É dia de festa. O centenário do Corinthians ultrapassou fronteiras e tornou-se data comemorativa em vários pontos do globo. Talvez em Bauru também tenha festa, ou festa dupla. O Noroeste também comemora 100 anos. Mas... Noroeste ?
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A Locomotiva pode não ter os craques, os ídolos, a história, os times e o dinheiro do clube fundado em data idêntica à sua. Merece respeito, e muito, é claro, porém não dá pra comparar peso de camisa e tradição.
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Peguemos o presente. O Corinthians desejava o título que lhe falta para o centenário: a Libertadores da América. Caso o troféu viesse, veríamos uma agitação nas ruas paulistanas semelhante à Paris da Revolução Francesa. Não conseguiu. Perdeu o Paulistão e caso o Brasileirão terminasse hoje não seria campeão, o mínimo esperado para tamanho projeto.
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O Noroeste fez diferente. Na série A2 do estadual, montou um time limitado, unicamente para voltar á elite, e retornou. A festa foi local, e muitos não tomaram conhecimento das comemorações. Aliás, a maioria dos torcedores só tomou conhecimento dos 100 anos do Norusca para tirar onda com os corinthianos. Quem gosta do time caipira não liga pra isso, e se dá por satisfeito em ver que a equipe cumpriu o prometido.
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Futebol é resultado, centenário é celebração. No critério esportivo, o centenário do Noroeste é mais marcante.