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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Todos os encontros decisivos brasileiros que se repetem na Libertadores de 2015

Por conta de seu chaveamento por base no mérito de cada equipe na primeira fase, os mata-matas da Copa Libertadores são imprevisíveis. Se pudessem escolher, certamente São Paulo e Cruzeiro não escolheriam enfrentar um ao outro, assim como Internacional e Atlético Mineiro buscariam chance melhor - assim como Boca Juniors e River Plate, certamente.
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Créditos: http://migre.me/pL6sc
Como se pode prever, os duelos não são novidade. O Santa Zona lista os quatro duelos eliminatórios entre Colorado e Galo, assim como elenca os seis confrontos decisivos entre o Tricolor e a Raposa.
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INTERNACIONAL x ATLÉTICO MINEIRO
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Brasileirão de 1976 - Semifinal
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O Inter bicampeão brasileiro precisou suar demais para vencer o Atlético. Tanto que o gol da virada veio nos acréscimos do segundo tempo, com Paulo Roberto Falcão - Batista empatou o cotejo, que teve o placar aberto por Vantuir. Em campo, jogadores do porte de Manga, Marinho Perez, Elias Figueroa, Dadá Maravilha (ainda no Colorado), Caçapava, Toninho Cerezo e Paulo Isidoro. Dias depois, o Colorado repetiria o feito do ano anterior e venceria o Brasileirão ante o Corinthians - também em jogo único no Beira-Rio.
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Brasileirão 1980 - Semifinais
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A semifinal se repetiu quatro anos depois, agora em dois jogos. No Mineirão, empate por 1x1. Às margens do Guaíba, porém, o Atlético mostrou toda a sua força e fez 3x0 no Inter, com dois gols de Éder Aleixo e um de Reinaldo - Chicão, Toninho Cerezo e João Leite estavam naquele time, enfrentando Mauro Galvão, Batista e Mário Sérgio.
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Brasileiro 1981 - Oitavas-de-final
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Se o Atlético avançou vencendo o Inter no Beira-Rio no ano anterior, o Colorado venceu o Galo no Mineirão no ano seguinte - o 1x0 foi garantindo com um gol de Silvinho. No jogo de volta, o 1x1 foi o suficiente para classificar o time gaúcho.
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Copa do Brasil 2002 - Oitavas-de-final
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Onze anos depois, Atlético e Internacional voltaram a se enfrentar em um jogo eliminatório. No jogo de ida, a eterna dupla Marques e Guilherme garantiu a vitória atleticana no Mineirão. O 3x2 no Beira-Rio não evitou a eliminação colorada para o time de Levir Culpi - atual técnico do Galo. Nesse jogo, vale destacar o gol de Mahicon Librelato, atacante do Inter que morreria em um acidente de automóvel no final do mesmo ano.
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CRUZEIRO x SÃO PAULO
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Copa do Brasil 1993 - Quartas-de-final
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Emvolvido em uma série de torneios, o São Paulo jogou a partida com sua equipe reserva - treinada por Márcio Araújo, não por Telê Santana. O Cruzeiro se aproveitou para vencer o jogo no Morumbi por 2x1 e segurar o empate no Mineirão - 1x1. O time celeste ganharia seu primeiro título na competição, enquanto o Tricolor ganharia a Recopa, a Supercopa, a Libertadores e o Mundial no mesmo ano.
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Recopa 1993 - Final
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Agora com time titular, o São Paulo venceu o Cruzeiro na competição que reunia o campeão da Libertadores (o Tricolor) e o da Supercopa (a Raposa) no anterior. O primeiro jogo foi válido também pelo Brasileirão - em mais um desses absurdos sul-americanos para caber todos os jogos em um calendário exíguo. Como as duas pelejas terminaram empatadas em 0x0, a disputa foi para os pênaltis - Paulo Roberto chutou para fora e Ronaldo (ele mesmo, o Fenômeno) parou nas mãos de Zetti.
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Copa Ouro 1995 - Final / Supercopa da Libertadores 1995 - Quartas-de-final
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A CONMEBOL teve alguns torneio de pouco tempo de vida ao longo da década de 1990. A Copa Ouro foi uma dessas. A competição reunia os campeões da Libertadores, da Supercopa, da Conmebol e da Copa Master - essa última reunia apenas os campeões da Supercopa (!). O interesse, como você deve imaginar, era zero. Tanto que, em 1995, Vélez Sarsfield (campeão da Libertadores de 1994) e o Independiente (vencedor da Supercopa do ano anterior) não disputaram o torneio. Em dois jogos (válidos também pela segunda fase da Supercopa), os dois visitantes venceram por 1x0. No Pacaembu (com meras 4.600 pessoas), o Cruzeiro avançou nos pênaltis.
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Copa do Brasil 2000 - Final
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Foi a única vez que o blogueiro chorou de tristeza por conta de futebol. Isso ilustra bem a carga dramática que teve a peleja no Mineirão, após empate por 0x0 no Morumbi. Marcelinho Paraíba colocou o São Paulo em vantagem, mas Fábio Júnior e Geovanni, já nos acréscimos, deram o tricampeonato da Copa do Brasil para a Raposa. Rogério, Raí, Belletti, Claudio Maldonado, França e Marcelinho de um lado; Cléber, Sorín, Muller, Fábio Junior e Oséas de outro. Dois jogaços.
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Libertadores 2009 - Quartas-de-final
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Então tricampeão brasileiro, o São Paulo titubeava no principal torneio das Américas contra times brasileiros. Não foi diferente em 2009: nas quartas-de-final, o Cruzeiro despachou o Tricolor com duas vitórias - incluindo um 2x0 no segundo jogo em pleno Morumbi, em partida apática do time paulista e que foi o último da vitoriosíssima segunda passagem de Muricy Ramalho pela equipe. O Cruzeiro de Adílson Batista foi até a final, mas parou para o Estudiantes - e para Verón.
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Libertadores 2010 - Quartas-de-final
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Mesma fase, mesma competição, um ano depois. O São Paulo (já com Ricardo Gomes) não encantava e passou pelo fraco Universitario do Peru apenas nos pênaltis. A diretoria tricolor, então, contratou Fernandão - campeão mundial pelo Internacional em 2006. O espírito guerreiro do atacante motivou os companheiros - principalmente Dagoberto, que co-protagonizou as duas categóricas vitórias são-paulinas.
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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Torcer para o rival! Jamais?

Rogério Ceni causou polêmica na entrevista pós-jogo da sofrida vitória do São Paulo sobre o Danubio, no Uruguai. Perguntado por um repórter se ele torceria para o Corinthians (que joga contra o San Lorenzo e cuja vitória beneficiaria o Tricolor), Rogério foi enfático: "Torcer para o Corinthians? Jamais!"
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Créditos: http://migre.me/pvl3N
A frase rapidamente se tornou viral nas redes sociais. E não, o título dessa postagem não está errado - até porque eu não ratifico a ideia de Rogério. 
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Segundo o Aurélio, torcer significa "dar apoio a ou esperar resultado positivo de". O começo da minha argumentação é simples: nenhum são-paulino vai torcer para o Corinthians na vida, mas vão esperar um resultado positivo do time hoje. A palavra torcer, por si só, é forte demais para descrever a situação. 
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Um são-paulino, por motivos óbvios, vai torcer para o São Paulo sempre. Mas ele também tem que torcer para o bem do São Paulo. E, no caso, o melhor para o São Paulo é a vitória do Corinthians. Não, nenhum tricolor precisa (nem deve) gritar gol ou sair na rua com uma camisa da Gaviões da Fiel gritando "Timão eô", mas é preciso entender a situação. 
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Créditos: http://migre.me/pvl5c
Ao menos para mim, torcer cegamente e irracionalmente para o Corinthians perder hoje é ser muito mais "anti-corinthiano" que são-paulino. Ser anti do maior rival, aliás, me parece um mal grave cada vez mais comum em tempos de extremismo em tudo. Nem mesmo a remotíssima chance de eliminação corinthiana e classificação de São Paulo e San Lorenzo me convence. 
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Situações semelhantes já aconteceram várias vezes. A mais recente (e uma das mais extremas) que me lembro aconteceu na última rodada do Brasileirão de 2014. Por culpa da própria incompetência, o Palmeiras dependeu de um empate do Santos contra o Vitória para seguir na Série A. Eis que o Peixe faz 1x0 e salva de vez o Verdão. 
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Créditos: http://migre.me/pvl5M
É certo que a rivalidade entre Palmeiras e Santos é bem menor que a que envolve São Paulo e Corinthians. Mas ela existe, e isso basta. Gritar gol do Santos foi querer o bem do Palmeiras - e nenhum palmeirense se arrepende disso, mas sim da campanha horrenda do próprio time. 
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O são-paulino, historicamente tão arrogante, não parece ver isso. Ver o outro mal é melhor que ver ele mesmo bem. Isso ajuda a explicar tanta coisa errada no clube nos últimos tempos

