segunda-feira, 31 de maio de 2010

A certeza da profissão

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Desde pequeno, tenho o sonho de ser jornalista. Sempre fui fascinado epela rapidez de informação, por análises, por esse infinito universo de palavras, que podem fazer o bem geral ou causar destruições das mais generalizadas com a mudança apenas duma vírgula. Esse é o meu desejo, sempre foi.
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Hoje vi a palestra minsitrada por Joaquim Alessi, profissional de longa data, que já foi diretor executivo do atual Diário de São Paulo e hoje é apresentador da TV+, da região do ABC. Confesso-lhes: jamais imaginei o tamanho da bagagem do palestrante. Carreira iniciada na ditadura, cobriu todo o período da redemocratização, fazia parte do jornal que vetou o escândalo da escola BASE, etc, etc, etc. Sua história realmente é bonita, e, como ele mesmo comentou, de sorte. É difícil subir degraus tão rapidamente como ele subiu, sobretudo para ume studante da FIAM. Convenhamos, uma faculdade não tão conceituada assim.
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Algumas frases ditas por ele me chamaram a atenção: " Um jornal não faz um candidato ganhar uma eleição, faz o outro perder ". Visível que alguns jornalistas só sabem falar mal. Criticam, criticam, e nunca argumentam com a mesma força. O palestrante e eu condenamos sumariamente tal prática. Foi dado o exemplo de Diogo Mainardi. Quando interrogado, ele comenta que faz literatura. Mas, na hora de botar a boca no mundo, ele é jornalista. Ora, decida-se. Tenha hombridade.
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O mesmo se aplica para o CQC. Segundo Joaquim, eles fazem jornalismo crítico para perguntar e, quando perguntados, fazem humor. Procuro entender o porquê de achar que o programa caiu tanto de qualidade desde o ano passado, e talvez encontrei a resposta. Falar mal dos inimigos da Band ( como disse Alessi, uma " rede mercantilista, aonde manda o dinheiro " ), tem se tornado cada vez mais frequente no programa, e isso fez minha ficha cair, como se diz no popular. É bem por aí mesmo. As críticas, antes bem feitas e distribuídas a todos os segmentos mentecaptos da sociedade, agora se restringem. O CQC se transformou em mais um programa que ataca com a mão fraca e quer levar fama graças a isso.
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Talvez a frase mais impressionante foi dita sobre a Veja e a Globo: " Não as acho manipuladoras. Nessa era Ali Kamel e William Bonner, a Globo tornou-se mais ética, ela só vai à fundo na notícia. A veja idem. Não a acho anti-Lula ou anti-PT. Em matérias eles elogiam a equipe governista deslavadamente. Em outras, a criticam. Isso é jornalismo, cada repórter tem uma opinião. " Sempre achei isso, não via motivo pra tantas críticas nesse quesito. E, well, ele mesmo explicou pra mim.
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Fica a lembrança duma palestra muito boa, dum palestrante que me surpreendeu positivamente e, sobretudo, a certeza, ainda mais forte, sintetizada numa última frase de Joaquim Alessi:
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" Jornalismo é igual cachaça. Você vicia. Ganha pouco, só trabalha, não tem feriado nem férias, mas adora isso, com todas as suas forças. "
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