quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fala sério, amiga !

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Essa expressão, tão banal, corriqueira e pobre de conteúdo e de gramática, é lugar-comum nas conversas entre meninas de hoje em dia. Infelizmente é fácil ver isso, e pior ainda é notar que tal frase é amplamente difundida por um meio de comunicação de qualidade duvidosa e muito popular entre as adolescentes: as revistas juvenis femininas.
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Entre assuntos que atormentam as garotas nessa idade, como os primeiros índicios de sexualidade, maquiagem, moda, dicas de TV/internet, testes infames e muito, mas muito sobre garotos, a linguagem abordada é tão pobre que lembra os jornais popularescos cariocas. Ao invés de falar sobre tudo isso com uma linguagem minimamente culta, aproveitando para ensinar às garotas não só senso de vida, mas também aumentando o léxico adolescente, revistas como Capricho e Atrevida abrem mão de alguma qualidade editorial e se vendem para suas leitoras como um verdadeiro lixo semântico.
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Fico imaginando qual tipo de mulheres as publicações irão formar. As leitoras dessas revistas irão ser tão ordinárias quanto as matérias e páginas do que lêem. Não buscarão erudição nenhuma ou algo diferente, pensarão que a vida é apenas uma imensa futilidade e viverão num planeta no qual a razão da existência é um esmalte novo, um ídolo juvenil de fama curta ou descobrir através de quinze perguntas se aquele gato está a fim ou não da plebeia.
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Cada vez mais garotas especiais são raras. Todas elas são monopolizadas por esse tipo de imprensa tão baixa e saem pra vida adulta quase que uniformizadas, falando do mesmo assunto, querendo vestir roupas de marcas caras e dando valor a um garoto por seu rosto, e não por sua inteligência. E depois reclamam que homens são todos iguais ?
Comentários
1 Comentários

Um comentário :

Tati disse...

Adorei ver seu ponto de vista sobre essas revistas, e acredite, ele segue a mesma linha do meu.
=]
Sempre vi uma ponta de futilidade e um incentivo ao estereotipo.

Adoro seus textos, Will.
Beijos.