sábado, 20 de dezembro de 2014

Meu calendário ideal para o futebol

Uma das principais reclamações de todos os que trabalham com o futebol no Brasil é o excesso de jogos durante o ano. Não sem motivo: o Corinthians de 2012, que venceu o Mundial de Clubes, jogou impressionantes 81 partidas ao longo de todo ano. Para comparar esse número, tomo o Barcelona da temporada 2011-2012 (vencedor de quatro títulos, vice da Liga Espanhola e semifinalista da Champions League: 64 jogos. 
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A diferença é gritante. Isso acarreta, entre outros problemas, no aumento do número de lesões nos atletas e na diminuição do público - que, para não gastar tanto, passa a escolher as partidas que vai ver no estádio. 
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Baseado nisso, tenho uma ideia de calendário ideal. Seriam feitos alguns ajustes no regulamento de algumas competições, principalmente para dar mais emoção e menos jogos para competições que não sejam de pontos corridos. Explico abaixo.
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ESTADUAIS
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Meu modelo vai para o Paulistão, estadual da unidade federativa mais rica do país e com maior número de times no campeonato - vinte. Vale dizer que, em campeonatos menores, poderíamos ter ainda menos datas - o que é sempre bem vindo.
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No meu Paulistão ideal, manteríamos os vinte times - mas divididos em quatro grupos, com cinco equipes cada. Eles jogariam dentro dos próprios grupos em dois turnos (e teriam duas folgas). Os dois melhores de cada chave iriam para as quartas de final. Dali até a definição do campeão, sempre em jogo único na casa do time de pior campanha - mas com o empate favorecendo o time visitante. Importante: o cruzamento seria definido como na Libertadores, com o melhor primeiro colocado enfrentando o pior segundo colocado e com os respectivos cruzamentos olímpicos.
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Principalmente: o Nordestão, a Copa Verde e afins estão vetados. O ideal é, sempre, fortalecer o futebol no estado - e não na região.
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TORNEIOS SUL-AMERICANOS
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Ao longo de todo ano, e não mais com duração de um semestre. Manteríamos as catorze datas na Libertadores e deixaríamos a Copa Sul-Americana com as mesmas catorze datas. Tiraríamos duas vagas do Brasil (ficando com seis, as mesmas da Argentina) e faríamos uma fase eliminatória (uma Pré Sul-Americana) com os últimos classificados de cada país. Com os quarenta times definidos, faríamos dez grupos com quatro, se classificando os líderes de cada chave e os seis melhores segundos colocados. Novamente, confrontos de segunda fase definidos como na Libertadores.
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BRASILEIRÃO
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Aqui, nada a mudar. 
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COPA DO BRASIL
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Os times que jogam a Libertadores entrariam desde a primeira rodada. Para isso, colocaríamos mais times: 128 ao todo. Muito? Não. Teríamos apenas um jogo por rodada, tal qual no que propus para os estaduais: sempre na casa do time inferior (no caso, pior no ranking da CBF) e com vantagem do empate para o visitante. Seriam apenas sete jogos até a final por time. 
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SUPERCOPA DO BRASIL
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Um confronto festivo para abrir a temporada, entre o campeão do Brasileirão e o da Copa do Brasil. Sempre em campo neutro. 
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Isso posto, vamos às datas na prática. 
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ESTADUAIS: De 08/02 até 05/04 (rodadas no meio de semana por volta dos dias 11/02, 18/02, 04/03 e 18/03)
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TORNEIOS SUL-AMERICANOS: Nos moldes do calendário da UEFA, terças e quartas dedicadas à Libertadores e quintas dedicadas à Copa Sul-Americana - e sempre no meio de semana. Fases classificatórias nas semanas dos dias 11/03 e 25/03; fases de grupos nas semanas dos dias 01/04, 15/04, 06/05, 20/05, 03/06 e 17/06; matas-matas nas semanas dos dias 12/08, 19/08, 09/09, 16/09, 14/10, 21/10, 04/11 e 11/11. 
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COPA DO BRASIL: Começando em maio, um jogo por mês até o final de novembro. Datas: 27/05, 24/06, 29/07, 26/08, 30/09, 28/10 e 19/11. 
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BRASILEIRÃO: Começando no dia 12/04 e com final no dia 29/11, iria ter apenas quatro rodadas aos meios de semana. Sugestões: 29/04, 10/06, 15/07 e 23/09.
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SUPERCOPA DO BRASIL: Para abrir a temporada, seria no dia 01/02. 
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MUNDIAL DE CLUBES: Já marcado. Como acontece em dezembro, não influi tanto no calendário.
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Isso tudo é uma imensa suposição. Tempos em 2015 a Copa América, que afunilaria tudo. Mas acho que nas bases do que está escrito eu me fiz claro. 
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Não faltam datas. Falta vontade e organização. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Alex 10

É claro que eu gosto de ver futebol bonito e bem jogado. Mas eu prefiro vencer. Não ligo de ver meu time jogando com três zagueiros, três volantes ou seis no meio do campo - desde que vença. Gosto muito de segundos volantes (aqueles que sabem sair jogando, como Paulinho, Josué e Mineiro) também, muito por conta de sua eficiência. Não preciso dizer que sou são-paulino doente.
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Eu tinha tudo pra odiar Alex. Ele era o meia de armação clássico que todo brasileiro adora dizer que é o novo Pelé, Zico ou coisa assim. Mais: vestia a camisa dez - que, a despeito de seu tão brilhante histórico, vem sendo maltratada por muitos pernas de pau recentes. Como se não bastasse, um dos gols mais antológicos da prolífica carreira do Menino de Ouro foi na última vitória do Palmeiras em um Choque-Rei no Morumbi, em 2002:
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Não foi isso que aconteceu. Eu sempre admirei Alex, e tenho mais de um bom motivo pra isso. Ele sempre respeitou seus adversários, ao contrário de muitos jogadores por aí. Sempre foi inteligente, dentro e fora de campo - sua participação no Bom Senso FC, que eu tanto torço para que consiga fazer mudanças de fato no futebol brasileiro, indica isso. Ele sempre foi íntegro, ao ponto de nunca negar que torcia pro Coritiba - independentemente do clube em que atuava. Por fim, ele é dos poucos que me faz sentir a magia que o meu pai sente ao ver uma camisa dez - além dele, só Paulo Henrique Ganso faz isso no futebol brasileiro.
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Lembro de um Palmeiras x River Plate, na semifinal da Libertadores de 1999, que ele simplesmente acabou com o jogo. Foi lá que surgiu meu respeito por ele - e meu desejo de que um dia ele vestisse a camisa do São Paulo, em vão. Não que Alex não tenha sido importante ao longo de toda a campanha, mas nesse jogo em especial ele simplesmente arregaçou - como Galvão Bueno eternizou na narração do segundo gol dele, o terceiro do Palmeiras - o gol que legou o time até a final. 
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O ano em que o respeito virou admiração foi 2003. Como maestro de uma das maiores máquinas que eu já vi jogar, ele comandou o Cruzeiro à Tríplice Coroa. Não tenho nenhuma dúvida de que ele foi dos cinco melhores jogadores do mundo naquele ano. 
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Alex é tão espetacular que conseguiu colocar a Turquia nos olhos do torcedor brasileiro. Como não poderia deixar de ser, ele arrebentou no Fenerbahçe. Em 346 jogos, participou de 351 gols pelos Canários Amarelos (foram 172 gols e 139 assistências). Em um país de um povo tão intenso, em que o ódio e o amor são são arrebatadores, ele ganhou uma estátua da torcida de um dos gigantes do futebol turco - e só saiu porque o então técnico e também ídolo do clube Aykut Kocaman não queria que ele batesse alguns de seus recordes - sobretudo o de maior artilheiro da história do time na Super Lig turca.
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O incrível é que Alex é daqueles jogadores que se consagraram em momentos que para outros seria o fundo do poço. É inacreditável que ele não tenha sido chamado para nenhuma Copa do Mundo, principalmente. Principalmente nos mundiais de 2006 e 2010 não tinha como não chamá-lo. Especialmente na Copa da África do Sul, acho uma afronta a não convocação dele. 
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Dezenove anos de carreira, vinte e oito títulos, dezessete prêmios individuais. Mais gols na carreira que Ronaldo Fenômeno e Maradona - para alguém que nem atacante é. Que o seu pós-carreira no Desimpedidos e principalmente no Bom Senso FC. 
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Esse vai deixar saudade até em quem deveria não gostar dele. 

