sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Espírito de time pequeno

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Isso, muitas vezes, falta ao São Paulo. E isso, novamente, faltou ao São Paulo ontem, contra o Once Caldas. O mesmo time que nos eliminou cruelmente, com um gol nos minutos finais, da semifinal da Libertadores de 2004 voltou a assombar o tricolor.
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A cidade era a mesma, Manizales. O estádio era o mesmo, o Palogrande. O clima de guerra e de revanchismo aparecia no torcedor são-paulino. O jogo se iniciou com um São Paulo tranquilo, tocando a bola mas não conseguindo criar. Apesar disso, o time era melhor no jogo. E, em sua principal arma em alguns anos, saiu o gol. Rogério Ceni cobra mal uma falta, a bola é desviada e vai pro gol colombiano. Com o tento, o capitão torna-se o maior artilheiro do São Paulo na principal competição sul-americana. O gol também fazia justiça ao jogo.
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Mais do que isso, ele marcava a reviravolta da partida. Após o gol, o Once Caldas iniciou uma ligeira pressão, que conseguia ser contida pelo sistema defensivo são-paulino no primeiro tempo. O que era contido se tornou explícito na segunda metade da partida. O Once Caldas veio pra cima com todas as suas armas. E, logo no início, Marcelinho perde a bola no canto esquerdo. Vélez cruza e Uribe, livre, empata. O erro do jogador causa pãnico no time, e o placar estava igual.
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O que se via da partida era um trágico cenário pro São Paulo. Chuveirinhos tentados à exaustão, laterais que não voltavam pra defesa e uma cobertura falha. Num desses erros de cobertura, Moreno arranca, do meio campo, tira 3 marcadores e chuta forte, cruzado. Um belo gol que sela a vitória dos colombianos.
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Estranhamente, após tomar o segundo gol, o São Paulo melhorou. Rodou mas a bola, tocou, com tranquilidade, e buscou lucidamente o gol, que só não veio pois Washington chutou em cima do goleiro após boa troca de passes.
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Outra derrota. Mais do que isso, outra derrota que poderia ser facilmente evitada. Se os jogadores não se desesperassem com seus próprios erros. O que falta ao São Paulo é crença individual. Temos um ótimo elenco e, talvez por isso, todos acham que podem deixar nos pés do companheiro para resolver a partida. Se cada um buscar uma jogada individual nessas ranhidas partidas, como um time pequeno, aposto que as derrotas tricolores serão bem menos frequentes.
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