Minha mãe, durante o almoço de domingo, falou essa frase, muito feliz na observação e ainda mais feliz se colocada no meu estado de espírito. Feliz, essa é a palavra que anda me descrevendo. E esse período, que terminou hoje, foi espetacular.
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Pra começar, o carnaval foi bem mais tarde que o normal, caindo exatamente uma semana antes das minhas festividades. Todos sabem o quanto eu gosto da folia momesca, e, para mim, ficar quatro madrugadas acordado, trocando a noite pelo dia e gravando tudo, é um grande prazer. Canto, me emociono e me surpreendo no maior espetáculo da Terra. E esse ano, claro, não foi diferente.
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Além dos desfiles, carnaval envolve a apuração. O momento tão mágico quanto angustiante de esperar uma nota dez e torcer pra ver sua rival perder alguns décimos para a situação ficar mais confortável. E, nas apurações, as duas escolas para as quais torço venceram. Numa apuração apertada com três escolas disputando o caneco, o Vai-Vai venceu pela 14ª vez na história. Já no Rio, numa apuração apertada até o quinto quesito e com direito a surpresas como uma nota nove pra Mangueira, mas depois mais tranquila, a Beija-Flor abocanhou o 12º título. Comemoração garantida.
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Após a quarta-feira de cinzas e a quinta-feira de folga, a sexta-feira indo pra faculdade. A faculdade, aliás, é algo que eu não canso de falar como virtude, pois eu realmente não sabia que gostaria tanto dela. É o meu sonho, tudo o que eu sempre quis, de fato. É sempre bom enumera-la entre o que faço de bom, e não como uma tarefa ou obrigatoriedade. Faço por prazer, e muito prazer.
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No sábado, enfim, o aniversário de fato. Recebi mensagens no celular e, exatamente meia-noite, ganhei o primeiro presente: um lindo relógio da Puma com visor de LED, objeto que eu mal sabia que existia. Lindo, muito bonito mesmo. Os presentes foram se sucedendo, as pessoas em casa idem, as iguarias na barriga, então, nem se fala... iguarias essas que me impediram de jantar. Mas nem fizeram tanta falta assim.
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Tinha marcado de jantar fora com a Fernanda, mas não tinha a minha vontade ( nem estômago ) pra isso. recebi os presentes dela ( um sabonete, um desodorante e uma carta ) e fomos ficar juntos um tempo. Parece que, com ela, o tempo voa quando eu o queria parado. Mesmo assim, ainda vimos três ( TRÊS ! ) noivas sendo fotografadas para seus casamentos, além das incontáveis crianças e casais que são praticamente onipresentes nesses momentos. Nada que estrague a imensa felicidade que tenho ao ve-la.
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Após ver minha namorada, fiquei um pouco no Intercontinental na despedida do André, que passou na UNICAMP. Além dele, estavam lá Marina Escrava e Fernanda Maligna. O quarteto que reunia incontáveis histórias, e que foram sendo colocadas pra fora uma a uma, num fim de noite agradabilíssimo, com muitas risadas e lembranças. Nem o fato de ter esquecido minha insulina na bolsa da Fernanda abalou meu dia. Ora, pra tudo dá-se um jeito.
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Acordar um pouco mais cedo na manhã do domingo não faz mal a ninguém. Saber onde fica a casa da sua namorada, então, nem se fala. Foi uma parada rápida, mas esclarecedora. E, claro, eu quem dirigia. Aliás, dirigi muito, e levei a família toda até o Vivano, dirigindo muito bem, segundo todos.
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Sim, Vivano. E, claro, esse foi um ponto forte do aniversário. Além de minha paixão por churrasco, o que dizer do local que tem a melhor carne do ABC ? Me entupi. Só picanha com alho foram umas 5 peças. É raro encontrar uma carne tão bem cortada, saborosa e preparada como lá. Indico pra todos, e não tenho medo de parecer assessor de imprensa do restaurante.
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Pra fechar o dia, meu time venceu e é líder. Mas resultados nesse momento não interessam. Foi uma atuação convincente, um 3x0 sem dar chances ao inimigo, time que, inclusive, eu odeio, o Santo André. Antes de hoje, o São Paulo já tinha me dado um grande presente ao repatriar Luis Fabiano, meu primeiro ídolo no SPFC, antes mesmo de Rogério Ceni.
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Algo deu errado nesse tempo ? Deve ter dado. Mas até o errado foi bom. Definitivamente, esse meu aniversário de 2011 foi o melhor da minha vida, por tudo isso que eu falei.