sábado, 29 de setembro de 2012

Como o Corinthians superou o trauma e venceu a Libertadores

Todos sempre alopravam os torcedores corinthianos graças ao fato do time nunca ter vencido uma Copa Libertadores da América. O dia 4 de julho, da independência americana, foi também a data da libertação de uma nação imensa, que pode, agora, colocar-se em pé de igualdade com seus rivais e sepultar seu mais antigo e temível fantasma. O passo-a-passo de como o Corinthians conseguiu isso é dado agora, em tópicos:
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A eliminação na Libertadores de 2011 para o Tolima
O clichê de que um ano começou no anterior nunca fez tanto sentido quanto nesse caso. Após a vergonhosa e inesquecível eliminação do Corinthians para o Tolima, a diretoria corinthiana decidiu manter o (muito) contestado técnico Tite para o restante do ano. Apesar da pressão inicial, a mostra de que a decisão fora acertada veio no final do ano, quando o Corinthians venceu o Brasileirão. O título sul-americano é a prova mais forte de que trabalho, planejamento, reconhecimento e paciência são as armas mais fortes que uma diretoria e um técnico podem ter. 
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A superação da mística
Ao menos eu acho que existe uma força maior que a lógica mostrada em campo, as táticas desenvolvidas ou o esforço físico dos atletas. Nélson Rodrigues clamaria o seu personagem Sobrenatural de Almeida, e eu acho que é por aí. Acho que o peso da camisa influencia muitos jogos, e possíveis fantasmas também tendem a aparecer em horas de aperto. O Corinthians superou essa mística. Brilhando nos 6x0 ate o Deportivo Táchira e jogando com seriedade e muita eficiência, via-se o time com espírito vencedor - ao contrário das impressões derrotistas que o time deixou nas eliminações para o River Plate em 2003 ou 2006 ou na já referida eliminação ante o Deportes Tolima em 2011. Isso requer um trabalho psicológico incrível, e Tite é merecedor de todos os elogios possíveis novamente. 
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O fraco Boca Juniors 
É óbvio que o Corinthians mereceu a vitória. Mas a final deixou bem claro que o seu rival era infinitamente inferior a ele, e só chegou até a final graças a sua pesadíssima camisa. Embora tenha grandes jogadores (Riquelme, Santiago Silva, Roncaglia, Viatri...), o Boca Juniors não era nem um esboço perto do campeão Corinthians. Para ilustrar isso, basta lembrar a derrota por 2x0 na Bombonera para o Fluminense, ainda na primeira fase, e o 0x0 ante o fraquíssimo Zamora - pior time da fase de grupo da Libertadores e que só conseguiu esse ponto ao longo de toda a competição. Na segunda fase, o time teve muitas dificuldades para passar pelo Union Española nas oitavas-de-final e passou jogando pior que Fluminense e Universidad de Chile nas quartas e semifinais. 
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Jogadores decisivos
A força coletiva do Corinthians é notável e indiscutível. Mas, quando isso não bastava, alguns jogadores assumiam a responsabilidade e decidiam. Quem fazia isso com maior regularidade eram Emerson Sheik e Danilo, que já fizeram gols importantes em outros times e adoram partidas históricas, marcantes e decisivas. Também é impossível não lembrar do gol de Paulinho contra o Vasco e de Romarinho contra o Boca Juniors
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Torcida
Um time com histórico ruim na competição e que não tinha um grande craque em campo. A estrela do time, na realidade, estava na arquibancada. Se não confiava em um ou outro jogador (basta lembrar a saída de Julio César para a entrada de Cássio no gol corinthiano ao longo da Libertadores) ou em Tite, a Fiel cantava mais alto para incentivá-lo - e dava certo. Embora pressionado pela mesma, o time sabia que a torcida estava ao seu lado. O resultado foi visto no último apito da competição. 
Ficam as lições para quem quiser ter uma conquista heróica e se livrar de antigas maldições com a mesma maestria com que o Corinthians execrou seu mais pesado encosto.

