terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Apuração de SP

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Vamos dissecar os desfiles das escoals de samba paulistanas. Uma a uma, as minhas impressões:
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Imperador do Ipiranga: Surpreendeu. Além de ser a escola mais pobre do Grupo Especial, a escola sofreu com as enchentes durante a preparação pro carnaval. Quem esperava, assim como eu, uma escola com fantasias e acabametos porcos ficou na mão. Tudo foi muito bem confeccionado pela escola da Vila Carioca.Alguns clarões ocorreram na Avenida, e estes podem fazer a escola perder pontos importantes.
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Leandro de Itaquera: Um dos melhores sambas-enredo do ano funcionou na Avenida. Puxado por Beto Muniz e com a participação especial de Sandra de Sá, a comunidade itaquerense deu show no chão. A escola, no entanto, pecou em suas alegorias. Dos 5 carros, 4 tiveram problemas. A direção da escola deixou-se levar pelo samba e a escola apresentou muitos defeitos em sua harmonia. Tantos problemas devem rebaixar a escola da Zona Leste.
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Acadêmicos do Tucuruvi: Numa crescente desde 2008, a escola da Zona Norte cantou São Luís do Maranhão, e trouxe todos os seus diretores com a touca reggae e cabelo com dread, em referência ao fato da cidade ser a capital do reggae no país. A bateria de mestre Adamastor, aliás, fez uma paradinha reggae que empolgou. Alegorias lindas, fantasias muito luxuosas, samba bom. Uma pequena correria no fim, que deve comprometer as últimas notas na apuração. Mas a escola deve bribar, no mínimo, pra voltar pras campeãs.
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Mancha Verde: A entrada da escola palmeirense foi digna de campeonato. Apoiada em massa pela torcida palestrina, a comissão de frente e o belo abre-alas remetiam a Grécia Antiga. O desfile não perdeu seu brilho em nenhum momento, e foi das poucas que não teve nenhum problema no cômputo geral. Vem brigando pelo campeonato. Ao menos pra mim, a melhor da noite.
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Unidos de Vila Maria: Com um staff tão competente ( Baby, Quinho e Fernandinho SP nos vocais, Mercadoria como diretor de harmonia e outros ) e com uma comissão de frente muito criativa, a Vila Maria vinha dando pintas de que viria forte novamente. Não foi. O samba, fraco, não pegou nem no belo refrão. Após o primeiro setor o desfile da escola caiu vertiginosamente de qualidade. Posição intermediária, apenas.
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Rosas de Ouro: O desfile muito me lembrou o de 2008 da mesma escola, com os carros no mesmo matiz escuro. A escola teve como ponto forte a Bateria de Responsa, sob a tutela de Mestre Tornado. A comissão de frente teve um integrante que não desfilou, e que ficou apenas acompanhando a escola pela lateral do Sambódromo. Foi um belo desfile, mas... faltou algo. Outra escola que deve se perder no meio da tabela.
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Vai-Vai: Comemorando seus 80 anos, o Vai-Vai sofreu com tantos problemas. Duas de suas alegorias tinham grandes dificuldades para se locomover. Uma foi o abre-alas, que fez com que a escola tivesse que apertar o passo nos minutos finais para passar no tempo, e o último carro teve o mesmo defeito, deixando um clarão imenso na avenida. A comeptente Bateria Pegada de Macaco teve que acelerar o andamento, o que, certamente, será notado. O presente do duplo jubileu de carvalho será amargo pra Saracura.
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Águia de Ouro: Típica escola que não pode faltar no Especial, o Águia fez um belo desfile. Dentro das suas limitações financeiras e dos problemas com a enchente pelas quais passou, as alegorias vieram bema cabadas ( apesar de feias plasticamente ) e com fantasias decentes. A bateria tentou inovar, mas não conseguiu se destacar como em outros anos. O samba, apesar de fraco, era cantado por componentes e por espectadores. o Águia não cai, mas ão volta pras campeãs.
