Segunda-feira de carnaval à tarde, após 3 madrugadas em claro e preparando-se, com muito prazer, para a quarta e última, comecei a pensar nas pessoas durante essa época do ano. Parece que, querendo ou não, a imensa maioria delas muda por uma semana. Libertam o que há de mais sacana dentro de si ou se isolam. Vamos explicar.
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Durante a folia de Momo, consigo distinguir visivelmente 3 tipos de pessoas. Isso é algo meio teste de revista, o que, convenhamos, é ridículo, mas tem algum nexo.
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O primeiro grupo é o que podemos chamar de brasileiros no carnaval. Como o nome diz, é típico do nosso país, e a maioria das pessoas é assim. Elas saem de casa, brincam nas ruas, vão pra cordões, blocos, bailes, festas e outros quetais e libertam seus espíritos mais libertinos. Se acabam de beber, beijam a festa inteira, se deixar. É normal meter o pé na jaca, como se diz, nessa época do ano. Mas, sei lá eu porque, acabo me afastando desse tipo de pessoa, até por não gostar muito de tais práticas.
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O segundo é o mais coerente, chamemo-os de foliões experimentais. Eles saem de casa, vão pros bailes, mas se preocupam em brincar. Soltam a franga, literalmente. Claro que sempre rola uma paquera, e ele pode beijar alguém ( ou algumas ) pessoas. Isso, porém, não é prioridade, e sim, consequência. Sou assim em baladas, por exemplo. No carnaval eu pertenço ao terceiro e último grupo.
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Tal conjunto pode ser entitulado bloco do eu sozinho. Essas pessoas simplesmente não saem de casa. Por algum motivo especial ( no meu caso, ver a passagem das escolas de samba, por exemplo ), elas se mantém em seu lar e estão alheios a folia que acontece, muitas vezes, na porta de casa. Essas são as pessoas pelas quais eu sempre me interesso, não sei por que. Pessoas tímidas e tranquilas me instigam, e eu adoro isso. Vale ressaltar que o motivo pelo qual a pessoa em casa pode variar, e pode até não ser do desejo da pessoa, como algum problema domiciliar.
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Antes que me perguntem... sim, tenho motivos pra escrever sobre isso.