domingo, 8 de julho de 2012

Tabelão do futebol gringo 2011-2012

Com exceção do Brasil, praticamente todo o mundo do futebol está de férias. Graças ao formato diferente de campeonato, todos já conhecem campeões, classificados para competições continentais e rebaixados para divisões inferiores. Vamos relembrar alguns dos campeonatos mais importantes mundo afora:
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SELEÇÕES
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EUROCOPA
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Quem vê apenas o resultado da competição não se surpreende muito, já que venceu a seleção na qual muita gente apostava fazendo a final com outra seleção de renome e os dois semifinalistas eram seleções também bem cotadas. Mas na prática foi tudo bem diferente. A Espanha só jogou bem na final, a Itália foi muito mais longe do que imaginava (graças a grandes atuações individuais de Pirlo, De Rossi e Balotelli), Portugal teve João Moutinho, Rui Patrício e Fábio Coentrão tão bem quanto Cristiano Ronaldo e a Alemanha era a melhor seleção da competição até parar nas invenções do técnico Joachim Low. As surpresas foram a força física da República Tcheca (e o bom futebol do lateral direito Selassie) e o futebol eficiente da Inglaterra, que colocou os pés no chão e parece estar no caminho certo. Destaque negativo novamente para a França, que vinha bem e perdeu-se graças a problemas internos, e sobretudo para a Holanda, que perdeu as três partidas e mostrando um futebol muito ruim, nada condizente com a seleção vice-campeã mundial dois anos átras.
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Campeão: Espanha (3° título)
Vice-campeão: Itália
Semifinalistas: Portugal e Alemanha
Quadrifinalistas: França, Inglaterra, República Tcheca e Grécia
Decepção: Holanda
Artilheiros: Mario Gomez (Alemanha), Mario Mandzukic (Croácia), Fernando Torres (Espanha), Mario Balotelli (Itália), Cristiano Ronaldo (Portugal) e Alan Dzagoev (Rússia) - 3 gols
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COPA AFRICANA DE NAÇÕES
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Como quase sempre acontece no continente negro, as surpresas começaram já nas eliminatórias, com as eliminações das fortes e tradicionais seleções de Camarões, Nigéria e Egito. Com um pouco menos de força, mas ainda sim fortes, ficaram de fora da CAN-2012 Argélia, África do Sul e Togo. Com a bola, surpreenderam a fraqueza de Senegal, que perdeu as três partidas que disputou no grupo A, e a força de uma das seleções anfitriãs, o Gabão (que foi eliminado nas quartas-de-final de maneira invicta). A partir das quartas-de-final surgiu a surpresa que venceria a competição pela primeira vez na história. Ao vencer as tradicionais Gana (na semi) e Costa do Marfim (na final), a Zâmbia emocionou ao vencer a competição no país que foi palco de uma tragédia do futebol local em 1993. O avião que levava o time que era cotado para ser uma das surpresas da próxima Copa do Mundo explodiu e vitimou 26 pessoas. Destaque também para as torcidas das anfitriãs Gabão e Guiné Equatorial, que fizeram uma festa lindíssima a cada lance dos respectivos selecionados locais.
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Campeão: Zâmbia (1° título)
Vice-campeão: Costa do Marfim
Semifinalistas: Gana e Mali
Quadrifinalistas: Sudão, Guiné Equatorial, Tunísia e Gabão
Decepção: Senegal
Artilheiros: Manucho (Angola), Didier Drogba (Costa do Marfim), Pierre Aubameyang (Gabão), Houssine Kharja (Marrocos), Cheick Diabaté (Mali), Christopher Katongo e Emmanuel Mayuka (Zâmbia) - 3 gols
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COMPETIÇÕES CONTINENTAIS
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UEFA Champions League
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Os gigantes espanhóis eram esperados para a grande final em Munique. Mas ninguém avisou os azarões Chelsea e Bayern de Munique, que eliminaram Barcelona e Real na Catalunha e em Madrid e fizeram a final na Allian Arena. Jogando em casa, os bávaros não conseguiram furar a forte retranca azul (marca implantada pelo técnico Roberto di Matteo), que conseguiu ser decisivo em momentos difíceis (como o gol de Ramires no Camp Nou, o gol de Drogba no final do tempo regulamentar em Munique ou o pênalti defendido por Cech já na prorrogação). Surpreendeu a falta de força dos demais times ingleses. A dupla de Manchester foi eliminada já na primeira fase (United por Basel e Benfica, City por Bayern e Napoli), enquanto o Arsenal parou nas oitavas-de-final ante o Milan. Outra decepção foi o campeão alemão Borussia Dortmund, que fez uma campanha risível e foi lanterna do grupo de Arsenal, Olympique de Marseille (que tirou a Inter de Mião nas oitavas) e Olympiacos. Por outro lado, a grande surpresa positiva foi o APOEL Nicosia, que foi muito longe e só parou nas quartas-de-final contra o todo-poderoso Real Madrid, após tirar o Lyon nas oitavas e ser líder do grupo mais equilibrado da primeira fase, ficando a frente de Zenit, Porto e Shaktar Donetsk. 
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Campeão: Chelsea (1° título)
Vice-campeão: Bayern de Munique
Semifinalistas: Barcelona e Real Madrid
Quadrifinalistas: Benfica, Olympique de Marseille, Milan e APOEL Nicosia
Decepção: Borussia Dortmund
Artilheiro: Lionel Messi (Barcelona) - 14 gols
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LIGA EUROPA
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O Atlético de Madrid alcançou sua segunda Liga Europa em três anos de maneira categórica, perdendo apenas uma de vinte partidas. A vítima na partida final, em Bucareste, porém, foi o time inesquecível da competição: o Athletic Bilbao venceu duas vezes o Manchester United e encantou com um futebol ultra-ofensivo sob a batuta do técnico argentino Marcelo Bielsa. A competição, que tem histórico de ser dominada por times ibéricos, viu também Valência e Sporting Lisboa alcançando as semifinais - os portugueses, inclusive, eliminando o Manchester City nas oitavas-de-final. Novamente os ingleses decepcionaram, já que de quatro equipes na primeira fase apenas o Stoke City avançou - e ficou já na fase de dezesseis-avos-de-final, sendo eliminado para o Valência. O Fulham foi eliminado por Wisla Cracóvia e Twente, o Birmingham por Brugge e Braga e o Tottenham por PAOK e Rubin Kazan. 
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Campeão: Atlético de Madrid (2º título)
Vice_campeão: Athletic Bilbao
Semifinalistas: Valência e Sporting Lisboa
Quadrifinalistas: Hannover 96, Schalke 04, AZ Alkmaar e Metalist Kharkiv
Decepção: Tottenham
Artilheiro: Falcão García (Atlético Madrid) - 12 gols
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LIBERTADORES DA AMÉRICA
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Acabou a maior piada do futebol brasileiro. Com uma conquista invicta (o que não acontecia há 34 anos), o Corinthians exorcizou todos os fantasmas de seu passado ao fazer 2x0 no todo-poderoso Boca Juniors na finalíssima do Pacaembu,  após passar com facilidade sobre o Santos e suar muito para eliminar o Vasco. O Boca começou desacreditado, perdendo na primeira fase em plena Bombonera para o Fluminense - que eliminaria nas quartas-de-final. Mas, mantendo a fama de sua camisa pesadíssima, o time, mesmo sem muita técnica, foi avançando na segunda fase - além do Fluzão, Unión Española, nas oitavas, e a tão falada Universidad de Chile, na semifinal, foram vítimas xeneizes. Entre os brasileiros, destaque negativo para o Flamengo, eliminado ainda na primeira fase para Emelec (que foi eliminado pelo Corinthians nas oitavas-de-final) e Lanús - eliminado pelo Vasco na fase seguinte. As goleadas do Santos sobre o Bolívar (8x0 na Vila Belmiro) e da Universidad de Chile contra o Deportivo Quito (6x0 em Santiago) também merecem destaque. Por fim, dois destaques negativos: a queda precoce do ultra-ofensivo Atlético Nacional e do vice-campeão da edição passada, Peñarol.
