Ao ver a lista de candidatos à deputados, somos sempre pegos de surpresa, e quase smepre com surpresas não tão gratas assim. Pro Legislativo federal, costumeiramente, vemos figurões das mais diversas espécies: famosos, comediantes, esportistas, pessoas públicas em geral. Todas implorando por um voto e querendo elvar em suas costas um sem fin de velhos pajés da política nacional, tão corruptos quanto desconhecidos, à mercê da sorte do canadidato mais conhecido do grande público.
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Ao menos aqui em São Paulo, temos uma média de dois famosos por partido. O caso mais conhecido é o do ator/cantor/comediante/palhaço Tiririca. O cearense tornou-se um fenômeno graças á sua campanha desbocada, debochando sem dó dos eleitores, e ganhou a simpatia de quem " vai votar nele por protesto ". Pobres os que não sabem que ele é do PR, mesmo partido de Valdemar Costa Neto, operador do mensalão. A mesma coligação tem Juca Chaves, Agnaldo Timóteo, Maguila, Mulher Pêra e Cameron Brasil para eleger pastores, mensaleiros e sanguessugas.
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Essa maravilhosa eleição legislativa é definida pelo coeficiente eleitoral, na qual os candidatos são meros chamarizes, pois quem recebe o voto são os partidos e suas coligações. Os resultados são divididos e os partidos fazem o que bem quiserem com eles. Assim sendo, um candidato pode levar consigo pra Brasília alguns outros de sua corja maléfica. Palmas pro sistema eleitoral mais injusto do planeta.
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Há também os políticos carimbados, que podem não fazer barulho, mas sempre estão lá. Nos partidos médios eles se tornam estrelas, como Maluf no PP e Ivan Valente no PSOL. Outros partidos, fortes no legislativo, se dão ao luxo de apenas desfilarem seus candidatos. É uma forma de demonstrar alguma força, pois normalmente os partidos com base legislativa não tem tamanha força no executivo. A verdade é que são dois poderes íntimos, e um simplesmente não funciona sem o outro.
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Além dos partidos, o povo parece não ter entendido isso. Ao votar em charlatões para cargos, para eles, menos importantes, estamos nos tornando coniventes com a aprovação de leis absurdas, e com aqueles que deixam de fazer projetos de fato interessante. Quando isso enfim ser assimilado pela população, começaremos a rvolução política por essa esfera, e não exigindo de governadores e do presidente algo sem pé nem cabeça.