terça-feira, 3 de maio de 2011

O novo conto de fadas

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Lembro parcamente do funeral da princesa Diana. Marcou-me Elton John executando Candle in the Wind em homeangem à duquesa de Gales e toda a comoção que tomou conta da Grã-Bretanha. Com o advento da internet, anos mais tarde, entendi porque e como Lady Di morreu e tomei conhecimento de seu infeliz casamento com o príncipe Charles, nos anos 80, num evento que parou o planeta.
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Não lembro, porém, do filho mais velho da finada princesa, William. Meu xará, obviamente, estava abatidíssimo com a morte da mãe, e sua vida estava condenada pra sempre.
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Como imaginar que o próximo casamento da realeza britânica seria o dele, e menos de quinze anos depois da tragédia envolvendo Diana ? Como imaginar a sua esposa, uma linda plebéia que pendurava no quarto pôsteres de William ? Como imaginar um novo casamento real após o trauma instaurado na Inglaterra após o último grande evento da aristocracia ?
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Se era possível imaginar ou não, ele ocorreu. E como foi bonito. William é uma figura bem mais carismática que Charles - e, segundo as mulheres, bem mais bonito também -, Kate Middleton é linda, Londres tem um ar que consegue ser pop e tradicional ao mesmo tempo e toda a tradição que só uma família real exerce deram o tom e o charme necessários para que, novamente, o casamento real fosse um evento dos mais assistidos e bonitos já vistos.
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A despeito de toda a boataria, futilidade, inutilidade e fofoca que um evento desse porte impõem, não é preciso ver o quanto o enlace matrimonial pode dar um respiro na contestada e antiquada monarquia britânica de hoje. A realeza agradece aos plebeus e meros mortais, que não podem nem de longe dar-se ao luxo de ter um casamento desse naipe. Os plebeus, maravilhados, agradecem toda a festa acompanhada inteiramente, da chegada dos primeiros convidados até a saída triunfal dos noivos num Aston Martin.
Comentários
1 Comentários

Um comentário :

PCN disse...

É interessante como o casamento de um príncipe com uma plebéia passa a mensagem de que no fim das contas os nobres estão bem próximos de nós - meros mortais do sangue vermelho.

No mais, a cerimônia (apesar de bela) não saiu do esperado. Os veículos alardeiam a "inovação" do casamento, com momentos que fugiram do script, mas eu particularmente não vi nada demais.

E a Europa em geral ficou muito feliz com o casamento: Os problemas dos seus paises (e até da Inglaterra) foram esquecidos pelos veículos de comunicação em prol da celebração. Por algum tempo, a crise européia foi deixada de lado.