Da África ao Oriente Médio, descobriu-se um novo tipo de onda. Nada relacionado a satélites, som, Física, magnetismo ou coisa do gênero. A onda em questão é algo tão mais simples, nobre e importante para o planeta que tudo o que foi falado. A onda é de liberdade.
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Desde quando os protestos contra Hosni Mubarak começaram, na praça citada, todo o reduto dos ditadores muçulmanos foi sacudido. O movimento democrático, iniciado com a queda do ditador tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, espalhou-se e tomou corpo nas ruas do Cairo, que chamou a atenção de todo o planeta. O país das pirâmides, das múmias e dos faraós voltava ao jornal quando todos pensavam que o país estava recluso aos livros de história.
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Após muita luta, muito protesto e sangue, o povo, enfim, venceu a luta e fez Mubarak cair. A praça Tahir, símbolo do movimento, cravou seu nome na eternidade, seja da política egípcia, da história popular ou da mídia como um todo. Milahres de anos depois, o Egito volta a ser estudado e e a ter alto-estima.
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Os ecos de liberdade já estão sendo ouvidos em outros cantos. O povo foi ás ruas no Bahrain, Iêmen, Argélia e até mesmo na Líbia, país no qual Muamar Kadafi faz suas aldroagens descaradamente há exatos 42 anos. Essa forma escusa de governo necessita acabar, e o povo acordou. Antes tarde do que nunca.
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Sonho em ver essas ondas de liberdade tomando proporções ainda maiores, e usadas não só para deposições, mas também para protestos. Espero que o povo brasileiro veja o exemplo e comece a soltar a voz contra a cafajestagem de seus políticos, revoltando-se. Fazer da praça da Sé, da praça do Papa, da praça Onze, do Redenção a Tahir dos trópicos. Já passou da hora.