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Campeão: Corinthians (1° título)
Vice-campeão: Boca Juniors
Semifinalistas: Santos e Universidad de Chile
Quadrifinalistas: Vasco, Fluminense, Vélez Sarsfield e Libertad
Decepção: Peñarol
Artilheiro: Matías Alustiza (Deportivo Quito) - 8 gols
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NACIONAIS
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ALEMANHA
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O Borussia Dortmund tornou-se bicampeão alemão - o terceiro bi da história aurinegra após começar a Bundesliga meio titubeante, entrando nos eixos a partir do segundo terço do campeonato e virando uma máquina desde então. A alegria foi ainda mais completa já que veio a primeira dobradinha da história do BVB, que também faturou a terceira Copa da Alemanha (DFB-Pokal) de sua história. Maior papão de títulos nacionais, o Bayern foi o segundo colocado na Bundesliga (e viu Robben perder um pênalti decisivo contra o Borussia no Westfalenstadion, tal qual na final da Champions League) e também na Copa do país. Maior rival do Borussia, o Schalke 04 ficou em terceiro. Grande surpresa da competição, liderando boa parte do primeiro turno, o Borussia Monchengladbach perdeu força no fim mas, ainda sim, assegurou a quarta colocação. 
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Campeão: Borussia Dortmund (1°título)
Vice-campeão: Bayern de Munique
Champions League: Schalke 04 e Borussia Monchengladbach
Liga Europa: Bayer Leverkusen, Stuttgart e Hannover 96
Rebaixados: Hertha Berlim, Colônia e Kaiserslautern
Promovidos: Greuther Furt, Eintracht Frankfurt e Fortuna Dusseldorf
Campeão da copa: Borussia Dortmund
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PORTUGAL
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Time mais vencedor do milênio, o Porto foi bicampeão nacional nessa temporada. O time não sentiu falta do técnico André Villas-Boas (que ficou algum tempo no Chelsea) nem de Falcão García, que foi para o Atlético de Madrid. A equipe só deslanchou nas últimas rodadas, já que o campeonato inteiro foi pau a pau junto com Benfica, Braga e Sporting - os dois últimos foram caindo paulatinamente. Destaques para a boa campanha do Gil Vicente na sua volta a divisão principal português (nono lugar) e para o União de Leiria, que sofreu com a forte crise financeira e chegou a entrar em campo com apenas oito jogadores, já que os demais entraram em greve. Na Copa, a surpresa que alegrou um dos times mais tradicionais do país: a Acadêmica de Coimbra, que não vencia um título nacional há 73 anos, venceu e Sporting e sagrou-se campeão da Taça de Portugal. 
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Campeão: Porto (26º título)
Vice-campeão: Benfica
Champions League: Braga
Liga Europa: Sporting e Marítimo
Rebaixados: Feirense e União de Leiria
Promovidos: Estoril e Moreirense
Campeão da copa: Acadêmica
Campeão da copa da liga: Benfica
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INGLATERRA
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O título inglês foi decidido, literalmente, no último minuto. O Manchester City empatava em casa contra o Queens Park Rangers quando Sergio Aguero fez o gol do título, que veio graças ao número de gols marcados, terceiro critério de desempate. Se o argentino não marcasse, o título ficaria nas mãos do outro time de Manchester, o United, que vencia o Sunderland por 1x0. A fila dos citizens na principal competição inglesa já durava 44 anos, e teve o seu ápice na goleada contra o United: 6x1, em pleno Old Trafford. Destaque para a grande campanha do Newcastle e para mais uma campanha vexatória do Liverpool, que pela primeira no milênio ficou átras do rival Everton. Em tempo: se o Chelsea não vencesse a Champions League não conseguiria a classificação para o certame com a sua sexta colocação no campeonato.
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Campeão: Manchester City (3° título)
Vice-campeão: Manchester United
Champions League: Arsenal e Chelsea
Liga Europa: Tottenham e Newcastle
Rebaixados: Bolton, Blackburn e Wolverhampton
Promovidos: Reading, Southhampton e West Ham
Campeão da copa: Chelsea
Campeão da copa da liga: Liverpool
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ESPANHA
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Devemos falar que o futebol espanhol, por uma série de fatores, arrendou-se a Real Madrid e Barcelona. Para se ter ideia, a distância que separou o vice-líder Barcelona do terceiro colocado Valência foi de abismais 30 pontos. No campeonato paralelo disputado entre merengues e culés, melhor para a equipe branca, que, enfim, conseguiu destronar os catalães - com direito a uma vitória épica por 3x1 no Camp Nou. No campeonato dos demais, o Valência novamente mostrou ser o time mais forte, mas houve muito equilíbrio - 17 pontos separando o último classificado para a Champions League do primeiro rebaixado é algo a ser destacado. Destaque para o Málaga, que foi comprado por um grupo de investidores do mundo árabe e chegou a Champions League pela primeira vez em sua história; e para o Levante, que mostrou que é possível chegar às competições européias com pouco dinheiro quando se tem competência. Destaque negativo inteiro para o Villarreal que, acostumado a jogar a Champions League, fez uma campanha desastrosa e acabou rebaixado.
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Campeão: Real Madrid (32º título)
Vice-campeão: Barcelona
Champions League: Valência e Málaga
Liga Europa: Atlético de Madrid e Levante
Rebaixados: Villarreal, Sporting Gijón e Racing Santander
Promovidos: Deportivo La Coruña, Celta de Vigo e Valladolid
Campeão da copa: Barcelona
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ITÁLIA
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Desde o começo ficou nítido que o Milan iria disputar o bicampeonato contra a Juventus, que, enfim, se encontrou após o rebaixamento pós-Calciocaos. A Vecchia Signora foi campeã com uma defesa sólida e muita estrela de Alessandro del Piero, eterno ídolo juventino. Dos dois pra baixo, muita briga pelas competições européias - foram seis times separados por apenas oito pontos. Melhor para quem está na parte de cima a mais tempo. Destaque positivo para mais uma grande campanha de Udinese e Lazio, e destaque negativo para as péssimas temporadas de Roma (que não disputará competições européias na próxima temporada) e Internazionale (que ficou com a última vaga para a Liga Europa) e para os médios Palermo e Genoa, que brigaram ferrenhamente para não cair. 
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Campeão: Juventus (28° título)
Vice-campeão: Milan
Champions League: Udinese
Liga Europa: Lazio e Internazionale
Rebaixados: Lecce, Novara e Cesena
Promovidos: Pescara, Torino e Sampdoria
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De 10 em 10 campeonatos, esse tabelão ainda terá muito o que falar sobre o futebol ao redor do mundo. E falará.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Encontros e despedidas

