Novamente os números provam que não entendem nada de futebol. Pouco antes da Copa, estudos estatísticos baseados nos mais ridículos métodos de se explicar o esporte davam a Inglaterra campeã. O povo apostava em Brasil, Alemanha, Itália ou Argentina, imortalizados por Galvão Bueno como as " quatro gigantes ". Outros diziam que a camisa pesava, e os títulos idem. Dia 11, em Johannebusrgo, a final premiará o oitavo país campeão do planeta numa decisão inédita.
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Na semifinal entre Alemanha x Espanha, faltou futebol. Talvez as maiores expoentes do jogo bonito de ser visto desapontaram. A Fúria veio ao seu estilo, tocando a bola de pé em pé de maneira rápida, mas pouco conseguiu em termos de finalização. Já a Alemanha não achou uma brecha para encaixar seu contra-ataque letal com seus atletas rápidos e de técnica refinada.
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Primeiro tempo frio. Segundo tempo morno até os 27 minutos, quando Xavi Hernandéz cobrou escanteio ( num jogo fraco desses, só assim um gol sai ) e Puyol foi até o terceiro andar, na raça e na força de seus longos cabelos, pra fazer o 1x0. O poder de reação germânico mostrou-se limitado, com os jovens tedescos sentindo a pressão e indo afobados ao ataque, na base dos bicões e lançamentos longos, sem efeito.
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Duas seleções com histórico de fracassar nas fases mais agudas da Copa do Mundo farão a final. Os estudiosos quebraram a cara. O embate terá uma seleção recheada de jogadores criativos e inteligentes dum lado, e a equipe com o futebol mais vistoso do planeta do outro. Futebol, obrigado por ser uma ciência humana e calar quem achava entender tudo.