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Tom Maior: A escola inaugurou uma nova quadra, na região do Bom Retiro, e viu seus recursos se esvairirem. A escola começou seu desfile e ainda tentava terminar de montar seus carros. Na concentração, a palavra era uma só: superação. Eu incluiria outra: oração. Com fantasias pobríssimas e alegorias deficitárias, nem o bom samba e a bateria de Mestre Carlão salvaram. A escola pe franca favorita ao rebaixamento.
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Mocidade Alegre: O atual campeão do carnaval paulistano chocou já em sua entrada. A comissão de frente, com roupas brancas e vários luminosos na fantasia foi a que mais chamou a atenção na noite. Alegorias e fantasias perfeitas, sem nenhum erro de execução ou acabamento. Até o jogo de cores feito pela escola se mostrou convincente. É impossível achar um erro na escola, que, salvo alguma grata surpresa, se consagrará bicampeã.
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X9 Paulistana: Homenageando a herança portuguesa no país, o puxador Daniel Collête novamente ousou. Veio vestido de Carmem Miranda, puxando o belo samba da escola da Zona Norte. Junto com ele, os componentes da escola cantaram a plenos pulmões o samba, que, apesar da empolgação, não contagiou o público. Conhecida por seus desfiles técnicos, a escola fez um desses, de maneira perfeita. Acabamentos bem feitos e muito bom gosto, sem ousar muito em composições malucas. Certamente estará no desfile das campeãs.
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Gaviões da Fiel: O público entrou em frenesi quando o Gavião dourado, de extremo mal gosto, pisou o Sambódromo. Aliás, o primeiro setore da escola foi desastroso. Durante a coreografia, um integrante da comissão de frente levou um tombo, o que certamente tirará pontos da escola.Os carros vieram bonitos e as fantasias, luxuosas. No entanto, a escola correu para fechar seu desfile no tempo certo, o que tirará pontos da harmonia. Pouco pruma escola que fazia uma homenagem tão improtate para eles mesmos.
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Império de Casa Verde: A escola do gigantismo se apequenou. O abre-alas, que tradicionalmente é imenso e traz o tigre, símbolo da escola, estava em proporções bem menores e com um tigre pequeno, mesmo bem acabado. A inovação veio com o carro soltando neve artificial na passarela, efeito que ficou bonito. As fantasias vieram simples demais para o padrão imperiano e, até certo ponto, feias, apesar da fácil leitura. O destaque foi a bateria de Mestre Zoinho, vencedora do Troféu Nota 10, do Estado de São Paulo.
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Pérola Negra: Fechando o Grupo Especial, a Vlla Madalena pisou forte na avenida. A agremiação, que perdeu tudo em enchentes 3 vezes, prometeu muita raça no desfile. Tal raça veio, e com uma competência sublime. O samba, magistral, foi bem puxado por Douglinhas. A homenagem ao grande Rolando Boldrin tinha como pano de fundo a brasilidade, e a comissão de frente representava o Brasil jovem, com a menina encantando a todos. O Pérola veio com ótimas fantasias, e alegorias lindas, como o carro Colcha de Retalhos, dos mais bonitos desse carnaval. Esse foi o único desfile que arrancou lágrimas de mim, pelo conjunto da obra. Inesquecível.
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Antes da minha classificação, um alento: houve uma queda de qualdiade vertiginosa de 2009 pra 2010. Todos foram mais corretos e contidos, o que tirou um pouco o brilho do carnaval. No caso de SP, os sambas não ajudaram. Mas muitos desfiles dos quais eu esperava muito me decepcionaram, bem como escolas que correram demais no Sambódromo. Enfim, a classificação vem abaixo:
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1º: Mocidade
2º: Mancha
3º: X9
4º: Tucuruvi
5º: Negra
6º: Vila Maria
7º: Rosas
8º: Vai-Vai
9º: Gaviões
10º: Império
11º: Águia
12º: Imperador
13°: Tom Maior
14°: Leandro
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Vamos ver se melhoro meus palpites... nos últimos anos tenho mais errado que acertado.
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