A música de Maria Rita descreve bem o momento atual do futebol brasileiro. Enquanto os times profissionais voltam a dar as caras e a reencontrar seu torcedor, as categorias de base, que sempre dão um bom aperitivo para o seniores, despedem-se dos grandes holofotes.
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A despedida foi da maior competição das categorias de base do país. Num grande jogo, o Corinthians venceu o Fluminense (dois maiores vencedores da Copinha_ de virada, por 2x1, com dois gols do zagueiro e capitão Antônio Carlos. O Corinthians tornou-se octacampeão, enquanto o Fluminense possui cinco títulos do torneio.
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No Paulistão, o líder é o São Paulo, que passou pelo Oeste por 3x2. Outros três times tem 100% de aproveitamento: o Corinthians, que passou pelo Guaratinguetá por 2x0 no Dario Rodrigues Leite; o Paulista, que fez fáceis 3x0 no Comercial e o Mogi-Mirim. Surpresa do campeonato, o Sapão da Mogiana venceu o Guarani por 3x0, com dois gols de Hernani, artilheiro do Paulistão com quatro gols em dois jogos (!). No clássico das colônias, Palmeiras e Portuguesa ficaram no 1x1. De virada e no fim da partida, o Santos fez 2x1 no Ituano, com dois gols de Allan Kardec.
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No Gauchão, o Grêmio sofreu pra fazer 3x1 no Canoas, enquanto o time reserva do Inter perdeu para o Cerâmica - o tricolor da aldeia fez 2x1 no Internacional. Os gigantes do Paraná também venceram: o Coritiba fez 2x0 no Corinthians Paranaense, enquanto o Atlético fez 1x0 no Operário, no Germano Krüger. No clássico da rodada do catarinense, o Avaí bateu o Criciúma por 3x2, enquanto o Figueirense fez 1x1 no Hermann Aichinger.
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O Crato segurou o Ceará: no Mirandão, o jogo ficou no 2x2. O Fortaleza venceu o Itapipoca fora de casa por 2x0. Em Pernambuco, vitória dos grandes Santa Cruz (2x0 no Ypiranga), Náutico (também 2x0 no América) e Sport (3x0 no Belo Jardim). Na Bahia, o Bahia fez 2x0 no Juazeirense, enquanto o Vitória goleou o Vitória da Conquista por 5x0. Em Goiás, os grandes também venceram. O tricolor dos pomares perdeu> Goiás 4x2 Morrinhos. O Atlético venceu a Anapolina por 2x1, enquanto o Vila Nova fez 3x0 no Rio Verde.
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Pela Copa Africana de Nações, os dois anfitriõesjá estão classificados. Guiné Equatorial fez um gol aos 49 do segundo tempo após Moussa Sow fazer outro, e o jogo acabou 2x1 para o time e Bata, que se classifica pela primeira vez para as quartas-de-final duma CAN. Para os Leões de Teranga, eliminação e crise. No outro jogo da chave, Líbia e Zâmbia empataram por 2x2, no grupo A. Pela chave C, Kharja fez aos 46 do segundo tempo, mas Manga faz aos 52 (!) e deu a classificação para o Gabão, que venceu o Marrocos por 3x2. O outro classificado é a Tunísia, que venceu Níger por 2x1. Por fim, no grupo B, a Costa do Marfim suou para vencer Burkina Faso por 2x0. Já Sudão e Angola ficaram no 2x2.
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O melhor time da NBA é o Oklahoma City. O Thunder (16-3) venceu suas últimas quatro partidas, a última contra o Warriors (6-12), em Golden State, por 120x109. Pelo leste, o melhor time é lendário Chicago Bulls (17-4), que foi até Milwalkee vencer o Bucks (7-11) por 107x100. O pior time da liga é Charlotte Bobcats (3-17), que perdeu suas últimas sete partidas, sendo a última para o Washington Wizards (3-15), por 92x75. Em mais um duelo da cidade de Los Angeles, tivemos a primeira vitória do Lakers (11-8) sobre o Clipper (9-8), por 96x91. Destaque também para o Miami Heat (14-5) de LeBron James, que fez 99x89 no New York Knicks (7-12).
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A Libertadores da América já começou, e todos os mandantes venceram. A surpresa foi a vitória do Real Potosí sobre o Flamengo, no Víctor Agustín Ugarte, por 2x1. No Brasil, o Internacional bateu o Once Caldas por 1x0, gol de Leandro Damião. Dois times já estão praticamente classificados: o Arsenal de Sarandí, que anotou 3x0 no Sport Huancayo, e o Peñarol, que goleou o Caracas por 4x0. No estádio Santa Laura, o Unión Española fez 1x0 no Tigres, enquanto o Nacional do Equador tambem venceu por 1x0. A Máquina Roja venceu o Libertad.
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Pela Super Ligi turca, rodada completa no meio de semana. O Galatasaray disparou na liderança após a vitória contra o Ankaragucu por 4x0. Tudo isso porque o Fenerbahçe, vice-líder, perdeu para o Buyuksehir no Kamil Ocak por 3x2. Quem chegou na briga foi o Besiktas, que fez 3x2 no Gaziantetspor. A surpresa da competição é o quarto colocado Sivasspor, que anotou 2x1 no Antalyaspor.
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Está definido o SuperBowl XLVI. Ele será disputado por New England Patriots, campeão da AFC, e New York Giants, campeão da NFC. O jogo já torna-se histórico por ser a repetição do SB XLII, no qual o Patriots chegou invicto e foi superado pelo Giants, por 17x14. Para chegar a decisão, o Patriots superou a forte defesa do Baltimore Ravens e venceu por 23x20, apesar dos três turnovers sofridos pelo time de Tom Brady - e contando com um Field Goal inacreditavelmente perdido pelo kicker dos corvos, Billy Cundiff. Na Califórnia, o New York Giants precisou da prorrogação para vencer o San Francisco 49ers por 20x17, numa péssima partida do wide receiver Kyle Williams que cedeu metade dos pontos que o Giants fez graças a erros individuais.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tabelão da Libertadores

