Passada a apuração do carnaval carioca, algumas injustiças foram cometidas e outras escolas obtiveram posições merecidas. Analisemos:
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1º: Tijuca
2º: Grande Rio
3º: Beija-Flor
4º: Vila Isabel
5°: Salgueiro
6°: Mangueira
7°: Mocidade
8°: Imperatriz
9°: Portela
10°: Porto da pedra
11°: União da Ilha
12°: Viradouro
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Unidos da Tijuca: Indiscutivelmente, um dos carnavais mais justos dos últimos anos. A escola do Borel só perdeu pontos no quesito bateria, o que não era esperado, mas, no fim das contas, não atrapalhou muito. O trofeu fez justiça a escola que desde 2004 desfila bem, a comissão de frente da escola, sensação do carnaval do RJ desse ano, e, sobretudo, ao carnavalesco Paulo Barros, um gênio que, certamente, revolucionará o carnaval da cidade.
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Acadêmicos do Grande Rio: Quem viu a escola começando seu desfile cravava: se há alguma escola para disputar o título com a Tijuca, seria a escola de Duque de Caxias. No entanto, a vermelho-e-verde da Baixada, que veio espetacularmente grande nesse ano, teve sérios problemas pra cumprir seu desfile dentro do tempo. Visivelmente, eles apertaram o passo duma forma frenética. Mesmo com tudo isso, a escola só perdeu um décimo no quesito evolução, quando deveria perder muito mais. Outro quesito no qual esperava-se que a escola perderia uma preciosa pontuação seria samba-enredo, no qual eles perderam apenas 2 décimos. Os jurados, como sempre perdoam a Grande Rio de seus erros. O vice-campeonato caiu no colo da Grande Rio.
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Beija-Flor de Nilópolis: A terceira colocação pode parecer boa, mas, para os exigentes torcedores da escola, foi motivo de reflexão. A azul-e-branco perdeu pontos exatamente nos mesmos quesitos que no carnaval passado. Os mais sentidos, certamente, foram os 3 décimos perdidos em alegorias e adereços. Muitos querem ver Alexandre Louzada, que cuida dessa parte na comissão de carnaval nilopolitana, fora da agremiação. A colocação, claro, decepcionou. Mas os erros poderiam ser corrigidos antes.
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Unidos de Vila Isabel: Morro dos Macacos está, certamente, decepcionada. Não com sua escola, mas com suas notas. O quarto lugar do carnaval é uma imensa injustiça com quem era apontada por todos como a principal oponente da Tijuca na luta pelo título. A escola, que não teve problemas em quase nada, perdeu pontos em 8 dos 10 quesitos. Espanta ainda mais os 3 décimos perdidos em bateria, enredo e comissão de frente.
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Acadêmicos do Salgueiro: A antiga campeã do carnaval resolveu, dum ano pro outro, mudar radicalmente de estilo. O Salgueiro, que é conhecido por sua conexão intensa e explosiva com o público, fez um desfile altamente técnico em 2010. Ao menos nesse ano, não se deu bem. O único quesito que chama a atenção é bateria. É complicado tirar meio ponto dos ritmistas que passaram bem pela Sapucaí, e que tem, reconehcidamente, um dos melhores batuques do Rio de Janeiro. A Furiosa se pergunta aonde errou nesse momento, e os jurados devem estar notando que foram rígidos demais em tais notas.
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Estação Primeira de Mangueira: Outra escola que inovou e não conseguiu bons resultados. Com a celebridade Ivo Meirelles na presidência, a verde-e-rosa mudou seu esquenta. Ao invés do tradicional " Hino de Exaltação a Mangueira ", de Chico Buarque, a escola fez uma versão do canto " Mengão do meu coração ", da torcida do Flamengo. Não se sabe se é graças a isso, mas nem a escola, que tradicionalmente é a que mais empolga a Sapucaí, não conseguiu isso na proporção que dela se espera. A colocação foi um pouco melhor do que se esperava. Os quesitos nos quais a escola mais perdeu pontos foram justos: fantasias e alegorias e adereços. A injustiça vem do quesito evolução. A escola só perdeu dois décimos, quando deveria perder muito mais graças ao corre-corre desenfreado que proporcionou no fim do desfile. Ficou barato pra Estação Primeira.
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Mocidade Independente de Padre Miguel: Abrir uma noite de desfiles é uma tarefa ingrata. O público está frio e pouco receptivo. A escola tem que se desdobrar para mudar esse cenário, tanto para as arquibancadas quanto para os jurados. A Mocidade conseguiu isso. Com seu samba alegre e festivo, a escola da Zona Oeste mexeu com todos. Depis dum retumbante fracasso em 2009, a estrela-guia deu a volta por cima. Surpreende também o quesito bateria. Foram subtraídos 4 décimos da eterna Bateria Nota 10. Mais que contradição, nesse ano, uma grande incoerência.
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Imperatriz Lepoldinense: Todos sabem, eu apostava fortemente na escola de Ramos. E ela, realmente, veio bonita. Mas o tripé quebrado logo no abre-alas prejudicou a escola, que esfriou e fez a escola correr no fim do desfile. Mas... meio ponto perdido em fantasias ? Seis décimos em conjunto e enredo? Estranhíssimo.
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Portela: Após um desfile high-tech demais pruma escola tão tradicionals, o desastre veio na contagem das notas, sendo que a imensa maioria delas fois juta com o desfile da Águia. Estranha-se apenas o meio ponto perdido em bateria. A Tabajara do Samba, comandada por Mestre Nilo Sérgio, foi a vencedora do Estandarte de Ouro nesse quesito. Estranho.
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Unidos do Porto da Pedra: Talvez tenha sido a grata surpresa, tanto com o desfile quanto na apuração. Apesar de ter perdido pontos consideráveis em muitos quesitos, tudo foi de acordo com o desempenho da escola de São Gonçalo.
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União da Ilha do Governador: Pela forma que passou, abrindo dos desfiles, esperava muito mais das notas da escola. Os quatro décimos tirados da vermelho-e-azul em bateria espantaram. Os 8 décimos em conjunto e sobretudo o ponto inteiro em alegorias e adereços foram revoltantes. A escola emrecia muito, mas muito mais. Uma das maiores incoerências desse ano, sem dúvida alguma.
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Unidos do Viradouro: A escola de Niterói ficou 32 décimos átras da vice-lanterna. Não há o que contestar, em nenhum quesito. Foi, certamente, o pior desfile da agremiação na Sapucaí. Espera-se que as brigas internas dentro da vermelho-e-brancoa cabem logo, pois a novata e já tradicional escola fará falta no Especial de 2011.