Inconscientemente você se apega a alguma delas e leva fé num gesto tão simples, por vezes medíocre e que passa batido por todos a sua volta, para fazer de um momento o início duma mudança para melhor. Nenhuma data ilustra melhor isso que o reveillon.
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Na passagem de ano as crendices urbanas populares já são famosas. Todos que estão a praia tem o desejo de pular as famosas sete ondinhas. Alguns ainda fazem pequenas embarcações para o mar. Esse ano a última demonstração ganhou ainda mais força. Este ano é regido por Yemanjá, a rainha dos mares, nas religiões africanas. Uniu-se o útil ao agradável.
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Quem ficou em casa não sai do clima. Comer romã e guardar as sementes na carteira para atrair dinheiro é comum. Tomar champagne e fazer um pedido antes da primeira bebericada idem. Isso sem contar no fato mais normal nessa época: a escolha da cor da camisa. O branco da paz. O vermelho da paixão. O rosa do amor. O amarelo da bonança. O verde da esperança.
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Todos tem alguma superstição de fim de ano. Outros, como eu, tem algumas que se leva para toda a vida. Para focar nas do reveillon eu desde sempre passei de branco. Inteiramente branco. Camisa. Shorts. Cueca. Até a minha pele queria paz.
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O que destoava era o calçado. Quando fui a Serra Gaúcha em 2004 comprei um tênis vermelho, preto e branco. O usei no reveillon de 2004 e o São Paulo, que tem as mesmas cores do pisante, ganhou 3 títulos. O usei até 2007 e ao menos um título o clube levantava ano ano seguinte. Por descuido não o usei em 2008. E nenhum título veio. Esse ano voltei a usa-lo. E acredito na força da minha crença. Porém confio muito mais no meu time.
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O vestuário também sofreu modificações. A camisa era a costumeira branca. Porém o shorts era vermelho. Ando precisando de alguma paixão na minha vida e sobretudo de muito amor. Para não ter erro a cueca tinha a mesma cor. Para um complementar o outro. O short o que por baixo está dele. A paixão e o amor. E eu confio nisso. Não depende só de mim claro. Mas essa força está comigo. Sinto isso.
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