Antes, a Libertadores começava para os Brasileiros na fase de grupos. Por mais que existisse a Pré-Libertadores, os times tupiniquins sempre passavam com facilidade graças a fragilidade de seus oponentes. O representante nacional, o Corinthians, enfrentaria um desconhecido time colombiano, o Tolima. O primeiro jogo no Pacaembu acabou 0x0, o que serviu para ligar o sinal amarelo no time paulistano. A derrota em Ibagué por 2x0 foi histórica. A primeira derrota brasileira na história da Pré-Libertadores, a primeira eliminação na Pré-Libertadores e a primeira vez desde 2002 que a cidade de São Paulo ficava sem representantes na fase de grupos da competição.
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Nos demais jogos da primeira fase, nenhuma surpresa. Jaguares, Cerro Porteño, Unión Española, Independiente e Grêmio eliminaram Alianza Lima, Deportivo Petare, Bolívar, Deportivo Quito e Liverpool do Uruguai, respectivamente.
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No sorteio da fase de grupos ficou nítido o quanto o critério ( ou a falta de ) da CONMEBOL ao sortea-los é ridículo. Enquanto tivemos grupos muito desequilibrados, como Junior Barranquilla, Grêmio, Oriente Petrolero e León de Huánuco vimos alguns grupos fortíssimos surgirem, como América-ME, Fluminense, Nacional e Argentinos Juniors. Para promover a Libertadores e fazer dela uma competição ainda mais forte ( ao menos para o mercado exterior ), é necessário uma valorização urgente do sorteio da Libertadores. As duas medidas principais - e urgentes - a serem tomadas são: a realização do sorteio apenas após todas as vagas serem preenchidas ( evitando os vergonhosos grupos Peru 1. Paraguai 1, Colômbia 2 e San Luis, por exemplo ); e a criação de algum critério técnico para a competição em potes ou baseado num ranking histórico da CONMEBOL por países - o que não existe hoje em dia -, similar ao que ocorre na UEFA. Assim, poderíamos ter os campeões num pote, os vice em outro, os advindos da pré-Libertadores num terceiro, e assim sucessivamente. É algo tão óbvio que chega a ser vergonhoso ter que dar uma " idéia " dessas, mas é ainda mais vexatório ver que algo tão simples não é utilizado para a maior competição das Américas.
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O grupo 1 teve o Libertad como líder destacado, fazendo 14 pontos, o dobro do Once Caldas, outro classificado. Once Caldas, aliás, que começou muito mal a competição, e teve uma " recuperação " no segundo turno. Os cafeteros venceram apenas uma partida na co
mpetição, fora de casa, tornando-se a primeira equipe na história da Libertadores a se classificar sem vencer uma partida em casa. A Universidad San Martín de Porres, do Peru, venceu duas, mas perdeu as outras quatro, e ficou na terceira colocação. Os mexicanos do San Luis ficaram na última colocação, com cinco pontos.
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Junior Barranquilla e Grêmio dominaram de cabo a rabo o grupo 2. A briga sempre foi monopolizada pelas duas equipes para vem quer chegaria na primeira posição, tendo vantagem na segunda fase do torneio. Melhor para a equipe da cidade-natal da cantora Shakira, que fizeram 13 pontos, contra 10 do Imortal tricolor gaúcho. Oriente Petrolero, da Bolívia, e Léon de Huánuco, do Peru, fizeram 6 e 5 pontos, respectivamente, e foram eliminados. Vale destacar as duas derrotas seguidas e vexatórias do Grêmio: a primeira em casa, para o Junior - que dava a impressão que o time colombiano poderia vir a ser uma grata surpresa do certame, o que não vingou - e o inexplicável 3x0 ante o Oriente Petrolero em Santa Cruz de la Sierra, até então lanterna do grupo e sem motivação alguma para a partida. O vexame tirou do Grêmio a liderança da chave, já que uma vitória pelo placar mínimo colocaria a equipe na primeira colocação.
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Em um dos grupos da morte, o 3, muito sofrimento para o time brasileiro. O Fluminense vinha mal, mas se classificou de forma heróica para o mata-mata. O grupo, equilibrado desde o princípio, teve o América-MEX como líder, finalizando a primeira fase com 10 pontos so
ados. Na última rodada do grupo, porém, todos os times poderiam se classificar ou ser eliminados, o que deu grande dose de dramaticidade para os jogos realizados no dia 20 de Abril. Em jogo de compadres, Nacional e América ficaram num 0x0 morno em Montevidéu, mostrando claramente que as duas equipes gostavam do placar. De fato, o 0x0 classificava os albos e as águias, já que o Argentinos Juniors perdia para o Fluminense por 3x2 e os uruguaios ficavam em segundo pelo saldo de gols. Mas, no último instante, o Flu fez 4x2 e ultrapassou o Nacional na classificação. Mais um capítulo histórico do time que contraria a lógica.
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O grupo 4 mostrou-se bem equilibrado, ao contrário do que era previsto. O principal responsável pelo equilíbrio foi o supreendente Caracas, que incomodou os favoritos Universidad Católica e Vélez Sarsfield, chegando a bater a UC por 3x1 em Santiago. Na última rodada, entretanto, os venezuelanos sucumbiram e permitiram a classificação de chilenos ( em primeiro ) e argentinos ( em segundo ). Completando o grupo aparecia outro time chileno, o Unión Española, que fez apenas 4 pontos e foi o lanterna.
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Em mais um grupo com três times de grande presença na Libertadores, o 5, Cerro Porteño, Santos e Colo-Colo travaram uma grande batalha pelas duas vagas destinadas ao grupo desde o começo. O fiel da balança foi a quarta equipe, o Deportivo Táchira, que acabou decidindo os classificados duma maneira peculiar. Quem perdeu pontos ante os venezuelanos passou de fase, ou seja, Cerro e Santos. Destaque para o grande jogo da última rodada, no qual os paraguaios venceram os chilenos de virada fora de casa e selaram a classificação. O Santos ficou com a segunda colocação.
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O Internacional quase complicou um grupo fácil, o 6. Apesar da primeira colocação, o grupo permitia uma pontuação bem maior que os 13 pontos conquistados pelo colorado, o que lhe permitiria enfrentar um adversário bem mais fraco - e veremos que isso foi importante nos mata-matas. O Emelec mostrou ser a segunda força do grupo, perdeu menos que o mexicano Jaguares, mas a objetividade do time de Chiapas ( teve 3 vitórias e 3 derrotas, contra 2 vitórias, 2 derrotas e 2 empates que os equatorianos ) fez a diferença e levou o time norte-americano para as eliminatórias. Com 4 pontos conquistados, o Jorge Wilstermann, que disputava a segunda divisão campeonato boliviano, foi o último colocado.
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Num grupo interessante desde o início, Cruzeiro e Estudiantes voltariam a se encontrar após protagonizarem a final da Libertadores de 2009. A eliminação do Corinthians ante o Tolima, na primeira fase, serviu para deixar os dois times como grandes favoritos, o que de fato ocorreu. Mas ninguém esperava que o principal favorito da toda a competição saísse desse grupo. O Cruzeiro perdeu pontos apenas em Ibagué, ante o Tolima. Nas outras 5 partidas, 5 vitórias, incluindo 5x0 no Estudiantes e 6x1 no Tolima em Minas Gerais e 3x0 nos pincharratas em La Plata.
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Em outro grupo equilibradíssimo, LDU, Peñarol, Independiente e Godoy Cruz protagonizaram grandes partidas na chave 8. Os equatorianos contaram com a força no estádio Casablanca - e da altitude de Quito - para fazer 9 dos 10 pontos em casa e classificar-se em primeiro. Com a LDU imbatível em casa, as outras três equipes fizeram grandes jogos e, mesmo perdendo em casa na última rodada, o Peñarol ficou na segunda colocação do grupo, estendendo o maior bandeirão do mundo na noite. Entre os argentinos eliminados, frustração para o Independiente, maior vencedor da história da Libertadores, e orgulho para o Godoy Cruz, que ficou a dois pontos da classificação em sua estréia na competição.
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As oitavas-de-final reservaram boas partidas e confrontos históricos, como Cruzeiro e Once Caldas, Cerro Porteño x Estudiantes, Libertad x Fluminense, LDU x Vélez Sarsfield, Internacional x Peñarol e Universidad Católica x Grêmio. O prognóstico para as quartas era ainda melhor, podendo ter grandes jogos, como Cruzeiro x Santos, Fluminense x LDU e um sensacional GreNal. Mas, como futebol é futebol...
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O futebol brasileiro vinha bem, mas sofreu um baque imenso no dia 5 de Maio. Cruzeiro, Santos, Fluminense e Internacional conseguiram bons resultados ( os 3 primeiros venceram e o último empatou fora de casa ), e tinham a faca e o queijo na mão para ir às quartas. Quem destoou dessa panorama foi o Grêmio, que perdeu em casa para a Católica por 2x1 e praticamente se despediu da competição. No dia 4, o Santos acendeu todas as velas possíveis para segurar o 0x0 com o América no México e avançar. No dia 5 o desastre foi total. Quatro jogos, quatro derrotas, quatro eliminações. O Grêmio confirmou o que já era esperado e viu a Católica vencer de novo, dessa vez no Chile. O Fluminense perdia de 1x0, placar que lhe dava a vaga, até os 40 do segundo tempo, quando Samudio fez 2x0 e fez a torcida tricolor perder a cabeça ( desculpas pelo humor negro... ). Nuñez ainda faria 3x0, fechando o caixão do Flu. As derrotas mais incríveis, porém, foram de Internacional e Cruzeiro. O Inter fez 1x0 logo no começo da partida, mas em 5 minutos tomou a virada e viu a festa carbonera no Beira-Rio. O Cruzeiro, melhor time da competição, entrou nervoso em campo, viu Roger ser expulso, o Once Caldas fazer 2x0 e Cuca dar uma cotovelada no adversário. Tudo isso num dia só ! Definitivamente, 05/04/2011 é uma data para ser esquecida pelo futebol brasileiro.
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Nas demais partidas, mais surpresas. O Jaguares eliminou o bom Junior Barranquilla com dois empates, fazendo 3x3 na Colômbia e se classificando graças ao 1x1 no México. O Cerro Porteño tirou o sempre forte Estudiantes nos pênaltis, após duas partidas empatadas em 0x0. No confronto que se antevia mais equilibrado e acabou sendo o mais díspare, o Vélez Sarsfield venceu duas vezes a LDU, incluindo um surpreendente 3x0 em Quito, e foi para a próxima fase.
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Nas quartas-de-final, o Santos, único brasileiro na competição, venceu na Colômbia o Once Caldas por 1x0 e passou algum sufoco no Pacaembu, mas foi para a semifinal com o 1x1. O Cerro classificou-se para as semis após magra vitória de 1x0 no General Pablo Rojas e empate contra o Jaguares por 1x1 na América do Norte. Em mais duas atuações de gala, o Vélez venceu duas vezes o forte Libertad, incluindo um sensacional 4x2 no Paraguai. Os jogos mais emocionantes foram os realizados entre Universidad Católica e Peñarol. No primeiro, em Montevidéu, 2x0 para os uruguaios, em duas falhas bizonhas do goleiro chileno Garcés. Na volta, 2x1 para a UC, placar que não foi suficiente e classificou os uruguaios para a próxima fase. E, adivinhe: no gol de Stoyanoff, aos 39 do segundo tempo, falha de Garcés.
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Nas semifinais, dois grandes jogos entre Santos e Cerro, que já tinham se enfrentado na primeira fase. Na primeira partida, no Pacaembu, 1x0. Segundo muitos, era pouco. No Paraguai, novamente passando sufoco, o Peixe segurou um sensacional 3x3 ( com direito a gol de Zé Love ) no Paraguai e voltou a final após 8 anos. Na outra chave, mais uma vez o Peñarol fez seu milagre e conseguiu segurar de maneira histórica, com direito a pênalti perdido por Santiago " El Tanque Silva " no finzinho e gol - muito - mal anulado do mesmo, um 2x1 que lhe interessava no Fortín, resultado que o interessava após o 1x0 no Centenário.
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Na reedição da final de 1962 da Libertadores, num primeiro jogo fraco, Santos e Peñarol ficaram no 0x0. A segunda partida também teve uma primeira metade fraca, mas no segundo minuto da segunda etapa Neymar fez o gol que abriu o placar e deixou os manyas perdidos em campo. Danilo, em belo toque de chapa, fez 2x0, na segunda falha do goleiro Sosa na partida. Nem o gol contra de Durval deu chance para o Peñarol. O Santos foi tricampeão, com todos os méritos.
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Numa Libertadores empolgante, certamente uma das melhores dos últimos anos, um gigante sul-americano acordou em nível internacional, com um time que marcou época nos campos brasileiros e continentais. Que a Libertadores 2012 seja tão espetacular quanto a de 2011.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Grandes ligados

