tempo. Muito tempo. Apesar das falhas, Dênis jogou bem. Miranda anulou Kléber. Ora rispidamente, ora com fair play. Uma atuação de gala do camisa 5. Junto com Eduardo Costa e com André Lima, vindo do banco, os melhores do São Paulo. Fica a certeza e de que Dagoberto, Borges e Richarlyson precisam melhorar. Antes os 3 que os 11. E dia 17 estarei lá. Vai ferver. Pra fechar a noite, o Grêmio empatou com o Caracas em 1x1. Tá fácil pro imortal. Basta dizer que o time é tão competitivo que permitiu o sistema de irrigação do gramado acionar sozinho. Várzea ? Não. Libertadores. Infelizmente.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Eu mereço o paraíso.

Se ele existir. E se já não estiver nele. Mas é complicado demais estar no lugar certo e não poder agir como se bem quisesse. Supera-se. E a ex ? Ah, a ex. A cada dia melhor. Em todos os sentidos.
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Botando pra quebrar em português. Tirando o agente do banco, tudo perfeito. Rumo a nota máxima.
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E o Corinthians passou. Sinceramente, o Fluminense só serve pra ganhar do São Paulo. Que o Vasco os elimine. E na outra chave, tá facílimo pro Inter, que deve chegar a final. Guarani venceu, Braga idem. E a série B é um verdadeiro paulistão do segundo semestre.
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Logo menos tem Boca x Defensor. A ida foi 2x2. Que os uruguaios tirem o time mais copeiro das Américas. É ilusão. Mas, enquanto houver chances, torceremos. Se isso acontecer, certamente a Libertadores será brasileira.
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Na época que nasci, o futebol da Itália era o supra-sumo. Espanhois e alemães eram candidatas a potência. O futebol inglês era decadente. Prestava-se atenção no futebol português, holandês e francês. Hoje, pouco mudou. O inglês é o melhor, e se presta atenção no futebol do leste europeu, terra para onde vão muitos brasileiros. Terra também do ucraniano Shaktar Donetsk, campeão da Copa da UEFA.
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Incrível minha criatividade pra músicas. Ver vídeos de torcidas no Youtube é extremamente viciante. Vi dois hoje que particularmente me chamaram a atenção.
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Camisas Negras ( Guerreiros do Almirante - Vasco da Gama. ): http://www.youtube.com/watch?v=PFVari40W-M
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Eu vou torcer
Aqui eu ergui meu templo para vencer
Eu já lutei por negros e operários
Te enfrentei, venci, fiz São Januário
Camisas Negras que guardo na memória
Glória, lutas, vitórias esta é minha história

Que honra ser
Saiba eu sou vascaíno, muito prazer
Jamais terás a cruz, este é meu batismo
Eu tive que lutar contra o teu racismo
Veja como é grande meu sentimento
E por amor ergui este monumento

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Camisas vermelhas ( Guarda Popular - Internacional. ): http://www.youtube.com/watch?v=BKMXDrajktI&feature=related
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Inter, estaremos contigo.
Tu és minha paixão.
Não importa o que digam
Sempre levarei comigo
Minha camisa vermelha
E a cachaça na mão!
O gigante me espera
Para começar a festa!
Xalaialaiaa ...
Xalaialaiaa ...
Xalaialaiaa ...
VOCÊ ME DEIXA DOIDÃO.

Xalaialaiaa ...
Xalaialaiaa ...
Xalaialaiaa ...
INTER DO MEU CORAÇÃO