Na rodada dos estaduais do fim de semana, apenas um dos doze dos chamados grandes clubes brasileiros perdeu sua partida. Pelo Paulistão, os quatro gigantes venceram e, além disso, são os ponteiros do campeonato. O líder é o São Paulo, que sem fazer esforço algum fez 3x0 no Santo André, da zona de rebaixamento. Ao contrário do rival, o Corinthians suou muito ( pelo calor e pela dificuldade do jogo ) para fazer 3x2 no Mirassol num jogo emocionante no José Maria de Campos Maia. Na volta de Paulo Henrique Ganso, o Santos jogou em função do 10 e fez 2x1 em casa no Botafogo de Ribeirão Preto. O Chulé, com o resultado, entrou na zona de rebaixamento. O Palmeiras, completando o grupo dos grandes e jogando de maneira mais leve que a habitual, fez seguros 2x0 no São Bernardo.
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Pela Taça Rio, rodada de clássico. Clássico chatíssimo de ser visto, o Fla-Flu não poderia terminar com outro resultado que não o 0x0, com destaque para a segunda entrada criminosa seguida de Ronaldinho Gaúcho em adversários. O Botafogo não tomou conhecimento do Americano e fez 4x0 no Cano. Já o Vasco, com um hat-trick do meia Bernardo, fez 4x2 no Madureira, no Raulino de Oliveira.
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Pelo Gauchão, ao contrário do que ocorreu no resto do país, os grandes saíram-se mal. Campeão da Taça Piratini ( primeiro turno do campeonato ), o Grêmio perdeu em Porto Alegre para o Cruzeiro, por 2x0. Com o resultado, o Estrelado é líder do Grupo 2 da Taça Farroupilha. Já o Internacional foi até Caxias e ficou no 3x3 com o Caxias, no Centenário. Pelo Campeonato Mineiro, o Cruzeiro não tomou conhecimento do Democrata e aplicou sonoros 7x0 na Pantera. O Atlético ficou no 2x2 com o Ipatinga no Vale do Aço enquanto o América venceu o Guarani no Farião por 4x2.
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Pelo Paranaense, no clássico Paratiba, deu Coritiba: 4x2 no Paraná Clube, mesmo placar da partida entre Iraty x Atlético. Pelo Baianão, o Bahia fez 1x0 no Serrano, na capital. No Mário Pessoa, o Vitória venceu o Colo-Colo de Ilhéus por 3x1. Pelo Catarinense, Avaí e Criciúma ficaram no 2x2, enquanto o Joinville perdeu para o Marcílio Dias, 3x2 para o Cílio.
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Pelo Campeonato Pernambucano, os mandantes venceram os jogos que envolviam os grandes. Santa Cruz, Sport e Porto bateram Salgueiro, Araripina e Náutico por 2x0, 5x0 e 2x1, respectivamente. Pelo Goianão, o Atlético venceu o clássico contra o Goiás por 2x0 e é líder absoluto do campeonato. Já pelo Campeonato Cearense, o Ceará fez 2x1 no Guarany de Sobral. Com a vitória, o Vôzão lidera.
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Pela Champions League, alguns grandes foram eliminados na soitavas-de-final. O caso mais vergonhoso é o da Roma, que perdeu por 3x0 para o Shaktar Donetsk na Donbass Arena e tomou 6x2 no placar agredado. O Milan empatou em 0x0 com o Tottenham fora de casa, mas fo eliminado pelos Spurs mesmo assim. Outro grande que caiu foi o Arsenal, ao perder para o Barcelona, na Catalunha, por 3x1. O último quadrifinalista já definido é o Schalke 04, que venceu o Valencia por 3x1 na Alemanha.
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Pela Liga Europa, os primeiros jogos das oitavas-de-final já ocorreram, com direito a algumas surpresas. O Dynamo de Kiev fez 2x0 no badalado Manchester City no Valery Lobanovskiy. O Braga bateu o Liverpool por 1x0 em casa, mesmo placar da vítoria do Spartak Moscou sobre o Ajax e do Porto sobre o CSKA, estes fora de casa. Com uam das melhores campanhas na competição, o Zenit foi até á Holanda enfrentar o Twente e não teve sorte: 3x0 para os Tukkers. O Benfica começou perdendo, mas virou pra cima do Paria Saint-Germain em cas,a 2x1. Nas demais partidas, bons resultados para os visitantes, como o 0x0 entre PSV e Rangers e a vitória do Villarreal sobre o Bayer Leverkusen por 3x2.
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Numa rodada sem jogos de brasileiros, a Libertadores viu os argentinos muito irregulares. O Vélez Sarsfield foi surpreendido pelo Unión Espanóla, fora de casa, por 2x1. Mesmo atuando no Paraguai, o Estudiantes venceu o Guaraní por 2x1. No duelo entre times do país platino, o Godoy Cruz venceu o Independiente por 3x1, em Avellaneda. No Uruguai, o Peñarol bateu a LDU, por 1x0, e, com isso, os carboneros assumiram a segunda colocação do grupo 8. Quem é líder do seu grupo são os mexicanos do Jaguares, que fizeram 2x1 no Emelec. Em pleno Olla Azulgrana, o Cerro Porteño ficou no empate com o Deportivo Táchira, por 1x1. Quem também foi surpreendido foi a Universidad Católica, que perdeu no Chile para o Caracas por 3x1. O Junior Barranquilla retomou a liderança do grupo 2 ao bater o Oriente Petrolero, fora de casa, por 2x1. Fechando a semana, goleada do Libertad sobre o San Martín de Porres: 5x1.
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Pela Bundesliga, humilhação do Bayern sobre o Hamburg: massacrantes 6x0 em Munique. A surpresa ficou por conta da derrota do líder e virtual campeão Borussia Dortmund para o Hoffenheim, 1x0 na Rhein-Neckar-Arena. O vice-líder Bayer Leverkusen aproveitou o tropeço e diminui um pouco a diferença para os líderes. Os aspirinas fizeram 1x0 no Mainz 05, fora de casa.
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Pelo Clausura argentino, o líder é o Racing, que venceu o Colón fora de casa por respeitáveis 4x0. Logo átras vem Olimpo, Banfield e San Lorenzo. O primeiro fez 1x0 no All Boys, em casa. O Banfield fez 2x1 no Tigre, o que garantiu a quarta colocação para o Taladro. O San Lorenzo, no Nuevo Gasometro, venceu o Boca Juniors por 1x0. O outro grande do país, o River Plate, também perdeu: 2x1 para o Vélez, em casa.
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Pela Liga Espanhola, tropeço do líder. O Barcelona foi até o Ramón Sánchez Pizjuán enfrentar o Sevilla e ficou no 1x1. Com isso, o Real Madrid, que fez 2x0 no Hércules, em casa, passou a sonhar com o título novamente. Nas demais partidas, destaque para a surpreendente goleada do Zaragoza sobre o Valência, por 4x0. Com a vitória, os maños saíram da zona de rebaixamento.
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Na Ligue 1, o líder ainda é o Lille, que bateu em cas ao Valenciennes por 2x1. Abaixo do primeiro colocado, três times separados por um ponto. Dois deles se enfrentaram entre si: o Rennes, vice-líder, perdeu no Route de Lorient para o Olympique de Marselha por 2x0. Quem aparece bem na terceira colocação é o Lyon. Os Gones fizeram 2x0 no Sochaux, fora de casa.
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Pelo Calcio, os pequenos que aspiram algo tiveram uma ótima rodada. O terceiro colocado Napoli voltou a vencer ao bater o Parma, no Ennio Tardini, por 3x1. O quarto é a Udinese, que visitou o Cagliari e goleou os rossoblu por 4x0. Os dois times de Milão, líderes, empataram. A Inter empatou longe de seus domínios com o Brescia, por 1x1. O Milan fez pior: em Milão, ficou no 1x1 com o lanterna Bari.
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Pela Liga Sagres, título praticamente decidido pro Porto, que foi até o Estádio Dr. Magalhães Pessoa e venceu o União de Leiria por 2x0. O vice-líder Benfica tropeçou novamente, desta vez contra o lanterna Portimonense. Os marafados arrancaram um 1x1 em Lisboa.
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Na primeira rodada da Liga Premier russa, apenas uma surpresa: a goleada do Rostov sobre o Spartak Moscou. Os Selmash fizeram 4x0 na equipe da capital. Nos demais jogos, vitórias das grandes equipes. O atual campeão Zenit foi até a Chechênia e venceu o Terek Grozny por 1x0 no Sultan Bilimkhanov. O Rubin Kazan venceu o caçula Kuban, também fora de casa. Os sapos perderam por 2x0. Na capital, o CSKA fez seguros 2x0 no Amkar Pern.
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Na Primeira División uruguaia, a liderança é do Defensor, mesmo com o empate em casa contra o Bella Vista. Os papales arrancaram um 1x1 contra os líderes. Após um início claudicante, os dois gigantes do país vão se recuperando. O Nacional fez 2x0 no Liverpool, mesmo placar da vitória do Peñarol ante o Cerro, ambos os jogos no Centenário.